sábado, 30 de abril de 2011

Boa noite!

– Meu Senhor Jesus: faz com que sinta, que secunde de tal modo a tua graça, que esvazie o meu coração..., para que o enchas Tu, meu Amigo, meu Irmão, meu Rei, meu Deus, meu Amor!

(São Josemaría Escrivá - Forja, 913)

Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus...

Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!...

– Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração!

(São Josemaría Escrivá - Forja, 39)

Hoje!

Amado Jesus Cristo, hoje encontro-me um pouco “seco” ainda que o não devesse estar, já que ontem, num texto/prece, parece-me que incompreendido, certamente por culpa minha, por muito gente, a julgar pela ausência total de comentários tanto no blogue como no Facebook. Ainda assim a Tua e minha Mãe intercedeu junto de Ti e mostrou-me uma possível saída para o momento que estou a atravessar, pelo que em vez de “seco” deveria estar no mínimo grato, perdoa este pobre pecador por tamanha indelicadeza.

(JPR)

Comentário ao Evangelho de Domingo

Celebração eucarística em sufrágio de João Paulo II
Regina Caeli de 3 de Abril de 2005, o dia seguinte ao falecimento de João Paulo II (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Mostrou-lhes as mãos e o peito»

O Papa João Paulo II tinha indicado o tema da meditação para o Regina Caeli do 2º Domingo de Páscoa, o Domingo da Divina Misericórdia. No final da concelebração eucarística presidida pelo Cardeal Angelo Sodano na Praça de São Pedro, Mons. Leonardo Sandri proferiu as seguintes palavras, antes de ler o texto do Santo Padre: «Fui encarregado de vos ler um texto preparado por indicação do Santo Padre João Paulo II. [...]»

Caríssimos Irmãos e Irmãs!

Hoje ressoa igualmente o alegre Aleluia da Páscoa. A hodierna página do Evangelho de João sublinha que o Ressuscitado, na tarde daquele dia, apareceu aos Apóstolos e «mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20, 20), isto é, os sinais da dolorosa paixão impressos de modo indelével no Seu corpo mesmo depois da ressurreição. Aquelas chagas gloriosas, que oito dias depois deu a tocar ao incrédulo Tomé, revelando a misericórdia de Deus que «tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito» (Jo 3, 16). Este mistério da morte está no centro da hodierna liturgia do Domingo in Albis, dedicado ao culto da Divina Misericórdia.

À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia! Senhor, que com a Tua morte e ressurreição revelas o amor do Pai, nós cremos em Ti e com confiança Te repetimos no dia de hoje: Jesus eu confio em Ti, tem misericórdia de nós e do mundo inteiro.

A solenidade litúrgica da Anunciação, que celebraremos amanhã, leva-nos a contemplar com os olhos de Maria o imenso mistério deste amor misericordioso que sai do Coração de Cristo. Ajudados por Ela, possamos compreender o sentido verdadeiro da alegria pascal, que se fundamenta nesta certeza: Aquele que a Virgem trouxe em seu ventre, que sofreu e morreu por nós, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 1 de Maio de 2011

Evangelho segundo S. João 20,19-31

19 Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam juntos, por medo dos judeus, foi Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!».20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se muito ao ver o Senhor.21 Ele disse-lhes novamente: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também vos envio a vós».22 Tendo dito esta palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». 24 Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.25 Os outros discípulos disseram-lhe: «Vimos o Senhor!». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas Suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no Seu lado, não acreditarei».26 Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, colocou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco».27 Em seguida disse a Tomé: «Mete aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos, aproxima também a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas fiel!».28 Respondeu-Lhe Tomé: «Meu Senhor e Meu Deus!».29 Jesus disse-lhe: «Tu acreditaste, Tomé, porque Me viste; bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto». 30 Outros muitos prodígios fez ainda Jesus na presença de Seus discípulos, que não foram escritos neste livro.31 Estes, porém, foram escritos a fim de que acrediteis que Jesus é o Messias, Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em Seu nome.

"Carpe diem"

"Carpe diem" é uma expressão latina que significa colhe o dia, aproveita o momento. Foi usado pelo poeta latino Horácio (65 a.C.-8 a.C.), que na linha do epicurismo, exorta a sua amiga Leuconoe a aproveitar o presente, antes que este seja passado, pois a vida é breve, a beleza perecível e a morte uma certeza.
O poeta Horácio, no Livro I de Odes, escreve: "Dum loquimur, fugerit inuida / aetas: carpe diem, quam minimum credula postero." (De inveja o tempo voa enquanto nós falamos: / trata pois de colher o dia, o dia de hoje, / que nunca o de amanhã merece confiança." ? trad. David Mourão-Ferreira).
"Carpe diem" é, muitas vezes, interpretado apenas como aproveita o dia, mas é possível encontrar um significado mais extenso de desfrutar a vida em todos os sentidos, sem preocupações com o futuro. Basta lembrar que esta exortação é feita a Leuconoe (personagem verdadeira ou imaginária) e que, tendo um valor ético-filosófico de saber viver o momento presente, pode conter, também, um valor libidinoso que sugere o prazer antes que a vida não deixe gozar esses instantes. 
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, é apologista do "carpe diem", pois considera que a vida é breve ("Quanto vivas / Sem que o gozes, não vives."; "O prazer do momento anteponhamos / À absurda cura do futuro").
A expressão "carpe diem" aparece em destaque no filme "Clube dos Poetas Mortos", a lembrar às personagens - estudantes - que a vida é muito breve e deve ser vivida quotidianamente.

(Fonte: http://www.infopedia.pt/$carpe-diem)

Relativismo moral

Relativismo moral afirma que moralidade não é baseada em qualquer padrão absoluto. Ao contrário, “verdades éticas” dependem da situação, cultura, sentimentos, etc. Relativismo moral está ficando cada vez mais popular nos dias de hoje.

Há vários argumentos para o relativismo; no entanto, várias coisas podem ser ditas dos argumentos que demonstram sua natureza duvidosa. Primeiro, enquanto muitos dos argumentos usados na tentativa de sustentar essas afirmações podem até parecer bons de primeira, há uma contradição lógica inerente em todos eles, pois todos eles propõem um esquema moral “correcto” – o esquema que todos nós devemos seguir. Mas isso em si é absolutismo. Segundo, mesmo os tão chamados relativistas rejeitam o relativismo na maioria dos casos – eles não diriam que um assassino ou violador não são culpados contanto que não tenham violado seus próprios padrões. Terceiro, o facto de que temos palavras como "certo", "errado", "deve", “melhor", etc. Mostra que essas coisas existem. Se moralidade fosse realmente relativa, essas palavras não teriam qualquer significado, diríamos: - “isso me faz sentir mal”, e não “isso é errado”.

Os relativistas podem até argumentar que valores diferentes entre culturas diferentes mostram que morais são relativas para pessoas diferentes. Mas esse argumento confunde as acções dos indivíduos (o que eles fazem) com padrões absolutos (se eles devem fazer ou não). Se a cultura é o que determina certo e errado, como poderíamos ter julgado os nazis? Afinal de contas, eles estavam seguindo a moralidade de sua própria cultura. Eles estavam errados apenas se assassinato fosse universalmente errado. O facto de que tinham “sua moralidade” não muda isso. Além disso, apesar de muitas pessoas demonstrarem moralidade de formas diferentes, elas ainda compartilham uma moralidade em comum. Por exemplo, os pró-aborto e pró-vida concordam que assassinato está errado, mas discordam em se aborto é assassinato ou não. Até aqui moralidade universal absoluta é demonstrada ser verdade.

Alguns afirmam que situações diferentes causam moralidades diferentes – em situações diferentes actos diferentes são julgados de uma forma que talvez não seriam correctos em outras situações. Há três coisas pelas quais devemos julgar uma acção: a situação, o acto e a intenção. Por exemplo, podemos condenar uma pessoa que tentou cometer assassinato (intenção) mesmo se falhou (acto). Então, situações fazem parte da decisão moral, pois preparam o contexto no qual podemos escolher o acto moral específico (a aplicação dos princípios universais). 

O argumento principal que os relativistas tentam usar é o da tolerância. Eles afirmam que dizer a alguém que sua moralidade é errada é intolerante, e relativismo tolera todas as posições. Mas isso é simplesmente um engano. Antes de tudo, o mal nunca deve ser tolerado. Devemos tolerar o ponto de vista de um violador de que mulheres são objectos de prazer a serem usadas? Segundo, esse argumento destrói-se porque relativistas não toleram intolerância ou absolutismo. Terceiro, relativismo não pode explicar porque qualquer pessoa deve ser tolerante em primeiro lugar. O facto que devemos tolerar pessoas (mesmo quando discordamos) é baseado na regra absoluta moral que devemos sempre tratar as pessoas justamente – mas isso é absolutismo de novo! Na verdade, sem princípios universais morais, a bondade não pode existir.

O facto é que todas as pessoas nascem com uma consciência e todos nós instintivamente sabemos quando ofendemos ou fomos ofendidos. Agimos como se esperássemos que as outras pessoas reconhecessem isso também. Mesmo como crianças, conhecíamos a diferença entre "justo" e "injusto". É necessária uma filosofia maldosa para nos convencer de que estamos errados.

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1968

“Neste mês de Maio, que amanhã começa, quereria que cada um de nós começasse a fazer mais um pequeno sacrifício, um tempo mais de estudo, um trabalho mais bem acabado, um sorriso...; um sacrifício que seja um esforço da nossa piedade e uma prova da nossa entrega. Com generosidade, meu filho, deixa-te levar por Ela. Não podemos deixar de querer cada dia mais e mais ao Amor dos amores! E, com Maria, poderemos consegui lo, porque a nossa Mãe viveu docemente uma entrega total”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação amanhã dia 1 de Maio

«Também hoje, Páscoa da Ressurreição, nós, com todos os cristãos do mundo repetimos:
Jesus, crucificado e ressuscitado, fica connosco!
Fica connosco, amigo fiel e seguro apoio da humanidade a caminho pelas estradas da vida!
Tu, Palavra viva do Pai, infunde certeza e esperança naqueles que buscam
o verdadeiro sentido da sua existência.
Tu, Pão de vida eterna, nutre o homem faminto de verdade, liberdade, justiça e paz»
(27-III-2005 in Mensagem Urbi et Orbi)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP (San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

«Maria Madalena foi anunciar o facto aos seguidores de Jesus, não acreditaram»

Hoje, o Evangelho oferece-nos a oportunidade de meditar alguns aspectos que cada um de nós tem experiência: estamos certos de amar a Jesus, o consideramos o maior dos nossos amigos; não obstante, quem de nós poderia afirmar não tê-Lo traído nunca? Pensemos se, pelo menos alguma vez, não O vendemos mal, por algo ilusório de péssima cobertura. Em segundo lugar, ainda que estejamos frequentemente tentados a nos valorizar demais como cristãos, porém, o testemunho da nossa própria consciência nos impõe calar-nos e humilhar-nos, imitando o publicano que não ousava nem mesmo levantar a cabeça, batendo-se no peito, enquanto repetia: «Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador» (Lc 18,13).

Dito tudo isto, não pode surpreender-nos a conduta dos discípulos. Conheceram pessoalmente Jesus, apreciaram-lhe suas dotes da mente, do coração, as qualidades incomparáveis de sua predicação. Contudo, quando Jesus já havia ressuscitado, uma das mulheres do grupo — Maria Madalena — «Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos» (Mc 16,10) e, ao invés de interromperem as lágrimas e começarem dançar de alegria, não acreditaram nela. É o sinal de que nosso centro de gravidade é a terra.

Os discípulos tinham ante eles próprios o anuncio inédito da Ressurreição, e, no entanto, preferem continuar afligindo-se deles mesmos. Pecamos, sim! Traímos-Lhe, sim! Celebramos-Lhe uma espécie de exéquias pagãs, sim! Depois de bater o peito, joguemo-nos aos seus pés, com a cabeça bem alta, olhando para cima, e... de frente! Em marcha seguindo Ele!, seguindo o seu ritmo. Disse sabiamente o escritor francês Gustave Flaubert: «Acho que se olhássemos sempre para o céu, acabaríamos adquirindo asas». O homem que estava imerso no pecado, na ignorância e na tibieza, desde hoje e para sempre saberá que, graças à Ressurreição de Cristo, «encontra-se como imerso na luz do meio dia». 

(Fonte: Evangeli.net)

O Evangelho do dia 30 de Abril de 2011

Evangelho segundo S. Marcos 16,9-15

9 Jesus, tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios.10 Ela foi noticiá-lo aos que tinham andado com Ele, os quais estavam tristes e chorosos.11 Tendo eles ouvido dizer que Jesus estava vivo e que fora visto por ela, não acreditaram.12 Depois disto, mostrou-Se de outra forma a dois deles, enquanto iam para a aldeia;13 os quais foram anunciar aos outros, que também a estes não deram crédito.14 Finalmente, apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a sua incredulidade e dureza de coração, por não terem dado crédito aos que O tinham visto ressuscitado.15 E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Boa noite!

Tu... soberba? – De quê?

(São Josemaría Escrivá - Caminho, 600)

Quando o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como pela arreata, venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a inveja, a injustiça. O soberbo procura inutilmente arrancar Deus – que é misericordioso com todas as criaturas – do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de crueldade.

Temos de pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior dos pecados e o mais ridículo. Se consegue atormentar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparências, enche-se de vazio, envaidece-se como o sapo da fábula, que inchava o papo, cheio de presunção, até que rebentou. A soberba é desagradável, mesmo humanamente, porque o que se considera superior a todos e a tudo está continuamente a contemplar-se a si mesmo e a desprezar os outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua fatuidade.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 100)

Hoje!

Carpe diem, tenho sinceramente muita, diria mesmo muitíssima dificuldade, em conviver com pessoas que seguem este modo de vida, pois este talvez seja a expoente mais elevada do relativismo, o que se disse e fez ontem, se contrário aos interesses egoístas de hoje, perdem qualquer valor.

Encontrar um modus vivendi com alguém que pensa e age desta maneira, é o cabo dos trabalhos, e se queremos ser coerentes com os nossos valores e socorrermo-nos da ética poderemos facilmente chegar a um beco sem saída.

Querida Mãe rogo-Te que por Tua intercessão eu tenha a inteligência de Fé e de Caridade para encontrar uma escapatória, perdoa-me se o que peço é uma tarefa difícil aos olhos deste pobre pecador.

(JPR)

Beatificação de João Paulo II (Nota de abertura de hoje da Rádio Renascença)

No próximo Domingo, a Igreja beatifica o Papa João Paulo II

Na altura do seu funeral, muitos cristãos pediram o reconhecimento imediato da Santidade do Papa polaco. Mas a Igreja não abriu excepções: preferiu esperar por um milagre atribuível a João Paulo II que a Ciência não conseguisse explicar.

E assim aconteceu. A medicina declarou-se incapaz de explicar a cura de uma doente com Parkinson que se recomendara às orações de João Paulo II.

Mas o que milhões de pessoas em todo o mundo não esquecem é o contributo notável que Karol Wojtyla deu às suas vidas e ao mundo.

Cristãos e não cristãos, crentes e não crentes, líderes religiosos, sociais e políticos reconhecem, hoje em dia, o papel singular que o Papa João Paulo II desenvolveu ao longo da sua vida e ao longo do seu Pontificado.

A defesa da vida e das condições de vida dos mais pobres, bem como a sua profunda Fé - que em Fátima, os portugueses testemunharam de forma tão eloquente - fazem de João Paulo II, uma referência permanente que a morte não apaga.

Lutador incansável, Karol Wojtyla conheceu na pele os horrores da ditadura nazi e da ditadura comunista. Ainda assim, nunca perdeu a esperança; resistiu e venceu.

No momento difícil que Portugal atravessa, o exemplo de vida João Paulo II torna-se cada vez mais necessário; e é cada vez mais actual.

S. Josemaría sobre esta data:

Festa de Santa Catarina de Sena. “Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a querer carinhosamente o Papa, “il dolce Cristo in terra”, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Santa Catarina de Sena - "Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa"

"Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa". A antífona de ingresso da Missa em honra de Santa Catarina de Sena faz clara referência à parábola das dez virgens, cinco sábias e sensatas e cinco néscias, que São Mateus nos propõe numa página evangélica tão rica de advertências espirituais. O evangelista coloca esta parábola, juntamente com a dos talentos, imediatamente antes da majestosa descrição do juízo universal, quase para nos recordar o que verdadeiramente vale na nossa vida, o que devemos fazer para orientar a nossa existência para o encontro definitivo com o Senhor, meta última e comum dos homens de todos os tempos. O nosso itinerário "cá em baixo" é uma peregrinação para o "alto".

Observava Santo Agostinho: "Nesta vida és um emigrante, a pátria está no alto; aqui és um hóspede, estás de passagem sobre esta terra e, então, canta e caminha". Caminhar cantando significava para Agostinho amar o Senhor reconhecendo o Seu rosto no rosto dos nossos companheiros de viagem. Santa Catarina fez isto e segundo as palavras do Canto ao Evangelho foi a "virgem sábia que o Senhor encontrou diligente: à chegada do Esposo entrou com ele para a sala das núpcias".

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio

«O Rosário, de facto, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor.» (16-X-2002 in Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariea

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Rev. Joaquim MONRÓS i Guitart (Tarragona, Espanha)

«Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos»

Hoje, pela terceira vez Jesus aparece aos discípulos desde que ressuscitou. Pedro voltava ao seu trabalho de pescador e os outros se encorajam para acompanhá-lo. É lógico que como ele era pescador antes de seguir a Jesus, o continue sendo depois, não obstante haja quem ache estranho que ele não tenha abandonado seu honrado trabalho para seguir a Cristo.

Naquela noite eles não pescaram nada! Quando ao amanhecer Jesus aparece, eles não o reconhecem, até que Ele lhes pede algo para comer. Ao dizer-lhe que não têm nada, Ele indica-lhes para onde devem lançar a rede. Muito embora os pescadores saibam de todas as coisas, e neste caso tinham lutado sem conseguir resultados, eles lhe obedecem. «Oh, poder da obediência! — O lago de Genesaré negava seus peixes à rede de Pedro. Uma noite inteira em vão. – Agora, obediente, tornou a lançar a rede na água e pescaram (...) uma grande quantidade de peixes. Creiam em mim: o milagre se repete a cada dia» (São Josemaría Escrivá)

O evangelista faz notar que eram «cento e cinquenta e três» grandes peixes (cf. Jo 21,11) e, embora sendo tantos, as redes não se romperam. São detalhes que se deve ter em conta, já que a Redenção foi realizada com obediência responsável e em meio às tarefas habituais.

Todos sabiam «que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles» (cf. Jo 21, 12-13). Fez o mesmo com os peixes. Tanto o alimento espiritual como também o alimento material não faltarão, se obedecemos. Ele ensina aos seus seguidores mais próximos e nos torna a dizer através de João Paulo II: «No início do novo milénio ressoam no nosso coração as palavras com que um dia Jesus (...) convidou o Apóstolo a ‘fazer-se ao largo” para a pesca: ‘Duc in altumc’ (Lc 5,4). Pedro e os primeiros companheiros confiaram na palavra de Cristo e ‘pegaram uma grande quantidade de peixes’ (cf. Lc 5, 6). Estas palavras ressoam hoje aos nossos ouvidos».

Pela obediência, como a de Maria, pedimos ao Senhor que continue dando frutos apostólicos para toda a Igreja.

(Fonte: Evangeli.net)

O Evangelho do dia 29 de Abril de 2011

Evangelho segundo São João 21, 1-14

1 Depois disto, Jesus voltou a mostrar-Se aos Seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Mostrou-Se deste modo:2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e dois outros dos Seus discípulos.3 Simão Pedro disse-lhes: «Vou pescar». Responderam-lhe: «Nós vamos também contigo». Partiram e entraram numa barca. Naquela noite nada apanharam.4 Chegada a manhã, Jesus apresentou-Se na praia; mas os discípulos não conheceram que era Ele.5 Jesus disse-lhes: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». Responderam-Lhe: «Nada».6 Disse-lhes: «Lançai a rede para o lado direito do barco, e encontrareis». Lançaram a rede e já não a podiam arrastar, por causa da grande quantidade de peixes.7 Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!». Simão Pedro, ao ouvir dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava nu, e lançou-se à água.8 Os outros discípulos, que não estavam distantes de terra, senão duzentos côvados, vieram no barco puxando a rede cheia de peixes.9 Logo que saltaram para terra, viram umas brasas acesas, peixe em cima delas, e pão.10 Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora».11 Simão Pedro subiu à barca e arrastou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, sendo tantos, não se rompeu a rede.12 Jesus disse-lhes: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos ousava perguntar-Lhe: «Quem és Tu?», sabendo que era o Senhor. 13 Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. 14 Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos depois de ter ressuscitado dos mortos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Boa noite!

A humildade nasce como fruto do conhecimento de Deus e do conhecimento de si próprio.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 184)

Essas depressões por veres ou por outros descobrirem os teus defeitos, não têm fundamento...
Pede a verdadeira humildade.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 262)

Fujamos dessa falsa humildade que se chama comodismo.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 265)

– Senhor, peço-te um presente: Amor..., um Amor que me deixe limpo. E mais outro presente: conhecimento próprio, para me encher de humildade.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 185)

São santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 186)

Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!, canta a Igreja.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 187)

A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão!

(São Josemaría Escrivá - Forja, 189)

Hoje!

Senhor porque me esqueço de Ti às vezes, ficando preocupado com ninharias ? Porque será que nem sempre consigo concordar à primeira com nomeações feitas pelo Papa a quem tenho um grande amor ? Só pode ser soberba e consequente falta de humildade, ajuda-me por favor a ser um melhor cristão, “puxa-me as orelhas” e guia-me para o Sacrário para Te pedir perdão.

(JPR)

Coimbra: Padre Virgílio Antunes é o novo bispo

O até agora reitor do Santuário de Fátima espera que a sua presença «constitua um serviço à fortaleza da fé, um incentivo aos laços de comunhão eclesial».

O reitor do Santuário de Fátima é o novo bispo de Coimbra, nomeado pelo Papa Bento XVI, sucedendo assim a D. Albino Cleto.

O padre Virgílio do Nascimento Antunes, de 49 anos de idade, é natural de São Mamede, na Batalha, e todo o seu percurso vocacional e de fé tem estado até agora ligado à Diocese de Leiria-Fátima.

Começou por frequentar o Seminário Menor de Leiria, completando o curso Filosófico-Teológico no Instituto Superior de Estudos Teológicos de Coimbra. Em 1985, depois da sua ordenação sacerdotal, desempenhou funções pastorais nas paróquias da Barreira e das Cortes, durante sete anos.

No mesmo período, foi ainda formador no Seminário Diocesano de Leiria e membro do Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional; e lecionou disciplinas como Religião, Português e História, do ensino secundário.

Em 1988, avançou com o projecto do Pré-Seminário na Diocese, tendo sido o seu primeiro responsável.

Entre 1992 e 1996, especializou-se em ciências bíblicas, no Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica de Jerusalém, tendo obtido o mestrado e licenciatura canónica em Exegese Bíblica, com uma investigação dedicada ao Evangelho de São Lucas.

No final deste período de estudos, regressou à Diocese de Leiria Fátima para ocupar o cargo de reitor do Seminário Diocesano de Leiria.

Até 2005, dedicou-se a  projectos como o desenvolvimento do “Ano Propedêutico” para candidatos ao sacerdócio de diversas dioceses do país e a formação de seminaristas, através de cursos, conferências e retiros. Assumiu ainda a planificação e remodelação do edifício do Seminário Diocesano de Leiria, com um conjunto de obras que ficaram recentemente concluídas.

O padre Virgílio Antunes desenvolveu ainda um trabalho na área da comunicação, entre 2000 e 2005, como director do jornal semanário “O Mensageiro”, onde tinha também uma coluna de opinião.

Desde Setembro de 2008, tinha abraçado a função de reitor do Santuário de Fátima, já depois de ali ter colaborado, durante três anos, como capelão, director dos serviços de Peregrinos e de Alojamentos, membro do Serviço de Ambiente e Construções, do Conselho de Administração e do Conselho de Gestão Financeira. No exercício daquelas funções, foi responsável por diversos  projectos, para remodelação de  infra-estruturas e a promoção e divulgação da mensagem de Fátima, com destaque para o arranque das celebrações do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima.

Coordenou ainda a visita de Bento XVI ao Santuário, no seguimento da vinda do Papa ao nosso país, em  maio do ano passado. A ordenação do novo bispo de Coimbra está marcada para dia 3 de  julho, e terá lugar no Santuário de Fátima.

Numa saudação à sua futura diocese, enviada pelo gabinete de informação do Santuário de Fátima, o padre Virgílio do Nascimento Antunes declara a sua “plena disponibilidade” para ir ao encontro de todo o povo “na realização da missão que a Igreja de Deus lhe confia”.

“Vejo diante de nós os desafios da nova evangelização, que nos pedem um novo entusiasmo e um novo fascínio pela pessoa de Jesus Cristo, o Evangelho que acolhemos e anunciamos” sustenta o sacerdote, que pede aos fiéis que rezem por si, para que a sua presença “constitua um serviço à fortaleza da fé, um incentivo aos laços de comunhão eclesial”.

Dirige uma palavra especial a todos os jovens, “rapazes e raparigas, cheios de sonhos de uma vida grande e bela, que hoje encontram tantos obstáculos à sua realização”.

“Convido-vos a procurar em Cristo, o vosso companheiro de todas as horas, a alegria e a esperança que buscais. Espero encontrar-vos frequentemente e dedicar-vos parte significativa da minha  ação pastoral” sublinha o novo bispo de Coimbra.

Aos seus antecessores, D. Albino Cleto e D. João Alves, deixa uma palavra de reconhecimento e amizade, “sinal da grande admiração pelo testemunho de fé e de amor à Igreja, que têm dado” e pelo “trabalho que realizaram nos longos anos de ministério”.

D. António Marto já reagiu à nomeação do novo bispo de Coimbra, realçando que "a sua rica e múltipla experiência pastoral, amadurecida nos diversos cargos que desempenhou, bem como os seus dotes humanos, intelectuais e sacerdotais, são o melhor testemunho de que ele está bem preparado para assumir a responsabilidade pastoral de uma Diocese tão significativa como é a de Coimbra, rica de história e de vitalidade eclesial".

JCP

(Fonte: site Agência Ecclesia)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932



“Diz: Meu Deus, amo-Te, mas... ensina-me a Amar!”, anota nesta data nos seus Apontamentos íntimos.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Vaticanista: João Paulo II quis chamar-se Estanislau I

O vaticanista do jornal La Stampa, Marco Tosatti, assegurou que quando foi eleito Pontífice, o Cardeal Karol Wojtyla expressou seu desejo de chamar-se Estanislau I, como o santo padroeiro da Polônia, mas optou por João Paulo II para seguir a tradição romana.

No folheto “99 domande su Wojtyla” (99 perguntas sobre Wojtyla) editado para a próxima beatificação do Servo de Deus João Paulo II, Tosatti explica que o Papa queria adotar o nome do Estanislau para render homenagem a sua pátria. Entretanto, desistiu e escolheu João Paulo II, que reunia os nomes de seus três antecessores, João XXIII, Paulo VI e João Paulo I.

O folheto recolhe dados curiosos e histórias – várias inéditas - sobre o Pontificado de João Paulo II. Por exemplo, recorda que muitos dos presentes na Praça de São Pedro em 16 de Outubro de 1978 pensaram que o novo Papa era africano porque seu nome soava voi-ti-wá.

Tosatti assegura que ao momento da eleição, João Paulo II já falava onze idiomas: polaco, eslovaco, russo, italiano, francês, espanhol, português, alemão, ucraniano e inglês, além de latim. Entretanto, antes de cada viagem tratava de aprender ao menos umas poucas palavras no idioma dos países que visitaria.

O folheto acrescenta que o Papa estava acostumado a ler as biografias dos Santos que ele mesmo tinha levado aos altares e que provavelmente sua favorita era a religiosa polaca Faustina Kowalska (1905-1938).

(Fonte: ‘ACI Digital)

João Paulo II: Biografia oficial realça viagens e números recorde do pontificado

Texto a ser distribuído na beatificação lembra atentado de 1981

A biografia oficial de João Paulo II, preparada pelo Vaticano, destaca as 104 viagens internacionais e os números recorde do pontificado de Karol Wojtyla, entre 1978 e 2005.

“Nenhum outro Papa encontrou tantas pessoas como João Paulo II”, refere o documento, aludindo, entre outros, aos mais de 17 de milhões de peregrinos que participaram nas audiências públicas semanais, e “os milhões de fieis contactados durante as visitas pastorais em Itália e no mundo”.

O texto vai ser distribuído em sete línguas, incluindo o português, no livro da celebração de beatificação do próximo dia 1 de Maio, no Vaticano, presidida por Bento XVI.

Nesta biografia, destaca-se o “grave atentado sofrido pelo Papa polaco a 13 de Maio de 1981, na Praça de São Pedro, sublinhando que João Paulo II “perdoou ao autor do atentado”.

“Salvo pela mão materna da Mãe de Deus, submeteu-se a uma longa recuperação. Convencido de ter recebido uma nova vida, intensificou os seus empenhos pastorais com heróica generosidade”, pode ler-se

“Foi ao encontro das novas gerações, com a celebração das Jornadas Mundiais da Juventude”, acrescenta o documento.

Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de Maio de 1920, e morreu no Vaticano, a 2 de Abril de 2005.

Entre os seus principais documentos, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas.

Na sua juventude, viveu a ocupação nazi da Polónia, que o levou a trabalhar numa mina (1940-1944) e, posteriormente, “na fabrica química Solvay, para poder sustentar-se e evitar a deportação para a Alemanha”.

“A partir de 1942, sentindo-se chamado ao sacerdócio, frequentou o Curso de Formação do Seminário Maior clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo local, o Cardeal Adam Stefan Sapieha. Simultaneamente, foi um dos promotores do «Teatro Rapsodico», também este clandestino”, refere o texto do Vaticano.

Wojtyla foi ordenado padre a 1 de Novembro de 1946 e bispo a 28 de Setembro de 1958, em Cracóvia.

“A 13 de Janeiro de 1964 foi nomeado arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI, que o criou Cardeal a 26 de Junho de 1967. Participou no Concilio Vaticano II (1962-65), dando um contributo importante na elaboração da Constituição «Gaudium et Spes»”, indica a biografia.

O futuro beato João Paulo II celebrou, ele próprio, 147 ritos de beatificação, nos quais proclamou 1338 beatos, e 51 canonizações, com um total de 482 santos.

OC

(Fonte: site Agência Ecclesia)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio

«O domingo, de facto, recorda, no ritmo semanal do tempo, o dia da ressurreição de Cristo. É a Páscoa da semana, na qual se celebra a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, o cumprimento n'Ele da primeira criação e o início da « nova criação » (cf. 2 Cor5,17). É o dia da evocação adorante e grata do primeiro dia do mundo e, ao mesmo tempo, da prefiguração, vivida na esperança, do « último dia », quando Cristo vier na glória (cf. Act 1,11; 1 Tes4,13-17) e renovar todas as coisas (cf. Ap 21,5).» (31-05-1998 in Carta Apostólica Dies Domini)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Rev.  Joan Carles MONTSERRAT i Pulido (Sabadell, Barcelona, Espanha)

«A paz esteja convosco»

Hoje, Cristo ressuscitado saúda os discípulos, novamente, com o desejo da paz: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36). Assim afasta os temores e pressentimentos que os Apóstolos acumularam durante os dias de paixão e de solidão.

Ele não é um fantasma, é totalmente real, mas, às vezes, o medo na nossa vida vai tomando corpo como se fosse a única realidade. Em ocasiões é a falta de fé e de vida interior o que vai mudando as coisas: o medo passa a ser a realidade e Cristo vai-se desbotando da nossa vida. Por outro lado, a presença de Cristo na vida do cristão afasta as dúvidas, ilumina a nossa existência, especialmente os recantos que nenhuma explicação humana pode esclarecer. São Gregório de Nazianzo exorta-nos: «Deveríamos envergonharmo-nos ao prescindir da saudação da paz, que o Senhor nos deixou quando ia sair do mundo. A paz é um nome e uma coisa saborosa, que sabemos provem de Deus, segundo diz o Apóstolo aos filipenses: “A paz de Deus”; e que é de Deus o mostra também quando diz aos efésios: “Ele é a nossa paz”».

A ressurreição de Cristo é o que dá sentido a todas as vicissitudes e sentimentos, o que nos ajuda a recuperar a calma e a serenarmos nas trevas da nossa vida. As outras pequenas luzes que encontramos na vida só têm sentido nesta Luz.

«Era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos». Então «ele abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras» (Lc 24, 44-45), como já o havia feito com os discípulos de Emaús. Também quer o Senhor abrir-nos a nós o sentido das Escrituras para a nossa vida; deseja transformar o nosso pobre coração num coração que seja também ardente, como o seu: com a explicação da Escritura e a fracção do Pão, a Eucaristia. Por outras palavras: a tarefa do cristão é ir vendo como a sua história Ele a quer converter em história de salvação. 

(Fonte: Evangeli.net)

O Evangelho do dia 28 de Abril de 2011

Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48

35 E eles contaram também o que lhes tinha acontecido no caminho, e como O tinham reconhecido ao partir o pão. 36 Enquanto falavam nisto, apresentou-Se Jesus no meio deles e disse-lhes: «A paz seja convosco!».37 Mas eles, turbados e espantados, julgavam ver algum espírito.38 Jesus disse-lhes: «Porque estais turbados, e porque se levantaram dúvidas nos vossos corações?39 Olhai para as Minhas mãos e os Meus pés, porque sou Eu mesmo; apalpai e vede, porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que Eu tenho».40 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.41 Mas, estando eles, por causa da alegria, ainda sem querer acreditar e estupefactos, disse-lhes: «Tendes aqui alguma coisa que se coma?».42 Eles apresentaram-Lhe uma posta de peixe assado.43 Tendo-o tomado comeu-o à vista deles.44 Depois disse-lhes: «Isto é o que Eu vos dizia quando ainda estava convosco; que era necessário que se cumprisse tudo o que de Mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos».45 Então abriu-lhes o entendimento, para compreenderem as Escrituras,46 e disse-lhes: «Assim está escrito que o Cristo devia padecer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,47 e que em Seu nome havia de ser pregado o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.48 Vós sois as testemunhas destas coisas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Boa noite!

"Quia respexit humilitatem ancillae suae" – porque olhou para a baixeza da sua escrava... Cada vez me persuado mais de que a humildade autêntica é a base sobrenatural de todas as virtudes. Fala com Nossa Senhora, para que Ela nos ensine a caminhar por esta senda.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 289)

Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus. Onde há humildade há sabedoria, explica o livro dos Provérbios. A humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade. E ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus. Esta é a nossa grandeza.

Que bem o compreendia Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de existir sobre a terra! Maria glorifica o poder do Senhor, que depôs do trono os poderosos e elevou os humildes. E canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina: porque olhou para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

Maria manifesta-se santamente transformada, no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E, por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. A humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas da sua Mãe sempre Imaculada.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 96)

Os cristãos estejam empenhados na transformação do mundo à luz do amor do Ressuscitado: Bento XVI na Audiência geral

Na audiência geral desta quarta feira, na Praça de S. Pedro, o Papa desenvolveu uma catequese sobre a Pascoa , coração do mistério cristão e fundamento da nossa fé. A Ressurreição de Cristo – explicou - longe de convidar os cristãos a evadir do mundo, torna-os ainda mais empenhados na sua transformação á luz do amor. Os cristãos são chamados a ser fermento novo no mundo, doando-se sem reservas pelas causas mais urgentes e mais justas. Cristo ressuscitou verdadeiramente ! Não podemos ter só para nós a vida e a alegria que Ele nos deu na sua Páscoa – concluiu - mas devemos dá-la a todos aqueles que se aproximam de nós. É a nossa tarefa e a nossa missão: fazer ressurgir no coração do próximo a esperança lá onde há desespero , a alegria onde se encontra a tristeza, a vida onde há morte. Testemunhar cada dia a alegria do Senhor ressuscitado significa viver sempre de maneira pascal e fazer ressoar a alegre noticia que Cristo não é uma ideia ou uma recordação do passado, mas uma Pessoa que vive connosco, para nós e em nós, e com Ele e nele podemos fazer novas todas as coisas.

Não faltaram nesta audiência palavras do Papa em português 

Queridos irmãos e irmãs,

A Páscoa é o centro do mistério cristão, pois tudo tem como ponto de partida a ressurreição de Cristo. Da Páscoa irradia, como de um centro luminoso, toda a liturgia da Igreja, que dela toma o seu conteúdo e significado. A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração, mas a atualização no mistério dessa realidade pela qual Cristo iniciou uma nova condição do nosso ser homens: uma vida imersa na eternidade de Deus. Por isso, toda a nossa existência deve assumir uma forma pascal, como ensina São Paulo na Carta aos Colossenses: “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto” (3,1). Longe de significar um desprezo das realidades terrenas, o Apóstolo diz-nos que devemos buscar aquilo que pertence ao “homem novo”, revestido de Cristo pelo Batismo, mas que tem necessidade incessante de se renovar à imagem d’Aquele que o criou. Cada cristão, bem como cada comunidade, que vive a experiência desta passagem de ressurreição, não pode deixar de converter-se em fermento novo no mundo, doando-se sem reservas às causas mais urgentes e justas, como demonstram os testemunhos dos Santos de todas as épocas e lugares.

Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os portugueses vindos de Lisboa e da Sertã e os brasileiros de Poços de Caldas, a minha saudação, com votos duma boa continuação de santa Páscoa! Não podemos guardar só para nós a vida e a alegria que Cristo nos deu com a sua Ressurreição, mas devemos transmiti-la a quantos se aproximam de nós. Assim, fareis surgir no coração dos outros a esperança, a felicidade e a vida! Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção Apostólica.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

A transparência cristã de João Paulo II - D. Javier Echevarría

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana

Há anos que se ouvem testemunhos de jovens, e menos jovens, que se sentiram atraídos por Cristo graças às palavras, ao exemplo e à proximidade de João Paulo II. Com a ajuda de Deus, alguns empreenderam um caminho de procura da santidade sem mudar de estado, na vida matrimonial ou no celibato, outros, no sacerdócio ou na vida religiosa. São vários milhares e há quem lhes chame "a geração João Paulo II".

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Karol Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana, um pastor solícito, um comunicador credível da verdade e um pai, para crentes e não crentes. Mas o Papa que nos guiou na transição do segundo para o terceiro milénio foi acima de tudo um homem apaixonado por Jesus Cristo e identificado com Ele. 

"Para saber quem é João Paulo II é preciso vê-lo rezar, sobretudo na intimidade da sua capela privada", escreveu um dos biógrafos deste santo pontífice. E assim é, de facto. Uma das últimas fotografias da sua caminhada terrena retrata-o na capela privada acompanhando, pela televisão, a Via-Sacra que decorria no Coliseu. Naquela Sexta-Feira Santa de 2005, João Paulo II não pôde presidir fisicamente ao evento, como fizera nos anos anteriores. Já não conseguia nem falar nem andar, mas essa imagem espelha a intensidade do momento que vivia. Agarrado a um grande crucifixo de madeira, o Papa abraça Jesus na cruz, aproxima o Crucificado do seu coração e beija-O. A imagem de João Paulo II, ancião e doente, unido à Cruz, é um discurso tão eloquente como as suas palavras vigorosas ou as viagens extenuantes.

O novo beato cumpriu com generosidade heróica o mandato de Cristo aos Seus discípulos: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16, 15). Na ânsia de chegar ao último recanto de África, da América, da Ásia, da Europa e da Oceânia, João Paulo II não pensava em si próprio; tinha o ímpeto de gastar a vida em serviço dos outros, o desejo de mostrar a dignidade do ser humano - criado à imagem e semelhança de Deus e redimido por Cristo - e de transmitir a mensagem do Evangelho.

Certa vez, ao fim da tarde, acompanhei D. Álvaro del Portillo - então prelado do Opus Dei - aos aposentos pontifícios. Enquanto esperávamos a chegada do Papa ouvimos os passos cansados, de alguém que arrastava os pés, aproximar-se por um corredor. Era João Paulo II, muito cansado. D. Álvaro del Portillo exclamou: "Santo Padre, está tão cansado!" O Papa olhou para ele e, com voz amável, explicou: "Se por esta altura não estivesse cansado, seria sinal de que não teria cumprido o meu dever." O zelo pelas almas transportou-o ao último canto da Terra para levar a mensagem de Cristo. Há alguém no mundo que tenha estreitado mais mãos na sua vida, ou tenha cruzado o seu olhar com o de tantas pessoas como ele? Esse esforço, também humano, era outro modo de abraçar e de se unir ao Crucificado.

A universalidade do coração de João Paulo II não o conduzia só a uma actividade que poderíamos chamar exterior: também no seu interior agia operativamente este espírito, assumindo as inquietações do mundo inteiro. Diariamente, a partir da capela privada no Vaticano, percorria o globo. Por isso foi natural a resposta a um jornalista que perguntou como rezava: a oração do Papa - respondeu - é uma "peregrinação pelo mundo inteiro rezando com o pensamento e o coração". 

Na sua oração - explicava - emerge "a geografia das comunidades, das igrejas, das sociedades e também dos problemas que angustiam o mundo contemporâneo", e deste modo o Papa "expõe diante de Deus todas as alegrias e esperanças e ao mesmo tempo as tristezas e preocupações que a Igreja partilha com a humanidade contemporânea".

Esse coração universal e esse impulso missionário levaram-no a dialogar com pessoas de todos os tipos. Isso tornou-se patente durante o Jubileu do ano 2000; quis encontrar-se com crianças, jovens, adultos e idosos; com desportistas, artistas, governantes, políticos, polícias e militares; com trabalhadores do campo, universitários, presos e doentes; com famílias, pessoas do mundo do espectáculo, emigrantes e nómadas... 

A biografia de Karol Wojtyla pode também ler-se como um contínuo levar o Evangelho aos mais variados sectores da sociedade humana: às famílias, à escola e à fábrica, ao teatro e à literatura, às cidades de arranha-céus e aos bairros de barracas. A sua história levou-o a perceber com clareza que é possível tornar presente Cristo em todas as circunstâncias, também nos momentos trágicos da guerra mundial e das dominações totalitárias que imperaram na sua terra natal. Nos cenários mais diversos da modernidade, João Paulo II levou a luz de Jesus Cristo à humanidade inteira. Com a sua existência ensina-nos a descobrir Deus nas circunstâncias em que nos toca viver.

Numa das suas obras, S. Josemaría Escrivá de Balaguer, contempla Jesus na cruz como Sacerdote Eterno, que "abre os seus braços à humanidade inteira". Penso que a caminhada terrena de João Paulo II foi uma réplica fiel desse Senhor a acolher no Seu coração todos os homens e mulheres, derramando amor e misericórdia em cada um, com um acento especial para os doentes e os desvalidos.

A vida do cristão é procurar configurar-se com Cristo; e João Paulo II cumpriu-o de modo sublime: por causa da sua heróica correspondência à graça, da sua alegria de filho de Deus, pessoas de todas as raças e condições sociais viram brilhar nele o rosto do Ressuscitado. 

A fotografia que referi no início destas reflexões parece-me uma síntese visual da vida de João Paulo II: um Papa exausto pelo longo tempo de serviço às almas, que conduz o olhar do mundo para Jesus na cruz, para que cada um e cada uma encontre aí respostas para as suas interrogações mais profundas. A vida do novo beato é pois um exemplo de transparência cristã: tornar visível, através da própria vida, o rosto e os sentimentos misericordiosos de Jesus. Penso que é essa a razão e o segredo da sua eficácia evangelizadora. E estou convencido - assim o peço a Deus - de que a sua elevação aos altares induzirá no mundo e na Igreja uma onda de fé e de amor, de desejos de servir os outros e de gratidão ao Senhor.

No dia 1 de Maio de 2011, na Praça de São Pedro, sob o olhar carinhoso da Mãe da Igreja, poderemos unir-nos a Bento XVI e dizer uma vez mais: "Queremos expressar a nossa profunda gratidão ao Senhor pelo dom de João Paulo II e queremos também agradecer a este Papa tudo o que fez e sofreu" (Audiência geral, 18 de Maio de 2005).

Aos que o conhecemos em vida, cabe-nos agora o gostoso dever de o dar a conhecer às gerações vindouras. 

+ Javier Echevarría - Prelado do Opus Dei