Se consentires que Deus seja o senhor da tua nave, que Ele seja o amo, que segurança!..., mesmo quando a tempestade se levanta no meio das trevas mais escuras e parece que Ele se ausenta, que está a dormir, que não se preocupa. S. Marcos relata que os Apóstolos se encontravam nessas circunstâncias; e Jesus, vendo-os cansados de remar (porque o vento lhes era contrário), cerca da quarta vigília da noite foi ter com eles, andando sobre o mar... Tende confiança, sou eu, não temais. E subiu para a barca, para junto deles e cessou o vento.
Meus filhos, acontecem tantas coisas na terra...! Podia pôr-me a falar de penas, de sofrimentos, de maus tratos, de martírios – não tiro nem uma letra –, do heroísmo de muitas almas. Aos nossos olhos, na nossa inteligência, surge às vezes a impressão de que Jesus dorme, de que não nos ouve; mas S. Lucas narra como Nosso Senhor se comporta com os seus: Enquanto iam navegando, Jesus adormeceu e levantou-se uma tempestade de vento sobre o lago e a barca enchia-se de água e estavam em perigo. Aproximando-se dele, despertaram-no dizendo: Mestre, nós perecemos! Ele, levantando-se, increpou o vento e as ondas, que acalmaram e veio a bonança. Então disse-lhes: onde está a vossa fé?
Se nos dermos, Ele dá-se-nos. Temos de confiar plenamente no Mestre, temos de nos abandonar nas suas mãos sem mesquinhez; de lhe manifestar, com as nossas obras, que a barca é dele, que queremos que disponha à vontade de tudo o que nos pertence.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 22)
terça-feira, 28 de setembro de 2010
S. Josemaría nesta data em 1932
“Ontem, recolhi um pequeno Santo Cristo, com a imagem muito gasta, que o meu pai trazia sempre consigo, e que lhe foi entregue por morte de sua mãe, que costumava usá-lo. Como é pobrezinho e está muito gasto, não me atrevo a dá-lo a ninguém, e deste modo a santa memória da minha avó (grande devota da SS.ma Virgem) e do meu pai fará aumentar o meu amor à Cruz”, escreve.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Maternidade: protegê-la ou evitá-la?
Realizou-se de 20 a 22 de Setembro em Nova Iorque a Cimeira Mundial das Nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, um encontro em que os líderes internacionais avaliaram o grau de cumprimento dos oito objectivos acordados no ano 2000, sugerindo medidas correctoras pertinentes para em 2015 se aproximarem o mais possível do então projectado: erradicar a pobreza extrema e a fome; permitir o acesso universal à educação; promover a igualdade de género; reduzir a mortalidade infantil e materna; combater a propagação da SIDA/AIDS e melhorar a sustentabilidade do ambiente.
Reuniões deste género, bem como as anteriormente realizadas pelos G8 e pelos G20, dão aos agentes que trabalham em campos directamente relacionados com os Objectivos do Milénio a possibilidade de chamar a atenção sobre o "seu" interesse concreto. No caso da energia, por exemplo, a Agência Internacional de Energia elaborou um relatório em que sublinha o facto de "ser crucial o acesso à energia para combater a pobreza no mundo. Esta apenas se conseguiria erradicar se mais 395 milhões de pessoas tivessem acesso à electricidade". É provável que muitas empresas eléctricas anseiem pelo desabrochar deste mercado nos países mais pobres.
Há também políticos que, quer pela pressão exercida pelos lobbies, quer por genuína convicção pessoal, incluem no processo questões de tipo ideológico. É o caso do interesse em promover o livre acesso ao aborto como medida fundamental para favorecer a saúde materna.
Este último argumento foi aduzido publicamente pela Secretária de Estado Hillary Clinton na última reunião dos G8, realizada no ano em curso, sem ter em conta que mais de 125 países membros das Nações Unidas, se não proíbem totalmente a prática do aborto, pelo menos de certa forma a restringem. Foi Stephen Harper, primeiro ministro do Canadá, que nessa ocasião refutou a tentativa de integrar o aborto entre as iniciativas dirigidas à redução da mortalidade materna, esclarecendo que "queremos ter a certeza de que os nossos fundos são utilizados para salvar vidas de mulheres e de crianças".
Quando "maternidade" se converte em "doença"
Se bem que o enunciado do Quinto Objectivo do Milénio seja "Melhorar a Saúde Materna", o que se traduz principalmente na melhoria da saúde reprodutiva das mulheres, a maioria dos esforços realizados pelas Nações Unidas tem uma orientação não-reprodutiva: estimular a contracepção ou evitar uma gravidez não desejada. Dá a impressão de que se pode decidir quando uma coisa é doença e quando o não é. No caso da maternidade, se não é desejada é diagnosticada como doença e, segundo o ponto de vista das Nações Unidas, deverá ser tratada como tal.
Na nova Estratégia Global, anunciada no final da Cimeira pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fica bem claro que só haverá recurso ao aborto nos países em que tal é permitido. Mas, por outro lado, governos e políticos são encorajados a tomar as convenientes decisões para legislar de acordo com o espírito dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Mesmo que alguém estivesse de acordo com tão evidente manipulação da realidade, este assunto já não faria em qualquer caso parte das metas definidas pelo Objectivo de Desenvolvimento do Milénio que nos ocupa: melhorar a saúde reprodutiva da mulher. Se se trata de melhorar este aspecto, os dados fornecidos pelo Relatório de 2010 sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio indicam que a principal causa de mortalidade materna nas regiões em vias de desenvolvimento não são precisamente os abortos "não seguros" mas as hemorragias pós-parto, as infecções e a hipertensão, problemas a que o Relatório das Nações Unidas não dá demasiado ênfase.
Legalizar o aborto não reduz a mortalidade materna
Apesar das dificuldades para medir com rigor a mortalidade materna no mundo, se tivermos em conta os últimos dados a tal respeito apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - semelhantes aos fornecidos por um estudo da Fundação Bill & Melinda Gates publicado em Abril deste ano na revista The Lancet (12-04-10)-, pode-se afirmar que o acesso ao aborto livre não incide de modo positivo na saúde da mulher; muito pelo contrário.
Nisto insiste o político republicano canadiano Chris Smith, que afirma que "contrariamente ao que se vem dizendo, dados de estudos realizados mostram haver países onde a lei proíbe o aborto e cujos níveis de mortalidade materna estão entre os mais baixos do mundo; entre eles se contam a Irlanda, o Chile e a Polónia".
Segundo Smith, "acresce que o aborto é, por definição, mortalidade infantil, o que seria contrário aos próprios Objectivos para o Desenvolvimento do Milénio. Além de que o termo enganoso "aborto seguro" (safe abortion) camufla o facto real de que nenhum aborto - legal ou não - é seguro para a criança e supõe consequências negativas, incluindo danos emocionais e psicológicos para a mãe.
O drama de perder um filho desejado
Para melhorar a saúde materna, a prioridade deveria ser um profundo empenho em atender durante a gravidez e o parto todas as mulheres que esperam, entusiasmadas, um filho. Pois por vezes dá a impressão de que, quando a maternidade é uma coisa desejada e querida não existem problemas e tudo é cor-de-rosa para os afortunados pais. Não é esta a impressão transmitida por Moses Okoth, um dos protagonistas da exposição itinerante "África: caras e coroas. Problemas e soluções para uma saúde e educação dignas", organizada em Barcelona pela Fundação África Digna.
Em declarações ao La Vanguardia de 21-09-10, Okoth conta que em Korogocho, o bairro de Nairobi onde vive, "a maioria das mulheres não tem possibilidade de fazer uma ecografia. O bom resultado da gravidez é uma questão de sorte. Não têm acesso a nenhuma informação sobre o modo de a controlar. A maioria das mulheres dá à luz em casa. Serem atendidas é para elas um sonho, um luxo que não se podem permitir".
Qualquer atenção médica é ali desproporcionadamente cara. "Há cinco anos, a minha mulher ficou grávida e gastámos 70 euros por mês para ela fazer seis ecografias. Era praticamente tudo quanto tínhamos. Infelizmente, o parto complicou-se e perdemos o bebé".
Após tão dramática experiência, este jovem africano, agora com 32 anos, tomou a decisão de se formar como técnico de laboratório e conseguiu abrir no seu bairro um centro de ecografias onde os exames custam um terço do preço oficial.
Alvaro Lucas
Aceprensa
Reuniões deste género, bem como as anteriormente realizadas pelos G8 e pelos G20, dão aos agentes que trabalham em campos directamente relacionados com os Objectivos do Milénio a possibilidade de chamar a atenção sobre o "seu" interesse concreto. No caso da energia, por exemplo, a Agência Internacional de Energia elaborou um relatório em que sublinha o facto de "ser crucial o acesso à energia para combater a pobreza no mundo. Esta apenas se conseguiria erradicar se mais 395 milhões de pessoas tivessem acesso à electricidade". É provável que muitas empresas eléctricas anseiem pelo desabrochar deste mercado nos países mais pobres.
Há também políticos que, quer pela pressão exercida pelos lobbies, quer por genuína convicção pessoal, incluem no processo questões de tipo ideológico. É o caso do interesse em promover o livre acesso ao aborto como medida fundamental para favorecer a saúde materna.
Este último argumento foi aduzido publicamente pela Secretária de Estado Hillary Clinton na última reunião dos G8, realizada no ano em curso, sem ter em conta que mais de 125 países membros das Nações Unidas, se não proíbem totalmente a prática do aborto, pelo menos de certa forma a restringem. Foi Stephen Harper, primeiro ministro do Canadá, que nessa ocasião refutou a tentativa de integrar o aborto entre as iniciativas dirigidas à redução da mortalidade materna, esclarecendo que "queremos ter a certeza de que os nossos fundos são utilizados para salvar vidas de mulheres e de crianças".
Quando "maternidade" se converte em "doença"
Se bem que o enunciado do Quinto Objectivo do Milénio seja "Melhorar a Saúde Materna", o que se traduz principalmente na melhoria da saúde reprodutiva das mulheres, a maioria dos esforços realizados pelas Nações Unidas tem uma orientação não-reprodutiva: estimular a contracepção ou evitar uma gravidez não desejada. Dá a impressão de que se pode decidir quando uma coisa é doença e quando o não é. No caso da maternidade, se não é desejada é diagnosticada como doença e, segundo o ponto de vista das Nações Unidas, deverá ser tratada como tal.
Na nova Estratégia Global, anunciada no final da Cimeira pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fica bem claro que só haverá recurso ao aborto nos países em que tal é permitido. Mas, por outro lado, governos e políticos são encorajados a tomar as convenientes decisões para legislar de acordo com o espírito dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Mesmo que alguém estivesse de acordo com tão evidente manipulação da realidade, este assunto já não faria em qualquer caso parte das metas definidas pelo Objectivo de Desenvolvimento do Milénio que nos ocupa: melhorar a saúde reprodutiva da mulher. Se se trata de melhorar este aspecto, os dados fornecidos pelo Relatório de 2010 sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio indicam que a principal causa de mortalidade materna nas regiões em vias de desenvolvimento não são precisamente os abortos "não seguros" mas as hemorragias pós-parto, as infecções e a hipertensão, problemas a que o Relatório das Nações Unidas não dá demasiado ênfase.
Legalizar o aborto não reduz a mortalidade materna
Apesar das dificuldades para medir com rigor a mortalidade materna no mundo, se tivermos em conta os últimos dados a tal respeito apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - semelhantes aos fornecidos por um estudo da Fundação Bill & Melinda Gates publicado em Abril deste ano na revista The Lancet (12-04-10)-, pode-se afirmar que o acesso ao aborto livre não incide de modo positivo na saúde da mulher; muito pelo contrário.
Nisto insiste o político republicano canadiano Chris Smith, que afirma que "contrariamente ao que se vem dizendo, dados de estudos realizados mostram haver países onde a lei proíbe o aborto e cujos níveis de mortalidade materna estão entre os mais baixos do mundo; entre eles se contam a Irlanda, o Chile e a Polónia".
Segundo Smith, "acresce que o aborto é, por definição, mortalidade infantil, o que seria contrário aos próprios Objectivos para o Desenvolvimento do Milénio. Além de que o termo enganoso "aborto seguro" (safe abortion) camufla o facto real de que nenhum aborto - legal ou não - é seguro para a criança e supõe consequências negativas, incluindo danos emocionais e psicológicos para a mãe.
O drama de perder um filho desejado
Para melhorar a saúde materna, a prioridade deveria ser um profundo empenho em atender durante a gravidez e o parto todas as mulheres que esperam, entusiasmadas, um filho. Pois por vezes dá a impressão de que, quando a maternidade é uma coisa desejada e querida não existem problemas e tudo é cor-de-rosa para os afortunados pais. Não é esta a impressão transmitida por Moses Okoth, um dos protagonistas da exposição itinerante "África: caras e coroas. Problemas e soluções para uma saúde e educação dignas", organizada em Barcelona pela Fundação África Digna.
Em declarações ao La Vanguardia de 21-09-10, Okoth conta que em Korogocho, o bairro de Nairobi onde vive, "a maioria das mulheres não tem possibilidade de fazer uma ecografia. O bom resultado da gravidez é uma questão de sorte. Não têm acesso a nenhuma informação sobre o modo de a controlar. A maioria das mulheres dá à luz em casa. Serem atendidas é para elas um sonho, um luxo que não se podem permitir".
Qualquer atenção médica é ali desproporcionadamente cara. "Há cinco anos, a minha mulher ficou grávida e gastámos 70 euros por mês para ela fazer seis ecografias. Era praticamente tudo quanto tínhamos. Infelizmente, o parto complicou-se e perdemos o bebé".
Após tão dramática experiência, este jovem africano, agora com 32 anos, tomou a decisão de se formar como técnico de laboratório e conseguiu abrir no seu bairro um centro de ecografias onde os exames custam um terço do preço oficial.
Alvaro Lucas
Aceprensa
Bento XVI - Nos santuários é possível um profundo encontro com Cristo
Na sua mensagem por ocasião do 2° Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários, que será celebrado em Santiago de Compostela de 27 a 30 de Setembro e que se realiza sob o lema "E entrou para ficar com eles", o Papa Bento XVI assinalou a importância do profundo encontro com Cristo que é possível ter nestes lugares sagrados e destacou sua importância evangelizadora para o mundo de hoje.
Depois de recordar que ele mesmo se fará peregrino em Novembro quando for junto do túmulo do Apóstolo Santiago na cidade com o seu nome, para confirmar na fé os fiéis e anunciar a mensagem de Cristo, o Santo Padre explicou a importância evangelizadora dos santuários "nestes momentos históricos, nos quais, com mais força se couber, estamos chamados a evangelizar nosso mundo".
Acima de tudo, disse, "pela sua grande capacidade de convocatória, reunindo a um número crescente de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em complicadas situações humanas e espirituais, com certa distância em relação à vivência da fé e uma frágil pertença eclesiástica".
A todos eles, continuou o Papa, "dirige-se Cristo com amor e esperança. O desejo de felicidade que aninha na alma alcança sua resposta n’Ele , e a dor humana junto a Ele tem um sentido. Com sua graça, as causas mais nobres acham também sua plena realização. Como Simeão se encontrou com Cristo no templo, assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário".
O Papa explicou que para que isto seja possível "procurar-se-á que os visitantes não esqueçam que os santuários são âmbitos sagrados, para estar neles com devoção, respeito e decoro. Desta forma, a Palavra de Cristo, o Filho de Deus vivo, poderá ressoar com claridade, proclamando-se integralmente o acontecimento de sua morte e ressurreição, fundamento de nossa fé. Deve-se cuidar além disso, com singular esmero, do acolhimento do peregrino, dando realce, entre outros elementos, à dignidade e beleza do santuário, imagem da ‘morada de Deus com os homens’ os momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; a atenção às pratica de piedade".
Bento XVI disse também que "nunca se insistirá o bastante para que os santuários sejam faróis de caridade, com incessante dedicação aos mais desfavorecidos através de obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade à escuta, favorecendo em particular que os fiéis possam aproximar-se da sacramento da Reconciliação e participar dignamente na celebração eucarística, fazendo desta o centro e ápice de toda a acção pastoral dos santuários. Assim ficará claro que a Eucaristia é, certamente, o alimento do peregrino, o ‘sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas que nos acompanha e nos indica a direcção’".
"Com efeito, à diferença do vagabundo, cujos passos não têm um destino final determinado, o peregrino sempre tem uma meta, embora às vezes não seja explicitamente consciente disso. E esta meta não é outra que o encontro com Deus por meio de Cristo, no qual todas nossas aspirações encontram sua resposta. Por isso, a celebração da Eucaristia bem pode ser considerada o culminar da peregrinação".
Finalmente o Papa alentou os encarregados dos santuários a que favoreçam "nos peregrinos o conhecimento e a imitação de Cristo, que segue caminhando connosco, iluminando nossa vida com sua Palavra e nos repartindo o Pão da Vida na Eucaristia. Deste modo, a peregrinação ao santuário será uma ocasião propícia para que se vigorize nos visitantes o desejo de compartilhar com outros a maravilhosa experiência se saber-se amados por Deus e ser enviados ao mundo para dar testemunho desse amor".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Depois de recordar que ele mesmo se fará peregrino em Novembro quando for junto do túmulo do Apóstolo Santiago na cidade com o seu nome, para confirmar na fé os fiéis e anunciar a mensagem de Cristo, o Santo Padre explicou a importância evangelizadora dos santuários "nestes momentos históricos, nos quais, com mais força se couber, estamos chamados a evangelizar nosso mundo".
Acima de tudo, disse, "pela sua grande capacidade de convocatória, reunindo a um número crescente de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em complicadas situações humanas e espirituais, com certa distância em relação à vivência da fé e uma frágil pertença eclesiástica".
A todos eles, continuou o Papa, "dirige-se Cristo com amor e esperança. O desejo de felicidade que aninha na alma alcança sua resposta n’Ele , e a dor humana junto a Ele tem um sentido. Com sua graça, as causas mais nobres acham também sua plena realização. Como Simeão se encontrou com Cristo no templo, assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário".
O Papa explicou que para que isto seja possível "procurar-se-á que os visitantes não esqueçam que os santuários são âmbitos sagrados, para estar neles com devoção, respeito e decoro. Desta forma, a Palavra de Cristo, o Filho de Deus vivo, poderá ressoar com claridade, proclamando-se integralmente o acontecimento de sua morte e ressurreição, fundamento de nossa fé. Deve-se cuidar além disso, com singular esmero, do acolhimento do peregrino, dando realce, entre outros elementos, à dignidade e beleza do santuário, imagem da ‘morada de Deus com os homens’ os momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; a atenção às pratica de piedade".
Bento XVI disse também que "nunca se insistirá o bastante para que os santuários sejam faróis de caridade, com incessante dedicação aos mais desfavorecidos através de obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade à escuta, favorecendo em particular que os fiéis possam aproximar-se da sacramento da Reconciliação e participar dignamente na celebração eucarística, fazendo desta o centro e ápice de toda a acção pastoral dos santuários. Assim ficará claro que a Eucaristia é, certamente, o alimento do peregrino, o ‘sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas que nos acompanha e nos indica a direcção’".
"Com efeito, à diferença do vagabundo, cujos passos não têm um destino final determinado, o peregrino sempre tem uma meta, embora às vezes não seja explicitamente consciente disso. E esta meta não é outra que o encontro com Deus por meio de Cristo, no qual todas nossas aspirações encontram sua resposta. Por isso, a celebração da Eucaristia bem pode ser considerada o culminar da peregrinação".
Finalmente o Papa alentou os encarregados dos santuários a que favoreçam "nos peregrinos o conhecimento e a imitação de Cristo, que segue caminhando connosco, iluminando nossa vida com sua Palavra e nos repartindo o Pão da Vida na Eucaristia. Deste modo, a peregrinação ao santuário será uma ocasião propícia para que se vigorize nos visitantes o desejo de compartilhar com outros a maravilhosa experiência se saber-se amados por Deus e ser enviados ao mundo para dar testemunho desse amor".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Tema para reflexão - Eucaristia (3)
A Comunhão é o remédio da nossa necessidade quotidiana.
(STº AMBRÓSIO, Sobre os Mistérios, 4, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(STº AMBRÓSIO, Sobre os Mistérios, 4, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Africa do Norte) e Doutor da Igreja
Meditações, cap.18
O caminho para Jerusalém
O peso da nossa fragilidade faz-nos pender para as realidades deste mundo; o fogo do Teu amor, Senhor, eleva-nos e transporta-nos para as realidades do alto, para as quais ascendemos pelo impulso do coração, cantando os salmos das subidas e ardendo com o fogo da Tua bondade, que nos transporta.
Para onde nos fazes ascender assim? Para a paz da Jerusalém celeste. «Alegrei-me quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor» (Sl 121, 1). Só o desejo de aí morar para sempre nos permitirá lá chegar. Enquanto estamos neste corpo, encaminhamo-nos para Ti. Não temos aqui em baixo cidade permanente, procuramos sem cessar a nossa morada na cidade futura (Heb 13, 14). Que a Tua graça me conduza, Senhor, ao fundo do meu coração, para aí cantar o Teu amor, meu Rei e meu Deus. [...] E, recordando-me desta Jerusalém celeste, o meu coração ascenderá para Jerusalém, a minha verdadeira pátria, Jerusalém, a minha verdadeira mãe (Gl 4, 26), da qual Tu és rei, luz, defensor, protector e pastor, da qual és a inalterável alegria, e a Tua bondade é a fonte de todos os seus inefáveis bens. Tu, meu Deus e minha misericórdia divina.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Meditações, cap.18
O caminho para Jerusalém
O peso da nossa fragilidade faz-nos pender para as realidades deste mundo; o fogo do Teu amor, Senhor, eleva-nos e transporta-nos para as realidades do alto, para as quais ascendemos pelo impulso do coração, cantando os salmos das subidas e ardendo com o fogo da Tua bondade, que nos transporta.
Para onde nos fazes ascender assim? Para a paz da Jerusalém celeste. «Alegrei-me quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor» (Sl 121, 1). Só o desejo de aí morar para sempre nos permitirá lá chegar. Enquanto estamos neste corpo, encaminhamo-nos para Ti. Não temos aqui em baixo cidade permanente, procuramos sem cessar a nossa morada na cidade futura (Heb 13, 14). Que a Tua graça me conduza, Senhor, ao fundo do meu coração, para aí cantar o Teu amor, meu Rei e meu Deus. [...] E, recordando-me desta Jerusalém celeste, o meu coração ascenderá para Jerusalém, a minha verdadeira pátria, Jerusalém, a minha verdadeira mãe (Gl 4, 26), da qual Tu és rei, luz, defensor, protector e pastor, da qual és a inalterável alegria, e a Tua bondade é a fonte de todos os seus inefáveis bens. Tu, meu Deus e minha misericórdia divina.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 28 de Setembro de 2010
São Lucas 9,51-56
51 Aconteceu que, aproximando-se o tempo da Sua partida deste mundo, dirigiu-Se resolutamente para Jerusalém,52 e enviou adiante de Si mensageiros, que entraram numa aldeia de samaritanos para Lhe prepararem pousada.53 Não O receberam, por dar mostras de que ia para Jerusalém.54 Vendo isto, os Seus discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu que os consuma?».55 Ele, porém, voltando-Se para eles, repreendeu-os.56 E foram para outra povoação.
51 Aconteceu que, aproximando-se o tempo da Sua partida deste mundo, dirigiu-Se resolutamente para Jerusalém,52 e enviou adiante de Si mensageiros, que entraram numa aldeia de samaritanos para Lhe prepararem pousada.53 Não O receberam, por dar mostras de que ia para Jerusalém.54 Vendo isto, os Seus discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu que os consuma?».55 Ele, porém, voltando-Se para eles, repreendeu-os.56 E foram para outra povoação.