Falta-te vida interior, porque não levas à oração as preocupações dos teus e o proselitismo; porque não te esforças por ver claro, por fazer propósitos concretos e por cumpri-los; porque não tens visão sobrenatural no estudo, no trabalho, nas tuas conversas, na tua relação com os outros... – Que tal andas de presença de Deus, consequência e manifestação da tua oração?
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 447)
Tenho muita pena sempre que sei que um católico – um filho de Deus que, pelo Baptismo, é chamado a ser outro Cristo – tranquiliza a consciência com uma simples piedade formalista, com uma religiosidade que o leva a rezar de vez em quando (só se acha que lhe convém!); a assistir à Santa Missa nos dias de preceito – e nem sequer em todos –, ao passo que se preocupa pontualmente por acalmar o estômago, com refeições a horas fixas; a ceder na fé, a trocá-la por um prato de lentilhas, desde que não renuncie à sua posição... E depois, com descaramento ou com espalhafato, utiliza a etiqueta de cristão para subir. Não! Não nos conformemos com as etiquetas: quero que sejam cristãos de corpo inteiro, íntegros; e, para o conseguirem, têm que procurar decididamente o alimento espiritual adequado.
Vocês sabem por experiência pessoal – e têm-me ouvido repetir com frequência, para evitar desânimos – que a vida interior consiste em começar e recomeçar todos os dias; e notam no vosso coração, como eu noto no meu, que precisamos de lutar continuamente. Terão observado no vosso exame – a mim acontece-me o mesmo: desculpem que faça referências a mim próprio, mas enquanto falo convosco vou pensando com Nosso Senhor nas necessidades da minha alma – que sofrem repetidamente pequenos reveses, que às vezes parecem descomunais, porque revelam uma evidente falta de amor, de entrega, de espírito de sacrifício, de delicadeza. Fomentem as ânsias de reparação, com uma contrição sincera, mas não percam a paz.
(...) Agora insisto em que se deixem ajudar e guiar por um director de almas, a quem confiem todos os entusiasmos santos, os problemas diários que afectarem a vida interior, as derrotas que sofrerem e as vitórias.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 13–15)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Papa convoca Cardeais para debaterem diversas questões ligadas à Igreja
Os abusos sexuais, liberdade religiosa, liturgia, anglicanos e relação com outras religiões são alguns dos pontos da agenda
Bento XVI convidou os cardeais de todo o mundo para um encontro de “reflexão e oração” no Vaticano, a 19 de Novembro, em que se vai discutir a resposta dada aos casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero.
Segundo comunicado de imprensa da Santa Sé, os Cardeais foram convocados no último dia 30 de Outubro, através de uma carta enviada pelo Decano do Colégio Cardinalício, cardeal Angelo Sodano.
O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Joseph Levada, vai apresentar uma comunicação intitulada “Resposta da Igreja aos casos de abusos sexuais”.
O mesmo responsável vai falar sobre a constituição apostólica “Anglicanorum coetibus", de Bento XVI, que abre portas ao regresso de grupos anglicanos descontentes à Igreja Católica.
O futuro cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos e colaborador próximo do Papa, vai falar sobre os 10 anos da declaração “Dominus Iesus” (assinada pelo então cardeal Joseph Ratzinger), texto que trata da “unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja”.
O dia inicia-se com a abordagem de dois temas de discussão: a situação da liberdade religiosa no mundo e novos desafios, com introdução do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone; e a liturgia na vida da Igreja, hoje, com introdução do prefeito da Congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos, cardeal Antonio Cañizares Llovera.
O encontro acontece em vésperas do terceiro consistório do actual pontificado (o último aconteceu em Novembro de 2007), que vai ter lugar a 20 de Novembro, para a criação de 24 novos Cardeais, 20 dos quais com direito a voto em eventual conclave para eleição de um Papa.
Depois desse dia, a Igreja Católica terá um total de 203 cardeais, 121 dos quais eleitores.
Qualquer cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico que pode ser consultado em determinados assuntos quando o Papa o desejar, pessoal ou colegialmente.
(Fonte: site Agência Ecclesia com edição de JPR)
Bento XVI convidou os cardeais de todo o mundo para um encontro de “reflexão e oração” no Vaticano, a 19 de Novembro, em que se vai discutir a resposta dada aos casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero.
Segundo comunicado de imprensa da Santa Sé, os Cardeais foram convocados no último dia 30 de Outubro, através de uma carta enviada pelo Decano do Colégio Cardinalício, cardeal Angelo Sodano.
O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Joseph Levada, vai apresentar uma comunicação intitulada “Resposta da Igreja aos casos de abusos sexuais”.
O mesmo responsável vai falar sobre a constituição apostólica “Anglicanorum coetibus", de Bento XVI, que abre portas ao regresso de grupos anglicanos descontentes à Igreja Católica.
O futuro cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos e colaborador próximo do Papa, vai falar sobre os 10 anos da declaração “Dominus Iesus” (assinada pelo então cardeal Joseph Ratzinger), texto que trata da “unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja”.
O dia inicia-se com a abordagem de dois temas de discussão: a situação da liberdade religiosa no mundo e novos desafios, com introdução do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone; e a liturgia na vida da Igreja, hoje, com introdução do prefeito da Congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos, cardeal Antonio Cañizares Llovera.
O encontro acontece em vésperas do terceiro consistório do actual pontificado (o último aconteceu em Novembro de 2007), que vai ter lugar a 20 de Novembro, para a criação de 24 novos Cardeais, 20 dos quais com direito a voto em eventual conclave para eleição de um Papa.
Depois desse dia, a Igreja Católica terá um total de 203 cardeais, 121 dos quais eleitores.
Qualquer cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico que pode ser consultado em determinados assuntos quando o Papa o desejar, pessoal ou colegialmente.
(Fonte: site Agência Ecclesia com edição de JPR)
Conferência Episcopal pede «verdade» na vida política
Assembleia de Fátima lembra crise e deixa apelos em favor da liberdade de ensino
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, manifestou esta Segunda-feira a sua “perplexidade” pela “falta de verdade nos centros de decisão da gestão pública”.
“A verdade é um imperativo colocado a todos, é um acto de honestidade, sobretudo ao nível dos centros de decisão dos diversos cargos políticos, económicos, sociais e culturais”, afirmou o prelado.
Na abertura da assembleia plenária da CEP, que decorre em Fátima de 8 a 11 de Novembro, o arcebispo de Braga lembrou os actuais “tempos de crise” e as “duras medidas de austeridade”.
“Apelamos às instâncias governativas para que as classes mais desfavorecidas sejam menos penalizadas e mais ajudadas”, declarou.
D. Jorge Ortiga deixou claro que não é possível “exigir sacrifícios às pessoas” sem “o testemunho nem os exemplos das lideranças”.
Nesse contexto, apontou o dedo à “ausência de vontade em solucionar os desafios actuais” e à “ânsia obsessiva do lucro que conduz à desumanização da vida”.
Para este responsável, a situação é fruto de “querelas pessoais e de jogos político-partidários pouco transparentes, que aprisionam os líderes aos interesses instalados nas estruturas público-privadas”.
“As novas gerações não têm expectativas em relação ao futuro, quer pela falta de trabalho, quer por falta de horizontes para a vida”, lamentou.
O presidente da CEP saiu ainda em defesa do “fundamental direito da liberdade de ensino”, considerando “ser imperioso respeitar o direito que têm os pais de escolher para seus filhos a Escola que julgarem melhor”.
“Todas as possíveis tentativas de estatização, que pretendam conquistar o terreno do ensino particular e cooperativo, nomeadamente à Igreja, violam este princípio fundamental de uma sociedade livre e democrática”, atirou.
A intervenção acontece depois de o Conselho de Ministros do último dia 4 de Novembro ter alterado o Decreto-Lei que regula os apoios do Estado ao ensino particular e cooperativo, abrindo a possibilidade de renegociação dos contratos entre o Ministério da Educação e as escolas particulares.
O decreto foi apresentado em conferência de imprensa pelo secretário de Estado da Educação, João Mata, o qual adiantou que o modelo de financiamento “será por turma, que tem naturalmente em consideração o número de alunos”.
Para D. Jorge Ortiga, “estando nós em tempo de restrições económicas, seria um desperdício e esbanjamento imperdoáveis desproteger as Escolas particulares que poupam ao Estado verbas avultadíssimas”.
“Confiamos firmemente que as conversações em curso com o Ministério da Educação cheguem a bom porto, para bem dos alunos, de seus pais e do País”, acrescentou.
Num longo discurso, o arcebispo de Braga criticou o surgimento de “novas formas de liberalização e de imposição forçada de uma cultura da morte sem precedentes e minimalista”, numa referência indirecta ao aborto e eutanásia.
O prelado frisou que “cada vez mais, os centros sociais e lares se enchem de pessoas que já não têm lugar à mesa das suas famílias, tanto por razões de ordem laboral e económica, como pela banalização dos laços familiares”.
Para o presidente da CEP, “o Estado e o poder político não são os únicos responsáveis no governo da nação”, pelo que são necessários “esforços de concertação e de mobilização na procura de um modelo social que perdure e dê esperança à geração presente e futura”.
“O sentido de responsabilidade pública e de participação na vida democrática exigirá líderes com propostas novas e sérias que visem promover a equidade e a coesão da sociedade portuguesa”, prosseguiu.
Os trabalhos da CEP vão passar em análise, nos próximos dias, diversas iniciativas de acção sócio-caritativa e o processo “Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, manifestou esta Segunda-feira a sua “perplexidade” pela “falta de verdade nos centros de decisão da gestão pública”.
“A verdade é um imperativo colocado a todos, é um acto de honestidade, sobretudo ao nível dos centros de decisão dos diversos cargos políticos, económicos, sociais e culturais”, afirmou o prelado.
Na abertura da assembleia plenária da CEP, que decorre em Fátima de 8 a 11 de Novembro, o arcebispo de Braga lembrou os actuais “tempos de crise” e as “duras medidas de austeridade”.
“Apelamos às instâncias governativas para que as classes mais desfavorecidas sejam menos penalizadas e mais ajudadas”, declarou.
D. Jorge Ortiga deixou claro que não é possível “exigir sacrifícios às pessoas” sem “o testemunho nem os exemplos das lideranças”.
Nesse contexto, apontou o dedo à “ausência de vontade em solucionar os desafios actuais” e à “ânsia obsessiva do lucro que conduz à desumanização da vida”.
Para este responsável, a situação é fruto de “querelas pessoais e de jogos político-partidários pouco transparentes, que aprisionam os líderes aos interesses instalados nas estruturas público-privadas”.
“As novas gerações não têm expectativas em relação ao futuro, quer pela falta de trabalho, quer por falta de horizontes para a vida”, lamentou.
O presidente da CEP saiu ainda em defesa do “fundamental direito da liberdade de ensino”, considerando “ser imperioso respeitar o direito que têm os pais de escolher para seus filhos a Escola que julgarem melhor”.
“Todas as possíveis tentativas de estatização, que pretendam conquistar o terreno do ensino particular e cooperativo, nomeadamente à Igreja, violam este princípio fundamental de uma sociedade livre e democrática”, atirou.
A intervenção acontece depois de o Conselho de Ministros do último dia 4 de Novembro ter alterado o Decreto-Lei que regula os apoios do Estado ao ensino particular e cooperativo, abrindo a possibilidade de renegociação dos contratos entre o Ministério da Educação e as escolas particulares.
O decreto foi apresentado em conferência de imprensa pelo secretário de Estado da Educação, João Mata, o qual adiantou que o modelo de financiamento “será por turma, que tem naturalmente em consideração o número de alunos”.
Para D. Jorge Ortiga, “estando nós em tempo de restrições económicas, seria um desperdício e esbanjamento imperdoáveis desproteger as Escolas particulares que poupam ao Estado verbas avultadíssimas”.
“Confiamos firmemente que as conversações em curso com o Ministério da Educação cheguem a bom porto, para bem dos alunos, de seus pais e do País”, acrescentou.
Num longo discurso, o arcebispo de Braga criticou o surgimento de “novas formas de liberalização e de imposição forçada de uma cultura da morte sem precedentes e minimalista”, numa referência indirecta ao aborto e eutanásia.
O prelado frisou que “cada vez mais, os centros sociais e lares se enchem de pessoas que já não têm lugar à mesa das suas famílias, tanto por razões de ordem laboral e económica, como pela banalização dos laços familiares”.
Para o presidente da CEP, “o Estado e o poder político não são os únicos responsáveis no governo da nação”, pelo que são necessários “esforços de concertação e de mobilização na procura de um modelo social que perdure e dê esperança à geração presente e futura”.
“O sentido de responsabilidade pública e de participação na vida democrática exigirá líderes com propostas novas e sérias que visem promover a equidade e a coesão da sociedade portuguesa”, prosseguiu.
Os trabalhos da CEP vão passar em análise, nos próximos dias, diversas iniciativas de acção sócio-caritativa e o processo “Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
‘Angelus’ na solenidade de Todos os Santos - A santidade é a finalidade de vida de cada cristão
A graça da santidade ajuda-nos a suportar provações da existência terrena, como "a fome e a sede de justiça, as incompreensões, as perseguições", disse Bento XVI na recitação do Angelus na solenidade de todos os Santos, 1 de Novembro.
Caros irmãos e irmãs!
A solenidade de todos os Santos, que hoje celebramos, convida-nos a elevar o olhar ao Céu e a meditar sobre a plenitude da vida divina que nos espera. "Agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser" (1 Jo 3, 2): com estas palavras o apóstolo João garante-nos a realidade da nossa profunda ligação com Deus, assim como a certeza do nosso futuro. Por conseguinte, como filhos amados, recebemos também a graça para suportar as provações desta existência terrena - a fome e a sede de justiça, as incompreensões, as perseguições (cf. Mt 5, 3-11) - e, ao mesmo tempo, herdamos desde já o que foi prometido nas bem-aventuranças evangélicas, "nas quais resplandece a nova imagem do mundo e do homem que Jesus inaugura" (Bento XVI, Jesus de Nazaré, Milão 2007, 95). A santidade - imprimir Cristo em si mesmo - é a finalidade de vida do cristão. O beato António Rosmini escreveu: "O Verbo imprimiu-se a si mesmo nas almas dos seus discípulos com o seu aspecto sensível... e com as suas palavras... doou aos seus aquela graça... com a qual a alma sente imediatamente o Verbo" (Antropologia soprannaturale, Roma 1983, 265-266). E nós prelibamos o dom e a beleza da santidade cada vez que participamos na Liturgia eucarística, em comunhão com a "multidão imensa" dos espíritos beatos, que no Céu aclamam eternamente a salvação de Deus e do Cordeiro (cf. Ap 7, 9-10). "À vida dos Santos não pertence somente a sua biografia terrena, mas também o seu viver e agir em Deus depois da morte. Nos Santos, torna-se óbvio como quem caminha para Deus não se afasta dos homens, pelo contrário torna-se-lhes verdadeiramente vizinho" (Enc. Deus caritas est, 42).
Consolados pela mesma comunhão da grande família dos santos, amanhã comemoraremos todos os fiéis defuntos. A liturgia do dia 2 de Novembro e o exercício piedoso de visitar os cemitérios recordam-nos que a morte cristã faz parte do caminho de assimilação a Deus e desaparecerá quando Deus for tudo em todos. A separação dos afectos terrenos certamente é dolorosa, mas não devemos temê-la, porque ela, acompanhada pela oração de sufrágio da Igreja, não pode romper o vínculo profundo que nos une em Cristo. A propósito, São Gregório de Nissa afirmava: "Quem criou tudo na sabedoria, deu esta disposição dolorosa como instrumento de libertação do mal e possibilidade de participar nos bens esperados" (De mortuis oratio, IX, 1, Leiden 1967, 68).
Queridos amigos, a eternidade não é "uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade" do ser, da verdade e do amor (cf. Enc. Spe salvi, 12). À Virgem Maria, guia segura da santidade, confiemos a nossa peregrinação rumo à pátria celeste, enquanto invocamos a sua materna intercessão para o repouso eterno de todos os nossos irmãos e irmãs que adormeceram na esperança da ressurreição.
(© L'Osservatore Romano - 6 de Novembro de 2010)
Caros irmãos e irmãs!
A solenidade de todos os Santos, que hoje celebramos, convida-nos a elevar o olhar ao Céu e a meditar sobre a plenitude da vida divina que nos espera. "Agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser" (1 Jo 3, 2): com estas palavras o apóstolo João garante-nos a realidade da nossa profunda ligação com Deus, assim como a certeza do nosso futuro. Por conseguinte, como filhos amados, recebemos também a graça para suportar as provações desta existência terrena - a fome e a sede de justiça, as incompreensões, as perseguições (cf. Mt 5, 3-11) - e, ao mesmo tempo, herdamos desde já o que foi prometido nas bem-aventuranças evangélicas, "nas quais resplandece a nova imagem do mundo e do homem que Jesus inaugura" (Bento XVI, Jesus de Nazaré, Milão 2007, 95). A santidade - imprimir Cristo em si mesmo - é a finalidade de vida do cristão. O beato António Rosmini escreveu: "O Verbo imprimiu-se a si mesmo nas almas dos seus discípulos com o seu aspecto sensível... e com as suas palavras... doou aos seus aquela graça... com a qual a alma sente imediatamente o Verbo" (Antropologia soprannaturale, Roma 1983, 265-266). E nós prelibamos o dom e a beleza da santidade cada vez que participamos na Liturgia eucarística, em comunhão com a "multidão imensa" dos espíritos beatos, que no Céu aclamam eternamente a salvação de Deus e do Cordeiro (cf. Ap 7, 9-10). "À vida dos Santos não pertence somente a sua biografia terrena, mas também o seu viver e agir em Deus depois da morte. Nos Santos, torna-se óbvio como quem caminha para Deus não se afasta dos homens, pelo contrário torna-se-lhes verdadeiramente vizinho" (Enc. Deus caritas est, 42).
Consolados pela mesma comunhão da grande família dos santos, amanhã comemoraremos todos os fiéis defuntos. A liturgia do dia 2 de Novembro e o exercício piedoso de visitar os cemitérios recordam-nos que a morte cristã faz parte do caminho de assimilação a Deus e desaparecerá quando Deus for tudo em todos. A separação dos afectos terrenos certamente é dolorosa, mas não devemos temê-la, porque ela, acompanhada pela oração de sufrágio da Igreja, não pode romper o vínculo profundo que nos une em Cristo. A propósito, São Gregório de Nissa afirmava: "Quem criou tudo na sabedoria, deu esta disposição dolorosa como instrumento de libertação do mal e possibilidade de participar nos bens esperados" (De mortuis oratio, IX, 1, Leiden 1967, 68).
Queridos amigos, a eternidade não é "uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade" do ser, da verdade e do amor (cf. Enc. Spe salvi, 12). À Virgem Maria, guia segura da santidade, confiemos a nossa peregrinação rumo à pátria celeste, enquanto invocamos a sua materna intercessão para o repouso eterno de todos os nossos irmãos e irmãs que adormeceram na esperança da ressurreição.
(© L'Osservatore Romano - 6 de Novembro de 2010)
A viagem apostólica a Espanha, foi uma síntese das preocupações de Bento XVI sobre a Europa do século XXI - O balanço do enviado da Rádio Vaticano
A viagem-relâmpago de Bento XVI a Espanha, de 6 a 7 de Novembro, fica para a história do pontificado como uma síntese das preocupações de Joseph Ratzinger sobre a Europa do século XXI, progressivamente afastada da fé em Deus.
Em Santiago de Compostela e Barcelona, o Papa deixou uma espécie de testamento espiritual a partir de dois locais altamente simbólicos: o Santuário galego - e os caminhos que até lá levam centenas de milhares de pessoas – e a basílica catalã da Sagrada Família, de Gaudí.
Vários temas uniram as sete intervenções em solo espanhol: peregrinação e descoberta de Deus, fé e laicismo, caridade e solidariedade, beleza e defesa dos valores transcendentes.
Para um primeiro balanço desta viagem o enviado da Rádio Vaticano Pacheco Gonçalves.
Várias imagens nos vêm ao espírito, com especial nitidez, no final desta segunda viagem, breve mas intensa, do Papa, em terras espanholas:
- a euforia dos jovens que o aclamaram, diante da catedral de Santiago, antes da missa de sábado, um entusiasmo genuíno, que imprimiu como que uma aceleração ao ritmo do programa, sem impedir que a celebração sucessiva pudesse decorrer com ordem e recolhimento;
- a qualidade e beleza dos cânticos das duas Eucaristias e o cuidado posto na liturgia;
- o impressionante espectáculo, de grandeza e harmonia, do templo da Sagrada Família, animado e como que transfigurado pela celebração inaugural ali realizada;
- e o ambiente familiar, de grande simplicidade, cheio de alegria, tão comovente e enternecedor, da visita final à Casa de acolhimento de portadores de deficiência, sobretudo crianças e jovens.
Tudo isto num crescendo, em que o Santo Padre teve ocasião de se ir sentindo cada vez mais “em casa”, acolhido e estimado, mas sobretudo com pessoas que possam porventura tomar em consideração as suas “palavras de paz e solidariedade, fraternidade e espiritualidade, cheias de esperança de que é possível um mundo melhor”, como disse o rei Juan Carlos no momento da despedida.
Não nos referimos nas crónicas destes dias às manifestações de oposição ao Papa, de que tanto falaram, mesmo fora de Itália, os meios de comunicação. Omissão que não pretendia ocultar os factos – normais e legítimos numa sociedade democrática – mas precisamente não desfigurar a realidade, dadas as dimensões reduzidas, circunscritas, de tais expressões de protesto. (vide s.f.f. nota abaixo de JPR)
Um facto que nos surpreendeu foi (digamos) a insistência com que nas duas cidades se sublinhavam as características da respectiva região – Galiza e Catalunha: as línguas, repetidamente usadas pelo próprio Papa, mas também a profusão de bandeiras e outras expressões da própria diversidade. Uma variedade vivida – pareceu-nos – numa contraposição recíproca, não isenta de tensões, agravadas aliás por todas as clivagens ideológicas e políticas que fracturam o país.
Mais relevo assumem assim as palavras de Bento XVI no voo inicial, convidando a que se promova mais o “encontro”, superando as formas de afrontamento exasperado, para se chegar a uma convivência serena e construtiva entre todos.
De Espanha, para a RV, Pacheco Gonçalves
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Nota de JPR: o espectáculo indecoroso que as TV’s nos ofereceram dos manifestantes homossexuais, os quais além de serem o que assumem em público, no meu conceito de educação, antiquado dirão alguns, inegociáveis para mim e graças a Deus para muita gente, são, e não encontro outro adjectivo tão brando, ORDINÁRIOS.
Por estranho que vos pareça, quase que agradeço a exibição de tão despropositadas imagens, afinal o que são duas centenas de seres humanos mal-intencionados comparados com a excepcional beleza da Basílica da Sagrada Família que visitei faz amanhã 8 dias, isto para dizer, que o sentimento de repulsa pelas imagens exibidas só poderá funcionar contra os objectivos dos manifestantes, o contraste entre a beleza da Catedral de Santiago de Compostela, a obra-prima de Gaudí e a tranquilidade de Bento XVI é por demais evidente.
Em Santiago de Compostela e Barcelona, o Papa deixou uma espécie de testamento espiritual a partir de dois locais altamente simbólicos: o Santuário galego - e os caminhos que até lá levam centenas de milhares de pessoas – e a basílica catalã da Sagrada Família, de Gaudí.
Vários temas uniram as sete intervenções em solo espanhol: peregrinação e descoberta de Deus, fé e laicismo, caridade e solidariedade, beleza e defesa dos valores transcendentes.
Para um primeiro balanço desta viagem o enviado da Rádio Vaticano Pacheco Gonçalves.
Várias imagens nos vêm ao espírito, com especial nitidez, no final desta segunda viagem, breve mas intensa, do Papa, em terras espanholas:
- a euforia dos jovens que o aclamaram, diante da catedral de Santiago, antes da missa de sábado, um entusiasmo genuíno, que imprimiu como que uma aceleração ao ritmo do programa, sem impedir que a celebração sucessiva pudesse decorrer com ordem e recolhimento;
- a qualidade e beleza dos cânticos das duas Eucaristias e o cuidado posto na liturgia;
- o impressionante espectáculo, de grandeza e harmonia, do templo da Sagrada Família, animado e como que transfigurado pela celebração inaugural ali realizada;
- e o ambiente familiar, de grande simplicidade, cheio de alegria, tão comovente e enternecedor, da visita final à Casa de acolhimento de portadores de deficiência, sobretudo crianças e jovens.
Tudo isto num crescendo, em que o Santo Padre teve ocasião de se ir sentindo cada vez mais “em casa”, acolhido e estimado, mas sobretudo com pessoas que possam porventura tomar em consideração as suas “palavras de paz e solidariedade, fraternidade e espiritualidade, cheias de esperança de que é possível um mundo melhor”, como disse o rei Juan Carlos no momento da despedida.
Não nos referimos nas crónicas destes dias às manifestações de oposição ao Papa, de que tanto falaram, mesmo fora de Itália, os meios de comunicação. Omissão que não pretendia ocultar os factos – normais e legítimos numa sociedade democrática – mas precisamente não desfigurar a realidade, dadas as dimensões reduzidas, circunscritas, de tais expressões de protesto. (vide s.f.f. nota abaixo de JPR)
Um facto que nos surpreendeu foi (digamos) a insistência com que nas duas cidades se sublinhavam as características da respectiva região – Galiza e Catalunha: as línguas, repetidamente usadas pelo próprio Papa, mas também a profusão de bandeiras e outras expressões da própria diversidade. Uma variedade vivida – pareceu-nos – numa contraposição recíproca, não isenta de tensões, agravadas aliás por todas as clivagens ideológicas e políticas que fracturam o país.
Mais relevo assumem assim as palavras de Bento XVI no voo inicial, convidando a que se promova mais o “encontro”, superando as formas de afrontamento exasperado, para se chegar a uma convivência serena e construtiva entre todos.
De Espanha, para a RV, Pacheco Gonçalves
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Nota de JPR: o espectáculo indecoroso que as TV’s nos ofereceram dos manifestantes homossexuais, os quais além de serem o que assumem em público, no meu conceito de educação, antiquado dirão alguns, inegociáveis para mim e graças a Deus para muita gente, são, e não encontro outro adjectivo tão brando, ORDINÁRIOS.
Por estranho que vos pareça, quase que agradeço a exibição de tão despropositadas imagens, afinal o que são duas centenas de seres humanos mal-intencionados comparados com a excepcional beleza da Basílica da Sagrada Família que visitei faz amanhã 8 dias, isto para dizer, que o sentimento de repulsa pelas imagens exibidas só poderá funcionar contra os objectivos dos manifestantes, o contraste entre a beleza da Catedral de Santiago de Compostela, a obra-prima de Gaudí e a tranquilidade de Bento XVI é por demais evidente.
Guia para a crise
Tem custado a assumir, mas parece que todos finalmente aceitam que estamos em crise. Até o Governo abandonou meses de hesitação e panaceias e adoptou esse discurso oficial. Tirando José Sócrates, toda a gente no mundo sabe que Portugal vive uma crise séria. Agora só falta enfrentá-la. Algumas ideias simples podem ajudar.
Primeiro: deixar-se de queixas. Temos de abandonar o ar pesaroso e indignado. As crises são normais, frequentes, e não são o fim do mundo. Já tivemos muitas, várias muito piores que esta, e teremos bastante mais no futuro. Lamentos, zangas e desesperos são agora, não só ridículos, mas prejudiciais. O que há a fazer é deixar-se de tretas e deitar mãos à obra. Compreende-se que os sindicatos tenham de fazer manifestações e declarar a greve geral. É a sua função e há que cumprir calendário. Mas isso não resolve nada e complica tudo ainda mais. Queixar-se nesta altura é perda de tempo. Nem sequer nos devemos queixar do facto evidente de aqueles que protestam não serem os mais afectados, pobres e desempregados, mas aqueles que defendem benefícios que criaram a crise.
Segundo: deixar-se de acusações. A crise tem vários culpados, alguns evidentes. E até é verdade que muitos desses estão a passar incólumes beneficiando das suas tropelias. Justiça e tribunais devem puni-los. Mas também devemos deixar a busca obsessiva de arguidos. É muito estúpido, quando a casa está a arder, instaurar controversos processos de intenção e responsabilidade, envolvendo-se em discussões necessariamente longas. Há um tempo para tudo, e este não é tempo de recriminações. Até porque a culpa última é de todos nós, que cá vivemos estes anos.
Terceiro: deixar-se de fantasias. As fantasias são de dois tipos: as tolices optimistas do Governo e os cenários catastróficos das conversas de café. Estas últimas são as mais perigosas. Portugal não é um país miserável, incapaz e sem saída, que voltou à desgraça de sempre. Somos um estado desenvolvido, moderno, onde muitas coisas funcionam bem e existem excelentes oportunidades. É verdade que nos deixámos endividar na euforia, mas isso até é sinal de credibilidade. Agora temos de pagar: o problema é grave mas está circunscrito. É preciso enfrentá-lo sem perder a cabeça em atoardas. O realismo é o melhor trunfo para enfrentar as dificuldades como elas são. Sem as escamotear, mas também sem as exagerar.
Quarto: enfrentar a crise. Os portugueses, que costumam dormir na bonança, dão o seu melhor nos momentos impossíveis. A recessão não tem uma solução; tem milhões. Dez milhões, para ser exacto. Será cada um, lidando de forma prática com as dificuldades reais que se lhe colocam, que construirá a resposta indispensável para a crise nacional. Trabalhar mais e melhor, poupar mais, investir mais e melhor são as saídas, agora como sempre. Além da criatividade, imaginação, improvisação e desenrascanço em que somos peritos. Se fizermos isto uns tempos veremos que a crise passa muito mais depressa que julgamos.
Para alguns a saída é mesmo sair do país. É uma resposta habitual por cá, que não nos deve deprimir. Fizemo-lo muitas vezes e voltaremos a fazê-lo. Sabemos aliás que é lá fora que damos o nosso melhor. Desta vez é bom lembrar que um dos mais apetecidos destinos de emigração tem sido... Portugal. Todos os empregos que desdenhámos na última década, e que trouxeram para cá milhares de estrangeiros, continuam por aí. E naturalmente os portugueses ainda têm vantagem face a emigrantes ou a emigrar. Ou não?
Ainda falta algo essencial: não podemos perder a nossa tradicional compaixão pelos que mais necessitam e sofrem. A crise ataca alguns de forma brutal e temos todos de os ajudar. Sabemos bem que "ai dos pobres se não forem os pobres". A injustiça nacional dos últimos anos deveu-se precisamente a que, sendo novos ricos, por momentos perdemos de vista os antigos valores. A crise tem de ser um chamamento à famosa hospitalidade lusitana.
Todos sabemos que estamos em crise. Agora só há uma continuação possível: sair dela.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
Primeiro: deixar-se de queixas. Temos de abandonar o ar pesaroso e indignado. As crises são normais, frequentes, e não são o fim do mundo. Já tivemos muitas, várias muito piores que esta, e teremos bastante mais no futuro. Lamentos, zangas e desesperos são agora, não só ridículos, mas prejudiciais. O que há a fazer é deixar-se de tretas e deitar mãos à obra. Compreende-se que os sindicatos tenham de fazer manifestações e declarar a greve geral. É a sua função e há que cumprir calendário. Mas isso não resolve nada e complica tudo ainda mais. Queixar-se nesta altura é perda de tempo. Nem sequer nos devemos queixar do facto evidente de aqueles que protestam não serem os mais afectados, pobres e desempregados, mas aqueles que defendem benefícios que criaram a crise.
Segundo: deixar-se de acusações. A crise tem vários culpados, alguns evidentes. E até é verdade que muitos desses estão a passar incólumes beneficiando das suas tropelias. Justiça e tribunais devem puni-los. Mas também devemos deixar a busca obsessiva de arguidos. É muito estúpido, quando a casa está a arder, instaurar controversos processos de intenção e responsabilidade, envolvendo-se em discussões necessariamente longas. Há um tempo para tudo, e este não é tempo de recriminações. Até porque a culpa última é de todos nós, que cá vivemos estes anos.
Terceiro: deixar-se de fantasias. As fantasias são de dois tipos: as tolices optimistas do Governo e os cenários catastróficos das conversas de café. Estas últimas são as mais perigosas. Portugal não é um país miserável, incapaz e sem saída, que voltou à desgraça de sempre. Somos um estado desenvolvido, moderno, onde muitas coisas funcionam bem e existem excelentes oportunidades. É verdade que nos deixámos endividar na euforia, mas isso até é sinal de credibilidade. Agora temos de pagar: o problema é grave mas está circunscrito. É preciso enfrentá-lo sem perder a cabeça em atoardas. O realismo é o melhor trunfo para enfrentar as dificuldades como elas são. Sem as escamotear, mas também sem as exagerar.
Quarto: enfrentar a crise. Os portugueses, que costumam dormir na bonança, dão o seu melhor nos momentos impossíveis. A recessão não tem uma solução; tem milhões. Dez milhões, para ser exacto. Será cada um, lidando de forma prática com as dificuldades reais que se lhe colocam, que construirá a resposta indispensável para a crise nacional. Trabalhar mais e melhor, poupar mais, investir mais e melhor são as saídas, agora como sempre. Além da criatividade, imaginação, improvisação e desenrascanço em que somos peritos. Se fizermos isto uns tempos veremos que a crise passa muito mais depressa que julgamos.
Para alguns a saída é mesmo sair do país. É uma resposta habitual por cá, que não nos deve deprimir. Fizemo-lo muitas vezes e voltaremos a fazê-lo. Sabemos aliás que é lá fora que damos o nosso melhor. Desta vez é bom lembrar que um dos mais apetecidos destinos de emigração tem sido... Portugal. Todos os empregos que desdenhámos na última década, e que trouxeram para cá milhares de estrangeiros, continuam por aí. E naturalmente os portugueses ainda têm vantagem face a emigrantes ou a emigrar. Ou não?
Ainda falta algo essencial: não podemos perder a nossa tradicional compaixão pelos que mais necessitam e sofrem. A crise ataca alguns de forma brutal e temos todos de os ajudar. Sabemos bem que "ai dos pobres se não forem os pobres". A injustiça nacional dos últimos anos deveu-se precisamente a que, sendo novos ricos, por momentos perdemos de vista os antigos valores. A crise tem de ser um chamamento à famosa hospitalidade lusitana.
Todos sabemos que estamos em crise. Agora só há uma continuação possível: sair dela.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría nesta data em 1932
Escreve: “Oitava de todos os Santos – terça-feira, 8-XI-1932: Esta manhã, não passou ainda uma hora, o meu P. Sánchez fez-me descobrir ‘outro Mediterrâneo’. Disse-me ‘tenha amizade com o Espírito Santo. Não fale: ouça-o’. (…) Até agora sabia que o Espírito Santo habitava na minha alma para a santificar…, mas não captei a verdade da sua presença. Foram precisas as palavras do P. Sánchez: sinto o Amor dentro de mim: e quero ter intimidade com ele, ser seu amigo, seu confidente…, facilitar-lhe o trabalho de polir, de arrancar, de acender… Não saberei fazê-lo, contudo. Ele dar-me-á forças, Ele fará tudo, se eu quiser… sim, eu quero! Divino hóspede, Mestre, Luz, Guia, Amor: que o pobre burrinho saiba acolher-te e ouvir as tuas lições, e vibrar, e seguir-te e amar-te. – Propósito: frequentar, sendo possível sem interrupção, a amizade e a relação amorosa e dócil do Espírito Santo. Veni Sancte Spiritus!”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
A Fé
«(…) a fé não é, em primeiro lugar, matéria de experimentação intelectual, mas o fundamento sólido – ‘hypostasis, a garantia’, afirma a carta aos Hebreus (11,1) – sobre o qual podemos viver e morrer. Ora, do mesmo modo que a ciência não é prejudicada pelas certezas adquiridas – bem pelo contrário, as certezas adquiridas é que constituem a condição do seu progresso -, assim também as certezas dadas pela fé nos abrem horizontes sempre novos, ao passo que a reflexão experimental em contínuo torvelinho sobre ela mesma acaba por ser fastidiosa».
(“A Caminho de Jesus Cristo” – Joseph Ratzinger)
(“A Caminho de Jesus Cristo” – Joseph Ratzinger)
Tema para reflexão - Novíssimos - Inferno (2)
Porque existe o Inferno? Por uma questão de justiça. Se há seres humanos que não querem saber de Deus para nada, se não lhes interessa a salvação da sua alma, para onde iriam as suas almas depois da morte? A justiça divina que respeita a liberdade do homem, não iria impor a Sua visão eterna a essas almas.
(AMA, comentário sobre Inferno 2, 2010.10.19)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(AMA, comentário sobre Inferno 2, 2010.10.19)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Siluane (1866-1938), monge, santo das igrejas ortodoxas
Escritos (a partir da trad. Sophrony, Starets, Présence 1975, p. 442)
«Se tivésseis fé como um grão de mostarda»
Dantes, pensava que o Senhor realizava milagres apenas em resposta às orações dos santos, mas agora compreendi que o Senhor também realiza milagres pelo pecador, desde que a alma deste se humilhe; porque, quando o homem aprende a humildade, o Senhor escuta as suas orações.
Muitos, por inexperiência, dizem que determinado santo fez um milagre, mas compreendi que é o Espírito Santo que habita no homem que realiza os milagres. O Senhor quer que todos sejam salvos e que vivam eternamente com Ele, e é por isso que ouve as orações do homem pecador, que se Lhe dirige para o bem dos outros ou para o seu próprio bem.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Escritos (a partir da trad. Sophrony, Starets, Présence 1975, p. 442)
«Se tivésseis fé como um grão de mostarda»
Dantes, pensava que o Senhor realizava milagres apenas em resposta às orações dos santos, mas agora compreendi que o Senhor também realiza milagres pelo pecador, desde que a alma deste se humilhe; porque, quando o homem aprende a humildade, o Senhor escuta as suas orações.
Muitos, por inexperiência, dizem que determinado santo fez um milagre, mas compreendi que é o Espírito Santo que habita no homem que realiza os milagres. O Senhor quer que todos sejam salvos e que vivam eternamente com Ele, e é por isso que ouve as orações do homem pecador, que se Lhe dirige para o bem dos outros ou para o seu próprio bem.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 8 de Novembro de 2010
São Lucas 17,1-6
1 Depois, Jesus disse a Seus discípulos: «É impossível que não haja escândalos, porém, ai daquele por quem eles vêm!2 Seria melhor para ele que lhe pendurassem ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse precipitado no mar, do que ser causa de escândalo para um destes pequeninos. 3 «Estai com cuidado sobre vós. Se teu irmão pecar, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.4 E, se pecar sete vezes ao dia contra ti, e sete vezes ao dia for ter contigo, dizendo: estou arrependido, perdoa-lhe». 5 Os apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta-nos a fé!».6 O Senhor disse-lhes: «Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te para o mar, e ela vos obedecerá.
1 Depois, Jesus disse a Seus discípulos: «É impossível que não haja escândalos, porém, ai daquele por quem eles vêm!2 Seria melhor para ele que lhe pendurassem ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse precipitado no mar, do que ser causa de escândalo para um destes pequeninos. 3 «Estai com cuidado sobre vós. Se teu irmão pecar, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.4 E, se pecar sete vezes ao dia contra ti, e sete vezes ao dia for ter contigo, dizendo: estou arrependido, perdoa-lhe». 5 Os apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta-nos a fé!».6 O Senhor disse-lhes: «Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te para o mar, e ela vos obedecerá.