“O Reino de Deus chegou aos vossos corações”

– Porque não experimentas converter em serviço de Deus a tua vida inteira: o trabalho e o descanso, o pranto e o sorriso? Podes... e deves! (Forja, 679)

Não caias nessa doença do carácter que tem por sintomas a falta de firmeza para tudo, a leviandade no agir e no dizer, o atordoamento,...: a frivolidade, numa palavra.

Essa frivolidade, que – não o esqueças – torna os teus planos de cada dia tão vazios ("tão cheios de vazio"), se não reages a tempo – não amanhã; agora! – fará da tua vida um boneco morto e inútil. (Caminho, 17)

Esta é a tua tarefa de cidadão cristão: contribuir para que o amor e a liberdade de Cristo presidam a todas as manifestações da vida moderna: a cultura e a economia, o trabalho e o descanso, a vida de família e a convivência social. (Sulco, 302)

Assim como Cristo passou fazendo o bem , por todos os caminhos da Palestina, assim vós ireis por todos os caminhos humanos – da família, da sociedade civil, das relações profissionais de cada dia – semeando paz. E será esta a melhor prova de que o Reino de Deus chegou aos vossos corações. Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, – escreve o apóstolo S. João – porque amamos os nossos Irmãos. (Cristo que passa, 166)

São Josemaría Escrivá

Grupo de cidadãos quer referendo sobre o valor da vida

A Comissão Nacional pro Referendo-Vida iniciou hoje, no Porto, uma acção nacional de divulgação e sensibilização com vista à realização de um referendo sobre o valor da vida, esperando que o mesmo se traduza numa revisão da lei do aborto.

«A pergunta [do referendo] não se refere ao aborto nem à eutanásia. A pergunta refere-se ao valor da vida. Acha que a vida é um valor absoluto? É isso que queremos que as pessoas pensem e respondam. Os casos concretos poderão ser tratados depois, pela via legislativa», esclareceu Daniel Serrão, médico especialista em bioética, em declarações aos jornalistas.

O mandatário do movimento explica este é um «grupo de «cidadãos livres» preocupado com «a facilidade com que se mata em Portugal», que responde desta forma ao ‘convite’ feito por Pedro Passos Coelho durante a campanha eleitoral.

«O actual primeiro-ministro disse que se houvesse um grupo de cidadãos que quisesse levantar a questão do valor da vida, estaria disponível para apoiar isso na Assembleia da República. Esperamos que honre o compromisso. Este grupo de cidadãos está a responder a uma espécie de convite que ele apresentou», esclareceu Daniel Serrão.

O médico sublinha que «se o referendo disser que a maioria do povo português atribui à vida humana um valor absoluto desde a sua origem até ao seu fim natural», isso deverá ter tradução em alterações legislativas.

Em causa está o aborto, mas também a eutanásia, à qual o médico se opõe.

«Em todos os países onde há uma boa cobertura de cuidados paliativos não há pessoa nenhuma que peça eutanásia. A pessoa tem direito a pedir, não pode é obrigar ninguém a que a mate», alerta.

A expectativa é que, se houver referendo, «uma grande maioria diga que tem respeito absoluto pela vida humana, que não é capaz de matar ninguém».

A Comissão pró Referendo-Vida entregou hoje cartas aos vários líderes religiosos do país (começou no Porto, pela comunidade israelita e pelo Bispo do Porto), explicando que pretende fazer o mesmo «junto de todas as confissões religiosas e todas as organizações de cidadãos livres».

Na missiva, pede-se o apoio dos líderes religiosos para «a campanha com vista à convocação de um referendo nacional exigindo legislação que garanta a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até à morte natural».

Vincando que o grupo não se apresenta «em nome de nada nem de ninguém», Daniel Serrão afirmou que a intenção é «chamar a atenção para a escalada que está a acontecer, para a facilidade com que um ser humano mata outro».

«Todos os dias há notícias de que alguém matou alguém. A violência instalou-se em Portugal. Esta cultura de morte tem muitos aspectos e este grupo pretende perguntar ao povo português qual o valor que atribuiu à vida humana», descreve o médico.

Daniel Litvak, rabino da Sinagoga Mekor Haim, no Porto, explicou aos jornalistas que a sua comunidade vê “com bons olhos” o que este grupo de cidadãos está a fazer.

«Sim, somos a favor da vida e pensamos que estas pessoas estão a fazer uma actividade positiva. Independentemente do ponto de vista religioso, nós estamos de acordo com esta posição», afirmou.

Lusa / SOL

Papa salienta numa mensagem ‘as novas gerações precisam de «amor» para vencer o individualismo’

S. Jerónimo Emiliani

Bento XVI afirmou que o “crescimento das novas gerações” não depende apenas de “noções culturais e técnicas”, numa mensagem divulgada pelo Vaticano.

Segundo o Papa, os jovens precisam “sobretudo de amor, que vence o individualismo e o egoísmo”, tornado as pessoas atentas às necessidades dos outros, mesmo “quando não se pode receber nada em troca, especialmente agora”.

A saudação papal enviada à congregação dos religiosos somascos (N. Spe Deus -  antiga ordem religiosa italiana, que se propunha especialmente educar e instruir crianças), fundada no século XVI, sublinha que “a juventude, sobretudo a que se encontra em dificuldades, não pode ser deixada só”.

“Deus tem os seus planos, mesmo quando não conseguimos compreender as suas disposições”, observou.

Na mensagem, o Papa aludiu à libertação da cadeia, há 500 anos, do fundador deste instituto católico, o padre Jerónimo Emiliani, atribuída pela tradição à intervenção miraculosa da Virgem Maria.

Este acontecimento, refere Bento XVI, modificou “o curso de uma vida humana e deu início a uma experiência de vida consagrada muito significativa para a história da Igreja”.

Os somascos dedicam-se, em particular, à área da educação, junto de crianças e jovens, seguindo as indicações do seu fundador, recordado pelo Papa por causa do seu serviço aos “órfãos, doentes e abandonados”.
“A atenção à juventude e à sua educação humana e cristã”, escreve, “continua a ser um compromisso da Igreja”.

Bento XVI conclui desejando que os católicos estejam atentos a “qualquer pobreza da juventude, moral, física, existencial, e acima de tudo à pobreza do amor, raiz de qualquer problema humano sério”.

Rádio Vaticano

Primeiro-ministro destaca D. José Policarpo como «homem da cultura» nacional

Cardeal-patriarca celebra 50 anos de ordenação sacerdotal, data assinalada por diversas iniciativas envolvendo a Igreja Católica e a sociedade civil

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, considera que o percurso de D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, o tornou um “homem da cultura” nacional, ultrapassando o âmbito estritamente religioso.

Em declarações ao Programa ECCLESIA (RTP2), transmitidas esta quarta-feira, o líder político recorda o passado de D. José Policarpo como professor e reitor da Universidade Católica Portuguesa, salientando a sua “grande influência na formação de pessoas e na consolidação de ideias”.

D. José Policarpo celebra em 2011 os 50 anos de ordenação sacerdotal, data assinalada por várias iniciativas que têm envolvido a Igreja e a sociedade civil, como aconteceu no concerto de homenagem que decorreu este sábado, na Fundação Calouste Gulbenkian.

António Ramalho Eanes, presidente da República portuguesa entre 1976 e 1986, considera o patriarca de Lisboa como “um elemento de estabilização da vida coletiva nacional”.

Para este antigo general das Forças Armadas, D. José Policarpo “ganhou um prestígio nascido da sociedade portuguesa e tem-no utilizado com muita prudência para que a mensagem da Igreja seja viva, mas não crie conflitos desnecessários”.

José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do distrito de Leiria e patriarcado de Lisboa.

Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 e é patriarca de Lisboa desde 1998, após a morte de D. António Ribeiro, tendo sido criado cardeal em 2001, por João Paulo II.

O percurso educativo e pastoral de D. José Policarpo foi acompanhado desde cedo por D. Albino Cleto, atual bispo da diocese de Coimbra.

“Trabalhámos tanto tempo em Lisboa, de modo que somos profundamente amigos desde os bancos do seminário”, realça.

Para o monsenhor Vítor Feytor Pinto, pároco do Campo Grande, a homenagem que a diocese tem prestado ao seu líder espiritual “é sinal de que reconhece a sensibilidade” de um homem com “grande atitude intelectual, na linha da teologia e de praticamente todas as ciências, mas também do humanismo e da preocupação pelos outros”.

Entre 1988 e 1996, o cardeal-patriarca foi reitor da Universidade Católica Portuguesa, instituição da qual é, atualmente, magno chanceler.

Na Cúria Romana, é membro da Congregação para a Educação Católica, do Conselho Pontifício para a Cultura e do Conselho Pontifício para os Leigos.

D. José Policarpo é também sócio honorário da Academia Portuguesa de História e da Academia das Ciências de Lisboa.

Já este ano, o patriarca de Lisboa assumiu a presidência da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), regressando a um cargo que ocupou entre 1999 e 2005.

PTE/JCP

(Fonte: site Agência Ecclesia)

SIDA/AIDS: Revelação da doença prejudica mais mulheres e subqualificados (estudo feito na realidade portuguesa)

Dos trabalhadores que optaram por revelar a doença à entidade patronal, 22,7% foram despedidos ou despediram-se por pressão da entidade patronal, revela um estudo.

As mulheres e os trabalhadores com menos habilitações literárias são quem mais é despedido quando optam por revelar à entidade patronal que são portadores do vírus HIV/SIDA. É a conclusão de um estudo da Coordenação Nacional para a Infecção HIV/SIDA. 

O documento, intitulado "Diagnóstico da Infecção VIH/SIDA: representações e efeitos nas condições laborais", mostra que 30% das mulheres que dão a conhecer à entidade patronal a doença são despedidas, bem como 44,4% dos menos escolarizados. 

O estudo revela ainda que, dos 1.634 inquiridos, apenas 242 optaram por dar a conhecer o diagnóstico à entidade patronal. Destes, 159 referem que o empregador "se revelou compreensivo e procedeu ao ajustamento das condições de trabalho às suas necessidades”. 

"Todavia, é de destacar que 22,7% dos indivíduos foram despedidos ou despediram-se por pressão da entidade patronal", lê-se no relatório. 

O número de despedimentos ocorre, sobretudo (50%), entre as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. Quanto ao tempo que demorou até serem despedidos, o relatório aponta que, "em 50% dos casos, aconteceu logo na primeira semana e, para 18,8% dos casos, entre a primeira semana e o primeiro mês ou nos seis meses subsequentes". 

Para desenvolver este estudo foram feitos 1.634 inquéritos a portadores do vírus durante o final de 2009 e meados de 2011. O trabalho resulta de um protocolo de colaboração entre a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA, o Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).

(Fonte: site Rádio Renascença AQUI)

A 3 de Agosto são retomadas as audiências gerais do Papa


Bento XVI prossegue o seu período de repouso em Castelgandolfo: as audiências gerais das quartas feiras suspensas durante o mês de Julho, retomarão na próxima semana 3 de Agosto. Nas ultimas audiências, a partir de 4 de Maio Bento XVI iniciara um novo ciclo de catequeses sobre a oração, convidando a nunca cessar de aprender a rezar.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)



§1279. O fruto do Baptismo ou graça baptismal é uma realidade rica que inclui: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o renascimento para uma vida nova, pela qual o homem se torna filho adoptivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo. Por esse facto, o baptizado é incorporado na Igreja, corpo de Cristo, e tornado participante do sacerdócio de Cristo.

S. Josemaría nesta data em 1974

Com alunos da Universidade de Piura, obra corporativa do Opus Dei. Alguns vestem o trajo universitário. “Todos aqueles que reunirem condições devem ter acesso aos estudos superiores, sejam quais forem a sua origem social, os seus meios económicos, a sua raça ou religião. Enquanto existirem barreiras desta natureza, a democratização do ensino será apenas uma frase oca. Em resumo: a Universidade deve estar aberta a todos e, por outro lado, deve formar os estudantes para que o seu futuro trabalho profissional venha a estar ao serviço de todos”, tinha escrito São Josemaría em 1967.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Santos Maria e Lázaro, hospedeiros e amigos do Senhor

Contam os Evangelhos que Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria.  Os três viviam em Betânia, cidade próxima a Jerusalém e era costume receber o Mestre em sua casa.  Talvez o episódio mais marcante dessa amizade seja a ressurreição de Lázaro, de onde se extrai um dos momentos mais contundentes da vida de Jesus de Nazaré: sabedor da morte do amigo, Jesus se comove e chora, demonstrando a afeição e a dor que sentia.  Inteiramente homem, sofre pela perda; inteiramente Deus, ressuscita o amigo para manifestar, assim, a glória do Pai (Jo 11, 1-45).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Santa Marta, amiga de Jesus

Marta, personagem bíblica do Novo Testamento, residia em Betânia (nas proximidades de Jerusalém) e era irmã de Maria e de Lázaro (Jo 11-12; Lc 10,38-42). Jesus era seu amigo e de seus irmãos e frequentava a sua casa (Jo 11,3; 12,3). Primogénita e dona de casa, Marta representa a vida activa, ao passo que a irmã Maria simboliza a contemplativa. Em várias lendas cristãs, Marta, juntamente com Maria e Lázaro, aparecem como missionários no sul da França.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Marta respondeu-Lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio»

Cristo veio ressuscitar Lázaro, mas o impacto desse milagre tornou-se a causa imediata da Sua prisão e crucifixão (cf. Jo 11,46ss.). [...] Ele bem sentia que Lázaro voltava à vida pelo preço do Seu próprio sacrifício; sentia-Se descer ao túmulo de onde tinha de tirar o amigo; sentia que Lázaro tinha de viver e que Ele próprio tinha de morrer. As aparências inverter-se-iam: haveria um festim em casa de Marta (cf. Jo 12,1ss.), mas a última Páscoa de tristeza caber-Lhe-ia a Ele. E Jesus sabia que aceitava totalmente essa inversão: Ele tinha vindo do seio de Seu Pai para resgatar com o Seu sangue todo o pecado dos homens e assim fazer sair do túmulo todos os crentes, como fez com Seu amigo Lázaro ─ fazê-los voltar à vida, não durante algum tempo, mas para sempre. [...]

Face à amplitude do que pretendia fazer nesse acto de misericórdia único, Jesus disse a Marta: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em Mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim não morrerá para sempre.» Façamos nossas estas palavras de consolo, quer face à nossa própria morte, quer face à dos nossos amigos: onde houver fé em Cristo, aí estará Ele em pessoa. «Crês nisto?», perguntou Ele a Marta. Quando um coração pode responder como Marta: «Sim, creio», nele Cristo torna-se misericordiosamente presente. Ainda que invisível, Ele está lá, mesmo junto de um leito de morte ou de um túmulo, sejamos nós que agonizamos ou sejam os nossos entes queridos. Que o Seu nome seja bendito! Nada nos pode tirar essa consolação. Pela Sua graça, temos tanta certeza de que Ele está lá com todo o Seu amor como se O víssemos. Depois da nossa experiência do que aconteceu a Lázaro, não duvidaremos um instante sequer de que Ele está cheio de atenções para connosco e de que está ao nosso lado.

Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «The Tears of Christ at the Grave of Lazarus»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

Jesus disse-lhe: «Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá;26 e todo aquele que vive e crê em Mim, não morrerá eternamente. Crês isto?» (Jo 11, 25-26)
Leitura completa - Jo 11, 19-27