domingo, 7 de novembro de 2010

Boa noite!

Quando tiveres o Senhor no teu peito e saboreares os delírios do seu Amor, promete-lhe que te esforçarás por mudar o rumo da tua vida em tudo o que for necessário, para o levar à multidão que o não conhece, que anda vazia de ideias; que, infelizmente, caminha animalizada.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 939)

Para que este nosso mundo vá por um caminho cristão – o único que vale a pena –, temos de viver uma amizade leal com os homens, baseada numa prévia amizade leal com Deus.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 943)

Com frequência, sinto vontade de gritar ao ouvido de tantas e de tantos que, no escritório e no comércio, no jornal e na tribuna, na escola, na oficina e nas minas e no campo, amparados pela vida interior e pela Comunhão dos Santos, têm de ser portadores de Deus em todos os ambientes, segundo o ensinamento do Apóstolo: "glorificai a Deus com a vossa vida e levai-o sempre convosco".

(São Josemaría Escrivá - Forja, 945)

Os que temos a verdade de Cristo no coração, temos de meter esta verdade no coração, na cabeça e na vida dos outros. O contrário seria comodismo, táctica falsa.

Pensa de novo: Cristo pediu-te licença, a ti, para se meter na tua alma? Deixou-te a liberdade de o seguir, mas procurou-te Ele, porque quis.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 946)

Com obras de serviço, podemos preparar a Nosso Senhor um triunfo maior que o da sua entrada em Jerusalém... Porque não se repetirão as cenas de Judas, nem a do Jardim das Oliveiras, nem aquela noite cerrada... Conseguiremos que o mundo arda nas chamas do fogo que veio trazer à terra!... E a luz da verdade – o nosso Jesus – iluminará as inteligências num dia sem fim.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 947)

A importância da beleza na expressão da fé, segundo o exemplo de Gaudí, e a responsabilidade dos cristãos na sociedade, nomeadamente em defesa da vida e da família


Na manhã deste Domingo Barcelona viveu o momento culminante da visita do Papa que presidiu a celebração eucarística com a dedicação da igreja e do altar, da Sagrada Família de Antoni Gaudí , na presença do Rei e da Rainha de Espanha.

Há casos em que de facto o som da rádio não basta para transmitir adequadamente o que se deseja descrever. Oxalá os ouvintes tenham podido ver ao menos algumas das esplêndidas imagens transmitidas, neste domingo de manhã, da missa de consagração do templo da Sagrada Família, obra prima de Antoni Gaudi, que se apresenta, no tecido urbano de Barcelona, como “um sinal visível do Deus invisível” (como disse o Papa na homilia). As mais de duas horas de celebração constituiu uma sinfonia de luz, de cores e de espaços, de volumes diversificados, uma floresta de colunas que elevam o olhar para as alturas, tudo envolvido de música e de vozes, num entrecruzar de sons do órgão e do coro, do presidente e da imensa assembleia. Uma “liturgia” plena no sentido original da palavra – “obra de Deus”, louvor ao Altíssimo.

Na sua homilia, o Papa exaltou a importância da beleza na expressão da fé, segundo o exemplo de Gaudí, e a responsabilidade dos cristãos na sociedade, nomeadamente em defesa da vida e da família.

Dando graças a Deus por esta construção que foi sendo elevada ao longo de tantos anos, fruto da acção convergente de tão grande número de artistas e operários, artesãos e contribuintes, Bento XVI quis justamente pôr em destaque aquele que foi “a alma e o artífice” deste projecto:

“António Gaudí, arquitecto genial e cristão coerente, com a chama da fé sempre ardente até ao termo da sua vida, vivida em dignidade e absoluta austeridade”.

O acto desta consagração é também “o ponto culminante, de chegada, de uma história desta terra que – observou o Papa – sobretudo desde os finais do século XIX, deu uma plêiade de santos e fundadores, de mártires e de poetas cristãos…

“História de santidade, de criação artística e poética, nascidas da fé, que hoje recolhemos e apresentamos como oferenda a Deus nesta Eucaristia”.

Exprimindo toda a sua alegria por presidir a esta celebração, o Santo Padre sintetizou em poucas palavras o significado fundamental da consagração de uma nova igreja:

“No coração do mundo, perante o olhar de Deus e dos homens, num humilde e jubiloso acto de fé, elevamos uma imensa massa de matéria, fruto da natureza e de um incomensurável esforço da inteligência humana, construtora desta obra depu arte.


Ela é um sinal visível do Deus invisível, a cuja glória se elevam estas torres, setas que apontam para o absoluto da luz e de Aquele que é a própria Luz, a Altura, a Beleza”.

Como tinha já observado durante o voo de Roma para Santiago, Bento XVI evocou as três fontes de inspiração de Gaudí, na projecção deste templo:

Gaudí quis unir a inspiração que recebia dos três grandes livros em que se alimentava como homem, como crente e como arquitecto: o livro da natureza, o livro da Sagrada Escritura e o livro da Liturgia…
… Deste modo colaborou genialmente para a edificação da consciência humana ancorada no mundo, aberta a Deus, iluminada e santificada por Cristo. E fez algo que é uma das mais importantes tarefas hoje em dia:
superar a cisão entre consciência humana e cristã, entre existência neste mundo temporal e abertura a uma vida eterna, entre beleza das coisas e Deus como beleza”.

“A beleza é uma grande necessidade do homem – sublinhou o Papa. É a raiz da qual brota o tronco da nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza – acrescentou ainda – é também reveladora de Deus, porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convida à liberdade e arranca do egoísmo”.

Aludindo às leituras da celebração – da consagração de uma igreja – e à solidez da estrutura deste templo, Bento XVI sublinhou que “Jesus é a pedra que suporta o peso do mundo, que mantém a coesão da Igreja e que recolhe na unidade final todas as conquistas da humanidade”. Daqui um verdadeiro apelo à fé. Em conformidade com o testemunho cristão do arquitecto Gaudí:

“a dedicação deste templo da Sagrada Família, numa época em que o homem pretende edificar a sua vida de costas voltadas contra Deus, como se não tivesse nada a dizer-lhe, resulta um facto de grande significado. Gaudí, com a sua obra, mostra-nos que Deus é verdadeiramente a medida do homem. Que o segredo da autêntica originalidade está, como ele dizia, em voltar à origem que é Deus”.

Referindo o exemplo da sagrada família de Nazaré, o Papa reconheceu que muito mudaram as condições do mundo, com grande progressos técnicos, sociais e culturais. Mas estes não bastam:

“Não podemos contentar-nos com estes progressos. Juntamente com eles, deve haver sempre os progressos morais, como a atenção, protecção e ajuda à família, já que é o amor generoso e indissolúvel de um homem e uma mulher é o marco eficaz e o fundamento da vida humana em sua gestação, no seu nascimento, crescimento e no seu termo natural. Só onde existem o amor e a fidelidade, nasce e perdura a verdadeira liberdade”.

O Papa concluiu a homilia pedindo a Deus “que nesta terra catalã se multipliquem e consolidem novos testemunhos de santidade, que prestem ao mundo o grande serviço que a Igreja pode e deve prestar à humanidade: ser ícone da beleza divina, chama ardente de caridade, canal para que o mundo creia n’Aquele que Deus enviou”.

Como já ontem em Santiago de Compostela, e porventura ainda mais, dada a beleza do espaço arquitectónica da Sagrada Família, também esta imponente celebração se distinguiu pelo elevado nível artístico-litúrgico da componente musical, graças em grande parte aos muitíssimas vozes do coro disposto nas galerias superiores do imenso templo.
De salientar também o caloroso acolhimento reservado ao Papa por muitos milhares de fiéis dispostos ao longo do caminho.

Esta tarde, pelas 17.30, a visita do Papa a uma instituição católica de assistência a crianças e jovens atingidos pelo Síndrome de Down. Dali seguirá directamente para o aeroporto, para o regresso a Roma.

De Espanha, para a RV, Pacheco Gonçalves.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Tema para reflexão - Novíssimos - Juízo (2)

Ter medo do Juízo particular? Não, de modo nenhum! O Juiz é justíssimo e a Sua sentença é sempre a que, de facto merecemos. E é muito simples: se de facto fizemos um esforço sério por nos portarmos bem, isto é, cumprindo a Vontade de Deus em todos os momentos da nossa vida, se, quando tal não aconteceu, nos arrependemos e procurámos o perdão divino na Confissão Sacramental, não temos nada a temer.

(AMA, comentário sobre Juízo 2, 2010.10.19)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Blogue em serviços mínimos até ao dia 8 de Novembro

O autor encontrar-se-á ausente do país numa área aonde muito provavelmente ou não terá acesso à internet ou este terá um custo extremamente elevado, pelo que poderá suceder que apenas seja publicado e Evangelho do dia e pouco mais que tenha conseguido agendar previamente.

Antecipadamente agradeço a vossa compreensão,

JPR

S. Josemaría nesta data em 1972

Em Pozoalbero (Espanha), com um grupo de sacerdotes. Numa ocasião tinha escrito: “Mentem – ou estão enganados – os que afirmam que nós, os sacerdotes, estamos sozinhos: estamos mais acompanhados que ninguém, porque contamos com a contínua companhia de Nosso Senhor, com quem temos de conviver ininterruptamente”.


(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/7-11-5)