quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A economia portuguesa perdeu uma das suas referências. Ernâni Lopes partiu

O economista e antigo ministro das Finanças Ernâni Lopes morreu hoje, aos 68 anos, depois de anos de luta contra o cancro. O corpo estará em câmara ardente na igreja das Mercês, Lisboa, onde se vai realizar uma missa de corpo presente esta tarde às 19h30, adiantou a família.

Amanhã realiza-se outra missa às 13h, antes do cortejo fúnebre seguir para São Martinho do Porto, onde decorrerá o enterro.

Ernâni Lopes, que admitiu em 2006 sofrer de linfoma, era actualmente director e professor do Instituto de Estudos Europeus da Universidade Católica e sócio-gerente da consultora SaeR, uma empresa de consultoria. Negociou a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE) e foi presidente da Fundação Luso Espanhola.
(…)
"Um homem de fé, uma referência em tempos difíceis e um exemplo"
O reitor da universidade católica, Braga da Cruz, lembra um professor exemplar, que tem formado quadros importantes e sublinha o testemunho de Ernâni Lopes enquanto homem de fé.
(…)
Por seu lado, o Presidente da República, Cavaco silva, enviou uma mensagem de condolências à família de Ernâni Lopes, onde se lê que "Ernâni Rodrigues Lopes foi um dos mais conceituados economistas da sua geração, que se destacou por um profundo sentido do dever e por uma entrega total às causas em que acreditava".

"Homem de fé e de princípios, de um exemplar rigor cívico e moral, foi governante em tempos difíceis e um dos grandes obreiros da nossa integração nas Comunidades Europeias. Com um patriotismo admirável, sempre se bateu para que Portugal fosse um país mais desenvolvido e mais justo, tendo sido dos primeiros a compreender o valor estratégico dos oceanos para o futuro do País", continua a nota da presidência.


(Fonte: site Rádio Renascença com selecção de excertos da responsabilidade de JPR)

Boa noite!

Vê quantos motivos para venerar S. José e para aprender da sua vida: foi um varão forte na fé...; sustentou a sua família – Jesus e Maria – com o seu trabalho esforçado...; guardou a pureza da Virgem, que era sua Esposa...; e respeitou – amou! – a liberdade de Deus que fez a escolha, não só da Virgem como Mãe, mas também dele como Esposo de Santa Maria.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 552)

Ao pensar nos lares cristãos, gosto de imaginá-los luminosos e alegres, como foi o da Sagrada Família. A mensagem de Natal ressoa com toda a força: Glória a Deus no mais alto dos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade. Que a Paz de Cristo triunfe nos vossos corações, escreve o Apóstolo. Paz por nos sabermos amados pelo nosso Pai, Deus, incorporados em Cristo, protegidos pela Virgem Santa Maria, amparados por S. José. Esta é a grande luz que ilumina as nossas vidas e que, perante as dificuldades e misérias pessoais, nos impele a seguir animosamente para diante. Cada lar cristão deveria ser um remanso de serenidade, em que se notassem, por cima das pequenas contrariedades diárias, um carinho e uma tranquilidade, profundos e sinceros, fruto de uma fé real e vivida.

Para o cristão o matrimónio não é uma simples instituição social e menos ainda um remédio para as fraquezas humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural. Sacramento grande em Cristo e na Igreja, como diz S. Paulo, é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, contrato que um homem e uma mulher fazem para sempre, pois, quer queiramos quer não, o matrimónio instituído por Jesus Cristo é indissolúvel, sinal sagrado que santifica, acção de Jesus, que invade a alma dos que se casam e os convida a segui-Lo, transformando toda a vida matrimonial num caminhar divino pela Terra.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 22–23)

O Papa na Missa de sufrágio por Manuela Camagni: uma pessoa interiormente penetrada da alegria, que provém da memória de Deus”

Bento XVI celebrou esta manhã, na capela Paulina, do Vaticano, uma Missa de sufrágio por Manuela Camagni, leiga consagrada no instituto “Memor Domini”, que fazia parte da “família pontifícia”, trabalhando e vivendo nos apartamentos papais, falecida tragicamente, vítima de atropelamento numa rua de Roma, no passado dia 23 de Novembro.

Na homilia, o Papa recordou com profunda gratidão o testemunho de fé, sabedoria e caridade da defunta, detendo-se no significado da expressão “memória de Deus” (em alusão ao “Memor Domini” do nome adoptado por este grupo de leigas consagradas).

“Na profundidade do nosso ser está inscrita a memória do Criador” – escreveu São Boaventura. Precisamente porque “esta memória está inscrita no nosso ser”, é que “nós podemos recordar-nos d’Ele, ver as suas marcas” na natureza criada. Uma “memória” – observou – que “não é só memória de um passado, porque a origem está presente, é memória da presença do Senhor”.

“É também memória do futuro, porque é certeza de que vimos da bondade de Deus e que somos chamados a chegar à bondade de Deus. Por isso, nesta memória está presente o elemento da alegria, a nossa origem na alegria que é Deus e a nossa chamada a chegar à grande alegria. E sabemos que Manuela era uma pessoa interiormente penetrada da alegria, daquela alegria que provém da memória de Deus”.

“Manuela não era daquelas pessoas que se esqueceram da memória. Ela viveu precisamente na memória viva do Criador. Na alegria da sua relação, vendo a transparência de Deus em todo o mundo criado, mesmo nos acontecimentos quotidianos da nossa vida, ela compreendeu que é desta memória que provém a alegria”.

“Deus não é um Deus dos mortos, é um Deus dos vivos e quem faz parte do nome de Deus, quem está na memória de Deus está vivo. Mais ainda: nós, homens, com a nossa memória, infelizmente só podemos conservar uma sombra das pessoas que amámos. Mas a memória de Deus não conserva só sombras, é origem de vida. E é aí que vivem os mortos, na Sua vida e com a Sua vida, entraram na memória de Deus, que é vida”.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Boa Tarde!

Da Melhoria Pessoal e da Vida Interior


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Bom Dia! 64

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S. Josemaría nesta data em 1937

Depois de uma penosa marcha a pé para atravessar os Pirenéus, durante a guerra civil espanhola, chega a Andorra. Ao entrar em Sant Juliá de Loria vai a rezar o terço. Escuta o toque de uns sinos e repete de si para si: “Deo gratias!, Deo gratias!”

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

A avareza

«E disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas».

(S. Lucas, 12, 15)

«O Senhor não manda que deitemos fora a nossa fazenda e nos afastemos do dinheiro. O que Ele quer é que afastemos da nossa alma a primazia das riquezas, a desenfreada cobiça e febre delas, as solicitudes, os espinhos da vida, que afogam a semente da verdadeira vida.»

(Quis dives salvetur, nº 11 - Clemente de Alexandria)

«… ; foi [São Cipriano]irremovível ao combater os costumes corruptos e os pecados que devastavam a vida moral, sobretudo a avareza»

(Audiência Geral de 6 de Junho de 2007 - Bento XVI)

A avareza é um dos sete pecados capitais (Catecismo da Igreja Católica § 1866) e que ninguém que o cometa se intitule de caridoso, porque mente, que também é pecado, e como todos os pecados é ética e moralmente reprovável.

Saibamos compartilhar e dar, dar não se cinge necessária e exclusivamente aos bens materiais, demos pois, amor, compaixão, carinho, compreensão e saibamos ser disponíveis para o próximo, não sejamos espiritual e materialmente avaros e que nunca nos esqueçamos que há sempre quem precise mais do que nós.

Parece e de facto é elementar, mas infelizmente…

(JPR)

Advento

Sentado à beira da estrada,
espero.
Não me movo,
não faço nada,
apenas espero.
Perder este momento,
não quero!
Por isso me aquieto,
até os olhos fecho,
para que nada me distraia.
Perder este momento,
não quero!
Disseram-me que Ele vinha,
que havia de aqui estar,
no meio de nós,
como eu,
como tu,
como cada um de nós,
e eu…
perder este momento,
não quero!
Por isso aqui estou,
imóvel,
sentado na estrada,
à espera que Ele passe,
que Ele se mostre,
que Ele venha ao meu encontro,
porque…
perder este momento,
não quero!
Passa gente e mais gente,
mais apressados uns,
mais lentos outros,
e eu fico-me a pensar:
Será que não sabem que Ele vem?
Será que não sabem
que devem esperar?
Mas eu nada lhes digo,
nem de nada os informo,
não me quero distrair,
porque…
perder este momento,
não quero!
Passam as horas,
os dias também,
parece que já me falta o tempo,
mas eu,
imóvel,
espero,
porque…
perder este momento,
não quero!
Sinto uma mão no ombro,
alguém me quer distrair,
e olho com ar zangado,
para quem assim me interrompe,
sem deixar de estar sentado,
à beira daquela estrada,
porque…
perder este momento,
não quero!
Ouço então aquela voz,
que me diz em tom suave:
Que fazes aqui sentado,
imóvel,
sem fazer nada.
Já todos há muito partiram,
vão todos em caminhada,
vão correndo alegremente,
a ver onde o Rabi mora,
a ver onde Ele nasceu,
e tu aqui sentado!
Mas eu…
balbucio e digo:
Eu estou aqui parado,
quieto, imóvel,
é por Ele que eu espero,
porque…
perder este momento,
não quero!
A voz diz-me então
em tom suave mas firme:
Levanta-te homem,
e caminha!
Endireita as veredas,
prepara o Seu caminho!
Caminha sobre as pedras,
que não te poderão ferir,
sobe às montanhas mais altas,
aquelas que te não deixam ver,
endireita todas as curvas,
que insinuam a tua vida,
retira do teu olhar,
as traves que lá colocaste,
abre a tua boca e canta,
afoga o teu lamento,
abre-te tão livremente,
que nada te pese,
nem te segure
e deixa-te levar pelo Vento.
Não fiques à espera,
caminha,
parte ao Seu encontro,
porque sentado imóvel,
nada fazes,
nem fruto dás.
Porque para O encontrares,
e por Ele seres encontrado,
precisas de fazer o bem,
a ti,
e a quem está a teu lado.
Faz a viagem para fora,
caminha dentro de ti,
procura os outros,
encontra-te,
e então…
vais encontrá-Lo,
numas palhinhas deitado,
no mais bonito presépio,
que é o teu coração.

Monte Real, 30 de Novembro de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/12/advento.html

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Os discursos sobre os salmos, Sl 95, § 4

Construir uma casa

[O salmista diz:] «O Senhor é grande e muito digno de louvor» (95, 4). Quem é este Senhor senão Jesus Cristo, grande e digno de louvor? Vós sabeis, com certeza, que Ele apareceu como homem; sabeis que foi concebido no seio de uma mulher, que nasceu desse seio, que foi amamentado, levado nos braços, circuncidado, que foi feita uma oferenda por Ele (Lc 2, 24), e que cresceu. Sabeis também que foi coberto de escarros, coroado de espinhos, e crucificado, e que morreu, trespassado pela lança. Vós sabeis que Ele sofreu tudo isso: sim, «Ele é grande e digno de louvor». Acautelai-vos de desprezar a Sua pequenez; compreendei a Sua grandeza. Ele fez-Se pequeno porque vós éreis pequenos: compreendei quão grande Ele é, e sereis grandes com Ele. É assim que se constrói uma casa, assim que se elevam grandes muros numa habitação. As pedras que se trazem para construir este edifício estão aumentando: crescei vós próprios, compreendei como Cristo é grande, como aquele que parece ser pequeno é grande, muito grande. [...]

Que pode dizer a pobre língua humana para louvar quem é tão grande? Dizendo «muito» grande, ela esforça-se por exprimir o que sente e crê [...], mas é como se dissesse: «O que eu não posso exprimir, tenta tu apreendê-lo pelo pensamento; e contudo sabe que o que tiveres apreendido é muito pouco.» Como poderia ser traduzido por qualquer língua o que ultrapassa todo o pensamento? «Grande é o Senhor e muito digno de louvor!» Que Ele seja portanto louvado, que seja pregado, que a Sua glória seja anunciada, e que a Sua casa seja construída.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 2 de Dezembro de 2010

São Mateus 7,21.24-27

21 «Nem todo o que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no Reino dos Céus, mas só o que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus. 24 «Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha.25 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre rocha.26 Todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre areia.27 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua ruína».