Boa noite!

A verdadeira oração, a que absorve todo o indivíduo, não a favorece tanto a solidão do deserto como o recolhimento interior.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 460)

Eu, enquanto tiver alento, não cessarei de pregar a necessidade primordial de ser alma de oração – sempre! – em qualquer ocasião e nas circunstâncias mais díspares, porque Deus nunca nos abandona. Não é cristão pensar na amizade divina exclusivamente como um recurso extremo. Pode parecer-nos normal ignorar ou desprezar as pessoas que amamos? Evidentemente que não. Para os que amamos dirigimos constantemente as palavras, os desejos, os pensamentos: há como que uma presença contínua. Pois, o mesmo com Deus.

Com esta busca do Senhor, toda a nossa jornada se converte numa única conversa, íntima e confiada. Afirmei-o e escrevi-o tantas vezes, mas não me importo de o repetir, porque Nosso Senhor faz-nos ver – com o seu exemplo – que este é o comportamento certo: oração constante, de manhã à noite e da noite até de manhã. Quando tudo sai com facilidade: obrigado, meu Deus! Quando chega um momento difícil: Senhor, não me abandones! E esse Deus, manso e humilde de coração, não esquecerá os nossos rogos nem permanecerá indiferente, porque Ele afirmou: pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 247)

A Tese de Doutoramento de Luís Alberto Casimiro, docente de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), recebeu prémio atribuído pelo Vaticano

O trabalho de investigação subordinado ao tema “A anunciação do Senhor na pintura Quinhentista Portuguesa” (1500-1550). Análise geométrica, iconográfica e significado iconológico” foi galardoado com o prémio anual das “Pontificie Accademie in Mariologia 2010”.

A Tese teve como orientador Científico o Professor Fausto Sanches Martins, CSsR, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Submetida à apreciação e discussão do Júri, presidido pela Professora Maria de Lurdes Correia Fernandes, Vice-Reitora da Universidade do Porto e constituído pelos Professores Vítor Serrão da Universidade de Lisboa, Nelson Correia Borges da Universidade de Coimbra, Natália Marinho Ferreira-Alves, Joaquim Jaime Ferreira-Alves, Agostinho Marques Araújo, Fausto Sanches Martins e Lúcia Cardoso Rosas da Universidade do Porto, foi aprovada, por unanimidade, em provas públicas, que decorreram no edifício da Faculdade de Letras do Porto, no dia 30 de Março de 2005.”

Dividido em dois volumes, num total de 2144 páginas, trata, de forma inédita, o tema da Anunciação na pintura portuguesa, na primeira metade do século XVI. O autor procura comprovar a existência de um esquema geométrico de composição que esteve na génese estrutural das pinturas, o qual terá sido utilizado, também, com a finalidade de reforçar a mensagem subjacente ao tema. Para tal, propõe a aplicação do que designou por “Método Geométrico”, como complemento do “Método Iconográfico e Iconológico”, desenvolvido por Erwin Panofsky.

Luís Alberto Casimiro, começa por esclarecer as questões teológicas mais importantes que se prendem com o tema da Anunciação. Para isso, analisa a perícopa do Evangelho de S. Lucas e as suas relações com certas passagens do Antigo Testamento; expõe comentários e sermões dos Padres da Igreja; sintetiza um estudo sobre angelologia, completamente inédito entre nós, bem como apresenta diversas reflexões dos teólogos do Renascimento. Neste debruçar-se sobre as fontes foram, também, incluídos vários textos apócrifos do Antigo e do Novo Testamento, bem como escritos de importantes figuras da Igreja com destaque para S. Tomás de Aquino e S. Bernardo de Claraval. A finalidade desta primeira fase era esclarecer a variedade e complexidade dos elementos simbólicos presentes nas pinturas, permitindo, pois, uma análise iconográfica mais aprofundada.

Numa segunda etapa, é explicado o modo como se pretende utilizar o “Método Geométrico”. Para tal efectua um estudo sobre a perspectiva linear, as suas origens e as respectivas leis internas, apresentando e analisando os tratados mais importantes do Renascimento relacionados com a perspectiva. É desenvolvido, de forma exaustiva, um estudo sobre os rectângulos, usados como «marco» das pinturas, e as regras geométricas que permitem definir, no seu interior, um conjunto variado de linhas de força e de espaços privilegiados, tal como eram entendidos na época em estudo. Assim, se garante o necessário rigor científico na aplicação das respectivas leis geométricas sobre as pinturas.

A utilização desta metodologia sobre as cerca de 50 pinturas portuguesas da Anunciação da primeira metade do século XVI, veio comprovar o conhecimento das leis da perspectiva por parte dos pintores bem como a tese da existência de um esquema geométrico de composição, em muitas pinturas analisadas, confirmando, portanto, a sua utilização como forma de proporcionar os diversos elementos pictóricos e reforçar a respectiva mensagem iconográfica.

Trata-se, pois, de uma obra de grande valor para a Historiografia da Arte Portuguesa não só pelo facto de analisar exaustivamente a iconografia da Anunciação, mas porque introduz, nesse estudo, a vertente geométrica, numa dimensão nunca antes ensaiada.

O Professor Luís Alberto Casimiro é natural de Vilar Formoso, Guarda, frequentou o curso de Engenharia Electrotécnica e de Computadores na FEUP, licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Actualmente é professor auxiliar convidado da FLUP e regente das disciplinas de Iconografia, História da Pintura em Portugal, História da Arte e Cultura I e História Urbana.

O prémio será entregue pelo Secretário de Estado, Sua Eminência o Cardeal Tarcisio Bertone, durante uma sessão pública das Academias Pontifícias no dia 16 de Dezembro, pelas 17h, na Aula Magna do “Pontificio Consiglio della Cultura".

Imagem: Anunciação. Jorge Afonso (atr. 1520-1525)
Museu de Setúbal/ Convento de Jesus
Justificação Geométrica para a colocação e dimensão da auréola da Pomba do Espírito Santo

(Fonte: site ‘noticia.up.pt’ em http://noticias.up.pt/catalogo_noticias.php?ID=5938&intSelectedMenu=4)

Bom Dia! Outubro 26, 2010 de António Mexia Alves (26 de 36)



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S. Josemaría nesta data em 1931



“Em Cristo temos todos os ideais: porque é Rei, é Amor, é Deus. - Não há mais amor que o Amor!”, anota no seu caderno.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Mensagem final do Sínodo desagradou a israelitas (Nota de JPR: “Tant pis pour eux !”)

Vaticano desdramatiza e diz que o sínodo correu muito bem.

As autoridades israelitas reagiram com dureza ao que consideram ter sido a politização e instrumentalização do Sínodo do Médio Oriente.

Várias figuras políticas e religiosas do país judaico criticaram a mensagem final do sínodo, que elenca uma série de dificuldades que os palestinianos enfrentam, culpando em larga medida Israel.

Durante as duas semanas que durou o sínodo o grande enfoque dos trabalhos centrou-se nas condições de vida dos cristãos naquela região, procurando encontrar as causas e discutir as soluções para o êxodo de cristãos que se está a verificar. Realçou-se a importância do diálogo inter-religioso com os muçulmanos e judeus, mas também a urgência de uma maior comunhão entre as diferentes confissões cristãs. O mapa do Cristianismo naquela zona é extremamente diverso, com várias Igrejas independentes a operar em simultâneo, algumas católicas e outras ortodoxas.

A situação dos cristãos na Terra Santa mereceu bastante destaque, com o Estado israelita a esforçar-se por mostrar, através de conferências de imprensa à margem do sínodo, que Israel é o único país da região onde os cristãos vivem em paz e segurança, e onde o número de cristãos tem aumentado significativamente.

Contudo, numa “Mensagem ao Povo de Deus” que acompanha as propostas finais, os padres sinodais parecem apontar o dedo a Israel, culpando esse país pela falta de paz na região. “Tivemos em consideração o impacto do conflito Israelo-palestiniano para toda a região, em especial para os palestinianos, que sofrem as consequências da ocupação israelita: a falta de liberdade de movimento, o muro de separação e os postos de controlo militar, os presos políticos, a demolição de casas a instabilidade sócio-económica e os milhares de refugiados”.

Já o “sofrimento e a insegurança em que vivem os israelitas” merece apenas uma curta referência.

O caso foi agravado pelas palavras de um dos bispos, o melquita Cyrille Salim Bustros, que afirmou que Israel não pode justificar a ocupação de terras árabes com base em promessas bíblicas.

Estas palavras foram bem recebidas pelas autoridades palestinianas, mas levaram a duras críticas por parte do Governo israelita. “Lamentamos que este importante sínodo se tenha tornado um fórum de ataques políticos a Israel, ao melhor estilo da propaganda árabe”, afirmou o vice ministro dos Negócios Estrangeiros Danny Ayalon.

Também o Rabino David Rosen, que foi convidado a falar ao Sínodo, criticou a abordagem dos bispos nos documentos finais: “Lamento que os bispos não tenham tido a coragem de confrontar os mais sérios desafios que os Cristãos enfrentam no Médio Oriente. Mesmo que o Estado de Israel não existisse, o êxodo dos cristãos não seria diferente. Dizer que o conflito israelo-palestiniano é o principal problema revela falta de sinceridade.”

O Vaticano já reagiu a estas críticas de Israel. Esta manhã o Pe. Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, afirmou que, em geral, os trabalhos do sínodo foram muito positivos e remete, como posição oficial, não a opinião de cada bispo, mas sim o texto da Mensagem votada e publicada no passado sábado.

(Fonte: site Rádio Renascença)

Arcebispo de Braga condena alargamento de horário dos «hiper»

E alerta sobre as consequências para a vida familiar do incremento do trabalho ao domingo.

O Arcebispo de Braga lançou ontem um alerta sobre as consequências para a vida familiar do incremento do trabalho ao domingo, cujo mais recente sintoma se manifestou com a autorização da abertura dos hipermercados durante todo o dia.

Falando na Sé Catedral de Braga, na homilia da celebração do dia litúrgico de São Martinho de Dume, padroeiro da Arquidiocese, D. Jorge Ortiga considerou que «a importância do domingo é muito maior do que os motivos religiosos, pois em muitos casos, hoje é a própria família que está a ser minada» enquanto espaço basilar de união e solidariedade.

O prelado exortou os cristãos para «a necessidade de reflectirem sobre os problemas que os rodeiam», em vez de aceitarem acriticamente aquilo que outros pensam ou lhes querem impor. «Hoje deixamo-nos levar pelo que os outros pensam, adaptamo-nos aquilo que os outros fazem e vamos vivendo sem reagir, porventura entrando até naquilo que os outros querem», afirmou, notando que «actualmente saem imensas leis que nos deveriam interpelar e que deveríamos questionar».

«A partir de agora é possível que os hipermercados também abram ao domingo, este facto coloca de novo a questão do trabalho ao domingo», disse, lembrando aquilo que São Martinho dizia sobre o respeito e a importância deste dia, por aquilo que ele é e por aquilo que ele significa.

«O domingo deve ser usado não para finalidades más, mas para finalidades boas», citou D. Jorge, continuando: «isto é, para ir a lugares santos, visitar um irmão ou um amigo, consolar um enfermo, levar o bom conselho a quem dele precise ou auxiliar uma boa causa, é assim que o homem cristão deve honrar o domingo».

Com «Diário do Minho»

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Tema para reflexão - Amigos de Jesus (3)

Ide a qualquer parte do mundo onde queirais, mudai de casa quantas vezes o desejeis, na igreja católica mais próxima o vosso Amigo está sempre esperando por vós, dia após dia.

(R. A. KNOX, Sermones Pastorales, Rialp, Madrid, 1963, nr. 473, trad AMA)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Máximo de Turim (? - c. 420), bispo
CC Sermão 25; PL 57, 509ss. (a partir da trad. coll. Pères dans la foi, Migne 1996, p. 123)

«Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24)

«Um homem tomou um grão de mostarda e deitou-o no seu quintal; cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos.» Procuremos ver a quem se aplica tudo isto. [...] Penso que a comparação se aplica mais precisamente a Cristo Nosso Senhor que, ao nascer na humildade da condição humana, como uma semente, sobe finalmente ao céu como uma árvore. Cristo é o grão esmagado na Paixão; torna-se uma árvore na ressurreição. Sim, Ele é grão quando, faminto, sofre por falta de alimento; é uma árvore quando, com cinco pães, satisfaz a fome a cinco mil pessoas (Mt 14, 13ss.). Ali, experimenta o despojamento da Sua condição humana, aqui espalha a saciedade pela força da Sua divindade.

Diria que o Senhor é grão quando é ferido, desprezado, insultado; é árvore quando devolve a vista aos cegos, reanima os mortos e perdoa os pecados. Ele mesmo reconhece que é grão: «Se o grão de trigo lançado à terra não morrer» (Jo 12, 24)

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 26 de Outubro de 2010

São Lucas 13,18-21

18 Dizia também: «A que é semelhante o reino de Deus; a que o compararei?19 É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta; cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu repousaram nos seus ramos».20 Disse outra vez: «A que direi que o reino de Deus é semelhante?21 É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até que tudo ficasse levedado».