sábado, 16 de abril de 2011

Boa noite!

Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus... Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!... – Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração!

(São Josemaría Escrivá - Forja, 39)

O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais!

Corremos como o veado que anseia pelas fontes da água; com sede, a boca gretada pela secura. Queremos beber nesse manancial de água viva. Sem atitudes extravagantes, mergulhamos ao longo do dia nesse caudal abundante e claro de águas frescas que saltam até à vida eterna. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora.

Não me refiro a situações extraordinárias. São, podem muito bem ser, fenómenos ordinários da nossa alma: uma loucura de amor que, sem espectáculo, sem extravagâncias, nos ensina a sofrer e a viver, porque Deus nos concede a Sabedoria. Que serenidade, que paz então, metidos no caminho estreito que conduz à vida.!

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 306–307)

Hoje!


Contrariando Sócrates, só sei que alguma coisa sei, que Te amo de alma e coração e que tudo o que tenho a Ti o devo.

(JPR)

A partir de hoje o nosso jornal impresso também em Portugal - Com o "Diário do Minho" de Braga

A partir do número de domingo 17 de Abril a edição semanal em língua portuguesa do nosso jornal será impressa e difundida também em Portugal por um dos jornais mais antigos do país, o Diário do Minho. Jornal católico de Braga fundado em 1919, desde o seu início numa época difícil o Diário propôs-se como objectivo principal uma informação ampla e respeitadora da verdade, escolha editorial coerente com a do jornal da Santa Sé.

De acordo com a Conferência episcopal portuguesa e com o compromisso generoso da arquidiocese primacial de Braga - em particular do arcebispo metropolita, D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, presidente da CEP, e com o apoio do arcebispo secretário da Congregação para os bispos, D. Manuel Monteiro de Castro - o jornal dirigido por Luís Pereira da Silva, oferecerá aos seus assinantes o nosso semanário a fim de facilitar uma maior difusão dos ensinamentos do Romano Pontífice.
"L'Osservatore Romano" em língua portuguesa iniciou as suas publicações em fase experimental a 30 de Novembro de 1969 e, definitivamente, a partir de Janeiro de 1970.

Preparado e impresso no Vaticano, o nosso semanário em língua portuguesa, desde 2006 é impresso também em Aparecida, no Brasil, pela editora Santuário.

Portanto, além de ser impresso no Vaticano, a partir de hoje são nove os países de três continentes onde o jornal da Santa Sé é impresso: Argentina, Brasil, Índia, Itália, México, Peru, Portugal, Espanha e Estados Unidos da América. 

GIOVANNI MARIA VIAN - Director

(© L'Osservatore Romano - 16 de Abril de 2011)

A sociedade não marginalize a religião, foi o pedido do Papa à nova Embaixadora de Espanha junto da Santa Sé, acrescentando que a fé melhora o mundo

Respeito pela liberdade religiosa em geral e pela Igreja católica em particular. Defesa da família e de uma formação para os jovens que não marginalize a fé. São os principais conteúdos do discurso de Bento XVI à nova Embaixadora de Espanha junto da Santa Sé Maria Jesus Figa López-Palop .

À nova embaixadora, natural de Barcelona que poucos minutos antes o saudara reafirmando os laços seculares da Espanha com a Santa Sé e reconhecendo as raízes cristãs que formam a identidade da nação, assim como o valor da laicidade positiva, com a qual o País deseja respeitar todas as crenças religiosas, Bento XVI replicou com um discurso claro sobre como a Igreja está sempre ao serviço do bem comum e de como a Santa Sé entende as relações com as autoridades institucionais, em particular sobre os grandes temas de interesse comum. A finalidade das relações diplomáticas - afirmou o Papa – consiste em progredir sempre no respeito recíproco e na cooperação, no interior da legitima autonomia nos respectivos campos, em tudo aquilo que diz respeito ao bem das pessoas e ao desenvolvimento autentico dos seus direitos e das suas liberdades, inclusive a expressão da sua fé e da sua consciência, tanto em publico como em privado.

Contudo – e o Papa já o repetira na ultima Mensagem para o dia mundial da paz – hoje existem formas muitas vezes sofisticadas , hostis à fé, que se manifestam ás vezes com o renegar a historia e os símbolos religiosos, nos quais se espelha a identidade e a cultura da maioria dos cidadãos.

Que em certos ambientes se tenda a considerar a religião como um factor socialmente irrelevante e até mesmo fastidioso, não justifica o facto de a querer marginalizar, às vezes através da difamação, do ridículo, da discriminação, inclusive a indiferença perante episódios de clara dessacralização , com os quais se viola o direito fundamental à liberdade religiosa inerente à dignidade da pessoa humana, que é uma verdadeira arma de paz, porque pode mudar e melhorar o mundo.

A Espanha, como aliás o resto do mundo – observou Bento XVI – está envolvida por uma crise económica com aspectos verdadeiramente preocupantes. O desemprego, sobretudo, está a causar desilusão e frustração sobretudo nos jovens e nas famílias mais prejudicadas . O Papa disse ter presente todos os espanhóis, convidando os administradores da coisa publica a praticar a justiça e a solidariedade e assegurando em todo o caso o apoio da Igreja, que vê em cada pessoa a presença de Deus. Em particular, falando da defesa da família e do apoio oferecido à família pela Igreja, o Papa disse, falando da Igreja, que ela defende além disso uma educação que integre os valores morais e religiosos segundo as convicções dos pais, como é seu direito e como convém ao desenvolvimento integral dos jovens. E pelo mesmo motivo pede que ela inclua também o ensinamento da religião católica em todas as escolas que o escolhem.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Bento XVI faz hoje 84 anos; agenda normal de trabalho e mensagens de felicitações de autoridades políticas e religiosas, homens de cultura e fiéis do mundo inteiro

Ad multos annos

Bento XVI faz hoje 84 anos, estando a receber mensagens de felicitações de autoridades políticas e religiosas, homens de cultura e fiéis.

O Papa cumpre neste dia uma agenda normal de trabalho, tendo recebido às 11h00 a nova embaixadora de Espanha junto da Santa Sé, que lhe apresentou as Cartas Credenciais.

Durante a manhã Bento XVI recebeu também o cardeal Marc Ouellet, responsável pela Congregação para os Bispos, e o cardeal Ivan Dias, que dirige a Congregação para a Evangelização dos Povos, e que quinta-feira completou 75 anos.

De tarde, o Papa recebe ainda o cardeal Ivan Dias, perfeito da Congregação para a evangelização dos povos.

Entre as mensagens recebidas pelo Papa, inclui-se a da rainha Isabel II de Inglaterra: “Por ocasião do seu octogésimo quarto aniversário – refere o texto – é com muito gosto que lhe envio as minhas mais sentidas felicitações e orações, recordando com grande afecto a memorável visita de Sua Santidade ao Reino Unido”, entre 16 e 19 de Setembro de 2010.

Também o jornal da Santa Sé, ‘L'Osservatore Romano’, felicita o Papa publicando na primeira página uma imagem tradicional etíope em que os anjos veneram a cruz de Cristo, acompanhada da frase em latim ‘Ad multos annos’, e uma mensagem.

“Em nome dos seus leitores e de tantas pessoas em todo mundo que amam o Papa, estão próximas dele e manifestam a simpatia e interesse pela sua pessoa e palavras, que anunciam sem cansaço a convicção gozosa de que Deus é a luz do mundo”.

Joseph Ratzinger nasceu a 16 de Abril de 1927 em Marktl am Inn, Alemanha, tendo sido ordenado padre em 1951 e bispo em 1977, ano em que foi nomeado cardeal.

Em 1981 foi nomeado responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que acumulou com a presidência da Comissão Teológica Internacional e da Pontifícia Comissão Bíblica, e a 19 de Abril de 2005 foi eleito Papa. 

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Conhecer o sentido da nossa vida – Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Ele era muito despistado. Viajava há horas num comboio submergido na leitura dum romance policial. Estava de tal modo concentrado, que não apreciava a magnífica paisagem que aparecia na sua janela. Num determinado momento, passou o revisor. Com muita delicadeza, chamou-o à realidade deste mundo e pediu-lhe, por favor, que lhe mostrasse o bilhete. Ele começou a procurá-lo em todos os bolsos. Não o conseguia encontrar.

Os outros passageiros olhavam para a cena com uma certa apreensão. Aquele cavalheiro, tão elegante no modo de vestir, não aparentava nem remotamente estar a viajar de graça. Ele parecia estar desorientado. Fechou o livro sem lhe deixar uma marca. Suava por todos os poros e tinha muitos, porque era corpulento. O revisor ficou com pena. Era evidente que aquele senhor não o estava a enganar. Tantas vezes tinha lidado com situações dessas. Aquela era diferente. «Não se preocupe. Quando encontrar o bilhete, diga-me alguma coisa. Vou continuar o meu trabalho. Não lhe farei pagar outra vez». «Não é pagar outro bilhete que me preocupa. O que de verdade me preocupa é que eu já não me lembro para onde é que vou».

Uma pessoa não pode viajar sem saber antes para onde é que se dirige. Tal afirmação é tão óbvia que parece ridícula. No entanto, hoje em dia, vemos muitas pessoas que viajam nesta vida sem saberem muito bem para onde é que vão. A pergunta pelo sentido da vida parece-lhes própria de pessoas mais velhas. Própria de quem não soube aproveitar a juventude vivendo-a intensamente. Uma pergunta teórica, que não muda nada, e que nunca terá uma resposta séria. Como as respostas não se podem provar cientificamente, todas elas são válidas. Logo, nenhuma pode considerar-se verdadeira. Logo, a própria pergunta não tem muito sentido.

Quem viaja por esta vida sem um norte, acaba por pensar que o que verdadeiramente tem sentido é viver intensamente o momento presente. Conhecer a vida e tudo aquilo que ela tem para nos dar. Acumular experiências. Quanto mais experiências, melhor. Dentro de pouco acaba-se o tempo e seria uma pena sair deste mundo sem ter experimentado tudo. Seria um verdadeiro fracasso. Um fracasso, além disso, irremediável.

Existe algo mais importante do que conhecer profundamente esta vida? Do que conhecer tudo o que ela tem para nos dar? Sim. Existe. Conhecer o sentido que ela tem. Que este conhecimento não seja científico nem experimental, não significa que não seja verdadeiro. E muito menos que nos seja inútil. Este sentido só se pode descobrir com um pouco de silêncio. E pode continuar a ignorar-se depois de muitas experiências variadas. Nem sempre o conhecimento que provém da experiência é o melhor. Se assim fosse, como disse alguém de um modo ousado, uma pessoa de má vida saberia melhor o que é o amor humano do que qualquer pessoa casada. E não parece que seja assim.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

«Tu és o rei dos judeus?»

Hoje somos convidados a contemplar o estilo da realeza de Cristo salvador. Jesus é Rei, e — exactamente — no último domingo do ano litúrgico celebramos ao Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. Sim, Ele é Rei, mas seu reino é o «Reino da verdade e da vida, o Reino da santidade e da graça, o Reino da justiça, o amor e a paz» (Prefácio da Solenidade de Cristo Rei). Realeza surpreendente! Os homens, com a nossa mentalidade terrena, não estamos acostumados a isso.

Um Rei bom, manso, que vê o bem das almas: «O meu reino não é deste mundo» (Jo 18,36). Ele deixa fazer. Em tom depreciativo e de troça, «`Es tu o rei dos judeus?´. Jesus respondeu: `Tu o dizes´» (Mt 27,11). Ainda mais troça: Jesus é comparado com Barrabás, e a multidão deve escolher a liberação de um dos dois: «Quem quereis que eu vos solte, Barrabás ou Jesus, que é chamado o Cristo?» (Mt 27,17). E... preferem Barrabás! (cf. Mt 27,21). E... Jesus cala e se oferece em holocausto por nós, que o julgamos!

Pouco antes, quando chegava a Jerusalém, com entusiasmo e simplicidade, «a numerosa multidão estendeu seus mantos no caminho, enquanto outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam no caminho. As multidões na frente e atrás dele clamavam: «`Hossana ao Filho de David! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hossana nos céus´» (Mt 21.8-9). Mas, agora, esses mesmos gritam: «`Seja crucificado». Pilatos insistiu: «`Mas, que mal ele fez?´». Eles, porém, gritaram com mais força: «`Seja crucificado!´» (Mt 27, 22-23). «`Vou crucificar o vosso rei?» Os sumos sacerdotes responderam: «`Não temos rei senão César´» (Jo 19,15). 

Este Rei não se impõe, se oferece. Sua realeza está impregnada de espírito de serviço. «O Senhor vem, mas não rodeado de pompa, como se fosse conquistar a glória. Ele não discutirá, diz a Escritura, nem gritará, e ninguém ouvirá sua voz. Pelo contrário, será manso e humilde, (...) imitemos os que foram ao seu encontro. Não para estendermos à sua frente, no caminho, ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para prostrarmos a seus pés, com humildade e rectidão de espírito» (Santo André de Creta, bispo).

(Fonte: Evangeli.net com adaptação de JPR)

O Evangelho de Domingo dia 17 de Abril de 2011

O Evangelho segundo S. Mateus, 27, 11-54


27 Então os soldados do governador, conduzindo Jesus ao Pretório, juntaram em volta d'Ele toda a coorte.28 Depois de O terem despido, lançaram sobre Ele um manto escarlate.29 Em seguida, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-Lha na cabeça, e na mão direita uma cana. E, dobrando o joelho diante d'Ele, O escarneciam, dizendo: «Salve, ó rei dos Judeus!».30 Cuspindo-Lhe, tomavam a cana e batiam-Lhe com ela na cabeça.31 Depois que O escarneceram, tiraram-Lhe o manto, revestiram-n'O com os Seus vestidos e levaram-n'O para O crucificar.32 Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, ao qual obrigaram a levar a cruz de Jesus.33 Tendo chegado ao lugar chamado Gólgota, isto é, “lugar da Caveira”,34 deram-Lhe a beber vinho misturado com fel. Tendo-o provado, não quis beber.35 Depois que O crucificaram, repartiram entre si os Seus vestidos, lançando sortes.36 E, sentados, O guardavam.37 Puseram por cima da Sua cabeça uma inscrição indicando a causa da Sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus».38 Ao mesmo tempo foram crucificados com Ele dois ladrões: um à direita e outro à esquerda.39 Os que passavam, movendo as suas cabeças, ultrajavam-n'O,40 dizendo: «Ó Tu, que destróis o templo e o reedificas em três dias, salva-Te a Ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz!».41 Igualmente, também os príncipes dos sacerdotes com os escribas e os anciãos, insultando-O, diziam:42 «Ele salvou outros e a Si mesmo não se pode salvar. Se é rei de Israel, desça agora da cruz e acreditaremos n'Ele.43 Confiou em Deus: Se Deus O ama, que O livre agora; porque Ele disse: “Eu sou o Filho do Deus”».44 Do mesmo modo O insultavam os ladrões que estavam crucificados com Ele.45 Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra.46 Perto da hora nona, exclamou Jesus com voz forte: «Eli, Eli, lemá sabachtani?», isto é: «Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonaste?».47 Ao ouvir isto, alguns dos que ali estavam, diziam: «Ele chama por Elias».48 Imediatamente, um deles, a correr, tomou uma esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la sobre uma cana, e dava-Lhe de beber.49 Porém, os outros diziam: «Deixa; vejamos se Elias vem livrá-l'O».50 Jesus, soltando de novo um alto grito, expirou.51 E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, a terra tremeu, as rochas fenderam-se,52 as sepulturas abriram-se, e muitos corpos de santos, que tinham adormecido, ressuscitaram,53 e saindo das sepulturas depois da ressurreição de Jesus, foram à cidade santa e apareceram a muitos.54 O centurião e os que com ele estavam de guarda a Jesus, vendo o terramoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande medo, e diziam: «Na verdade Este era Filho de Deus!».

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1954

“Nenhum de nós é um ser repetido. O Nosso Pai criou-nos um a um, repartindo entre os seus filhos número diverso de bens. Pois temos de pôr esses talentos, essas qualidades, ao serviço de todos; temos de utilizar esses dons de Deus como instrumentos para ajudar os homens a descobrirem Cristo”, diz nesta data.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio

Acontece, por exemplo, que — segundo o espírito mesmo do Sermão da Montanha — os cristãos pertencentes a uma confissão já não consideram os outros cristãos como inimigos ou estranhos, mas vêem neles irmãos e irmãs. Por outro lado, mesmo a expressão irmãos separados, o uso tende hoje a substituí-la por vocábulos mais orientados a ressaltar a profundidade da comunhão — ligada ao carácter baptismal — que o Espírito alimenta, não obstante as rupturas históricas e canónicas. Fala-se dos « outros cristãos », dos « outros baptizados », dos « cristãos das outras Comunidades ». O Directório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo designa as Comunidades a que pertencem estes cristãos como « Igrejas e Comunidades eclesiais que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica ». (25-V-1995  in Encíclica Ut unum sint)

Viver o ecumenismo

Uma vez disse ao Santo Padre João XXIII, movido pelo encanto afável e paterno do seu trato: “Santo Padre, na nossa Obra, todos os homens, católicos ou não, encontraram sempre um ambiente acolhedor: não aprendi o ecumenismo de Vossa Santidade”. Ele riu-se emocionado, porque sabia que, já desde 1950, a Santa Sé tinha autorizado o Opus Dei a receber como associados Cooperadores os não católicos e até os não cristãos.

São muitos, efectivamente – e entre eles contam-se pastores e até bispos das suas respectivas confissões –, os irmãos separados que se sentem atraídos pelo espírito do Opus Dei e colaboram nos nossos apostolados. E são cada vez mais frequentes – à medida que os contactos se intensificam – as manifestações de simpatia e de cordial entendimento, resultantes de os sócios do Opus Dei centrarem a sua espiritualidade no simples propósito de viver com sentido de responsabilidade os compromissos e exigências baptismais do cristão. O desejo de procurar a plenitude da vida cristã e de fazer apostolado, procurando a santificação do trabalho profissional; a vida imersa nas realidades seculares, respeitando a sua própria autonomia, mas tratando-as com espírito e amor de almas contemplativas; a primazia que na organização dos nossos trabalhos concedemos à pessoa, à acção do Espírito nas almas, ao respeito da dignidade e da liberdade que provêm da filiação divina do cristão.

(Temas Actuais do Cristianismo, 22 – São Josemaría Escrivá)

No aniversário natalício de Bento XVI…

… peçamos ao Senhor pela sua saúde e roguemos-Lhe que com a intercessão da Santíssima Virgem, de todos os Anjos e Santos o proteja, para que nos continue a guiar, catequizar e para que a sua voz continue e a ser ouvida e respeitada.

Embora por vezes possa parecer que o não é, estou firmemente convicto, que as reacções que ouvimos e lemos, só existem, porque exactamente a sua autoridade moral e intelectual é reconhecida e temida pelos seus e nossos inimigos.

Jesus Cristo, ouvi-nos!
Jesus Cristo, acolhei a nossa súplica!


(JPR)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Roberto Belarmino (1542-1621), jesuita, bispo e Doutor da Igreja
A ascensão da alma para Deus (a partir da trad. rev. Tournay)

A partir desse dia, resolveram dar-lhe a morte

Ó Senhor, aquilo que nos ensinas poderia parecer excessivamente difícil, excessivamente pesado, se nos falasses de outra tribuna; mas, dado que nos instruis mais pelo exemplo que pela palavra, Tu que és «Mestre e Senhor» (Jo 13, 14), como ousaremos dizer o contrário, nós que somos Teus servos e Teus discípulos? Aquilo que dizes é perfeitamente verdadeiro, aquilo que ordenas perfeitamente justo, e a cruz de onde nos falas o atesta. Atesta-o igualmente o sangue que corre a jorros e que brada ao céu (Gn 4, 10), e por fim, também esta morte: se por ela se rasgou o véu do templo e se abriram fendas nas mais duras rochas (Mt 27, 51), como não fará o mesmo, e mais ainda, ao coração dos crentes, levando-os a submeter-se?

Senhor, queremos pagar-Te amor com amor; e, se o desejo de Te seguir não procede ainda do nosso amor a Ti, porque este é fraco, que proceda ao menos do nosso amor ao Teu amor. Se nos atrais a Ti, «corremos ao odor do Teu perfume» (Ct 1, 4): não desejamos apenas amar-Te e seguir-Te, mas estamos decididos a desprezar este mundo [...] quando vemos que Tu, o nosso mestre, não tomaste para Ti as alegrias deste mundo. Vemos-Te afrontar a morte, não numa cama, mas no lenho que faz justiça; sendo rei, não queres outro trono senão este patíbulo. [...] Movidos pelo Teu exemplo de rei cheio de sabedoria, recusamos o apelo deste mundo e dos seus luxos e, tomando a Tua cruz sobre os nossos ombros, propomo-nos seguir-Te, só a Ti. [...] Dá-nos somente a ajuda de que precisamos, dá-nos força para Te seguirmos.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 16 de Abril de 2011

Evangelho segundo S. João 11,45-56

45 Então, muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, vendo o que Jesus fizera, acreditaram n'Ele.46 Porém, alguns deles foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. 47 Os pontífices e os fariseus reuniram-se então em conselho e disseram: «Que fazemos, já que Este homem faz muitos milagres?48 Se O deixamos proceder assim, todos acreditarão n'Ele; e virão os romanos e destruirão a nossa cidade e a nossa nação!».49 Mas um deles, chamado Caifás, que era o Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada,50 nem considerais que vos convém que morra um homem pelo povo e que não pereça toda a nação!».51 Ora ele não disse isto por si mesmo, mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação,52 e não somente pela nação, mas também para unir num só corpo os filhos de Deus dispersos.53 Desde aquele dia tomaram a resolução de O matar. 54 Jesus, pois, já não andava em público entre os judeus, mas retirou-Se para uma terra vizinha do deserto, para a cidade chamada Efraim e lá esteve com os Seus discípulos.55 Estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da Páscoa para se purificarem.56 Procuravam Jesus e diziam uns para os outros, estando no templo: «Que vos parece, não virá Ele à festa?».