Se desejas deveras ser alma penitente – penitente e alegre –, deves defender, acima de tudo, os teus tempos diários de oração, de oração íntima, generosa, prolongada, e hás-de procurar que esses tempos não sejam ao acaso, mas a hora fixa, sempre que te for possível. Sê escravo deste culto quotidiano a Deus, e garanto-te que te sentirás constantemente alegre.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 994)
Como anda a tua vida de oração? Não sentes às vezes, durante o dia, desejos de falar mais devagar com Ele? Não Lhe dizes: logo vou contar-te isto e aquilo; logo vou conversar sobre isso contigo?
Nos momentos dedicados expressamente a esse colóquio com o Senhor o coração expande-se, a vontade fortalece-se, a inteligência – ajudada pela graça – enche a realidade humana com a realidade sobrenatural. E, como fruto, sairão sempre propósitos claros, práticos, de melhorares a tua conduta, de tratares delicadamente, com caridade, todos os homens, de te empenhares a fundo – com o empenho dos bons desportistas – nesta luta cristã de amor e de paz.
A oração torna-se contínua como o bater do coração, como as pulsações. Sem essa presença de Deus não há vida contemplativa. E sem vida contemplativa de pouco vale trabalhar por Cristo, porque em vão se esforçam os que constroem se Deus não sustenta a casa.
Para se santificar, o cristão corrente – que não é um religioso e não se afasta do mundo, porque o mundo é o lugar do seu encontro com Cristo – não precisa de hábito externo nem sinais distintivos. Os seus sinais são internos: a constante presença de Deus e o espírito de mortificação. Na realidade, são uma só coisa, porque a mortificação é apenas a oração dos sentidos.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 8–9)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
O jornal italiano ‘Il Foglio’ difunde estarrecedora crónica sobre o massacre na Catedral de Bagdad
O vaticanista Sandro Magister reproduziu na sua última coluna a dramática crónica publicada pelo jornal Il Foglio sobre o massacre de dezenas de cristãos ocorrida no passado dia 31 de Outubro na Catedral sírio-católica de Bagdad.
Magister reproduz a crónica na página http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1345870?sp=e e denuncia que "os ataques aos cristãos no país do Tigre e do Eufrates denotam um ódio sempre mais marcadamente religioso, islamista".
"O ataque de 31 de Outubro à catedral sírio-católica de Bagdad, com 58 mortos e muitas dezenas de feridos, atacados enquanto celebravam a Missa, foi considerado no Vaticano como um acontecimento revelador", acrescenta e sustenta que "a dinâmica do massacre não deixa dúvidas. Os agressores usavam cintos explosivos. Disparavam e atiravam bombas gritando: ‘vocês irão todos ao inferno, enquanto nós ao paraíso. Alá é o maior".
‘"Nas cinco horas do ataque, os terroristas rezaram duas vezes, recitaram o Corão como em uma mesquita. Devastaram o altar, fizeram tiro ao alvo contra o crucifixo, enfureceram-se com os meninos simplesmente por serem ‘infiéis’", acrescenta.
"O que ocorreu nessas cinco horas terríveis foi sabido depois de dias, pouco a pouco, graças aos testemunhos de numerosos feridos levados a Roma e outras cidades europeias para serem curados", sustenta.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Magister reproduz a crónica na página http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1345870?sp=e e denuncia que "os ataques aos cristãos no país do Tigre e do Eufrates denotam um ódio sempre mais marcadamente religioso, islamista".
"O ataque de 31 de Outubro à catedral sírio-católica de Bagdad, com 58 mortos e muitas dezenas de feridos, atacados enquanto celebravam a Missa, foi considerado no Vaticano como um acontecimento revelador", acrescenta e sustenta que "a dinâmica do massacre não deixa dúvidas. Os agressores usavam cintos explosivos. Disparavam e atiravam bombas gritando: ‘vocês irão todos ao inferno, enquanto nós ao paraíso. Alá é o maior".
‘"Nas cinco horas do ataque, os terroristas rezaram duas vezes, recitaram o Corão como em uma mesquita. Devastaram o altar, fizeram tiro ao alvo contra o crucifixo, enfureceram-se com os meninos simplesmente por serem ‘infiéis’", acrescenta.
"O que ocorreu nessas cinco horas terríveis foi sabido depois de dias, pouco a pouco, graças aos testemunhos de numerosos feridos levados a Roma e outras cidades europeias para serem curados", sustenta.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Espírito de Natal
Nas nossas sociedades, a festa cristã do Natal foi-se transformando numa euforia consumista e pagã.
É paradoxal, pois não tem sentido celebrar com vontade de possuir cada vez mais coisas o humilde nascimento de Jesus. Decerto que também se faz sentir o desejo de presentear os outros, mas nem sempre da maneira mais sensata. Por exemplo, encher crianças de presentes não será a melhor pedagogia.
A crise dá oportunidade para, em alguma medida, se repor o autêntico espírito do Natal. Decerto que numa sociedade pluralista como a nossa, onde a prática religiosa cristã é minoritária, não podemos esperar que todos dêem ao Natal o significado que o catolicismo lhe atribui: a encarnação de Deus na humanidade do seu Filho. Mas devemos esperar que a fúria consumista seja substituída por uma atenção redobrada aos que estão a passar mais dificuldades.
Felizmente, têm-se registado manifestações de generosa solidariedade dos Portugueses. Mas as instituições de apoio social dizem-nos que não é suficiente. Ora a doação aos outros é um sinal de Deus. Nos crentes e nos descrentes.
Francisco Sarsfield Cabral
(Fonte: site Rádio Renascença)
É paradoxal, pois não tem sentido celebrar com vontade de possuir cada vez mais coisas o humilde nascimento de Jesus. Decerto que também se faz sentir o desejo de presentear os outros, mas nem sempre da maneira mais sensata. Por exemplo, encher crianças de presentes não será a melhor pedagogia.
A crise dá oportunidade para, em alguma medida, se repor o autêntico espírito do Natal. Decerto que numa sociedade pluralista como a nossa, onde a prática religiosa cristã é minoritária, não podemos esperar que todos dêem ao Natal o significado que o catolicismo lhe atribui: a encarnação de Deus na humanidade do seu Filho. Mas devemos esperar que a fúria consumista seja substituída por uma atenção redobrada aos que estão a passar mais dificuldades.
Felizmente, têm-se registado manifestações de generosa solidariedade dos Portugueses. Mas as instituições de apoio social dizem-nos que não é suficiente. Ora a doação aos outros é um sinal de Deus. Nos crentes e nos descrentes.
Francisco Sarsfield Cabral
(Fonte: site Rádio Renascença)
Deus é moderno
"O Regresso de Deus" (Quetzal) revela que o ateísmo cool é uma marca exclusivamente europeia. A Europa está sozinha na ilegalização de Deus. A modernidade tem várias faces.
I . Seguindo a ideia das "Múltiplas Modernidades" , Micklethwait e Wooldridge mostram uma coisa simples e óbvia. Uma coisa que, apesar de ser simples e óbvia, continua a ser recusada pelas lentes europeias: a modernidade não matou Deus. Nos séculos XIX e XX, a elite europeia consagrou o fim da religião como uma das marcas obrigatórias da modernidade. A fórmula era simples: sociedade moderna = sociedade a caminhar na direcção da desespiritualização da vida em comunidade. Ora, contra a vontade desta teoria, várias sociedades (EUA, Índia, Israel, China, Brasil, etc.) conciliam a modernidade com a fé. Estas sociedades são modernas e religiosas, não existindo aqui qualquer dicotomia antagónica insanável.
II. Isto quer dizer duas coisas: (1) a Europa está sozinha na ilegalização de Deus. A modernidade europeia é apenas isso: a modernidade europeia, e não o modelo universal que todos têm de seguir. A Modernidade é plural. Por outras palavras, não existe Modernidade; existem apenas modernidades. (2) Enquanto a Europa permaneceu como árbitra cultural do mundo, a América simultaneamente moderna e religiosa "podia ser descartada como uma bizarria". Ora, em 2010, podemos dizer o seguinte: a Europa é que é uma bizarria, uma bizarria ateia no meio de um mundo de crentes.
III. O iluminismo americano sempre conviveu com a religião, ao contrário do iluminismo europeu. "O Regresso de Deus" mostra - precisamente - que a visão americana da modernidade venceu a visão europeia. Tal como defendiam os founding fathers, o Estado deve ser laico, sim senhora. Mais: o Estado não deve evitar apoiar esta ou aquela igreja. Mas este laicismo político do Estado não deve implicar a secularização forçada da sociedade. Estado e sociedade são coisas diferentes. Em suma, o laicismo americano venceu o laicismo europeu (i.e., francês).
PS: Fala-se muito do revivalismo do Islão, por razões mediáticas óbvias. Mas depois de lermos este livro fica a impressão de que o verdadeiro revivalismo está no lado do cristianismo. O cristianismo está em ascensão em todas as partes do mundo, inclusive na China. Os chineses até têm a sua Fátima e o seu "marianismo". E o cristianismo também conquistou o seu espaço na Índia. Ou seja, o cristianismo está em alta nos terrenos do costume (EUA, América do Sul), mas também está a ganhar espaço nos gigantes pagãos do Oriente.
Henrique Raposo
(Fonte. Expresso online)
I . Seguindo a ideia das "Múltiplas Modernidades" , Micklethwait e Wooldridge mostram uma coisa simples e óbvia. Uma coisa que, apesar de ser simples e óbvia, continua a ser recusada pelas lentes europeias: a modernidade não matou Deus. Nos séculos XIX e XX, a elite europeia consagrou o fim da religião como uma das marcas obrigatórias da modernidade. A fórmula era simples: sociedade moderna = sociedade a caminhar na direcção da desespiritualização da vida em comunidade. Ora, contra a vontade desta teoria, várias sociedades (EUA, Índia, Israel, China, Brasil, etc.) conciliam a modernidade com a fé. Estas sociedades são modernas e religiosas, não existindo aqui qualquer dicotomia antagónica insanável.
II. Isto quer dizer duas coisas: (1) a Europa está sozinha na ilegalização de Deus. A modernidade europeia é apenas isso: a modernidade europeia, e não o modelo universal que todos têm de seguir. A Modernidade é plural. Por outras palavras, não existe Modernidade; existem apenas modernidades. (2) Enquanto a Europa permaneceu como árbitra cultural do mundo, a América simultaneamente moderna e religiosa "podia ser descartada como uma bizarria". Ora, em 2010, podemos dizer o seguinte: a Europa é que é uma bizarria, uma bizarria ateia no meio de um mundo de crentes.
III. O iluminismo americano sempre conviveu com a religião, ao contrário do iluminismo europeu. "O Regresso de Deus" mostra - precisamente - que a visão americana da modernidade venceu a visão europeia. Tal como defendiam os founding fathers, o Estado deve ser laico, sim senhora. Mais: o Estado não deve evitar apoiar esta ou aquela igreja. Mas este laicismo político do Estado não deve implicar a secularização forçada da sociedade. Estado e sociedade são coisas diferentes. Em suma, o laicismo americano venceu o laicismo europeu (i.e., francês).
PS: Fala-se muito do revivalismo do Islão, por razões mediáticas óbvias. Mas depois de lermos este livro fica a impressão de que o verdadeiro revivalismo está no lado do cristianismo. O cristianismo está em ascensão em todas as partes do mundo, inclusive na China. Os chineses até têm a sua Fátima e o seu "marianismo". E o cristianismo também conquistou o seu espaço na Índia. Ou seja, o cristianismo está em alta nos terrenos do costume (EUA, América do Sul), mas também está a ganhar espaço nos gigantes pagãos do Oriente.
Henrique Raposo
(Fonte. Expresso online)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932
Passa por um momento de dificuldades económicas. Hoje escreve: “Após ter rezado repetidamente ao Senhor encontrei de modo providencial um andarzinho decente para viver com a minha família. Graças a Deus”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bom dia!
Da Melhoria Pessoal e da Vida Interior
Clique em "Bom Dia!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!
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Amar a Igreja
Dizer-se católico e não amar a Igreja e os seus membros é impossível, porque ela é o próprio Corpo de Cristo sendo Ele a sua Cabeça. Aos que assim não entendem, rogo-lhes que não se intitulem como católicos, cristãos talvez; mas acima de tudo peço-lhes com humildade e amor fraterno, que leiam e releiam as Sagradas Escrituras e lá encontrarão resposta para todas as vossas dúvidas, sempre no pressuposto da presença do elemento essencial que é a Fé, sem ela…
(JPR)
«Para que este amor sólido e íntegro more nas nossas almas e aumente dia a dia, é necessário que nos acostumemos a ver na Igreja o próprio Cristo. Porque Cristo é quem vive na Sua Igreja, quem por meio dela ensina, governa e confere a Santidade; Cristo é também quem de vários modos Se manifesta nos Seus membro sociais»
(Mystici Corporis, nº 43 – Pio XII)
«Deposto todo o juízo, devemos ter ânimo aparelhado e pronto para obedecer em tudo à verdadeira esposa de Cristo nosso Senhor, que é a nossa mãe Igreja»
(Exercícios Espirituais, nº 353 – Santo Inácio de Loyola)
(JPR)
«Para que este amor sólido e íntegro more nas nossas almas e aumente dia a dia, é necessário que nos acostumemos a ver na Igreja o próprio Cristo. Porque Cristo é quem vive na Sua Igreja, quem por meio dela ensina, governa e confere a Santidade; Cristo é também quem de vários modos Se manifesta nos Seus membro sociais»
(Mystici Corporis, nº 43 – Pio XII)
«Deposto todo o juízo, devemos ter ânimo aparelhado e pronto para obedecer em tudo à verdadeira esposa de Cristo nosso Senhor, que é a nossa mãe Igreja»
(Exercícios Espirituais, nº 353 – Santo Inácio de Loyola)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Isaac o Sírio (século VII), monge perto de Mossul, santo das igrejas ortodoxas
Discursos ascéticos, 1ª série, nº 19 (a partir da trad Touraille, DDB 1981, p. 129)
A violência que se apodera do Reino
Que mais nada te impeça de te unires a Cristo. [...] Reza sem esperares, suplica de todo o coração, pede ardentemente, até que recebas. Não abrandes. Essas coisas ser-te-ão dadas se em primeiro lugar, com toda a tua fé, te obrigares a confiar a Deus a tua preocupação e substituíres a tua própria previdência pela providência de Deus. Quando Ele vir a tua vontade, quando Ele vir que, em total pureza de coração, confias mais Nele que em ti próprio e te obrigas a esperar Nele mais que na tua força, então este poder que desconheces virá fazer em ti a Sua morada. E tu sentirás em todos os teus sentidos o poder Daquele que está incontestavelmente contigo. Graças a este poder, muitos entram no fogo e não temem, caminham sobre as águas e não hesitam.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Discursos ascéticos, 1ª série, nº 19 (a partir da trad Touraille, DDB 1981, p. 129)
A violência que se apodera do Reino
Que mais nada te impeça de te unires a Cristo. [...] Reza sem esperares, suplica de todo o coração, pede ardentemente, até que recebas. Não abrandes. Essas coisas ser-te-ão dadas se em primeiro lugar, com toda a tua fé, te obrigares a confiar a Deus a tua preocupação e substituíres a tua própria previdência pela providência de Deus. Quando Ele vir a tua vontade, quando Ele vir que, em total pureza de coração, confias mais Nele que em ti próprio e te obrigas a esperar Nele mais que na tua força, então este poder que desconheces virá fazer em ti a Sua morada. E tu sentirás em todos os teus sentidos o poder Daquele que está incontestavelmente contigo. Graças a este poder, muitos entram no fogo e não temem, caminham sobre as águas e não hesitam.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 9 de Dezembro de 2010
São Mateus 11,11-15
11 «Na verdade vos digo que entre os nascidos de mulher não veio ao mundo outro maior que João Baptista; mas o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.12 «Desde os dias de João Baptista até agora, o Reino dos Céus sofre uma forte oposição, e são os esforçados que o conquistam.13 Com efeito, todos os profetas e a Lei profetizaram até João.14 E, se vós quereis compreender, ele mesmo é o Elias que há-de vir.15 O que tem ouvidos para ouvir, oiça.
11 «Na verdade vos digo que entre os nascidos de mulher não veio ao mundo outro maior que João Baptista; mas o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.12 «Desde os dias de João Baptista até agora, o Reino dos Céus sofre uma forte oposição, e são os esforçados que o conquistam.13 Com efeito, todos os profetas e a Lei profetizaram até João.14 E, se vós quereis compreender, ele mesmo é o Elias que há-de vir.15 O que tem ouvidos para ouvir, oiça.