"Ó Jesus...! – Descanso em Ti"

Abatimento físico. – Estás... esgotado. – Descansa. Pára com essa actividade exterior. – Consulta o médico. Obedece e despreocupa-te. Em breve hás-de regressar à tua vida e melhorarás, se fores fiel, os teus trabalhos de apostolado. (Caminho, 706)

Se O não deixares, Ele não te deixará. (Caminho, 730)

Espera tudo de Jesus; tu nada tens, nada vales, nada podes. – Ele agirá, se n'Ele te abandonares. (Caminho, 731)

Ó Jesus...! – Descanso em Ti. (Caminho, 732)

Que tudo te é indiferente? – Não queiras iludir-te. Agora mesmo, se eu te perguntasse por pessoas e por actividades, em que por Deus empenhaste a tua alma, havias de responder-me – briosamente! – com o interesse de quem fala de coisa própria.

Não: para ti, não é tudo indiferente – é que não és incansável..., e necessitas de mais tempo para ti; tempo que será também para as tuas obras, porque, no fim de contas, tu és o instrumento. (Caminho, 723)

São Josemaría Escrivá

Santificar o descanso por F. J. López Díaz e C. Ruiz Montoya

Ajudar o próximo e melhorar a nossa formação (JPR)
Deus, que nos convida a trabalhar para colaborar com Ele na Criação, também quer que descansemos. O repouso merecido é vontade de Deus para cada um de nós.

« O homem deve imitar Deus quando trabalha, assim como quando descansa, dado que o mesmo Deus quis apresentar-lhe a própria obra criadora sob a forma de trabalho e de descanso» [1].

Estas palavras de João Paulo II fazem referência ao relato da Criação, primeiro «evangelho do trabalho» [2]. O autor sagrado, depois de narrar, como Deus, durante seis dias dá existência ao céu, à terra e a todas as outras coisas, conclui: " Terminou Deus no sétimo dia a obra que tinha feito e descansou no sétimo dia de toda a obra que tinha hecho. Deus então abençoou e santificou o sétimo dia, porque foi nesse dia que Deus descansou de todo o seu trabalho como criador" [3].

A partir de então, cabe ao homem aperfeiçoar essa obra divina mediante o seu trabalho [4], sem esquecer que também ele é criatura, fruto do amor de Deus e chamado à união definitiva com Ele. O descanso do sétimo dia, que Deus santifica, tem para o homem um profundo significado: além de uma necessidade, é tempo apropriado para reconhecer Deus como autor e Senhor de tudo o que foi criado e é uma antecipação do descanso e alegria definitivos na Ressurreição.

Uma vida que decorresse submergida nos afãs do trabalho, sem considerar o fundamento do qual tudo provém e o sentido – o fim – para que tudo tende, «correria o risco de esquecer que Deus é o Criador, de Quem tudo depende» [5], e para Quem tudo se orienta.

Fazer tudo para a glória de Deus – a unidade de vida – é viver com fundamento sólido e com sentido e fim sobrenaturais, é descansar na filiação divina dentro do próprio trabalho e converter o descanso em serviço a Deus e aos outros.

Na Obra, tudo é meio de santidade: o trabalho e o descanso; a vida de piedade e o convívio afectuoso com todos; a alegria e a dor. Numa palavra, há uma possibilidade de santificação em cada minuto da nossa vida: em tudo devemos amar e cumprir a Vontade de Deus[6]. 

Tempo para o Senhor, tempo para os outros e tempo para nós próprios

Que tudo te é indiferente? – Não queiras iludir-te. Agora mesmo, se eu te perguntasse por pessoas e por actividades, em que por Deus empenhaste a tua alma, havias de responder-me – briosamente! – com o interesse de quem fala de coisa própria.

Não: para ti, não é tudo indiferente – é que não és incansável..., e necessitas de mais tempo para ti; tempo que será também para as tuas obras, porque, no fim de contas, tu és o instrumento. (São Josemaría Escrivá - Caminho, 723)

‘Pecado mortal de tablóide’ por JOÃO CÉSAR DAS NEVES

A Grã-Bretanha está envolvida num escândalo terrível. Isso não é propriamente novidade, mas desta vez há algo inesperado: a queda de um diário sensacionalista. Nunca antes os maus da fita eram jornalistas. O News of the World, fundado em 1843, era o periódico de língua inglesa mais vendido em todo o mundo. O seu fim, a 10 de Julho, revela várias coisas sobre o nosso tempo.

O jornalismo de escândalo deste tipo de publicações é desconhecido em Portugal. Apesar das críticas à qualidade da nossa imprensa, ela está vários furos acima do que os tablóides produzem. Não se trata de um traço cultural, porque no liberalismo e na República de há cem anos também cá havia o insulto institucionalizado e a mexeriquice operacional da imprensa de valeta. Mas hoje os portugueses não compram este tipo de lixo. A cena britânica inclui o melhor e o pior no jornalismo mundial, numa cultura de abertura e liberdade que tudo permite.

É muito curioso notar também que o pecado que eliminou o News não foi nenhuma das barbaridades que cometeu ao longo dos anos. Não morreu por causa da chantagem, maledicência, calúnia e destruição de carreiras. Nem sequer foi o uso de escutas ilegais e subornos, que já tinha sido denunciado há dois anos quase sem efeitos. A queda súbita veio quando se soube que as práticas também atingiram vítimas de terrorismo ou familiares de soldados. A indignação só surgiu quando os alvos de espionagem foram, não famosos, mas membros do público. Alguém que poderia ser um dos leitores. Aí o jornal perdeu tudo.

Outro elemento essencial é que este caso não representa uma redução do poder da imprensa, senhora suprema da sociedade mediática. Não foi a polícia, o Governo ou os tribunais a denunciar o caso, mas o The Guardian em Julho de 2009. Fundado em 1821, é hoje a segunda publicação em inglês mais lida na Net, a seguir ao New York Times, de 1851, que por coincidência foi o segundo a expor o escândalo a 1 de Setembro de 2010. Isto significa que o sacrossanto poder da imprensa se mantém incólume. Aliás, como a Scotland Yard vem acusada de receber subornos do News e o Governo tinha várias ligações ao mesmo jornal, os poderes oficiais estão tão vulneráveis neste como em todos os ataques anteriores desde Watergate. Continua a ser uma luta de notícias contra políticos. E nunca ganham os governantes.
O primeiro-ministro foi envolvido porque teve ao seu serviço um anterior editor do jornal. Assim ressurge o elemento mais indispensável, mas também o mais estúpido destes processos: todos se divertem a atacar o poder, obcecados com os detalhes do caso, esquecendo o bem público, os problemas nacionais, o futuro do país. Nestes momentos a sociedade mediática torna-se infantil, quase demente. Mesmo que as piores suspeitas se confirmassem, que pode isso valer em comparação com o normal funcionamento das instituições democráticas?

Outro elemento insólito é o principal suspeito, o magnata Keith Rupert Murdoch, dono do jornal. O bilionário australiano de 80 anos, que do nada construiu um enorme império mediático, é conhecido pela sua agressividade, nos negócios e nas publicações, e naturalmente fez muitos inimigos. A humilhação pública de alguém que há semanas era todo-poderoso soa a justiça poética. Julgamos contemplar a fragilidade do poder, que rapidamente se esvai. Mas a economia não tem a vulnerabilidade mediática da política e o império empresarial sobreviverá quase intacto.
O problema realmente curioso, deste como de tantos outros casos semelhantes, está na sua razão profunda. Por que motivo o cidadão contemporâneo, supostamente tão tolerante e relativista, se torna por vezes moralista fanático, com contornos inquisitoriais? Como conciliar esta mistura incongruente de laxismo e severidade? O News of the World cometeu as tropelias mais infames durante décadas perante o aplauso geral. Agora cai sob a censura generalizada sem perceber bem porquê. Esta história vem envolvida em contradição, manipulação e hipocrisia. Como eram as notícias do News of the World.

(Fonte: DN online)

S. Josemaría nesta data em 1974

Chega ao Equador. Até ao dia 10 de Agosto não poderá ver ninguém, pois sofre do mal da altitude ou “soroche”, como lhe chamam em Quito. Alguém se lamenta que os três mil metros de altitude o tenham tratado tão mal: - “Mas eu estou a passar optimamente em Quito!” – A altura, Padre, a altura… – “É porque não sou um homem de altura. De maneira que Quito não me fez nenhuma partida. Foi Nosso Senhor, que sabe quando as faz, e brinca connosco. Olha, é o Espírito Santo que o diz: ludens coram eo omni tempore, ludens in orbe terrarum, em toda a terra está a brincar, connosco, como um pai com o seu filho pequenino”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Bento XVI destacou o projeto da futura catedral de Belo Horizonte

Bento XVI teve a oportunidade de ver a maquete da Catedral Cristo Rei, que será construída em Belo Horizonte, na abertura da exposição “O esplendor da verdade, a beleza da caridade”, realizada em homenagem aos seus 60 anos de sacerdócio. O projeto, que recebeu elogios do Sumo Pontífice é do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer . 

Segundo recorda a página da Arquidiocese de Belo Horizonte, até setembro estarão expostas no Vaticano 60 obras de um seleccionado grupo de artistas entre elas a maqueta da Catedral. 

Em declarações reunidas pelo portal da arquidiocese da capital mineira o arquiteto, gerente de obras da Sociedade Mineira de Cultura (SMC) e professor da PUC Minas, Leonardo de Araújo Pereira, afirmou que “as impressões que o Papa Bento XVI teve sobre o projeto da Catedral Cristo Rei foram as melhores possíveis”. 

Na abertura da exposição, Bento XVI percorreria um corredor e observaria todas as obras. Seguindo determinação do cerimonial da Santa Sé, artistas e representantes não teriam contato direto com o Papa, mas uma série de acontecimentos permitiu que Leonardo apresentasse o projeto da Catedral ao Santo Padre. 

Os organizadores da exposição não haviam comunicado previamente aos autores de uma das peças que o acesso à galeria, durante a abertura do evento, seria restrito ao Papa e seus assessores diretos. Como os artistas compareceram ao local somente para a apresentação, depois de conversarem com os organizadores, conseguiram uma exceção. 

Leonardo, que já havia solicitado autorização para detalhar o projeto e esteve atento ao desenrolar da situação, também conseguiu um momento para apresentar a Catedral a Bento XVI Papa.

Leonardo de Araújo Pereira afirmou que a experiência de estar diante do Vigário de Cristo é “indescritível, que não pode ser sintetizada em palavras”. 

Ele conta que o Papa caminhou por todo o percurso e parou em cada obra exposta. “Mas acredito que ele dedicou mais tempo para observar a Catedral Cristo Rei”, comenta. 

O arquiteto disse que foram cerca de 10 minutos, tempo em que Leonardo apresentou a concepção arquitectónica, a capacidade para receber fiéis e o objetivo da Arquidiocese de Belo Horizonte de aproximar as instituições que desenvolvem o trabalho pastoral e social da Igreja.

Sobre as considerações de Bento XVI a respeito da Catedral, o arquiteto disse que o Santo Padre ficou muito impressionado. “É muito bom que ainda hoje existam pessoas com coragem para construir igrejas capazes de acolher tanta gente”, comentou o Papa. 

O arquiteto disse que o Sumo Pontífice demonstrou encanto especial pelo campanário e perguntou por que o projeto prevê a instalação de sete sinos. Leonardo afirma que o Papa, admirador da música, se mostrou satisfeito com a resposta dele, de que cada sino representaria uma das sete notas musicais. 

Araújo Pereira comentou também que Bento XVI ficou muito feliz ao saber que o serviço pastoral da Igreja metropolitana de Belo Horizonte terá na Catedral Cristo Rei um grande centro. 

“Com as pessoas próximas, agiliza e melhora o serviço da Igreja”, comentou o Santo Padre.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)

§1282. Desde os tempos mais antigos, o Baptismo é administrado às crianças, visto ser uma graça e um dom de Deus que não supõem méritos humanos; as crianças são baptizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade.

Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja

É o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. Nasceu em Marianela, um povoado nas imediações de Nápoles, em 1696. Amante dos estudos, aos 19 anos já era advogado formado. A sua vida mudou radicalmente quando percebeu a fragilidade dos julgamentos humanos, defendendo culpados e condenando inocentes. Tinha 30 anos quando se fez sacerdote. Passava os seus dias junto aos mendigos da periferia de Nápoles e dos camponeses. Em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, para concretizar o anúncio do Evangelho: "fui enviado para evangelizar os pobres". Entregou-se de corpo e alma a promover a verdadeira vida cristã no meio dos fiéis, especialmente dos mais necessitados.


Escreveu várias obras ascéticas e teológicas. Entre as mais conhecidas temos "A Prática do amor a Jesus Cristo", "Preparação para a morte" e "As glórias de Maria". A sua obra mais importante versa sobre teologia moral, assunto no qual é considerado mestre insigne.


Foi eleito Bispo de Santa Ágata dos Godos, por Clemente XIII, mas devido à idade e ao seu precário estado de saúde pediu ao papa o seu afastamento. Sofreu muitas contrariedades no fim da vida: criticado pelos seus escritos e até mesmo expulso de sua própria Congregação, por causa da má interpretação daquilo que desejava para seus filhos. Morreu em Nocera dei Pagani, Campanha, em 1787.

«Salva-me, Senhor!»

O facto de Pedro, de entre todos os passageiros da embarcação, ousar responder e pedir ao Senhor que lhe dê ordem para ir por sobre as águas até Si, indica já a disposição do seu coração no momento da Paixão. Momento em que, sozinho, seguindo os passos do Senhor e desprezando as agitações do mundo, comparáveis às do mar, O acompanhou com igual coragem para desprezar a morte. Mas a falta de segurança de Pedro revela a sua fragilidade na tentação que o esperava: pois, embora tivesse ousado avançar, afundou-se. A fraqueza da carne e o medo da morte obrigaram-no à fatalidade da negação. No entanto, solta um grito e pede a salvação ao Senhor. Tal grito é a voz gemebunda do seu arrependimento. [...]

Há, em Pedro, uma coisa que devemos considerar: ele excedeu todos os outros na fé, porque, enquanto estavam na ignorância, foi ele o primeiro a responder: «Tu és [...] o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Foi o primeiro a rejeitar a Paixão, pensando que era uma infelicidade (Mt 16,22); foi o primeiro a prometer que havia de morrer e que não renegaria (Mt 26,35); foi o primeiro a recusar que lhe lavassem os pés (Jo 13,8); e também desembainhou a espada contra os que se acercavam do Senhor para O prender (Jo 18,10). A calma do vento e do mar, amainados depois de o Senhor ter subido à embarcação, é apresentada como a paz e a tranquilidade da Igreja eterna na sequência do Seu glorioso regresso. Porque então Ele há-de vir, manifestando-Se, como naquele momento em que um justo espanto fez que todos dissessem: «Tu és, verdadeiramente, o Filho de Deus». Todos os homens darão então o testemunho claro e público de que o Filho de Deus deu a paz à Igreja, já não na humildade da carne, mas na glória do céu.

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers e doutor da Igreja
Comentário do Evangelho de São Mateus, 14, 15; SC 258

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

Vendo, porém, que o vento era forte, teve medo e, começando a afundar-se, gritou, dizendo: «Senhor salva-me!». Imediatamente Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». (Mt 14, 30-31)
Leitura completa - Mt 14, 22-36