"retrocesso civilizacional" ?, realmente expressão digna da ‘silly season’, isto para ser moderado

Em Portugal, as polémicas da silly season são iguaizinhas às do resto do ano. Veja-se, por exemplo, a fúria de nove (nove!) associações gay face à supressão de um beijo entre dois rapazes numa telenovela da TVI, cena filmada e não transmitida.

Embora as associações falem em "retrocesso civilizacional", a mim parece-me um avanço. Desde logo, porque a intromissão do activismo nas empresas privadas legitima a intromissão das empresas privadas no activismo. Assim, é perfeitamente aceitável que a TVI (ou quem calhar) comece a aliviar-se de uns palpites acerca da coreografia das paradas gay ou de juízos de valor so- bre o espectáculo que as mesmas constituem.

Porém, a principal consequência a retirar da polémica é óbvia: à medida que alcançam as suas reivindicações, as lutas pelos direitos civis acabam em caricaturas de si próprias. Em questão de décadas, o feminismo saltou da exigência do voto para a queima de sutiãs e o combate pela igualdade racial deslizou das conquistas justas para o folclore delinquente dos Panteras Negras e afins.

No caso dos homossexuais, as paradas do "orgulho" já eram sintoma da escassez de objectivos. Mas a consumação desses pináculos da modernidade que foram a legalização do casamento e, em breve, a legalização da adopção, indiciam que os activistas do ramo estão aqui, estão sem objectivo nenhum, excepto o de reclamar a expulsão da criança que chamou "maricas" ao colega da escola. Ou o de tentar censurar a crítica negativa ao último disco de Elton John.

Ou pior: quando uma associação cívica chega ao ponto de acompanhar os ‘Morangos com Açúcar’ à cata de ofensas, é altura de bater com a porta e pedir a dissolução. Vezes nove. Além do mais, ver telenovelas é demasiado efeminado até para os padrões em causa. Pobre causa.

Alberto Gonçalves

(Fonte: DN online, título da responsabilidade de JPR)

A esperança e o amor desinteressado de que os santos são modelo: na alocução do Papa ao meio-dia, em Castelgandolfo, antes do Angelus dominical


Vídeo em espanhol

Um apelo a viver na esperança que se fundamenta em Deus e seguindo a lógica do amor, a exemplo dos santos que comemoramos nestes dias – esta a mensagem de Bento XVI, neste domingo ao meio-dia, por ocasião do Angelus, em Castelgandolfo. Partindo, como habitualmente, do Evangelho do dia, o Santo Padre comentou “as palavras de Jesus sobre o valor da pessoa aos olhos de Deus e sobre a inutilidade das preocupações terrenas”, logo advertindo que “não se trata de um elogio do desinteresse e de um menos empenho”, pelo contrário:

“Escutando o convite tranquilizador de Jesus ‘Não temais, pequeno rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino’, o nosso coração abre-se a uma esperança que ilumina e transforma a vida. A porta obscura do tempo, do futuro, encontra-se aberta de par em par. Quem tem esperança vive de um modo diferente; foi-lhe dada uma vida nova”.

A Carta aos Hebreus (segunda leitura da Missa) apresenta a figura de Abraão, que avança com coração confiante em direcção à esperança que Deus lhe abre… E Jesus, no Evangelho, através de três parábolas, ilustra como o facto de aguardar a realização da ‘jubilosa esperança’, a sua vinda deve impulsionar ainda mais a uma vida intensa, cheia de boas obras…

“É um convite a usar as coisas sem egoísmo, sede de posse ou de domínio, mas segundo a lógica de Deus, a lógica da atenção ao outro, a lógica do amor: como escreve sinteticamente Romano Guardini, ‘na forma de uma relação: a partir de Deus, em vista de Deus’.”

Foi na segunda parte da sua alocução que Bento XVI se referiu aos santos comemorados nestes dias, e que, precisamente, souberam viver a sua vida a partir de Deus e em vista de Deus: neste domingo, 8 de Agosto, São Domingos, do século XIII; quarta, 11, Santa Clara, seu contemporâneo; já a 10 de Agosto, São Lourenço, mártir do século III; e finalmente, dois outros mártires do século XX que partilharam o mesmo destino em Auschwitz:

“A 9 de Agosto recordaremos a Santa carmelita Teresa Benta da Cruz, Edith Stein, e no dia 14 o padre franciscano Maximiliano Maria Kolbe, fundador da Milícia de Maria Imaculada. Ambos atravessam o obscuro período da II Guerra Mundial, sem nunca perder de vista a esperança, o Deus da vida e do amor”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría nesta data em 1956


Escreve numa carta aos seus filhos: “Todos os membros do Opus Dei – sacerdotes e leigos, Numerários e Oblatos (Agregados) e Supranumerários, homens e mulheres, solteiros e casados – têm a mesma vida espiritual: não há excepções. Temos um só e uma só panela”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

A vista de Bento XVI ao Reino Unido em Setembro

O coordenador da visita do Papa a Inglaterra, o Pe. Andrew Summersgill, rejeita a ideia de que os fiéis terão que pagar para ver Bento XVI.

Em entrevista à Rádio Vaticano, aquele responsável fala “num contributo de solidariedade e não, como se tem ouvido em algumas partes, de um bilhete que tem de se comprar para participar nas celebrações”.

Recorde-se que Bento XVI vai iniciar o seu percurso pelo Reino Unido com uma passagem pela Escócia, onde irá celebrar missa dia 16, em Bellahouston Park, na cidade de Glasgow.

Nos dias 18 e 19, durante a sua visita à Inglaterra, irá efectuar duas celebrações públicas: uma vigília de oração, em Hyde Park, Londres; e a beatificação do Cardeal Newman, em Cofton Park, na cidade de Birmingham.

Andrew Summersgill refere ainda que “o contributo será igual para todos, corresponde a um acto de solidariedade, e nós não o pedimos às pessoas, individualmente. As dioceses podem fazer esse contributo, ou as paróquias”.

O principal objectivo é “cobrir custos de transporte, especialmente para Cofton e Bellahouston, e alguns dos custos em torno da gestão do tráfego, que acontece quando se trata de um grande número de pessoas, sem mencionar o processo de acreditação segura, necessário para as pessoas entrarem nos locais".

A organização revelou ainda que já foi preparado o chamado «passaporte do peregrino», com todas as informações que as pessoas vão necessitar, para participarem nas jornadas e celebrações que compõem a visita papal.

Em declarações expressas no site oficial da visita, em www.thepapalvisit.org.uk, o responsável explica que “o material já foi concluído e enviado para as impressoras, para preparação e inclusão nos kits de peregrinos”, que serão distribuídos para o efeito.

O kit do peregrino irá incluir um manual com indicações para chegar ao local, um CD comemorativo e um postal.

Para receberem os kits, as pessoas terão que comunicar a sua vontade aos responsáveis diocesanos respectivos, até ao início de Setembro.

A organização declara ainda que todos aqueles que quiserem ir assistir às celebrações religiosas deverão fazê-lo integrados nos diversos grupos ou movimentos católicos.

(Fonte: site Rádio Renascença)

Hino


Que importa se é tão longe, para mim,
A praia aonde tenho de chegar,
Se sobre mim levar constantemente
Poisada a clara luz do teu olhar?

Nem sempre Te pedi como hoje peço
Para seres a luz que me ilumina;
Mas sei que ao fim terei abrigo e acesso
Na plenitude da tua luz divina.

Esquece os meus passos mal andados,
Meu desamor perdoa e meu pecado.
Eu sei que vai raiar a madrugada
E não me deixarás abandonado.

Se Tu me dás a mão, não terei medo,
Meus passos serão firmes no andar.
Luz terna, suave, leva-me mais longe:
Basta-me um passo para a Ti chegar.


(Fonte: site ‘Paróquias de Portugal’)

Tema para breve reflexão - Apego aos bens

Muitas vezes, no meio das maiores dificuldades e carência económicas, o difícil é manter uma atitude de verdadeiro desprendimento e resistir, por muito que custe, ao apego “ao que não se tem”.

(AMA, Diário, 2005.04.12)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/