O Centro Jurídico Tomás Moro, a Associação Nacional para a Defesa da Objecção de Consciência, Direito a Viver e HazteOir.org, apresentaram uma guia de objecção de consciência ao aborto para médicos e profissionais da área da saúde, para defender este direito constitucional e obrigação deontológica destes profissionais.
Do mesmo modo, o Centro Jurídico Tomás Moro criou um grupo de trabalho para assessorar os profissionais sanitários sobre seu direito à objecção de consciência e para "assessorar e defender todas as mulheres vítimas da violência abortiva que padeçam um síndrome pós-aborto, mediante a reclamação de indemnizações de danos e prejuízos às clínicas abortivas e à administração sanitária".
Indicou que neste drama existem três vítimas: a criança não nascida, a mãe e o serviço médico que se vê forçado legalmente a colaborar no aborto.
Do mesmo modo, o Centro propôs ampliar a objecção de consciência à realização do diagnóstico pré-natal, com o fim de evitar os abortos eugénicos, pois esta prática regulada pela lei "necessita de um prévio relatório, quer dizer, de um diagnóstico pré-natal".
"O relatório do Conselho de Estado ante a nova lei de aborto, já alertava sobre a vinculação entre diagnostico pré-natal e aborto eugénico, recordando que tal causa de aborto é contrária ao ordenamento jurídico internacional assinado pela Espanha, por constituir uma discriminação por motivos de saúde", acrescentou o centro jurídico.
Finalmente, expressou seu apoio aos médicos cujo direito à objecção de consciência foi violado, e insistiu ao pessoal sanitário "a defenderem de forma activa o direito à vida".
"A defesa da vida não só é uma obrigação do Estado e das instituições públicas, também é um compromisso de todos os cidadãos", recordou.
Mais informação em espanhol: www.tomas-moro.org
(Fonte: ‘ACI Digital’)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Pacto social justo
No debate parlamentar sobre o estado da Nação a 15 de Julho, o senhor primeiro-ministro afirmou: "Portugal pode orgulhar-se do caminho que está a fazer, em dimensões absolutamente essenciais para a coesão social (...), a redução da pobreza e das desigualdades." A razão da insólita tirada veio de o INE ter convenientemente publicado nesse dia os resultados provisórios do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento. Isso permitiu a José Sócrates assegurar que, "em 2009 (com base nos rendimentos de 2008), Portugal alcançou a mais baixa taxa de pobreza de sempre, desde que existe a série: 17,9%". Segundo o PM, "esta evolução só tem um significado. Ela quer dizer que políticas reformistas, que discriminam positivamente aqueles que mais necessitam, com critério e fiscalização, produzem realmente efeitos".
Esta declaração só tem um significado: o estado do debate político ainda é pior que o estado da Nação. É difícil conceber um responsável sensato e experiente a cair em tal tolice. Louvar-se por sucessos com dois anos de atraso, precisamente no tema onde esses anos criaram as piores perdas, é grotesco.
Os números divulgados são alheios à realidade social. É excelente que a taxa de pobreza tenha descido de 2004 a 2008. Infelizmente, isso hoje é irrelevante, porque a trajectória se inverteu. O ano de 2008, a que se referem os valores agora publicados, terminou com desemprego de 7,8%, que entretanto saltou para os 10,6%. Os 150 mil novos desempregados fazem toda a diferença. Isso é evidente em múltiplos indicadores, mesmo que tenhamos ainda de esperar dois anos pelas estatísticas oficiais provisórias. Perante tão triste quadro, elogiar ganhos obsoletos seria amarga ironia se não fosse inconsciência.
Aliás, por razões orçamentais, o mesmo Estado tem cortado o acesso ao subsídio de desemprego e outros apoios, como o mesmo discurso admite de forma subtil: "Intensificámos a fiscalização das prestações sociais." Mas não toca nas obras megalómanas, assegurando "os investimentos nas infra-estruturas que nos aproximam do centro da Europa: as infra-estruturas em logística, nos portos e no transporte marítimo, na alta velocidade ferroviária, na conclusão do plano rodoviário, no novo aeroporto internacional". Estas são prioridades políticas.
A situação é grave e paradoxal. Portugal vive séria emergência social com crescente pobreza. A crise atinge naturalmente os estratos mais desfavorecidos e os mecanismos do Estado, mesmo poderosos, estão manietados. A Segurança Social construiu para si ao longo de décadas um papel indispensável de apoio, mesmo quando boa parte das suas verbas é canalizada para instituições solidárias que fazem o trabalho social directo. Agora, por opções orçamentais, o formidável mecanismo perde agilidade no momento mais delicado.
É em situações destas que se vê a elevação do tecido social e cultural de um povo. Quando o Estado falha, os pobres sabem a quem se dirigir: a Igreja.
Uma semana depois do debate, o Conselho Consultivo da Pastoral Social na reunião extraordinária de 22 de Julho apelou a "um pacto social sustentado e justo para fazer face à dramática situação económica do País". Sem ilusões, "este apelo, precisou, é feito a todos os cidadãos, dado que o Estado é muito impotente".
Face às recentes medidas do Governo, o presidente D. Carlos Azevedo teve de fazer um aviso de elementar bom senso: "Eventuais abusos na utilização do rendimento social de inserção não justificam cortes nesta prestação social", que é "um contributo fundamental para muitas situações graves". Pelo seu lado, a Igreja propõe-se criar um "novo 'fundo' conjunto para apoiar a população mais necessitada".
Face à miséria, a sociedade tem de se libertar da tutela pública e assumir o seu papel. D. Carlos fez quatro apelos: "Cada paróquia, congregação, movimento inclua no seu plano pastoral a atenção às pessoas mais afectadas pela crise, denuncie injustiças locais, exija empenhamento político da administração pública, motive a comunidade para a partilha dos bens."
João César das Neves
(Fonte: DN online)
Esta declaração só tem um significado: o estado do debate político ainda é pior que o estado da Nação. É difícil conceber um responsável sensato e experiente a cair em tal tolice. Louvar-se por sucessos com dois anos de atraso, precisamente no tema onde esses anos criaram as piores perdas, é grotesco.
Os números divulgados são alheios à realidade social. É excelente que a taxa de pobreza tenha descido de 2004 a 2008. Infelizmente, isso hoje é irrelevante, porque a trajectória se inverteu. O ano de 2008, a que se referem os valores agora publicados, terminou com desemprego de 7,8%, que entretanto saltou para os 10,6%. Os 150 mil novos desempregados fazem toda a diferença. Isso é evidente em múltiplos indicadores, mesmo que tenhamos ainda de esperar dois anos pelas estatísticas oficiais provisórias. Perante tão triste quadro, elogiar ganhos obsoletos seria amarga ironia se não fosse inconsciência.
Aliás, por razões orçamentais, o mesmo Estado tem cortado o acesso ao subsídio de desemprego e outros apoios, como o mesmo discurso admite de forma subtil: "Intensificámos a fiscalização das prestações sociais." Mas não toca nas obras megalómanas, assegurando "os investimentos nas infra-estruturas que nos aproximam do centro da Europa: as infra-estruturas em logística, nos portos e no transporte marítimo, na alta velocidade ferroviária, na conclusão do plano rodoviário, no novo aeroporto internacional". Estas são prioridades políticas.
A situação é grave e paradoxal. Portugal vive séria emergência social com crescente pobreza. A crise atinge naturalmente os estratos mais desfavorecidos e os mecanismos do Estado, mesmo poderosos, estão manietados. A Segurança Social construiu para si ao longo de décadas um papel indispensável de apoio, mesmo quando boa parte das suas verbas é canalizada para instituições solidárias que fazem o trabalho social directo. Agora, por opções orçamentais, o formidável mecanismo perde agilidade no momento mais delicado.
É em situações destas que se vê a elevação do tecido social e cultural de um povo. Quando o Estado falha, os pobres sabem a quem se dirigir: a Igreja.
Uma semana depois do debate, o Conselho Consultivo da Pastoral Social na reunião extraordinária de 22 de Julho apelou a "um pacto social sustentado e justo para fazer face à dramática situação económica do País". Sem ilusões, "este apelo, precisou, é feito a todos os cidadãos, dado que o Estado é muito impotente".
Face às recentes medidas do Governo, o presidente D. Carlos Azevedo teve de fazer um aviso de elementar bom senso: "Eventuais abusos na utilização do rendimento social de inserção não justificam cortes nesta prestação social", que é "um contributo fundamental para muitas situações graves". Pelo seu lado, a Igreja propõe-se criar um "novo 'fundo' conjunto para apoiar a população mais necessitada".
Face à miséria, a sociedade tem de se libertar da tutela pública e assumir o seu papel. D. Carlos fez quatro apelos: "Cada paróquia, congregação, movimento inclua no seu plano pastoral a atenção às pessoas mais afectadas pela crise, denuncie injustiças locais, exija empenhamento político da administração pública, motive a comunidade para a partilha dos bens."
João César das Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría nesta data em 1933
Neste dia escreve: “Brilhar como uma estrela?… Ânsia de altura e de ser luz acesa no Céu? Melhor: queimar como uma tocha, escondido, pegando o teu fogo a tudo aquilo em que tocas. – Este é o teu apostolado; para isso estás na Terra”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bispos espanhóis: Lei do aborto NÃO é moralmente vinculativa e a humanidade arrepender-se-á dela assim como se arrependeu da legalização da escravatur
O Episcopado espanhol continuam a manifestar-se contra a Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e “Interrupção Voluntária da Gravidez” (a nova lei do aborto) após a sua entrada em vigor há três semanas e recordam que a legislação é uma norma que não pode ser moralmente vinculativa e de cuja aplicação a Humanidade acabará arrependendo-se, como se envergonha hoje da escravidão.
Assim expressaram os prelados espanhóis em distintos actos públicos desde a entrada em vigor da lei, no passado dia 5 de Julho, quando a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) divulgou um documento no qual assegurava que a norma é "objectivamente incompatível com a recta consciência moral" que além disso, leva o sistema educativo espanhol "à ideologia abortista e de género".
As últimas declarações neste sentido foram protagonizadas na passada sexta-feira pelo Presidente do Episcopado e Arcebispo de Madrid, Cardeal Antonio María Rouco Varela, durante os cursos do verão da Fundação Universidade Rei Juan Carlos em Aranjuez (Madrid), onde assegurou que "as sociedades europeias entraram num caminho fatal de um radical não à vida".
"O que se pode esperar do futuro destas sociedades europeias a não ser decadência física e espiritual e progressivo desaparecimento de suas culturas?", perguntou o Cardeal.
Na mesma linha, o prefeito para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal espanhol Antonio Cañizares, assegurou na sexta-feira no mesmo contexto que "a sociedade não está obrigada a cumprir" a lei do aborto porque "não é moralmente vinculativa" já que "as leis que não protegem a vida ou vão contra ela não são respeitáveis".
Por sua parte, o Arcebispo Emérito de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo, comparou recentemente, nos cursos do verão do Museu Escorial, o aborto com a acção de destruir um ninho no qual vivem as crias de uma espécie em extinção para criticar que o segundo pode terminar na prisão enquanto o primeiro se ampara legalmente. "A pessoa e a vida são intocáveis desde o primeiro momento de sua existência até o final", assegura.
Além disso, o Arcebispo de Zaragoza, D. Manuel Ureña, defendeu a necessidade de falar do aborto não só desde o âmbito da política mas também "com toda a sociedade", para o qual os bispos das diocese aragonesas assinaram uma carta pastoral que "grita e proclama a intangibilidade da vida humana".
Neste sentido, o Arcebispo de Valência, D. Carlos Osoro, afirmou que a defesa da vida é "uma exigência social" e advertiu que "no fundo das legislações que apresentam a vida como uma ameaça, pode apreciar um forte egoísmo". Além disso, insistiu que o mandamento 'não matarás' deve ser "o ponto de partida".
Definitivamente, a norma contará "sempre com a oposição da Igreja", como se encarregou que recordar também nos últimos dias o Arcebispo de Toledo, D. Braulio Rodríguez Plaza, para incidir em que nunca a Instituição poderá dizer que se trata de uma lei justa.
A mesma voz chega do Vaticano, cujo presidente da Pontifícia Academia para a Vida, D. Ignácio Carrasco de Paula, denunciou a "insensibilidade moral" da lei, que apresenta o aborto como um direito e que, portanto, é "um absurdo".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
Assim expressaram os prelados espanhóis em distintos actos públicos desde a entrada em vigor da lei, no passado dia 5 de Julho, quando a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) divulgou um documento no qual assegurava que a norma é "objectivamente incompatível com a recta consciência moral" que além disso, leva o sistema educativo espanhol "à ideologia abortista e de género".
As últimas declarações neste sentido foram protagonizadas na passada sexta-feira pelo Presidente do Episcopado e Arcebispo de Madrid, Cardeal Antonio María Rouco Varela, durante os cursos do verão da Fundação Universidade Rei Juan Carlos em Aranjuez (Madrid), onde assegurou que "as sociedades europeias entraram num caminho fatal de um radical não à vida".
"O que se pode esperar do futuro destas sociedades europeias a não ser decadência física e espiritual e progressivo desaparecimento de suas culturas?", perguntou o Cardeal.
Na mesma linha, o prefeito para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal espanhol Antonio Cañizares, assegurou na sexta-feira no mesmo contexto que "a sociedade não está obrigada a cumprir" a lei do aborto porque "não é moralmente vinculativa" já que "as leis que não protegem a vida ou vão contra ela não são respeitáveis".
Por sua parte, o Arcebispo Emérito de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo, comparou recentemente, nos cursos do verão do Museu Escorial, o aborto com a acção de destruir um ninho no qual vivem as crias de uma espécie em extinção para criticar que o segundo pode terminar na prisão enquanto o primeiro se ampara legalmente. "A pessoa e a vida são intocáveis desde o primeiro momento de sua existência até o final", assegura.
Além disso, o Arcebispo de Zaragoza, D. Manuel Ureña, defendeu a necessidade de falar do aborto não só desde o âmbito da política mas também "com toda a sociedade", para o qual os bispos das diocese aragonesas assinaram uma carta pastoral que "grita e proclama a intangibilidade da vida humana".
Neste sentido, o Arcebispo de Valência, D. Carlos Osoro, afirmou que a defesa da vida é "uma exigência social" e advertiu que "no fundo das legislações que apresentam a vida como uma ameaça, pode apreciar um forte egoísmo". Além disso, insistiu que o mandamento 'não matarás' deve ser "o ponto de partida".
Definitivamente, a norma contará "sempre com a oposição da Igreja", como se encarregou que recordar também nos últimos dias o Arcebispo de Toledo, D. Braulio Rodríguez Plaza, para incidir em que nunca a Instituição poderá dizer que se trata de uma lei justa.
A mesma voz chega do Vaticano, cujo presidente da Pontifícia Academia para a Vida, D. Ignácio Carrasco de Paula, denunciou a "insensibilidade moral" da lei, que apresenta o aborto como um direito e que, portanto, é "um absurdo".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
Tema para breve reflexão - Férias
Neste período estival muitos deixaram a cidade e encontram-se em localidades turísticas ou nos países de origem para as suas férias. Desejo-lhes que esta pausa de repouso esperada sirva para restabelecer a mente e o corpo, submetidos todos os dias a contínuas canseiras e desgaste, devido ao andamento frenético da existência moderna. As férias constituem também uma preciosa oportunidade para passar mais tempo com os familiares, para reencontrar parentes e amigos, numa palavra, para dar mais espaço àqueles contactos humanos que o ritmo dos compromissos de todos os dias impede que se cultive como se gostaria. Certamente nem todos podem usufruir de um tempo de férias e não são poucos os que são obrigados a renunciar a elas por vários motivos. Penso de modo particular em quem está só, os idosos e os doentes que com frequência, neste período, sofrem ainda mais a solidão. Gostaria de manifestar a estes nossos irmãos e irmãs a minha proximidade Espiritual desejando de coração que a nenhum deles faltem o apoio e o conforto de pessoas amigas.
O tempo das férias torna-se para muitos ocasião proveitosa para encontros culturais, para momentos prolongados de oração e de contemplação em contacto com a natureza ou em mosteiros e estruturas religiosas. Dispondo de mais tempo livre podemos dedicar-nos com mais facilidade ao diálogo com Deus, à meditação da Sagrada Escritura e à leitura dalgum livro formativo. Quem faz a experiência deste repouso do espírito, sabe como ele é útil para não reduzir as férias simplesmente a distracções e divertimentos. A participação fiel à celebração eucarística dominical ajuda a sentir-se parte viva da comunidade eclesial também quando se está fora da própria paróquia. Onde quer que nos encontremos, temos sempre necessidade de nos alimentarmos da Eucaristia.
(BENTO XVI, Angelus, Castelgandolfo, 2006.08.25)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
O tempo das férias torna-se para muitos ocasião proveitosa para encontros culturais, para momentos prolongados de oração e de contemplação em contacto com a natureza ou em mosteiros e estruturas religiosas. Dispondo de mais tempo livre podemos dedicar-nos com mais facilidade ao diálogo com Deus, à meditação da Sagrada Escritura e à leitura dalgum livro formativo. Quem faz a experiência deste repouso do espírito, sabe como ele é útil para não reduzir as férias simplesmente a distracções e divertimentos. A participação fiel à celebração eucarística dominical ajuda a sentir-se parte viva da comunidade eclesial também quando se está fora da própria paróquia. Onde quer que nos encontremos, temos sempre necessidade de nos alimentarmos da Eucaristia.
(BENTO XVI, Angelus, Castelgandolfo, 2006.08.25)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santo Hilário (c. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Mateus, 14, 12 (a partir da trad. Matthieu commenté, DDB 1985, p. 100 rev.)
«Ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção»
Após ter tomado os cinco pães, o Senhor ergueu o Seu olhar para o céu para honrar Aquele de Quem Ele próprio tem o ser. Não necessitava de olhar o Pai com os Seus olhos humanos; mas quis fazer compreender aos que estavam presentes que tinha recebido a capacidade de realizar um acto que exigia tão grande poder. Seguidamente, dá os pães aos Seus discípulos. Não é por multiplicação que os cinco pães se transformam em muitos mais. Os pedaços sucedem-se e enganam quem os parte; é como se tivessem sido partidos anteriormente! A matéria continua a estender-se. [...]
Por conseguinte não vos surpreenda que as fontes corram, que haja cachos nas cepas da vinha, que riachos de vinho escorram desses cachos. Os recursos da terra sucedem-se ao longo do ano, de acordo com um ritmo indestrutível. Uma tal multiplicação de pães revela a acção do autor do universo. Normalmente, Ele impõe um limite a semelhante crescimento, pois conhece a fundo as leis da matéria. Na criação visível, opera-se um trabalho invisível. O mistério da acção presente é obra do Senhor dos mistérios celestiais. O poder d'Aquele que age excede toda a natureza, e o método deste Poder ultrapassa a compreensão do facto. Só permanece a admiração por esse poder.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Comentário sobre o Evangelho de Mateus, 14, 12 (a partir da trad. Matthieu commenté, DDB 1985, p. 100 rev.)
«Ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção»
Após ter tomado os cinco pães, o Senhor ergueu o Seu olhar para o céu para honrar Aquele de Quem Ele próprio tem o ser. Não necessitava de olhar o Pai com os Seus olhos humanos; mas quis fazer compreender aos que estavam presentes que tinha recebido a capacidade de realizar um acto que exigia tão grande poder. Seguidamente, dá os pães aos Seus discípulos. Não é por multiplicação que os cinco pães se transformam em muitos mais. Os pedaços sucedem-se e enganam quem os parte; é como se tivessem sido partidos anteriormente! A matéria continua a estender-se. [...]
Por conseguinte não vos surpreenda que as fontes corram, que haja cachos nas cepas da vinha, que riachos de vinho escorram desses cachos. Os recursos da terra sucedem-se ao longo do ano, de acordo com um ritmo indestrutível. Uma tal multiplicação de pães revela a acção do autor do universo. Normalmente, Ele impõe um limite a semelhante crescimento, pois conhece a fundo as leis da matéria. Na criação visível, opera-se um trabalho invisível. O mistério da acção presente é obra do Senhor dos mistérios celestiais. O poder d'Aquele que age excede toda a natureza, e o método deste Poder ultrapassa a compreensão do facto. Só permanece a admiração por esse poder.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 2 de Agosto de 2010
São Mateus 14,13-21
13 Tendo Jesus ouvido isto, retirou-Se dali numa barca para um lugar solitário afastado; mas as turbas, tendo sabido isto, seguiram-n'O das cidades, a pé.14 Ao sair da barca, viu Jesus uma grande multidão, e teve compaixão e curou os seus enfermos.15 Ao cair da tarde, aproximaram-se d'Ele os discípulos, dizendo: «Este lugar é deserto e a hora é já adiantada; deixa ir esta gente, para que, indo às aldeias, compre de comer».16 Mas Jesus disse-lhes: «Não têm necessidade de ir; dai-lhes vós mesmos de comer».17 Responderam-Lhe: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes».18 Ele disse-lhes: «Trazei-mos cá».19 E depois de ter mandado à multidão que se sentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, pronunciou a bênção e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.20 Comeram todos, e saciaram-se; e recolheram doze cestos cheios dos bocados que sobejaram.21 Ora o número dos que tinham comido era de uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
13 Tendo Jesus ouvido isto, retirou-Se dali numa barca para um lugar solitário afastado; mas as turbas, tendo sabido isto, seguiram-n'O das cidades, a pé.14 Ao sair da barca, viu Jesus uma grande multidão, e teve compaixão e curou os seus enfermos.15 Ao cair da tarde, aproximaram-se d'Ele os discípulos, dizendo: «Este lugar é deserto e a hora é já adiantada; deixa ir esta gente, para que, indo às aldeias, compre de comer».16 Mas Jesus disse-lhes: «Não têm necessidade de ir; dai-lhes vós mesmos de comer».17 Responderam-Lhe: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes».18 Ele disse-lhes: «Trazei-mos cá».19 E depois de ter mandado à multidão que se sentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, pronunciou a bênção e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.20 Comeram todos, e saciaram-se; e recolheram doze cestos cheios dos bocados que sobejaram.21 Ora o número dos que tinham comido era de uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.