Ser pequeno. As grandes audácias são sempre das crianças. – Quem pede... a Lua? – Quem não repara nos perigos, ao tratar de conseguir o seu desejo? "Ponde" numa criança "destas" muita graça de Deus, o desejo de fazer a sua Vontade (de Deus), muito amor a Jesus, toda a ciência humana que a sua capacidade lhe permita adquirir..., e tereis retratado o carácter dos apóstolos de hoje, tal como indubitavelmente Deus os quer.
(São Josemaría Escrivá - Caminho, 857)
A filiação divina é o fundamento do espírito do Opus Dei. Todos os homens são filhos de Deus, mas um filho pode reagir de muitos modos diante do seu pai. Temos de esforçar-nos por ser filhos que procuram lembrar-se de que o Senhor, querendo-nos como filhos, fez com que vivamos em sua casa no meio deste mundo; que sejamos da sua família; que o que é seu seja nosso e o nosso seu; que tenhamos com Ele a mesma familiaridade e confiança com que um menino é capaz de pedir a própria Lua!
Um filho de Deus trata o Senhor como Pai. Não servilmente, nem com uma reverência formal, de mera cortesia, mas cheio de sinceridade e de confiança. Deus não se escandaliza com os homens. Deus não Se cansa das nossas infidelidades. O nosso Pai do Céu perdoa qualquer ofensa quando o filho volta de novo até Ele, quando se arrepende e pede perdão. Nosso Senhor é tão verdadeiramente pai, que prevê os nossos desejos de sermos perdoados e se adianta com a sua graça, abrindo-nos amorosamente os braços.
Reparai que não estou a inventar nada. Recordai a parábola que o Filho de Deus nos contou para que entendêssemos o amor do Pai que está nos Céus: a parábola do filho pródigo.
Ainda estava longe – diz a Escritura – quando o pai o viu e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Estas são as palavras do livro sagrado: cobrindo-o de beijos! Pode-se falar mais humanamente? Pode-se descrever com mais viveza o amor paternal de Deus para com os homens?
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 64)
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Papa pede aos Bispos brasileiros que articulem bem a relação entre a Conferência Episcopal e a responsabilidade pessoal de cada Bispo
A importância, funções e limites das Conferências Episcopais foi o tema desenvolvido pelo Santo Padre ao receber, nesta segunda-feira, mais um grupo de Bispos Brasileiros, presentes em Roma para a sua visita “ad limina Apostolorum”: do Regional Centro Oeste, que inclui Brasília, a capital federal e dezasseis dioceses correspondentes a três Províncias eclesiásticas: Goiânia, Brasília e Palmas.
O Papa começou por observar que, “a actual sociedade secularizada exige dos cristãos um renovado testemunho de vida para que o anúncio do Evangelho seja acolhido como aquilo que é: a Boa Notícia da acção salvífica de Deus que vem ao encontro do homem”. Neste contexto se situa a razão de ser da CNBB, criada nos primeiros anos 50, uma década antes do Concílio Vaticano II:
“há quase 60 anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um ponto de referência da sociedade brasileira, propondo-se sempre mais e acima de tudo como um lugar onde se vive a caridade. Com efeito, o primeiro testemunho que se espera dos anunciadores da Palavra de Deus é o da caridade recíproca: «Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 32). A vossa, como aliás as demais Conferências Episcopais, nasceu como concreta aplicação do afecto colegial dos Bispos em comunhão hierárquica com o Sucessor de Pedro, para ser um instrumento de comunhão afectiva e efectiva entre todos os membros, e de eficaz colaboração com o Pastor de cada Igreja particular na tríplice função de ensinar, santificar e governar as ovelhas do próprio rebanho.”
Evocando o que o Concílio Vaticano II e o próprio Direito Canónico dizem sobre a coordenação e colaboração dos Bispos no exercício de algumas das funções episcopais, para o bem dos fiéis e de todos os cidadãos, Bento XVI advertiu, porém, que a Conferência Episcopal não pode substituir a relação de cada Bispo com a respectiva Igreja particular:
“a Conferência Episcopal promove a união de esforços e de intenções dos Bispos, tornando-se um instrumento para que possam compartilhar as suas fatigas; deve, porém, evitar de colocar-se como uma realidade paralela ou substitutiva do ministério de cada um dos Bispos, ou seja, não mudando a sua relação com a respectiva Igreja particular e com o Colégio Episcopal, nem constituindo um intermediário entre o Bispo e a Sé de Pedro”.
Recordando também um documento de João Paulo II sobre o correcto lugar e função das Conferências Episcopais (o Motu proprio “Apostolos suos”), acrescentou ainda Bento XVI:
“alguns temas recomendam hoje uma acção conjunta dos Bispos: a promoção e a tutela da fé e da moral, a tradução dos livros litúrgicos, a promoção e formação das vocações de especial consagração, elaboração de subsídios para a catequese, o compromisso ecuménico, as relações com as autoridades civis, a defesa da vida humana, desde a concepção até a morte natural, a santidade da família e do matrimónio entre homem e mulher, o direito dos pais a educar seus filhos, a liberdade religiosa, os outros direitos humanos, a paz e a justiça social.
Ao mesmo tempo, é necessário lembrar que os assessores e as estruturas da Conferência Episcopal existem para o serviço aos Bispos, não para substituí-los. Trata-se, em definitiva, de buscar que a Conferência Episcopal, com seus organismos, funcione sempre mais como órgão propulsor da solicitude pastoral dos Bispos, cuja preocupação primária deve ser a salvação das almas, que é, aliás, a missão fundamental da Igreja.”
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Papa fala do desporto, recebendo um grupo de instrutores de esqui
“A actividade desportiva faz parte dos meios que concorrem para o desenvolvimento harmónico da pessoa e para o seu aperfeiçoamento moral” – sublinhou o Papa, recebendo em audiência um grupo de instrutores de ski. A vossa actividade – observou – “contribui para estimular algumas capacidades, como por exemplo a constância em perseguir os objectivos, o respeito das regras, a tenacidade em enfrentar e superar as dificuldades”.
“Praticado com paixão e sentido ético, o desporto, para além de exercitar num são agnosticismo, torna-se numa escola para aprender e aprofundar os valores humanos e cristãos. O desporto ensina a harmonizar dimensões importantes da pessoa humana, favorecendo o seu desenvolvimento integral.
Mediante a actividade desportiva, uma pessoa compreende melhor que o seu corpo não pode ser considerado um objecto, mas que, através da corporeidade, se exprime a si mesma e entra em relação com os outros. Desse modo, o equilíbrio entre a dimensão física e espiritual leva a não idolatrar o corpo, mas sim a respeitá-lo, não fazendo dele um instrumento a potenciar a todo o custo, porventura utilizando mesmo meios ilícitos”.
Bento XVI reflectiu depois sobre o facto de a prática do ski levar a um contacto directo com a natureza, com as montanhas, um ambiente que (disse) “nos faz sentir pequenos, nos restitui a justa dimensão do nosso ser criaturas, nos torna capazes de nos interrogarmos sobre o sentido da criação, olhando para o alto, abrindo-nos ao Criador”. O respeito pelo meio ambiente, pela natureza, vem assim ao espírito, como uma responsabilidade de cada um:
“a relação com a criação constitui um elemento importante para o desenvolvimento da identidade humana e nem sequer o pecado do homem eliminou a sua tarefa de ser custódio (protector) do mundo. A própria actividade desportiva pode ser concebida e vivida como parte desta responsabilidade”.
Os progressos científicos e tecnológicos – reconheceu o Papa – dão ao homem a possibilidade de intervir e manipular a natureza, mas existe sempre o risco de pretender substituir-se ao Criador reduzindo a natureza criada a um produto para uso e consumo. A atitude justa a assumir é, pelo contrário, a de um profundo sentimento de gratidão e reconhecimento, assim como de responsabilidade em conservar e cultivar a obra de Deus. Há todo um estilo de vida a adoptar, ligado a um sentido de equilíbrio, de autodisciplina e de respeito, expressão de um profundo amor para com a criação de Deus – concluiu Bento XVI.
Presente nesta audiência, o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Franco Fratini, ele próprio praticante e iniciador nesta prática desportiva. Em resposta à saudação que este lhe tinha dirigido em nome de todo o grupo, o Papa exprimiu a sua “viva gratidão” pelo empenho por ele desenvolvido para que numerosos católicos, feridos num recente e grave ataque, em Bagdad, pudessem ser prontamente acolhidos em Itália, para o tratamento de que tinham urgente necessidade.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
“Praticado com paixão e sentido ético, o desporto, para além de exercitar num são agnosticismo, torna-se numa escola para aprender e aprofundar os valores humanos e cristãos. O desporto ensina a harmonizar dimensões importantes da pessoa humana, favorecendo o seu desenvolvimento integral.
Mediante a actividade desportiva, uma pessoa compreende melhor que o seu corpo não pode ser considerado um objecto, mas que, através da corporeidade, se exprime a si mesma e entra em relação com os outros. Desse modo, o equilíbrio entre a dimensão física e espiritual leva a não idolatrar o corpo, mas sim a respeitá-lo, não fazendo dele um instrumento a potenciar a todo o custo, porventura utilizando mesmo meios ilícitos”.
Bento XVI reflectiu depois sobre o facto de a prática do ski levar a um contacto directo com a natureza, com as montanhas, um ambiente que (disse) “nos faz sentir pequenos, nos restitui a justa dimensão do nosso ser criaturas, nos torna capazes de nos interrogarmos sobre o sentido da criação, olhando para o alto, abrindo-nos ao Criador”. O respeito pelo meio ambiente, pela natureza, vem assim ao espírito, como uma responsabilidade de cada um:
“a relação com a criação constitui um elemento importante para o desenvolvimento da identidade humana e nem sequer o pecado do homem eliminou a sua tarefa de ser custódio (protector) do mundo. A própria actividade desportiva pode ser concebida e vivida como parte desta responsabilidade”.
Os progressos científicos e tecnológicos – reconheceu o Papa – dão ao homem a possibilidade de intervir e manipular a natureza, mas existe sempre o risco de pretender substituir-se ao Criador reduzindo a natureza criada a um produto para uso e consumo. A atitude justa a assumir é, pelo contrário, a de um profundo sentimento de gratidão e reconhecimento, assim como de responsabilidade em conservar e cultivar a obra de Deus. Há todo um estilo de vida a adoptar, ligado a um sentido de equilíbrio, de autodisciplina e de respeito, expressão de um profundo amor para com a criação de Deus – concluiu Bento XVI.
Presente nesta audiência, o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Franco Fratini, ele próprio praticante e iniciador nesta prática desportiva. Em resposta à saudação que este lhe tinha dirigido em nome de todo o grupo, o Papa exprimiu a sua “viva gratidão” pelo empenho por ele desenvolvido para que numerosos católicos, feridos num recente e grave ataque, em Bagdad, pudessem ser prontamente acolhidos em Itália, para o tratamento de que tinham urgente necessidade.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
S. Josemaría nesta data em 1955
Chega a Milão, Itália, primeira etapa de uma viagem que o levará a França, Suíça, Bélgica, Holanda, Alemanha e Áustria. “Enchemos de Ave Marias e de canções as estradas da Europa”, dirá com frequência.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
João Paulo II revelou importância da família e da Igreja na nova evangelização, afirma Cardeal Arcebispo de Milão
O Arcebispo de Milão, Cardeal Dionigi Tettamanzi, explica que o saudoso Papa João Paulo II soube explicar e definir a importância que tem a família constituída pelo matrimónio entre um homem e uma mulher; e sua unidade com a Igreja no marco do desafio da nova evangelização.
Na sua exposição intitulada "A família no mistério da Igreja: Fecundidade teológico-pastoral da Familiaris Consortio 30 anos depois" aquando da inauguração em Roma do ano académico do Pontifício Instituto João Paulo II para o estudo do Matrimónio e da Família, o Cardeal indicou que o Papa peregrino entendeu a importância que o Concílio Vaticano II deu à família no contexto de uma visão global do plano de Deus e explicou a inseparável unidade que existe entre esta e a Igreja.
O Cardeal Tettamanzi assinala que a Igreja tem a consciência de ser o ambiente vital no qual "o cristão está em condições de ter uma experiência profunda de comunhão, que define o homem em seus aspectos mais profundamente relacionais, e que ele pode descobrir mediante a experiência de um amor recebido e doado".
Esta experiência, comenta, contrasta com uma sociedade que se afasta cada vez mais de Deus e não compreende a vida como um dom, como um presente que deve ser acolhido; mas vive com uma mentalidade egoísta na qual a família se converteu em algo que deve reduzir-se à vida privada e que não tem importância na esfera pública.
Perante esta situação social que aparece marcadamente mais no ocidente, o Cardeal assinala que a perspectiva teológico-pastoral da Familiaris consortio, a exortação apostólica de João Paulo II sobre a missão da família no mundo actual, representa uma novidade radical para toda a Igreja.
Esta novidade apoia-se em que este documento "não propõe apenas uma acção pastoral apoiada no acompanhamento da vocação ao amor e não sobre uma proposta de carácter intelectual; mas se concentra na formação das pessoas mais que nos seus papéis ou actividades" na sociedade actual.
Formar, explica o Arcebispo de Milão, "significa constituir um ‘sujeito cristão’ primeiro pessoal e família depois, que esteja capacitado de reconhecer e traduzir em realidade a vocação ao amor, descoberta e vivida no encontro com Jesus e no seu seguimento".
Em síntese, sobre a dimensão social que é profundamente humana do amor familiar "pode-se dizer que a Familiaris consortio antecipa os aspectos essenciais da ‘nova evangelização’, que aponta para a construção uma nova cultura, a ‘cultura da vida’, a única em capacidade de responder à ‘cultura da morte’, cujos sinais são cada vez mais evidentes em nossa sociedade".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Na sua exposição intitulada "A família no mistério da Igreja: Fecundidade teológico-pastoral da Familiaris Consortio 30 anos depois" aquando da inauguração em Roma do ano académico do Pontifício Instituto João Paulo II para o estudo do Matrimónio e da Família, o Cardeal indicou que o Papa peregrino entendeu a importância que o Concílio Vaticano II deu à família no contexto de uma visão global do plano de Deus e explicou a inseparável unidade que existe entre esta e a Igreja.
O Cardeal Tettamanzi assinala que a Igreja tem a consciência de ser o ambiente vital no qual "o cristão está em condições de ter uma experiência profunda de comunhão, que define o homem em seus aspectos mais profundamente relacionais, e que ele pode descobrir mediante a experiência de um amor recebido e doado".
Esta experiência, comenta, contrasta com uma sociedade que se afasta cada vez mais de Deus e não compreende a vida como um dom, como um presente que deve ser acolhido; mas vive com uma mentalidade egoísta na qual a família se converteu em algo que deve reduzir-se à vida privada e que não tem importância na esfera pública.
Perante esta situação social que aparece marcadamente mais no ocidente, o Cardeal assinala que a perspectiva teológico-pastoral da Familiaris consortio, a exortação apostólica de João Paulo II sobre a missão da família no mundo actual, representa uma novidade radical para toda a Igreja.
Esta novidade apoia-se em que este documento "não propõe apenas uma acção pastoral apoiada no acompanhamento da vocação ao amor e não sobre uma proposta de carácter intelectual; mas se concentra na formação das pessoas mais que nos seus papéis ou actividades" na sociedade actual.
Formar, explica o Arcebispo de Milão, "significa constituir um ‘sujeito cristão’ primeiro pessoal e família depois, que esteja capacitado de reconhecer e traduzir em realidade a vocação ao amor, descoberta e vivida no encontro com Jesus e no seu seguimento".
Em síntese, sobre a dimensão social que é profundamente humana do amor familiar "pode-se dizer que a Familiaris consortio antecipa os aspectos essenciais da ‘nova evangelização’, que aponta para a construção uma nova cultura, a ‘cultura da vida’, a única em capacidade de responder à ‘cultura da morte’, cujos sinais são cada vez mais evidentes em nossa sociedade".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Tempo
«Resgatar o tempo, é sacrificar, quando chegue o caso, os interesses presentes aos interesses eternos, que assim se compra a eternidade com a moeda do tempo»
(Sermo 16,2 – Santo Agostinho)
Quão difícil é este resgate no mundo de hoje com os seus constantes apelos ao imediatismo. Ter a noção da efemeridade dos “bens” e “prazeres” que nos propõem se comparados com o verdadeiro bem, que é Deus Nosso Senhor e o Reino dos Céus, que Jesus Cristo Seu Filho nos anunciou, e com o real e verdadeiro prazer que é estarmos seguros do Seu amor eterno, é por si só uma enorme alegria.
Dirão os não crentes, jamais, trocar o certo pelo incerto, nunca!
Realmente sem o elemento essencial da fé e o racionalismo que ela nos assegura, sim, porque ter-se fé é ser-se racional, diria mesmo arriscando-me a que me apelidem de arrogante, ter fé é um acto superior de inteligência e muitos que categoricamente afirmam não a ter, fazem-no por absoluta ignorância dos textos Sagrados e por incapacidade total de os compreender ou por pura mandriice de os ler, mas ler não chega, há que estudá-los, lendo em paralelo o que ao longo dos séculos, Padres, Doutores da Igreja, Santos e grandes teólogos sobre eles comentaram.
Ah! Para o fazer é necessário tempo, pois, mas esse tempo é já um resgate.
JPR
(Sermo 16,2 – Santo Agostinho)
Quão difícil é este resgate no mundo de hoje com os seus constantes apelos ao imediatismo. Ter a noção da efemeridade dos “bens” e “prazeres” que nos propõem se comparados com o verdadeiro bem, que é Deus Nosso Senhor e o Reino dos Céus, que Jesus Cristo Seu Filho nos anunciou, e com o real e verdadeiro prazer que é estarmos seguros do Seu amor eterno, é por si só uma enorme alegria.
Dirão os não crentes, jamais, trocar o certo pelo incerto, nunca!
Realmente sem o elemento essencial da fé e o racionalismo que ela nos assegura, sim, porque ter-se fé é ser-se racional, diria mesmo arriscando-me a que me apelidem de arrogante, ter fé é um acto superior de inteligência e muitos que categoricamente afirmam não a ter, fazem-no por absoluta ignorância dos textos Sagrados e por incapacidade total de os compreender ou por pura mandriice de os ler, mas ler não chega, há que estudá-los, lendo em paralelo o que ao longo dos séculos, Padres, Doutores da Igreja, Santos e grandes teólogos sobre eles comentaram.
Ah! Para o fazer é necessário tempo, pois, mas esse tempo é já um resgate.
JPR
Tema para reflexão - Novíssimos - Inferno (4)
Ser condenado ao Inferno não é, de facto, uma exactidão. O homem condena-se a si mesmo quando, voluntariamente, se afasta de Deus. Deste modo, Jesus Cristo não fará mais que confirmar essa opção.
(AMA, comentário sobre Inferno 3, 2010.10.22)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(AMA, comentário sobre Inferno 3, 2010.10.22)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Carta aos sacerdotes por ocasião da Quinta-Feira Santa de 2002, §§ 4-6
«Hoje veio a salvação a esta casa»
Tenho a impressão de que o sucedido entre Jesus e o «chefe dos publicanos» de Jericó se parece em vários aspectos com uma celebração do sacramento da misericórdia. [...] Cada um dos nossos encontros com um fiel que nos pede para se confessar [...] pode ser sempre, pela graça surpreendente de Deus, aquele «local» junto do sicómoro onde Jesus levantou os olhos para Zaqueu. A nós, é-nos impossível medir quanto tenham penetrado os olhos de Cristo no íntimo do publicano de Jericó. Sabemos, porém, que aqueles são os mesmos olhos que fixam cada um dos nossos penitentes. No sacramento da reconciliação, somos instrumentos dum encontro sobrenatural com leis próprias, que devemos apenas respeitar e favorecer.
Deverá ter sido, para Zaqueu, uma experiência impressionante ouvir chamar pelo seu nome. Na boca de muitos conterrâneos, aquele nome era pronunciado com grande desprezo. Agora ouve proferi-lo com uma ternura tal, que exprime não só confiança, mas familiaridade e de algum modo urgência duma amizade. Sim, Jesus fala a Zaqueu como a um velho amigo, que talvez O esquecera, mas nem por isso Ele renunciara à sua fidelidade e, por conseguinte, entra com a doce pressão do afecto na vida e na casa do amigo reencontrado: «Desce depressa, pois tenho de ficar em tua casa» (Lc 19, 5). No relato de Lucas, impressiona o tom da linguagem: tudo é tão personalizado, delicado, afectuoso! Não se trata apenas de comoventes traços de humanidade. Há, neste texto, uma urgência intrínseca, expressa por Jesus enquanto expressão reveladora da misericórdia de Deus.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Carta aos sacerdotes por ocasião da Quinta-Feira Santa de 2002, §§ 4-6
«Hoje veio a salvação a esta casa»
Tenho a impressão de que o sucedido entre Jesus e o «chefe dos publicanos» de Jericó se parece em vários aspectos com uma celebração do sacramento da misericórdia. [...] Cada um dos nossos encontros com um fiel que nos pede para se confessar [...] pode ser sempre, pela graça surpreendente de Deus, aquele «local» junto do sicómoro onde Jesus levantou os olhos para Zaqueu. A nós, é-nos impossível medir quanto tenham penetrado os olhos de Cristo no íntimo do publicano de Jericó. Sabemos, porém, que aqueles são os mesmos olhos que fixam cada um dos nossos penitentes. No sacramento da reconciliação, somos instrumentos dum encontro sobrenatural com leis próprias, que devemos apenas respeitar e favorecer.
Deverá ter sido, para Zaqueu, uma experiência impressionante ouvir chamar pelo seu nome. Na boca de muitos conterrâneos, aquele nome era pronunciado com grande desprezo. Agora ouve proferi-lo com uma ternura tal, que exprime não só confiança, mas familiaridade e de algum modo urgência duma amizade. Sim, Jesus fala a Zaqueu como a um velho amigo, que talvez O esquecera, mas nem por isso Ele renunciara à sua fidelidade e, por conseguinte, entra com a doce pressão do afecto na vida e na casa do amigo reencontrado: «Desce depressa, pois tenho de ficar em tua casa» (Lc 19, 5). No relato de Lucas, impressiona o tom da linguagem: tudo é tão personalizado, delicado, afectuoso! Não se trata apenas de comoventes traços de humanidade. Há, neste texto, uma urgência intrínseca, expressa por Jesus enquanto expressão reveladora da misericórdia de Deus.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 16 de Novembro de 2010
São Lucas 19,1-10
1 Tendo entrado em Jericó, atravessava a cidade.2 Eis que um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos publicanos e rico,3 procurava conhecer de vista Jesus, mas não podia por causa da multidão, porque era pequeno de estatura.4 Correndo adiante, subiu a um sicómoro para O ver, porque havia de passar por ali.5 Quando chegou Jesus àquele lugar, levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, porque convém que Eu fique hoje em tua casa».6 Ele desceu a toda a pressa, e recebeu-O alegremente.7 Vendo isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa de um homem pecador».8 Entretanto, Zaqueu, de pé diante do Senhor, disse-Lhe: «Eis, Senhor, que dou aos pobres metade dos meus bens e, naquilo em que tiver defraudado alguém, restituir-lhe-ei o quádruplo».9 Jesus disse-lhe: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão.10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido».
1 Tendo entrado em Jericó, atravessava a cidade.2 Eis que um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos publicanos e rico,3 procurava conhecer de vista Jesus, mas não podia por causa da multidão, porque era pequeno de estatura.4 Correndo adiante, subiu a um sicómoro para O ver, porque havia de passar por ali.5 Quando chegou Jesus àquele lugar, levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, porque convém que Eu fique hoje em tua casa».6 Ele desceu a toda a pressa, e recebeu-O alegremente.7 Vendo isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa de um homem pecador».8 Entretanto, Zaqueu, de pé diante do Senhor, disse-Lhe: «Eis, Senhor, que dou aos pobres metade dos meus bens e, naquilo em que tiver defraudado alguém, restituir-lhe-ei o quádruplo».9 Jesus disse-lhe: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão.10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido».