sábado, 8 de janeiro de 2011

Boa noite!

Vive junto de Cristo! Deves ser, no Evangelho, uma personagem mais, convivendo com Pedro, com João, com André..., porque Cristo também vive agora: "Iesus Christus, heri et hodie, ipse et in saecula!" Jesus Cristo vive!, hoje como ontem; é o mesmo, pelos séculos dos séculos.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 8)

É esse amor de Cristo que cada um de nós deve se esforçar por realizar na sua vida. Mas para ser ipse Christus é preciso mirar-se Nele. Não basta ter-se uma ideia geral do espírito que Jesus viveu; é preciso aprender com Ele pormenores e atitudes. É preciso contemplar a sua vida, sobretudo para daí tirar força, luz, serenidade, paz.

Quando se ama alguém, deseja-se conhecer toda a sua vida, o seu carácter, para nos identificarmos com essa pessoa. Por isso temos de meditar na vida de Jesus, desde o Seu nascimento num presépio até à Sua morte e à Sua Ressurreição. Nos primeiros anos do meu labor sacerdotal costumava oferecer exemplares do Evangelho ou livros onde se narra a vida de Jesus, porque é necessário que a conheçamos bem, que a tenhamos inteira na mente e no coração, de modo que, em qualquer momento, sem necessidade de nenhum livro, cerrando os olhos, possamos contemplá-la como um filme; de forma que, nas mais diversas situações da nossa vida, acudam à memória as palavras e os actos do Senhor.

Sentir-nos-emos assim metidos na sua vida. Na verdade, não se trata apenas de pensar em Jesus e de imaginar aqueles episódios; temos de meter-nos em cheio neles, como actores.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 107)

Editorial ‘L’Osservatore Romano’ - O sangue dos fiéis

O massacre de Alexandria - que na metrópole egípcia atingiu os fiéis copto-ortodoxos à saída de uma celebração litúrgica - encontrou espaço na média de todo o mundo, no final de um ano assinalado por violências e atentados contra os cristãos. E mais uma vez se elevou a voz de Bento XVI que condenou "este vil gesto de morte, como o de pôr bombas agora também perto das casas dos cristãos no Iraque para os abrigar a ir embora". Com a denúncia sem meios-termos de uma "estratégia de violências que tem por objectivo os cristãos, com consequências sobre toda a população". Desta vez os atentados contra os cristãos - que se multiplicam em diversas regiões do mundo - parecem ter chamado a atenção mediática internacional, que em geral não é muito sensível a estes temas. De facto, há pelo menos três anos representantes da Santa Sé e da Igreja católica lançam o alarme face à cristianofobia. Uma realidade infelizmente em aumento, que alarma e deve ser combatida pelo menos quanto a islamofobia e o anti-semitismo, como salientou já a 10 de Janeiro de 2008 o arcebispo Dominique Mamberti numa conferência em Roma.

"Actualmente os cristãos são o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições por causa da sua fé", escreveu o Papa na mensagem para o dia mundial da paz, mas ela não teve muito espaço na reflexão dos meios de comunicação. Foi assim descuidada a análise de Bento XVI, que tem por objectivo o fundamentalismo e o laicismo - definidos como "formas especulares e extremas de rejeição do pluralismo legítimo e do princípio de laicidade" - e recorda a declaração conciliar Dignitatis humanae sobre a liberdade religiosa quando ressalta que é "condição para a busca da verdade e a verdade não se impõe com a violência mas com "a força da própria verdade"". Não obstante representações contrárias, favorecidas precisamente pelo laicismo, que identificam a religião com o obscurantismo e a intolerância.
Na mensagem o Papa frisou que sobretudo na Ásia e em África "as principais vítimas são os membros das minorias religiosas, aos quais é impedido professar ou mudar livremente de religião". Sobre as violências que têm como pretexto a religião e massacram os fiéis muitas vezes a Santa Sé e Bento XVI elevaram a voz, sem fazer distinções entre vítimas muçulmanas ou cristãs.

Sobre estes actos assustadores e intoleráveis, "nos quais já não se respeita o que é sagrado, aliás, nos quais deixam de existir as regras mais elementares da humanidade", o Papa falou de novo no discurso do passado dia 20 de Dezembro para os bons votos de Natal. Citando a celebração do Sínodo das Igrejas para o Médio Oriente, Bento XVI recordou a sabedoria do conselheiro do mufti do Líbano quando disse: "Com as agressões aos cristãos nós próprios somos feridos. Infelizmente, contudo, esta e análogas vozes da razão, pelas quais estamos profundamente gratos, são - acrescentou o Papa - demasiado débeis. Também aqui o obstáculo é a ligação entre avidez de lucro e cegueira ideológica".

Muitas vozes de solidariedade e de racionalidade se fizeram ouvir depois do massacre de Alexandria por muçulmanos, judeus e cristãos, em diversas partes do mundo, e isto é um sinal de esperança. Que dá razão às palavras de Bento XVI e à sua tenaz vontade dirigida à convivência: "O ser humano é um só e a humanidade é uma só. O que é feito em qualquer parte contra o homem no final fere todos". Porque derramar o sangue dos fiéis, de cada crente e de todas as criaturas humanas, ofende a Deus.

GIOVANNI MARIA VIAN - Director

(© L'Osservatore Romano - 8 de Janeiro de 2011)

Boa Tarde!

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Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir
Homilia do século IV para a Epifania, A Santa Epifania PG 10, 852 (a partir da trad. Orval et Delhougne, p. 336 rev.)

«No Qual pus todo o Meu agrado»

O Evangelho de Domingo dia 9 de Janeiro de 2011

Evangelho segundo S. Mateus 3,13-17

13 Então, foi Jesus da Galileia ao Jordão, e apresentou-Se a João, para ser baptizado por ele. 14 Mas João opunha-se-Lhe, dizendo: «Sou eu quem devo ser baptizado por Ti e Tu vens a mim?» 15 Jesus respondeu-lhe: «Deixa estar por agora, pois convém que cumpramos assim toda a justiça». Ele então concordou. 16 Logo que foi baptizado, Jesus saiu da água. E eis que se Lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descer em forma de pomba, e vir sobre Ele. 17 E eis que uma voz vinda do céu dizia: «Este é o Meu Filho amado no qual pus as Minhas complacências».

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938

Começa a viver em Burgos, onde permanece até acabar a guerra civil de Espanha: “Lembro-me também da temporada da minha estada em Burgos, durante essa mesma época. Aí apareciam tantos e tantos para passar alguns dias comigo. Gostava de subir a uma torre para que vissem de perto a pedra trabalhada das cumieiras, um autêntico rendilhado de pedra, fruto de um trabalho paciente e custoso. Nessas conversas fazia-lhes notar que aquela maravilha não se via de baixo. E para concretizar o que lhes tinha explicado com repetida frequência, comentava: isto é trabalho de Deus: acabar a tarefa pessoal com perfeição, com beleza, com o primor destas delicadas rendas de pedra”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Bom Dia!

Um olhar sobre a vida humana


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Comentário ao Evangelho do dia feito por:

João Escoto Erígena (?-c. 870), beneditino irlandês
Homilia sobre o Prólogo do Evangelho de João, cap. 16 (a partir da trad. SC 151, p. 281 rev.)

«Ele é que deve crescer, e eu diminuir.»

O Evangelho do dia 8 de Janeiro de 2011

Evangelho segundo S. João 3,22-30

22 Depois disto, foi Jesus com os Seus discípulos para a terra da Judeia. Convivia com eles e baptizava.23 João estava também a baptizar em Enon, junto a Salim, porque havia ali muita água e o povo concorria para ser baptizado.24 João ainda não tinha sido metido na prisão.25 Levantou-se uma questão entre os discípulos de João e um judeu acerca da purificação.26 Foram ter com João e disseram-lhe: «Mestre, O que estava contigo além Jordão, de Quem tu deste testemunho, ei-l'O que está a baptizar e todos vão a Ele».27 João respondeu: «O homem não pode receber coisa alguma se lhe não for dada do céu.28 Vós próprios sois testemunhas de que vos disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante d'Ele.29 O que tem a esposa é o esposo, mas o amigo do esposo, que está ao lado e o ouve, enche-se de gozo com a voz do esposo. Esta é a minha alegria e ela é perfeita.30 Convém que Ele cresça e eu diminua.