quarta-feira, 27 de abril de 2011

Boa noite!

"Quia respexit humilitatem ancillae suae" – porque olhou para a baixeza da sua escrava... Cada vez me persuado mais de que a humildade autêntica é a base sobrenatural de todas as virtudes. Fala com Nossa Senhora, para que Ela nos ensine a caminhar por esta senda.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 289)

Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus. Onde há humildade há sabedoria, explica o livro dos Provérbios. A humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade. E ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus. Esta é a nossa grandeza.

Que bem o compreendia Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de existir sobre a terra! Maria glorifica o poder do Senhor, que depôs do trono os poderosos e elevou os humildes. E canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina: porque olhou para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

Maria manifesta-se santamente transformada, no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E, por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. A humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas da sua Mãe sempre Imaculada.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 96)

Os cristãos estejam empenhados na transformação do mundo à luz do amor do Ressuscitado: Bento XVI na Audiência geral

Na audiência geral desta quarta feira, na Praça de S. Pedro, o Papa desenvolveu uma catequese sobre a Pascoa , coração do mistério cristão e fundamento da nossa fé. A Ressurreição de Cristo – explicou - longe de convidar os cristãos a evadir do mundo, torna-os ainda mais empenhados na sua transformação á luz do amor. Os cristãos são chamados a ser fermento novo no mundo, doando-se sem reservas pelas causas mais urgentes e mais justas. Cristo ressuscitou verdadeiramente ! Não podemos ter só para nós a vida e a alegria que Ele nos deu na sua Páscoa – concluiu - mas devemos dá-la a todos aqueles que se aproximam de nós. É a nossa tarefa e a nossa missão: fazer ressurgir no coração do próximo a esperança lá onde há desespero , a alegria onde se encontra a tristeza, a vida onde há morte. Testemunhar cada dia a alegria do Senhor ressuscitado significa viver sempre de maneira pascal e fazer ressoar a alegre noticia que Cristo não é uma ideia ou uma recordação do passado, mas uma Pessoa que vive connosco, para nós e em nós, e com Ele e nele podemos fazer novas todas as coisas.

Não faltaram nesta audiência palavras do Papa em português 

Queridos irmãos e irmãs,

A Páscoa é o centro do mistério cristão, pois tudo tem como ponto de partida a ressurreição de Cristo. Da Páscoa irradia, como de um centro luminoso, toda a liturgia da Igreja, que dela toma o seu conteúdo e significado. A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração, mas a atualização no mistério dessa realidade pela qual Cristo iniciou uma nova condição do nosso ser homens: uma vida imersa na eternidade de Deus. Por isso, toda a nossa existência deve assumir uma forma pascal, como ensina São Paulo na Carta aos Colossenses: “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto” (3,1). Longe de significar um desprezo das realidades terrenas, o Apóstolo diz-nos que devemos buscar aquilo que pertence ao “homem novo”, revestido de Cristo pelo Batismo, mas que tem necessidade incessante de se renovar à imagem d’Aquele que o criou. Cada cristão, bem como cada comunidade, que vive a experiência desta passagem de ressurreição, não pode deixar de converter-se em fermento novo no mundo, doando-se sem reservas às causas mais urgentes e justas, como demonstram os testemunhos dos Santos de todas as épocas e lugares.

Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os portugueses vindos de Lisboa e da Sertã e os brasileiros de Poços de Caldas, a minha saudação, com votos duma boa continuação de santa Páscoa! Não podemos guardar só para nós a vida e a alegria que Cristo nos deu com a sua Ressurreição, mas devemos transmiti-la a quantos se aproximam de nós. Assim, fareis surgir no coração dos outros a esperança, a felicidade e a vida! Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção Apostólica.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

A transparência cristã de João Paulo II - D. Javier Echevarría

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana

Há anos que se ouvem testemunhos de jovens, e menos jovens, que se sentiram atraídos por Cristo graças às palavras, ao exemplo e à proximidade de João Paulo II. Com a ajuda de Deus, alguns empreenderam um caminho de procura da santidade sem mudar de estado, na vida matrimonial ou no celibato, outros, no sacerdócio ou na vida religiosa. São vários milhares e há quem lhes chame "a geração João Paulo II".

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Karol Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana, um pastor solícito, um comunicador credível da verdade e um pai, para crentes e não crentes. Mas o Papa que nos guiou na transição do segundo para o terceiro milénio foi acima de tudo um homem apaixonado por Jesus Cristo e identificado com Ele. 

"Para saber quem é João Paulo II é preciso vê-lo rezar, sobretudo na intimidade da sua capela privada", escreveu um dos biógrafos deste santo pontífice. E assim é, de facto. Uma das últimas fotografias da sua caminhada terrena retrata-o na capela privada acompanhando, pela televisão, a Via-Sacra que decorria no Coliseu. Naquela Sexta-Feira Santa de 2005, João Paulo II não pôde presidir fisicamente ao evento, como fizera nos anos anteriores. Já não conseguia nem falar nem andar, mas essa imagem espelha a intensidade do momento que vivia. Agarrado a um grande crucifixo de madeira, o Papa abraça Jesus na cruz, aproxima o Crucificado do seu coração e beija-O. A imagem de João Paulo II, ancião e doente, unido à Cruz, é um discurso tão eloquente como as suas palavras vigorosas ou as viagens extenuantes.

O novo beato cumpriu com generosidade heróica o mandato de Cristo aos Seus discípulos: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16, 15). Na ânsia de chegar ao último recanto de África, da América, da Ásia, da Europa e da Oceânia, João Paulo II não pensava em si próprio; tinha o ímpeto de gastar a vida em serviço dos outros, o desejo de mostrar a dignidade do ser humano - criado à imagem e semelhança de Deus e redimido por Cristo - e de transmitir a mensagem do Evangelho.

Certa vez, ao fim da tarde, acompanhei D. Álvaro del Portillo - então prelado do Opus Dei - aos aposentos pontifícios. Enquanto esperávamos a chegada do Papa ouvimos os passos cansados, de alguém que arrastava os pés, aproximar-se por um corredor. Era João Paulo II, muito cansado. D. Álvaro del Portillo exclamou: "Santo Padre, está tão cansado!" O Papa olhou para ele e, com voz amável, explicou: "Se por esta altura não estivesse cansado, seria sinal de que não teria cumprido o meu dever." O zelo pelas almas transportou-o ao último canto da Terra para levar a mensagem de Cristo. Há alguém no mundo que tenha estreitado mais mãos na sua vida, ou tenha cruzado o seu olhar com o de tantas pessoas como ele? Esse esforço, também humano, era outro modo de abraçar e de se unir ao Crucificado.

A universalidade do coração de João Paulo II não o conduzia só a uma actividade que poderíamos chamar exterior: também no seu interior agia operativamente este espírito, assumindo as inquietações do mundo inteiro. Diariamente, a partir da capela privada no Vaticano, percorria o globo. Por isso foi natural a resposta a um jornalista que perguntou como rezava: a oração do Papa - respondeu - é uma "peregrinação pelo mundo inteiro rezando com o pensamento e o coração". 

Na sua oração - explicava - emerge "a geografia das comunidades, das igrejas, das sociedades e também dos problemas que angustiam o mundo contemporâneo", e deste modo o Papa "expõe diante de Deus todas as alegrias e esperanças e ao mesmo tempo as tristezas e preocupações que a Igreja partilha com a humanidade contemporânea".

Esse coração universal e esse impulso missionário levaram-no a dialogar com pessoas de todos os tipos. Isso tornou-se patente durante o Jubileu do ano 2000; quis encontrar-se com crianças, jovens, adultos e idosos; com desportistas, artistas, governantes, políticos, polícias e militares; com trabalhadores do campo, universitários, presos e doentes; com famílias, pessoas do mundo do espectáculo, emigrantes e nómadas... 

A biografia de Karol Wojtyla pode também ler-se como um contínuo levar o Evangelho aos mais variados sectores da sociedade humana: às famílias, à escola e à fábrica, ao teatro e à literatura, às cidades de arranha-céus e aos bairros de barracas. A sua história levou-o a perceber com clareza que é possível tornar presente Cristo em todas as circunstâncias, também nos momentos trágicos da guerra mundial e das dominações totalitárias que imperaram na sua terra natal. Nos cenários mais diversos da modernidade, João Paulo II levou a luz de Jesus Cristo à humanidade inteira. Com a sua existência ensina-nos a descobrir Deus nas circunstâncias em que nos toca viver.

Numa das suas obras, S. Josemaría Escrivá de Balaguer, contempla Jesus na cruz como Sacerdote Eterno, que "abre os seus braços à humanidade inteira". Penso que a caminhada terrena de João Paulo II foi uma réplica fiel desse Senhor a acolher no Seu coração todos os homens e mulheres, derramando amor e misericórdia em cada um, com um acento especial para os doentes e os desvalidos.

A vida do cristão é procurar configurar-se com Cristo; e João Paulo II cumpriu-o de modo sublime: por causa da sua heróica correspondência à graça, da sua alegria de filho de Deus, pessoas de todas as raças e condições sociais viram brilhar nele o rosto do Ressuscitado. 

A fotografia que referi no início destas reflexões parece-me uma síntese visual da vida de João Paulo II: um Papa exausto pelo longo tempo de serviço às almas, que conduz o olhar do mundo para Jesus na cruz, para que cada um e cada uma encontre aí respostas para as suas interrogações mais profundas. A vida do novo beato é pois um exemplo de transparência cristã: tornar visível, através da própria vida, o rosto e os sentimentos misericordiosos de Jesus. Penso que é essa a razão e o segredo da sua eficácia evangelizadora. E estou convencido - assim o peço a Deus - de que a sua elevação aos altares induzirá no mundo e na Igreja uma onda de fé e de amor, de desejos de servir os outros e de gratidão ao Senhor.

No dia 1 de Maio de 2011, na Praça de São Pedro, sob o olhar carinhoso da Mãe da Igreja, poderemos unir-nos a Bento XVI e dizer uma vez mais: "Queremos expressar a nossa profunda gratidão ao Senhor pelo dom de João Paulo II e queremos também agradecer a este Papa tudo o que fez e sofreu" (Audiência geral, 18 de Maio de 2005).

Aos que o conhecemos em vida, cabe-nos agora o gostoso dever de o dar a conhecer às gerações vindouras. 

+ Javier Echevarría - Prelado do Opus Dei

Hoje!

Senhor quiseste-me acordado desde as 02:30 para meditar, excepto nalgumas palermices, e rezar.

Humildemente Te rogo que me ilumines e ajudes a juntar as peças do puzzle já como dizias aos Teus discípulos eu também sou «Homens de pouca fé, porque estais a discorrer entre vós por não terdes trazido pão?» (Mat 16, 8) e ainda não consegui juntá-las, salvo se for essa a tua vontade e então «não se faça, contudo, a minha vontade, mas a Tua» (Lc 22, 42)

(JPR)

FMI: Bispo de Beja pede atenção aos mais desfavorecidos

D. Vitalino Dantas considera ainda que os sacrifícios devem ser bem explicados aos portugueses


O Bispo de Beja pede que os trabalhadores que menos ganham sejam poupados nas medidas mais restritivas avançadas pela “troika” que está a negociar as condições do empréstimo a Portugal. 

É a reacção de D. Vitalino Dantas à possibilidade de os funcionários públicos receberem os subsídios de férias e de Natal em títulos do Tesouro, como certificados de aforro. 

“Nós estamos habituados, há muitos anos, a ter 14 salários e planificámos a nossa vida tendo isso em conta”, pelo que a medida “com certeza que vai ter um grande impacto”, considera, apelando a que “as restrições não afectem tanto aqueles que usufruem de salários mínimos e que não têm outras maneiras de poder subir essas prestações, sobretudo ao longo do ano”. 

O também presidente da comissão episcopal da Mobilidade Humana percebe a necessidade da medida, hoje avançada pelo “Diário Económico”, mas defende que não deve ser aplicada por igual, pois há quem tenha “outros salários que dão, além da subsistência, um certo nível de vida”. 

A substituição do 13º e 14º meses pode ser apenas uma das medidas que o pedido de ajuda externa vai implicar. D. Vitalino Dantas defende que os sacrifícios devem ser bem explicados aos portugueses. 

“Eu creio que devíamos explicar bem aos portugueses o processo e as fases de todas estas restrições. Acho que os nossos políticos, economistas e os nossos empresários deviam, com estes empréstimos que vão ser concedidos, apontar metas de produtividade e de recuperação de maneira a que o povo não tivesse que viver assim, num futuro totalmente incerto”, defende, em declarações à Renascença.

(Fonte: site da Rádio Renascença)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1954




Festa de Nossa Senhora de Montserrat. Sofre um choque anafiláctico e começa a ficar inexplicavelmente curado da diabetes de que sofre há 10 anos. “Quando estava quase a perder os sentidos, em poucos segundos, o Senhor fez-me ver a minha vida como se fosse um filme; enchi-me de vergonha por tantos erros, e pedi perdão a Deus. É impossível passar por mais. É como se tivesse morrido”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Perita em neurociências assegura que oração ajuda a desenvolver o cérebro

A neurorradiologista italiana Adriana Gini afirmou que a prece é benéfica para o desenvolvimento do cérebro, ao participar de um foro multimédia sobre os jovens e a comunicação na era digital celebrado em Roma.

Gini afirmou no dia 14 de Abril no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, que "a prática do silêncio, a meditação e a oração favorecem as áreas cerebrais que se convertem mais pacientes e altruístas".

O foro "Comunicação Juvenil na Era dos Meios de comunicação Sociais", foi patrocinado pelo Conselho Pontifício da Cultura.

O evento foi uma resposta ao convite que o Papa Bento XVI fez em Novembro de 2010 aos participantes da assembleia plenária do mesmo Conselho Pontifício para beneficiar-se "com renovado compromisso criativo, mas também com sentido crítico e cuidado discernimento das novas linguagens e das novas modalidades comunicativas".

Gini assegurou que "nas crianças, um ambiente sereno e interactivo, a presença de pais afectuosos, a amizade, e a vida activa são elementos que permitem um correcto desenvolvimento cerebral e portanto a aquisição de capacidade como o equilíbrio emotivo, a sociabilidade, e a generosidade".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação ao pré acordo ortográfico da responsabilidade de JPR)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio

«Não com palavras doutas, de sabedoria humana, mas com aquelas que o Espírito ensina e que exprimem as coisas espirituais» (1 Cor 2, 12-13). Deste modo o Espírito Santo guia a Igreja para a verdade inteira, provê-a de diversos dons, enriquece-a com os seus frutos, rejuvenesce-a com a força do Evangelho e torna-a capaz de perscrutar os sinais dos tempos, para responder sempre melhor à vontade de Deus (cf. Lumen gentium, 4 e 12; Gaudium et spes, 4).» (19-X-1997 in Carta Apostólica Divini Amoris Scientia)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

João Paulo II
Carta apostólica «Mane nobiscum Domine» §§ 2, 11, 12 (trad. DC 2323 7/11/04 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se»

O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um ano que verá a Igreja particularmente empenhada na vivência do mistério da sagrada Eucaristia. Ao longo do caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-Se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a Sua promessa de «estar connosco todos os dias até ao fim do mundo» (cf. Mt 28, 20).

A narração da aparição de Jesus ressuscitado aos dois discípulos de Emaús ajuda-nos a pôr em destaque um primeiro aspecto do mistério eucarístico, que deve estar sempre presente na devoção do povo de Deus: a Eucaristia, mistério de luz! [...] Jesus designou-Se a Si mesmo como «luz do mundo» (Jo 8, 12), e esta Sua propriedade aparece bem evidenciada em momentos da Sua vida como a Transfiguração e a Ressurreição, onde refulge claramente a Sua glória divina. Diversamente, na Eucaristia a glória de Cristo está velada. O sacramento eucarístico é o «mysterium fidei» por excelência. E, todavia, precisamente através deste sacramento da sua total ocultação, Cristo torna-Se mistério de luz, mediante o qual o fiel é introduzido nas profundezas da vida divina. [...]

A Eucaristia é luz antes de mais nada porque, em cada Missa, a liturgia da Palavra de Deus precede a liturgia Eucarística, na unidade das duas «mesas» — a da Palavra e a do Pão. [...] Na narração dos discípulos de Emaús, o próprio Cristo intervém para mostrar, «começando por Moisés e seguindo por todos os profetas», como «todas as Escrituras» conduzem ao mistério da Sua Pessoa (cf. Lc 24, 27). As Suas palavras fazem «arder» os corações dos discípulos, tiram-nos da obscuridade da tristeza e do desânimo, suscitam neles o desejo de permanecer com Ele: «Fica connosco, Senhor» (cf. Lc 24, 29).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 27 de Abril de 2011

Evangelho segundo S. Lucas 24,13-35

13 No mesmo dia, caminhavam dois deles para uma aldeia, chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.14 Iam falando sobre tudo o que se tinha passado.15 Sucedeu que, quando eles iam conversando e discorrendo entre si, aproximou-Se deles o próprio Jesus e caminhou com eles.16 Os seus olhos, porém, estavam como que fechados, de modo que não O reconheceram.17 Ele disse-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Eles pararam cheios de tristeza.18 Um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Serás tu o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que ali se passou nestes dias?».19 Ele disse-lhes: «Que foi?». Responderam: «Sobre Jesus Nazareno, que foi um profeta, poderoso em obras e em palavras diante de Deus e de todo o povo;20 e de que maneira os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte, e O crucificaram.21 Ora nós esperávamos que Ele fosse o que havia de libertar Israel; depois de tudo isto, é já hoje o terceiro dia, depois que estas coisas sucederam.22 É verdade que algumas mulheres, das que estavam entre nós, nos sobressaltaram porque, ao amanhecer, foram ao sepulcro23 e, não tendo encontrado o Seu corpo, voltaram dizendo que tinham tido a aparição de anjos que disseram que Ele está vivo.24 Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam que era assim como as mulheres tinham dito; mas a Ele não O encontraram».25 Então Jesus disse-lhes: «Ó estultos e lentos do coração para crer tudo o que anunciaram os profetas!26 Porventura não era necessário que o Cristo sofresse tais coisas, para entrar na Sua glória?».27 Em seguida, começando por Moisés e discorrendo por todos os profetas, explicava-lhes o que d'Ele se encontrava dito em todas as Escrituras.28 Aproximaram-se da aldeia para onde caminhavam. Jesus fez menção de ir para mais longe.29 Mas os outros insistiram com Ele, dizendo: «Fica connosco, porque faz-se tarde e o dia já declina». Entrou para ficar com eles.30 Estando com eles à mesa, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o, e lho deu.31 Abriram-se os seus olhos e reconheceram-n'O; mas Ele desapareceu da vista deles.32 Disseram então um para o outro: «Não é verdade que nós sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».33 Levantando-se no mesmo instante, voltaram para Jerusalém. Encontraram juntos os onze e os que estavam com eles,34 que diziam: «Na verdade o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».35 E eles contaram também o que lhes tinha acontecido no caminho, e como O tinham reconhecido ao partir o pão.