sábado, 23 de julho de 2011

Um símbolo do renascimento no Burundi

A Escola Bento XVI construída pelo Cor Unum na localidade de Muyinga 

Uma escola primária dedicada a Bento XVI no Burundi, em Muyinga, acaba por se tornar o símbolo do renascimento de um país que, devastado por vários anos de guerra civil, tem dificuldade de se encaminhar ao longo da estrada da reconstrução. A escola foi inaugurada recentemente pelo cardeal Robert Sarah, presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, instituição à qual se deve a realização do projecto.

Num certo sentido, a história desta obra é singular, mas já representa a concretização de uma renovada esperança, como narra monsenhor Giovanni Pietro Dal Toso, secretário do dicastério do Vaticano. É uma história que tem origem em 2005, quando os bispos deste país africano, um dos mais pobres do continente, chegaram a Roma para a visita ad limina Apostolorum. "Vieram visitar o nosso dicastério - explicou monsenhor Dal Toso - e informaram-nos sobre a gravidade da situação no país. Ao enumerar as necessidades mais urgentes, detiveram-se em particular sobre a falta de institutos de educação, uma situação que o crescimento do índice de natalidade nos últimos anos corre o risco de se agravar ulteriormente. De acordo com o Pontífice, o Cor Unum decidiu iniciar a construção de uma escola. E agora, graças a Deus, pudemos inaugurá-la".

“O amor casto entre um homem e uma mulher”

Admira a bondade do nosso Pai Deus: não te enche de alegria a certeza de que o teu lar, a tua família, o teu país, que amas com loucura, são matéria de santidade? (Forja, 689)

E agora, meus filhos e minhas filhas, permiti que me detenha noutro aspecto – particularmente querido – da vida comum. Refiro-me ao amor humano, ao amor casto entre um homem e uma mulher, ao noivado, ao matrimónio. Devo dizer uma vez mais que esse amor humano santo não é algo de permitido, de tolerado, à margem das verdadeiras actividades do espírito, como poderiam insinuar os falsos espiritualismos a que antes aludia. Há quarenta anos que venho pregando exactamente o contrário, através da palavra e da escrita, e os que não compreendiam já o vão entendendo.

O amor que conduz ao matrimónio e à família pode ser também um caminho divino, vocacional, maravilhoso, meio para uma completa dedicação ao nosso Deus. Realizai as coisas com perfeição, tenho-vos recordado, ponde amor nas pequenas actividades da jornada, descobri – insisto – esse quê divino que se oculta nos pormenores: toda esta doutrina encontra um lugar especial no espaço vital em que o amor humano se enquadra. (Temas Actuais do Cristianismo, 121)

São Josemaría Escrivá

Noruega: Representante da Santa Sé classifica atentados como «atos de loucura»



Explosão no centro de Oslo e ataque a tiro na ilha de Utoeya fizeram pelo menos 91 mortos

O Núncio Apostólico para a Noruega classificou os recentes atentados perpetrados no país como «atos de loucura» cometidos contra uma «comunidade pacífica, democrática e livre».

“Quer estejam por trás razões de ordem pessoal ou política, são ações inacreditáveis e muito difíceis de compreender”, referiu o arcebispo Paul Tscherrig, em declarações publicadas hoje pela Rádio Vaticano.

O representante da Santa Sé garantiu que “a Igreja Católica está a rezar pelas vítimas e que serão recordadas durante os serviços religiosos deste domingo”.

A nação nórdica foi abalada esta sexta-feira pela explosão de uma bomba junto à sede do Governo, em Oslo, seguida de um ataque a tiro na ilha de Utoeya, levado a cabo por um homem disfarçado de polícia.

Segundo o último balanço oficial das autoridades locais, esta onda de violência tirou a vida a pelo menos 91 pessoas, 84 das quais jovens que estavam na referida região insular para participarem num acampamento do Partido Trabalhista, atualmente no poder.

Esta já é considerada como a maior catástrofe sofrida pela sociedade norueguesa, desde a Segunda Guerra Mundial.

Apesar das forças de segurança ainda não terem apurado as razões que estão por trás das mortes, já conseguiram identificar e apreender um suspeito.

Trata-se de Anders Behring Breivik, um homem de 32 anos que terá ligações à extrema-direita e que é conhecido por difundir opiniões nacionalistas e anti-muçulmanas.

JCP


(Fonte: site Agência Ecclesia)

«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro»

É lógico que o fim de todos os nossos desejos, isto é, a vida eterna, seja indicado no fim de tudo o que nos é dado a crer no Credo, com estas palavras: «A vida eterna. Ámen.» [...] Na vida eterna acontece a união do homem com Deus [...], o louvor perfeito [...] e a perfeita saciedade dos nossos desejos, pois cada bem-aventurado ainda possuirá mais do que esperava e pensava. Nesta vida ninguém pode saciar os seus desejos; nunca nada criado poderá saciar os desejos do homem. Só Deus sacia, e fá-lo infinitamente. É por isso que só podemos repousar em Deus, como disse santo Agostinho: «Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto até que repouse em Ti».

Uma vez que, na pátria, os santos  possuirão a Deus de um modo perfeito, é evidente que, não apenas o seu desejo será saciado, mas ainda transbordará de glória. É por isso que o Senhor diz: «Entra no gozo do teu Senhor» (Mt 25,21). E Santo Agostinho diz, a esse respeito: «Não é que toda a alegria entrará naqueles que se alegram, mas que aqueles que se alegram entrarão inteiramente na alegria». Diz um salmo: «Quero contemplar-Te no santuário, para ver o Teu poder e a Tua glória» [63 (62),3], e outro: «Ele satisfará os desejos do teu coração» [Sl 37 (36),4]. [...] Porque, se desejamos as delícias, é aí que encontraremos a satisfação suprema e perfeita, pois ela consistirá no bem soberano que é o próprio Deus: «delícias eternas, à Tua direita» [Sl 17 (16),11].

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Homilia sobre o Credo

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de amanhã Domingo

«O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que, quando um homem o acha, esconde-o e, cheio de alegria pelo achado, vai e vende tudo o que tem e compra aquele campo. (Mt 13, 44)


Leitura completa - Jo 13, 44-52

Um amor assim

       Não conheci Maria José Nogueira Pinto, mas admirava-a pela frontalidade, pela dedicação às causas em que acreditava, pela coragem.
Deu testemunho de alegria e entrega, com uma elegância absolutamente invulgar, até ao último dia da sua vida. As últimas palavras da sua derradeira crónica para o Diário de Notícias, publicada já depois da sua morte, foram estas: «o Senhor é meu pastor, nada me faltará». Creio que as terá escrito sobretudo para consolar aqueles que mais amava e que mais a amavam – para os certificar de que ficaria bem e para os animar a viverem com a veemência com que ela mesma viveu. O dom da fé não nos é dado a todos do mesmo modo nem se esgota no formato de um Deus mais ou menos escanhoado; cada um de nós tem a possibilidade de escolher entre o amor que acende o mundo e o ódio que o apaga.
          Dir-me-ão que nada é tão simples – e não é, de facto, porque escolher o amor significa perder o direito ao conforto da cobardia, prescindir da segurança dos caminhos previamente traçados, estar disponível para merecer a felicidade, isto é, enfrentar de olhos abertos os obstáculos, a dor, a mudança. O texto de Jaime Nogueira Pinto sobre a mulher da sua vida, publicado no Sol da passada semana explica exactamente de que é feito o amor autêntico – e faz desabar as teorias pseudo-científicas sobre a duração da paixão (dois anos, dizem os sábios infelizes), responsáveis pela grande catástrofe do século XXI, que é a da descrença na perenidade do enamoramento. Os divórcios são apenas um iceberg de valentes – quantos casamentos não conhecemos feitos de mentiras consensuais e contabilidades amparadas, tristemente sustentados por crianças que, por isso mesmo, crescem desiludidas quanto à graça do amor?
Jaime Nogueira Pinto recorda o livro único do escritor francês Jean
René Huguenin, com um título belíssimo (La Côte Sauvage), para citar uma frase que ambos amavam desde a adolescência, e que definia o amor como «uma extrema atenção». Num mundo que celebra e louva a desatenção, a corrida bárbara para lugar nenhum, eles souberam sempre cultivar essa atenção extrema – extremosa, extremista, radical, absoluta. Porque tiveram a sorte de se encontrar cedo e de cedo compreender, para lá da química e da física (que são essenciais, mas nunca bastam) , que pertenciam um ao outro – que podiam rever-se nos olhos um do outro como em espelhos límpidos. Porque liam os mesmos livros e conversavam sobre eles, porque tinham os mesmos ideais e lutavam por eles, porque atravessaram tempestades e não se deixaram levar pela ventania, porque nunca amputaram os sonhos um do outro nem perderam de vista o sonho maior que queriam construir juntos, porque souberam ser a casa um do outro quando a vida os empurrou para longe da casa e do país que tinham.
Assim viveram um amor intenso durante mais de quarenta anos. Assim, Maria José morreu sem medo. Escreve Jaime Nogueira Pinto: «Foi estóica e heróica, mas a sorrir, lúcida, sem ressentimento nem revolta, aceitando o que achava que agora lhe era exigido». Aceitação é outra palavra caída em desuso, porque na voragem em que escolhemos des-existir a confundimos com resignação ou desistência – e é rigorosamente o seu contrário: só pode aceitar o que a vida lhe apresenta quem sabe quem é e o que quer.
Graças a Maria José Nogueira Pinto, que nunca cheguei a conhecer, acordarei feliz nas mais árduas manhãs, dizendo: o amor é meu pastor, nada me faltará.

INÊS PEDROSA

In ‘Sol’ na sua edição de ontem sexta-feira 22.07.2011

Porta-voz esclarece que o Vaticano não encobriu abusos do clero na Irlanda

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, declarou que o Vaticano não ajudou a encobrir os abusos sexuais cometidos por membros do clero na Irlanda e pediu objetividade às autoridades desse país para ajudar as vítimas.

O sacerdote qualificou de falsas as afirmações de certos personagens que acusam o Vaticano de ter animado os bispos da Irlanda a não denunciar os casos de abuso sexual à polícia.

Segundo o Padre Lombardi, estas acusações ignoram tudo o que a Santa Sé tem feito para rebater o problema. "Atribuir uma grave responsabilidade à Santa Sé pelo que aconteceu à Irlanda", indicou o Padre. Lombardi "demonstra pouco conhecimento do que a Santa Sé tem feito na realidade nos últimos anos para ajudar a abordar eficazmente o problema".

O porta-voz esclareceu que seus comentários não são uma resposta oficial do Vaticano, a mesma será publicada em breve, ainda que os legisladores irlandeses envolvessem a Santa Sé no caso da Diocese de Cloyne, onde um recente relatório identificou nove casos de abusos cometidos entre 1996 e 2005, que não foram reportados às autoridades pelo ex-bispo local.

O Parlamento de Dublin aprovou na quarta-feira 20 de julho uma moção na qual se acusa o Vaticano de "menosprezar os normas de proteção das crianças" nos casos de abusos sexuais a menores por parte do clero na Irlanda.

O Papa Bento XVI enviou no ano 2010 uma delegação à Irlanda com o fim de investigar os seminários e as dioceses deste país e escreveu uma carta aos católicos da Irlanda na qual expressou "sua dor" pelos casos de abusos que saíram à luz no mesmo ano.

Além disso, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal William Llevada, enviou uma carta circular às conferências episcopais do mundo na qual exortou os bispos a prepararem um documento que indicasse o procedimento que a autoridade eclesiástica seguirá nestes casos. 

Hoje, a Santa Sé publicou uma declaração oficial do Padre Lombardi na qual confirma que o Vaticano "vai responder oportunamente às questões colocadas pelo Governo irlandês a propósito do relatório sobre a diocese de Cloyne”. 

“Em todo caso, esperamos que o debate em curso sobre temas tão dramáticos se desenvolva com a necessária objetividade, de modo a contribuir para a causa que deve estar no coração de todos, isto é, a salvaguarda das crianças e jovens", assinalou o porta-voz do Vaticano.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Católicos condenam brutal atentado e tiroteio na Noruega

Os católicos na Noruega expressaram seu estupor e total condenação ante o atentado terrorista perpetrado hoje com um carro bomba no centro desta capital, que deixou como saldo 7 mortos e 20 feridos já eram noticiados . Segundo as primeiras informações, os autores seriam extremistas muçulmanos.

Em declarações ao grupo ACI, o diretor de comunicações da diocese do Oslo, Pe. Paul Bratbak, assinalou que "estamos muito acostumados à calma nesta pequena nação aonde nada disto acontece. O que sucedeu é demasiado para todos nós".

Logo depois da explosão do carro bomba, um homem abriu fogo em um acampamento das juventudes social-democratas perto de Oslo, onde assassinou pelo menos a 80 jovens, conforme informa o Washington Post. O homem já foi detido pela polícia.

O New York Times afirmou que os autores do atentado e do tiroteio seriam membros do grupo terrorista muçulmano Ansar al-Jihad al-Alami. Entretanto não foi confirmada a autenticidade da declaração o que gerou ainda mais confusão nos noruegueses.

Enquanto isso, nações como El Salvador expressaram sua solidariedade à Noruega após o atentado que afetou gravemente o centro governamental de Oslo e que não feriu o primeiro ministro Jens Stoltenberg.

Logo após o ataque, a polícia norueguesa ordenou a evacuação das redações de vários meios de imprensa, e também da estação central de ferrovia e pelo menos dois centros comerciais.

As redações da rádio pública NRK, assim como os jornais VG, NTB, Aftenposten e o canal TV2, os principais do país, foram desalojados por razões de segurança.

Pouco antes do desalojamento, o próprio primeiro-ministro Jens Stoltenberg, qualificou de "grave" a situação, em declarações por telefone à televisão norueguesa TV2 desde um lugar não revelado por razões de segurança.

O Pe. Bratbak disse também ao grupo ACI que escutou na rádio as notícias do atentado enquanto dirigia das montanhas de volta à cidade depois de participar de um retiro de uma semana. "Foi muito chocante voltar para isto logo depois de um retiro. Quando me encontrava reconectando-me com o mundo", acrescentou.

Para ouvir as notícias, apressou-se para chegar a Oslo.

Muitas das velas na capela estavam acesas na capela da Catedral, contou o presbítero, o que mostra que muitos fiéis foram lá para rezar. "Está tudo muito caótico neste momento que estamos tentando acalmar-nos para orar", afirmou.

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, disse ao grupo ACI em Roma que o Vaticano divulgaria uma declaração se for confirmada uma motivação religiosa nos ataques desta sexta-feira 22 de julho.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Crise/Igreja: Movimento de pedagogia social junta instituições civis e religiosas

Iniciativa quer ser voz de quem não a tem, perante a atual «onda de dívida», diz presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social

Instituições civis e religiosas uniram-se para criar um movimento de pedagogia social, com o intuito de “ir ao encontro das aflições” e “ser uma voz profética”, revelou o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.

Após a primeira reunião, realizada esta quinta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, D. Carlos Azevedo, revelou à Agência ECCLESIA que o movimento “não pretende angariar fundos”, porque “esse modelo está preenchido e já existe nas dioceses”, mas “ajudar a preparar a opinião pública”.

A união de esforços entre entidades civis e religiosas na resolução da crise pretende também ser voz daqueles que não a têm, visto que os sindicatos “podem ser voz de alguns setores, mas existem outros que não têm quem os defenda”.

“A onda de dívida que atingiu o país deve ser cortada com uma onda de dom”, defende D. Carlos Azevedo.

Antecipar e acautelar o aumento da gravidade da crise que atingirá a população nos próximos meses é uma das preocupações deste grupo.

A crise é uma oportunidade “de coordenação e purificação de cada indivíduo no seu estilo de vida” porque, hoje, “as carências são cada vez mais fortes” e atingem, nalguns casos “famílias inteiras”, lamenta o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.

Como as disfuncionalidades são várias, as instituições devem “ajudar na preparação das pessoas” para os tempos sombrios.

Depois da ilusão do “crescimento económico” e de que a Europa colocaria Portugal no “grupo dos ricos”, verificou-se o contrário e, atualmente, “pertence ao grupo dos pobres”.

Os portugueses têm “de purificar os critérios e aprender a viver em tempos de aperto”, avançou o prelado.

Apesar de ainda não serem conhecidas na totalidade as linhas orientadoras do Programa de Emergência Social do Governo, a Igreja mostra-se disponível para ajudar, considerando que os momentos atuais requerem “uma resposta mais solidária”.

A reunião de quinta-feira juntou responsáveis da Igreja Católica e de instituições tão diversas como o Banco Alimentar, a Fundação Gulbenkian, a Caritas Portuguesa e a Comissão Nacional Justiça e Paz.

LFS

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Bento XVI viajará ao Benin em novembro para entregar documento pós-sinodal

Bento XVI irá ao Benin em novembro deste ano para entregar a  Exortação Apostólica pós-sinodal, fruto do 2º Sínodo para a África de 2009, que coincide com a celebração do 'Jubileu dos 150 anos da evangelização do Benin' 

Segundo informou hoje o vice-presidente do Comité Organizador da viagem, D. Eugène Houndekon, em conferência de imprensa na terça-feira, 21, nesta viagem o Pontífice também recordará o falecido Cardeal Bernardin Gantin, natural do Benin quem faleceu em Paris no ano 2008 aos 86 anos de idade.

A visita reveste-se de importância não somente para os católicos, mas para todo o povo do país, e servirá para tornar visível a "Igreja-família" que está na África. "Apelo a todos os beninenses a contribuir com o sucesso do evento", destaca o responsável pela comunicação do Comité Organizador, padre André Quenum em declarações reunidas pelo Portal Canção Nova Notícias.

"A visita do Papa ao Benin honra toda a África", disse o Ministro do Exterior do país, Nassirou Bako-Arifari, em entrevista ao jornal católico francês La Croix. Sublinha ainda as boas relações com a Igreja e a sua contribuição na construção da Nação. 

Segundo o Censo de 2002, os católicos equivalem a 27,1% da população do Benin. A seguir, aparecem os muçulmanos (24,4%) e os praticantes de vodun (17,3%). A capital constitucional é a cidade de Porto-Novo, mas a sede do governo fica na maior cidade do país, Cotonou. Benin é uma antiga colónia francesa que se tornou independente em 1º de agosto de 1960.

Esta é a terceira vez que um Papa visita o país africano. As outras duas foram realizadas pelo Beato João Paulo II, em 1982 e em 1993.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

S. Josemaría nesta data em 1956

São Josemaría é nomeado Consultor da Sagrada Congregação dos Seminários e Universidades, e Académico de Honra da Pontifícia Academia Romana de Teologia. “É necessário que a Universidade incuta nos estudantes uma mentalidade de serviço: serviço à sociedade, promovendo o bem comum através do trabalho profissional e da actuação pública. Os universitários devem ser responsáveis, sentir uma sã inquietação pelos problemas dos outros e um espírito generoso que os leve a enfrentar estes problemas e a procurar encontrar-lhes a melhor solução. É missão da Universidade dar tudo isto aos estudantes”, comenta numa entrevista coligida emTemas actuais do Cristianismo.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Santa Brígida da Suécia, co-Padroeira da Europa

1. "Eu renovo todas as coisas... estas palavras são fiéis e verdadeiras" (Ap 21, 5).

Cristo renova todas as coisas. Santa Brígida, ilustre filha da terra da Suécia, acreditou muito e com profundo amor em Cristo. Adornou com o seu cântico de fé e as suas boas obras a Igreja, na qual reconhecia a comunidade dos crentes, habitada pelo Espírito de Deus.

Hoje recordamos esta singular figura de Santa e sinto-me particularmente feliz por que nesta celebração estejam ao meu lado os mais altos representantes das Igrejas luteranas da Suécia e da Finlândia, juntamente com os meus venerados Irmãos no Episcopado de Estocolmo e de Copenhaga. Saúdo-os a todos e cada um com grande afecto.

Com deferência saúdo também o Rei e a Rainha da Suécia, que quiseram honrar esta celebração com a sua presença. A minha saudação estende-se, além disso, às Personalidades políticas que estão aqui connosco. Saúdo por fim todas vós, queridas Irmãs do Santíssimo Salvador de Santa Brígida, aqui guiadas pela vossa Superiora-Geral.

2. Estamos mais uma vez reunidos para renovar diante do Senhor o empenho pela unidade da fé e da Igreja, que Santa Brígida, com convicção, fez próprio em tempos difíceis. A paixão pela unidade dos cristãos foi o alimento de toda a sua existência. E este empenho, graças ao seu testemunho e ao da Madre Isabel Hesselblad, chegou até nós através da corrente misteriosa da Graça que ultrapassa os confins do tempo e do espaço.

A celebração hodierna impele-nos a meditar sobre a mensagem de Santa Brígida, que eu quis recentemente proclamar co-Padroeira da Europa, juntamente com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz. O seu amor activo pela Igreja de Cristo e o testemunho que deu da Cruz constituem um símbolo e uma inspiração para todos nós, que nos preparamos para cruzar o limiar de um novo milénio.

É-me muito grato inaugurar e benzer nesta tarde, no termo da presente celebração, uma estátua que tornará mais viva, aqui no Vaticano, a memória desta grande testemunha da fé. Colocada no exterior desta Basílica e precisamente ao lado da Porta chamada "da oração", a efígie em mármore de Santa Brígida constituirá para todos um constante convite a orar e a trabalhar sempre pela unidade dos cristãos.

3. O meu pensamento dirige-se agora para o dia 5 de Outubro de 1991, quando, nesta mesma Basílica, teve lugar uma solene celebração ecuménica no sexto centenário da canonização de Santa Brígida. Naquela circunstância pude dizer: "Já há vinte e cinco anos luteranos e católicos se esforçam por encontrar de novo o caminho comum... O diálogo teológico tornou evidente o vasto património de fé que nos une... Ninguém ignora que da doutrina da justificação teve início a Reforma protestante e que ela rompeu a unidade dos cristãos do Ocidente. Uma sua comum compreensão... ajudar-nos-á, disto estamos certos, a resolver as outras controvérsias que, directa ou indirectamente, a ela estão ligadas" (cf. L'Osserv. Rom. ed. port. de 13/X/1991, pág. 2).

Aquela "comum compreensão" a que eu almejava há nove anos, hoje, graças ao Senhor, tornou-se realidade animadora. No dia 31 de Outubro passado, na cidade de Ausburgo, foi assinada solenemente uma Declaração conjunta, na qual luteranos e católicos amadureceram um consenso sobre verdades fundamentais da doutrina da justificação. Esta aquisição do diálogo ecuménico, marco miliário no caminho rumo à unidade plena e visível, é o resultado de um intenso trabalho de pesquisa, encontros e oração.

Contudo, permanece diante de nós um longo caminho a percorrer: "grandis resta nobis via". Devemos fazer ainda mais, conscientes das responsabilidades que nos competem no limiar de um novo milénio. Devemos continuar a comunhão juntos, sustentados por Cristo, que no Cenáculo, na vigília da sua morte, pediu ao Pai para que todos os seus discípulos "fossem um só" (Jo 17, 21).

4. Como mais do que nunca necessário, no texto da Declaração conjunta está escrito que o consenso obtido pelos católicos e luteranos "sobre verdades fundamentais da doutrina da justificação, deve ter efeitos e encontrar uma verificação na vida e no ensino das Igrejas" (n. 43).
Neste caminho, confiamo-nos à acção incessante do Espírito Santo. Além disso, temos confiança também em quem, antes de nós, amou tanto Cristo e a sua Cruz e orou, como Santa Brígida, pela característica irrenunciável da Igreja, a da sua unidade.

Não conhecemos o dia do encontro com o Senhor. Por isto o Evangelho convida-nos a vigiar, tendo acesas as nossas lâmpadas para que, quando o Esposo chegar, possamos estar prontos a acolhê-l'O. Nesta expectativa vigilante, ressoa no coração de cada crente a invocação do divino Mestre: "Ut unum sint".

Santa Brígida nos sirva de exemplo e interceda por nós. A vós, suas caríssimas filhas espirituais da Ordem do Santíssimo Salvador, peço de modo especial que prossigais com fidelidade no vosso precioso apostolado ao serviço da unidade.

O novo milénio já está às portas: "Cristo ontem, hoje e sempre" seja o centro e a meta de todas as nossas aspirações. É Ele que renova todas as coisas e traça para nós um itinerário de jubilosa esperança. Oremos sem cessar para que Ele nos conceda a sabedoria e a força do seu Espírito; invoquemo-l'O para que todos os cristãos cheguem quanto antes à unidade. Nada é impossível a Deus!

João Paulo II – Homilia proferida em 13 de Setembro de 1999

S. Brígida, religiosa, co-padroeira da Europa

Para edificar a nova Europa sobre bases sólidas, não é decerto suficiente apelar apenas aos interesses económicos, que se em certas ocasiões unem, noutras, em contrapartida, dividem; antes, é necessário incidir sobre os valores autênticos, que têm o seu fundamento na lei moral universal, inscrita no coração de cada homem. Uma Europa que confundisse o valor da tolerância e do respeito universal com o indiferentismo ético e o cepticismo acerca dos valores irrenunciáveis abrir-se-ia às mais arriscadas aventuras e, mais cedo ou mais tarde, veria reaparecer sob novas formas os espectros mais tremendos da sua história.

Para evitar esta ameaça, torna-se mais uma vez vital o papel do cristianismo, que está a indicar de forma infatigável o horizonte ideal. À luz dos inúmeros pontos de encontro com as outras religiões, que o Concílio Vaticano II prospectou (cf. Decreto «Nostra aetate»), é necessário ressaltar com vigor que a abertura ao Transcendente é uma dimensão vital para a existência. É essencial, portanto, um renovado compromisso de testemunho por parte de todos os cristãos, presentes nas várias nações do continente. A eles cabe alimentar a esperança da plena salvação com o anúncio do Evangelho que lhes compete isto é, da «Boa Nova» com a qual Deus Se encontrou connosco, e em Seu Filho Jesus Cristo nos ofereceu a redenção e a plenitude da vida divina. Graças ao Espírito que nos foi dado, podemos elevar a Deus o nosso olhar e invocá-lo com o doce nome de "Abba", Pai (cf. Rm 8, 15; Gl 4, 6).

Ao favorecer uma renovada devoção eu quis, com este anúncio de esperança, valorizar em perspectiva «europeia» estas três grandes figuras de mulher, que em várias épocas deram tão significativa contribuição para o crescimento não só da Igreja, mas da mesma sociedade.

Beato João Paulo II
Carta Apostólica «Spes aedificandi» §§ 10-11, 01/10/99  (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e ser-vos-á concedido. Nisto é glorificado Meu Pai: Em que vós deis muito fruto e sejais Meus discípulos. (Jo 15, 7-8)


Leitura completa - Jo 15, 1-8