sábado, 17 de abril de 2010
Coragem perante o desconhecido e confiança inquebrantável na misteriosa providencia de Deus: Bento XVI, esta tarde em Malta
Depois da visita de cortesia ao Presidente da Republica no Palácio presidencial, e o encontro com as autoridades civis, Bento XVI deslocou-se de automóvel para a Igreja de São Paulo em Rabat onde foi acolhido pelo pároco que depois o acompanhou até ao interior da Igreja onde se encontram cerca de 250 missionários . Depois de um momento de oração silenciosa diante do Santíssimo Sacramento o Papa dirigiu-se para a adjacente capela do Santuário, descendo depois as escadarias que o conduziram á Gruta de São Paulo. Esta Gruta é considerada uma pedra miliar da Igreja em Malta, visto que o Apostolo Paulo, depois do seu naufrágio, ali passou três meses de pregação. A Gruta tornou-se ponto de referencia para a primeira comunidade cristã.
No final da sua visita, e já no átrio da gruta, Bento XVI sublinhou o facto de a sua peregrinação a Malta ter iniciado com um momento de oração silenciosa na Gruta de São Paulo, que pela primeira vez levou a fé àquelas ilhas.
O naufrágio de Paulo e a sua paragem durante três meses em Malta deixaram um sinal indelével na historia do vosso país, disse o Papa, salientando que as suas palavras aos companheiros de viagem antes de chegar a Malta “em qualquer ilha havemos de encalhar” no contexto original são um convite à coragem perante o desconhecido e a confiança inquebrantável na misteriosa providencia de Deus.
Bento XVI mencionou depois o grande numero de padres e religiosos que imitaram o zelo missionário de São Paulo Deixando Malta para levar o Evangelho a localidades distantes. O Papa agradeceu-lhes em nome de toda a Igreja, pelo seu testemunho do Senhor Ressuscitado e pelas vidas que gastaram ao serviço dos outros.
No seu discurso Bento XVI sublinhou depois que a chegada de São Paulo II a Malta não estava programada. Paulo que encontrara de maneira dramática o Senhor Ressuscitado no caminho de Damasco, era sensível aos acontecimentos imprevisto preparados por Deus. O decurso da sua vida mudou improvisamente; cada uma das suas acções e pensamentos eram dirigidos a anunciar o mistério da cruz e a sua mensagem de amor de Deus que reconcilia.
A palavras do Evangelho, ainda hoje tem o poder de fazer irrupção nas nossas vidas e de mudar o seu curso até à conversão, a uma nova vida e a um futuro de esperança….
Vivei a vossa fé de maneira ainda mais plena juntamente com os membros das vossas famílias, dos vossos amigos, nos vossos bairros, nos lugares de trabalho e no inteiro tecido da sociedade maltesa. De maneira particular o Papa exortou os pais, professores e catequistas a falarem aos outros do seu próprio encontro vivo com Jesus ressuscitado, especialmente aos jovens que são o futuro de Malta.
A concluir, e já numa perspectiva mais universal, Bento XVI deixou algumas interrogações: perante as tantas ameaças à sacralidade da vida humana, à dignidade do matrimónio e da família, os nossos contemporâneos não precisam de serem constantemente chamados à grandeza da nossa dignidade de filhos de Deus e à vocação sublime que recebemos em Cristo? Não precisa por acaso a sociedade de apropriar-se de novo e de defender aquelas verdades morais fundamentais que estão na base da liberdade autentica e do progresso genuíno
(Fonte: site Radio Vaticana)
No Cálice consagrado está Cristo vivo - O culto nunca pode nascer da fantasia
Discurso de Bento XVI aos Bispos do Regional Norte 2 da CNBB em visita "ad limina"
Na celebração da missa Cristo está realmente vivo, por isso "o culto nunca pode nascer da nossa fantasia". Afirmou Bento XVI dirigindo-se aos Bispos do Regional Norte 2 da CNBB recebidos em audiência colectiva na manhã de quinta-feira, 15 de Abril, por ocasião da visita "ad limina Apostolorum". No início do encontro o Presidente do Regional saudou em nome de todos o Papa.
Amados Irmãos no Episcopado!
A vossa visita ad limina tem lugar no clima de louvor e júbilo pascal que envolve a Igreja inteira, adornada com os fulgores da luz de Cristo Ressuscitado. Nele, a humanidade ultrapassou a morte e completou a última etapa do seu crescimento entrando nos Céus (cf. Ef 2, 6). Agora Jesus pode livremente retornar sobre os seus passos e encontrar-Se como, quando e onde quiser com seus irmãos. Em seu nome, apraz-me acolher-vos, devotados pastores da Igreja de Deus peregrina no Regional Norte 2 do Brasil, com a saudação feita pelo Senhor quando se apresentou vivo aos Apóstolos e companheiros: "A paz esteja convosco" (Lc 24, 36).
A vossa presença aqui tem um sabor familiar, parecendo reproduzir o final da história dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 33-35): viestes narrar o que se passou no caminho feito com Jesus pelas vossas dioceses disseminadas na imensidão da região amazónica, com as suas paróquias e outras realidades que as compõe como os movimentos e novas comunidades e as comunidades eclesiais de base em comunhão com o seu bispo (cf. Documento de Aparecida, 179). Nada poderia alegrar-me mais do que saber-vos em Cristo e com Cristo, como testemunham os relatórios diocesanos que me enviastes e que vos agradeço. Reconhecido estou de modo particular a D. Jesus Maria pelas palavras que acaba de me dirigir em nome vosso e do povo de Deus a vós confiado, sublinhando a sua fidelidade e adesão a Pedro. No regresso, assegurai-o da minha gratidão por tais sentimentos e da minha Bênção, acrescentando: "Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão" (Lc 24, 34).
Nesta aparição, palavras se as houve diluíram-se na surpresa de ver o Mestre redivivo, cuja presença diz tudo: Estive morto, mas agora vivo e vós vivereis por Mim (cf. Ap 1,18). E, por estar vivo e ressuscitado, Cristo pode tornar-Se "pão vivo" (Jo 6, 51) para a humanidade. Por isso sinto que o centro e a fonte permanente do ministério petrino estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão evangelizadora da Igreja. Podeis assim compreender a preocupação do Sucessor de Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados.
Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor. Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber... É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus segundo "a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na acção e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a acção à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos" (Const. Sacrosanctum Concilium, 2). Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora.
Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)! O mistério eucarístico é um "dom demasiado grande escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo ii para suportar ambiguidades e reduções", particularmente quando, "despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa" (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10). Subjacente a várias das motivações aduzidas, está uma mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem. Este, porém, "descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sente-se como que preso com cadeias" (Const. Gaudium et spes, 13). A confissão duma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de alienação e de pecado é vista por quantos partilham a visão deísta como integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade.
Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. "A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz" (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro.
"Fica connosco, Senhor!" (cf. Lc 24, 29): estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do XVI Congresso Eucarístico Nacional, daqui a um mês em Brasília, que deste modo verá o jubileu áureo da sua fundação enriquecido com o "ouro" da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado! Hoje e aqui, tudo isto desejo à esperançosa parcela deste Corpo que é o Regional Norte 2, ao conceder a cada um de vós, extensiva a quantos convosco colaboram e a todos os fiéis cristãos, a Bênção Apostólica.
(© L'Osservatore Romano - 17 de Abril de 2010)
Na celebração da missa Cristo está realmente vivo, por isso "o culto nunca pode nascer da nossa fantasia". Afirmou Bento XVI dirigindo-se aos Bispos do Regional Norte 2 da CNBB recebidos em audiência colectiva na manhã de quinta-feira, 15 de Abril, por ocasião da visita "ad limina Apostolorum". No início do encontro o Presidente do Regional saudou em nome de todos o Papa.
Amados Irmãos no Episcopado!
A vossa visita ad limina tem lugar no clima de louvor e júbilo pascal que envolve a Igreja inteira, adornada com os fulgores da luz de Cristo Ressuscitado. Nele, a humanidade ultrapassou a morte e completou a última etapa do seu crescimento entrando nos Céus (cf. Ef 2, 6). Agora Jesus pode livremente retornar sobre os seus passos e encontrar-Se como, quando e onde quiser com seus irmãos. Em seu nome, apraz-me acolher-vos, devotados pastores da Igreja de Deus peregrina no Regional Norte 2 do Brasil, com a saudação feita pelo Senhor quando se apresentou vivo aos Apóstolos e companheiros: "A paz esteja convosco" (Lc 24, 36).
A vossa presença aqui tem um sabor familiar, parecendo reproduzir o final da história dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 33-35): viestes narrar o que se passou no caminho feito com Jesus pelas vossas dioceses disseminadas na imensidão da região amazónica, com as suas paróquias e outras realidades que as compõe como os movimentos e novas comunidades e as comunidades eclesiais de base em comunhão com o seu bispo (cf. Documento de Aparecida, 179). Nada poderia alegrar-me mais do que saber-vos em Cristo e com Cristo, como testemunham os relatórios diocesanos que me enviastes e que vos agradeço. Reconhecido estou de modo particular a D. Jesus Maria pelas palavras que acaba de me dirigir em nome vosso e do povo de Deus a vós confiado, sublinhando a sua fidelidade e adesão a Pedro. No regresso, assegurai-o da minha gratidão por tais sentimentos e da minha Bênção, acrescentando: "Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão" (Lc 24, 34).
Nesta aparição, palavras se as houve diluíram-se na surpresa de ver o Mestre redivivo, cuja presença diz tudo: Estive morto, mas agora vivo e vós vivereis por Mim (cf. Ap 1,18). E, por estar vivo e ressuscitado, Cristo pode tornar-Se "pão vivo" (Jo 6, 51) para a humanidade. Por isso sinto que o centro e a fonte permanente do ministério petrino estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão evangelizadora da Igreja. Podeis assim compreender a preocupação do Sucessor de Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados.
Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor. Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber... É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus segundo "a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na acção e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a acção à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos" (Const. Sacrosanctum Concilium, 2). Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora.
Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)! O mistério eucarístico é um "dom demasiado grande escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo ii para suportar ambiguidades e reduções", particularmente quando, "despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa" (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10). Subjacente a várias das motivações aduzidas, está uma mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem. Este, porém, "descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sente-se como que preso com cadeias" (Const. Gaudium et spes, 13). A confissão duma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de alienação e de pecado é vista por quantos partilham a visão deísta como integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade.
Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. "A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz" (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro.
"Fica connosco, Senhor!" (cf. Lc 24, 29): estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do XVI Congresso Eucarístico Nacional, daqui a um mês em Brasília, que deste modo verá o jubileu áureo da sua fundação enriquecido com o "ouro" da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado! Hoje e aqui, tudo isto desejo à esperançosa parcela deste Corpo que é o Regional Norte 2, ao conceder a cada um de vós, extensiva a quantos convosco colaboram e a todos os fiéis cristãos, a Bênção Apostólica.
(© L'Osservatore Romano - 17 de Abril de 2010)
Bento XVI visita Malta neste Sábado e Domingo
Bento XVI vai estar em Malta este Sábado e Domingo, por ocasião dos 1950 anos do naufrágio de São Paulo que, de acordo com a narrativa do livro bíblico dos Actos dos Apóstolos, ocorreu nas costas daquela ilha mediterrânica.
À sua chegada, Bento XVI terá encontros com autoridades civis, visitando depois a Gruta de São Paulo, em Rabat.
No Domingo de manhã, o Papa celebrará Missa nas Granaries (em Floriana) e à tarde terá um encontro com os jovens, no cais do porto de La Valetta.
Bento XVI estará pouco mais de 24 horas em Malta, onde terá seis intervenções públicas, nesta que é a sua 14.ª viagem apostólica internacional e a oitava no continente europeu.
Uma visita que nasceu do desejo de Bento XVI visitar aqueles lugares onde há 1950 anos, investido por uma tempestade quando viajava para Roma, naufragou São Paulo, e onde o apostolo, em apenas três meses conseguiu criar uma comunidade cristã florescente.
Um lugar ideal do qual fazer partir aquela renovação dos dons do espírito sobre o povo de Deus, invocado varias vezes nestes dias pelo Papa, ferido pelos pecados e crimes de pedofilia, também da parte de alguns membros do clero e alvo de imponentes ataques mediáticos.
Emigração e valores cristãos são os temas indicados antes da partida, como temas privilegiados.
Bento XVI partirá do aeroporto de Roma Fiumicino, ás 15h25 . A chegada a Malta está prevista cerca das 17h00.
A tradição dos Cavaleiros de Malta está bem patente no rosto de uma Igreja solidária e atenta às necessidades dos últimos da sociedade, rica de instituições de caridade e de centros de educação, é ainda hoje a imagem que faz ressaltar o empenho dos seus padres e de muitos leigos que se dedicam ao voluntariado. Um sinal forte da configuração da realidade eclesial de hoje deve procurar-se na herança deixada sobretudo a partir dos séculos quinto e sexto na presença numerosa de monges e mais tarde, a partir do século XIV das congregações mendicantes : franciscanos, agostinhos, carmelitas , sem esquecer o papel dos jesuítas.
E hoje - como salientou recentemente o Núncio Apostólico D. Tomás Caputo, a vida espiritual nas paroquias, nos institutos religiosos e nos movimentos eclesiais continua a dar frutos a nível de vocações masculinas, enquanto que desde há 25 anos, escasseiam as vocações femininas. Os trinta e seis seminaristas no seminário maior de Malta e os 18 no seminário de Gozo, sem contar as dezenas de vocações para a vida religiosa, são um sinal da vitalidade de Igreja em Malta.
(Fonte: site Radio Vaticana)
À sua chegada, Bento XVI terá encontros com autoridades civis, visitando depois a Gruta de São Paulo, em Rabat.
No Domingo de manhã, o Papa celebrará Missa nas Granaries (em Floriana) e à tarde terá um encontro com os jovens, no cais do porto de La Valetta.
Bento XVI estará pouco mais de 24 horas em Malta, onde terá seis intervenções públicas, nesta que é a sua 14.ª viagem apostólica internacional e a oitava no continente europeu.
Uma visita que nasceu do desejo de Bento XVI visitar aqueles lugares onde há 1950 anos, investido por uma tempestade quando viajava para Roma, naufragou São Paulo, e onde o apostolo, em apenas três meses conseguiu criar uma comunidade cristã florescente.
Um lugar ideal do qual fazer partir aquela renovação dos dons do espírito sobre o povo de Deus, invocado varias vezes nestes dias pelo Papa, ferido pelos pecados e crimes de pedofilia, também da parte de alguns membros do clero e alvo de imponentes ataques mediáticos.
Emigração e valores cristãos são os temas indicados antes da partida, como temas privilegiados.
Bento XVI partirá do aeroporto de Roma Fiumicino, ás 15h25 . A chegada a Malta está prevista cerca das 17h00.
A tradição dos Cavaleiros de Malta está bem patente no rosto de uma Igreja solidária e atenta às necessidades dos últimos da sociedade, rica de instituições de caridade e de centros de educação, é ainda hoje a imagem que faz ressaltar o empenho dos seus padres e de muitos leigos que se dedicam ao voluntariado. Um sinal forte da configuração da realidade eclesial de hoje deve procurar-se na herança deixada sobretudo a partir dos séculos quinto e sexto na presença numerosa de monges e mais tarde, a partir do século XIV das congregações mendicantes : franciscanos, agostinhos, carmelitas , sem esquecer o papel dos jesuítas.
E hoje - como salientou recentemente o Núncio Apostólico D. Tomás Caputo, a vida espiritual nas paroquias, nos institutos religiosos e nos movimentos eclesiais continua a dar frutos a nível de vocações masculinas, enquanto que desde há 25 anos, escasseiam as vocações femininas. Os trinta e seis seminaristas no seminário maior de Malta e os 18 no seminário de Gozo, sem contar as dezenas de vocações para a vida religiosa, são um sinal da vitalidade de Igreja em Malta.
(Fonte: site Radio Vaticana)
“Cinco anos”: Editorial desta semana do director da Radio Vaticana, Padre F. Lombardi
Na próxima segunda feira dia 19 ocorre o quinto aniversario da eleição á Cátedra de Pedro de Joseph Ratzinger. Sobre os temas fortes dos cinco anos de Pontificado de Bento XVI, o Padre Federico Lombardi escreveu o seguinte editorial para Octava Dies, o semanário informativo do Centro Televisivo Vaticano.
"O tempo passou rapidamente e os acontecimentos sucederam-se num ritmo intenso nos cinco anos - agora já completos – deste pontificado. Para os ler correctamente há que voltar com o pensamento à Capela Sistina, à manhã após a eleição, quando o novo Papa, recolhendo a herança espiritual do seu grande predecessor, indicou as prioridades que haveriam de orientar o seu serviço “na vinha do Senhor”.
A relação do homem com Deus, que se nos revelou em Jesus Cristo, encontrado de modo especial na Eucaristia, no culto da Igreja. O compromisso de se empenhar, “sem poupar energias”, em reconstituir “a unidade plena e visível de todos os que seguem a Cristo”. O desejo de responder ao “pedido de ajuda da parte da humanidade de hoje, que, abalada por incertezas e receios, se interroga sobre o seu futuro”. O diálogo “aberto e sincero” com os que seguem outras religiões ou com os que procuram simplesmente resposta às questões fundamentais da existência, “para a busca do verdadeiro bem do homem e da sociedade”.
Não há dúvida que têm sido estas as verdadeiras prioridades do pontificado. Empreendidas com coerência e com coragem, num contexto tantas vezes minado por tensões e obstáculos. Mas Bento XVI tinha dito que não procuraria fazer brilhar a sua própria luz, mas sim a de Cristo.
Auschwitz, Istambul, Nova Iorque, Sydney, Paris, a África, Jerusalém. Sinagogas e mesquitas, encíclicas sobre a caridade, sobre a esperança, sobre a ética no desenvolvimento, na economia e no respeito pelo ambiente.
Um balanço rico e denso, de serviço a Deus e à humanidade. Um caminho a prosseguir com uma rota segura.
(Fonte: site Radio Vaticana)
"O tempo passou rapidamente e os acontecimentos sucederam-se num ritmo intenso nos cinco anos - agora já completos – deste pontificado. Para os ler correctamente há que voltar com o pensamento à Capela Sistina, à manhã após a eleição, quando o novo Papa, recolhendo a herança espiritual do seu grande predecessor, indicou as prioridades que haveriam de orientar o seu serviço “na vinha do Senhor”.
A relação do homem com Deus, que se nos revelou em Jesus Cristo, encontrado de modo especial na Eucaristia, no culto da Igreja. O compromisso de se empenhar, “sem poupar energias”, em reconstituir “a unidade plena e visível de todos os que seguem a Cristo”. O desejo de responder ao “pedido de ajuda da parte da humanidade de hoje, que, abalada por incertezas e receios, se interroga sobre o seu futuro”. O diálogo “aberto e sincero” com os que seguem outras religiões ou com os que procuram simplesmente resposta às questões fundamentais da existência, “para a busca do verdadeiro bem do homem e da sociedade”.
Não há dúvida que têm sido estas as verdadeiras prioridades do pontificado. Empreendidas com coerência e com coragem, num contexto tantas vezes minado por tensões e obstáculos. Mas Bento XVI tinha dito que não procuraria fazer brilhar a sua própria luz, mas sim a de Cristo.
Auschwitz, Istambul, Nova Iorque, Sydney, Paris, a África, Jerusalém. Sinagogas e mesquitas, encíclicas sobre a caridade, sobre a esperança, sobre a ética no desenvolvimento, na economia e no respeito pelo ambiente.
Um balanço rico e denso, de serviço a Deus e à humanidade. Um caminho a prosseguir com uma rota segura.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Homilia em Paris 30/05/80 (© Libreria Editrice Vaticana)
«Tu amas-Me?»
«Tu amas? [...] Tu amas-Me? [...]» Pedro havia de caminhar para sempre, até ao fim da sua vida, acompanhado por esta tripla pergunta: «Tu amas-Me?» E mediu todas as suas actividades de acordo com a resposta que então deu. Quando foi convocado perante o Sinédrio. Quando foi metido na prisão em Jerusalém, prisão donde não devia sair, e da qual contudo saiu. E [...] em Antioquia, e depois ainda mais longe, de Antioquia para Roma. E quando, em Roma, perseverou até ao fim dos seus dias, conheceu a força das palavras segundo as quais um Outro o conduziu para onde ele não queria. E sabia também que, graças à força dessas palavras, a Igreja «era assídua ao ensino dos apóstolos e à união fraterna, à fracção do pão e à oração» e que «o Senhor adicionava diariamente à comunidade os que seriam salvos» (Act 2, 42.48). [...]
Pedro não pode nunca desligar-se desta pergunta: «Tu amas-Me?» Leva-a consigo para onde quer que vá. Leva-a através dos séculos, através das gerações. Para o meio de novos povos e de novas nações. Para o meio de línguas e de raças sempre novas. Leva-a sozinho, e contudo já não está só. Outros a levam com ele. [...] Houve e há muitos homens e mulheres que souberam e que sabem ainda hoje que as suas vidas têm valor e sentido exclusivamente na medida em que são é uma resposta a esta mesma pergunta: «Tu amas? Tu amas-Me?» Eles deram e dão a sua resposta de maneira total e perfeita – uma resposta heróica –, ou então de maneira comum, banal. Mas, em qualquer dos casos, sabem que a sua vida, que a vida humana em geral, tem valor e sentido graças a esta pergunta: «Tu amas?» É somente graças a esta pergunta que vale a pena viver.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilia em Paris 30/05/80 (© Libreria Editrice Vaticana)
«Tu amas-Me?»
«Tu amas? [...] Tu amas-Me? [...]» Pedro havia de caminhar para sempre, até ao fim da sua vida, acompanhado por esta tripla pergunta: «Tu amas-Me?» E mediu todas as suas actividades de acordo com a resposta que então deu. Quando foi convocado perante o Sinédrio. Quando foi metido na prisão em Jerusalém, prisão donde não devia sair, e da qual contudo saiu. E [...] em Antioquia, e depois ainda mais longe, de Antioquia para Roma. E quando, em Roma, perseverou até ao fim dos seus dias, conheceu a força das palavras segundo as quais um Outro o conduziu para onde ele não queria. E sabia também que, graças à força dessas palavras, a Igreja «era assídua ao ensino dos apóstolos e à união fraterna, à fracção do pão e à oração» e que «o Senhor adicionava diariamente à comunidade os que seriam salvos» (Act 2, 42.48). [...]
Pedro não pode nunca desligar-se desta pergunta: «Tu amas-Me?» Leva-a consigo para onde quer que vá. Leva-a através dos séculos, através das gerações. Para o meio de novos povos e de novas nações. Para o meio de línguas e de raças sempre novas. Leva-a sozinho, e contudo já não está só. Outros a levam com ele. [...] Houve e há muitos homens e mulheres que souberam e que sabem ainda hoje que as suas vidas têm valor e sentido exclusivamente na medida em que são é uma resposta a esta mesma pergunta: «Tu amas? Tu amas-Me?» Eles deram e dão a sua resposta de maneira total e perfeita – uma resposta heróica –, ou então de maneira comum, banal. Mas, em qualquer dos casos, sabem que a sua vida, que a vida humana em geral, tem valor e sentido graças a esta pergunta: «Tu amas?» É somente graças a esta pergunta que vale a pena viver.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Temas para reflexão
Meditação:
Se me perguntasses, a mim, se Te amo, que Te responderia, Senhor? Que sim… que Te amo com todo o meu coração, com toda a minha alma, com todo o meu ser.
E, se me perguntasses uma segunda vez, que Te diria? Que sim… outra vez, mas, acrescentaria que o meu grande desejo é amar-te mais ainda porque sei, pobre de mim, que apesar de Te amar tanto… Te amo pouco.
E… se uma terceira vez, nesse tom de reconvenção que terás usado com Pedro, voltasses a insistir: Tu, amas-me? Então, Senhor, eu entenderia que o Teu desejo é que eu Te ame, não tanto como deveria mas tanto quanto posso e que, para poder mais, basta ter os meus olhos, o meu coração fixos em Ti que estás aí, ao meu lado – sempre – amando-me com o Teu Amor Infinito que nada pede em troca senão o meu amor finito.
(AMA, Meditações sobre o Jo 21, 1-19 09.05.2008)
Tema: Eucaristia sacrifício de Cristo
O que nós oferecemos nos nossos sacrifícios, é o próprio Cristo, pois nos nossos sacrifícios só têm valor na medida em que se unem aos d'Ele. E o sacrifício de Cristo é renovado todos os dias na Santa Missa. Por isso, o sacrifício reparador perfeito é o da Eucaristia.
(João CÉSAR DAS NEVES, O Século de Fátima, Principia, 2ª Ed. Nr. 155)
Doutrina: Evangelium Vitae, 42 b-c
Chamado a cultivar e guardar o jardim do mundo, o homem detém uma responsabilidade específica sobre o ambiente de vida, ou seja, sobre a criação que Deus pôs ao serviço da sua dignidade pessoal, da sua vida: e isto não só em relação ao presente, mas também às gerações futuras. É a questão ecológica — desde a preservação do «habitat» natural das diversas espécies animais e das várias formas de vida, até à «ecologia humana» propriamente dita 28 — que, no texto bíblico, encontra luminosa e forte indicação ética para uma solução respeitosa do grande bem da vida, de toda a vida. Na realidade, «o domínio conferido ao homem pelo Criador não é um poder absoluto, nem se pode falar de liberdade de "usar e abusar", ou de dispor das coisas como melhor agrade. A limitação imposta pelo mesmo Criador, desde o princípio, e expressa simbolicamente com a proibição de "comer o fruto da árvore", mostra com suficiente clareza que, nas relações com a natureza visível, nós estamos submetidos a leis, não só biológicas, mas também morais, que não podem impunemente ser transgredidas».
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 42 b-c)
Agradecimento: António Mexia Alves
Se me perguntasses, a mim, se Te amo, que Te responderia, Senhor? Que sim… que Te amo com todo o meu coração, com toda a minha alma, com todo o meu ser.
E, se me perguntasses uma segunda vez, que Te diria? Que sim… outra vez, mas, acrescentaria que o meu grande desejo é amar-te mais ainda porque sei, pobre de mim, que apesar de Te amar tanto… Te amo pouco.
E… se uma terceira vez, nesse tom de reconvenção que terás usado com Pedro, voltasses a insistir: Tu, amas-me? Então, Senhor, eu entenderia que o Teu desejo é que eu Te ame, não tanto como deveria mas tanto quanto posso e que, para poder mais, basta ter os meus olhos, o meu coração fixos em Ti que estás aí, ao meu lado – sempre – amando-me com o Teu Amor Infinito que nada pede em troca senão o meu amor finito.
(AMA, Meditações sobre o Jo 21, 1-19 09.05.2008)
Tema: Eucaristia sacrifício de Cristo
O que nós oferecemos nos nossos sacrifícios, é o próprio Cristo, pois nos nossos sacrifícios só têm valor na medida em que se unem aos d'Ele. E o sacrifício de Cristo é renovado todos os dias na Santa Missa. Por isso, o sacrifício reparador perfeito é o da Eucaristia.
(João CÉSAR DAS NEVES, O Século de Fátima, Principia, 2ª Ed. Nr. 155)
Doutrina: Evangelium Vitae, 42 b-c
Chamado a cultivar e guardar o jardim do mundo, o homem detém uma responsabilidade específica sobre o ambiente de vida, ou seja, sobre a criação que Deus pôs ao serviço da sua dignidade pessoal, da sua vida: e isto não só em relação ao presente, mas também às gerações futuras. É a questão ecológica — desde a preservação do «habitat» natural das diversas espécies animais e das várias formas de vida, até à «ecologia humana» propriamente dita 28 — que, no texto bíblico, encontra luminosa e forte indicação ética para uma solução respeitosa do grande bem da vida, de toda a vida. Na realidade, «o domínio conferido ao homem pelo Criador não é um poder absoluto, nem se pode falar de liberdade de "usar e abusar", ou de dispor das coisas como melhor agrade. A limitação imposta pelo mesmo Criador, desde o princípio, e expressa simbolicamente com a proibição de "comer o fruto da árvore", mostra com suficiente clareza que, nas relações com a natureza visível, nós estamos submetidos a leis, não só biológicas, mas também morais, que não podem impunemente ser transgredidas».
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 42 b-c)
Agradecimento: António Mexia Alves
O Evangelho de Domingo dia 18 de Abril de 2010
São João 21,1-19
1 Depois disto, Jesus voltou a mostrar-Se aos Seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Mostrou-Se deste modo:2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e dois outros dos Seus discípulos.3 Simão Pedro disse-lhes: «Vou pescar». Responderam-lhe: «Nós vamos também contigo». Partiram e entraram numa barca. Naquela noite nada apanharam.4 Chegada a manhã, Jesus apresentou-Se na praia; mas os discípulos não conheceram que era Ele.5 Jesus disse-lhes: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». Responderam-Lhe: «Nada».6 Disse-lhes: «Lançai a rede para o lado direito do barco, e encontrareis». Lançaram a rede e já não a podiam arrastar, por causa da grande quantidade de peixes.7 Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!». Simão Pedro, ao ouvir dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava nu, e lançou-se à água.8 Os outros discípulos, que não estavam distantes de terra, senão duzentos côvados, vieram no barco puxando a rede cheia de peixes.9 Logo que saltaram para terra, viram umas brasas acesas, peixe em cima delas, e pão.10 Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora».11 Simão Pedro subiu à barca e arrastou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, sendo tantos, não se rompeu a rede.12 Jesus disse-lhes: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos ousava perguntar-Lhe: «Quem és Tu?», sabendo que era o Senhor. 13 Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. 14 Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos depois de ter ressuscitado dos mortos. 15 Depois de comerem, disse Jesus a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me mais do que estes?». Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Jesus disse-lhe: «Apascenta os Meus cordeiros».16 Voltou a perguntar pela segunda vez: «Simão, filho de João, amas-Me?». Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Jesus disse-lhe: «Apascenta as Minhas ovelhas».17 Pela terceira vez disse-lhe: «Simão, filho de João, amas-Me?». Pedro ficou triste porque, pela terceira vez, lhe disse: «Amas-Me?», e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que Te amo». Jesus disse-lhe: «Apascenta as Minhas ovelhas».18 «Em verdade, em verdade te digo: Quando tu eras mais novo, cingias-te e ias onde desejavas; mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde tu não queres».19 Disse isto, indicando com que género de morte havia Pedro de dar glória a Deus. Depois de assim ter falado, disse: «Segue-Me».
S. Josemaría nesta data em 1927
É Domingo de Páscoa e está em Saragoça (Espanha). Dois dias mais tarde, dia 19, vai de combóio para Madrid, onde viverá os dez anos seguintes. “Pensava eu, andando na rua, [...] - escreve nos Apontamentos íntimos -, que Madrid foi o meu Damasco, porque aqui caíram-me as escamas dos olhos da minha alma [...] e aqui recebi a minha missão”. Referia-se ao facto de que nessa cidade Deus lhe ter feito “ver” o Opus Dei.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
A fé enquanto comunicação
«O acto de fé é um acto profundamente pessoal, ancorado na mais íntima profundeza do ser humano. Mas, precisamente porque é inteiramente pessoal, é também um acto de comunicação. Na sua essência mais profunda, o eu relaciona-se com o tu e vice-versa, a relação real, que se torna “comunhão”, só pode nascer na profundeza da pessoa.»
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
Ex-director do “Corriere della Sera”: Defesa laica do Papa Bento XVI
Piero Ostellino é um conhecido jornalista italiano, que nos anos 80 foi director do Corriere della Sera. Ontem este importante jornal publicou na primeira página um editorial intitulado "Uma defesa laica do Papa" Bento XVI ante a campanha mediática que difama o Santo Padre. No texto este homem de imprensa elogia o grande trabalho e tolerância zero do Pontífice ante os casos de abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero.
Ao iniciar o seu artigo, Ostellino explica que o ataque à Igreja e ao Papa tem origem num "preconceito racionalista" que não entende a diferença entre "pecado e delito, que pretende assimilar, ‘homologar’, os comportamentos da Igreja com os da sociedade civil, negando a Esta a sua especificidade espiritual, codificada no direito canónico, muito distinta à positiva do estado secularizado".
Para o ex-director do Corriere della Sera, "não se pode pedir à Igreja que renuncie a um espaço autónomo de análise e juízo, que é muito distinto à presteza de submeter os seus próprios membros ao império da lei. O Estado e a Igreja têm missões diferentes e a busca de anular esta fecunda diferença seria nefasto a ambos. Manifesta-se assim, além disso, um evidente paradoxo".
Ostellino comenta ainda, que o "objecto dos ataques ao actual Pontífice, que tem o mérito indubitável de ter criado a transparência no interior da Igreja sobre um fenómeno escondido, e de ter procurado definir, e distinguir, os âmbitos dos tribunais civis, reconhecendo-lhes as prerrogativas no que se refere ao julgamento do delito de pedofilia, segundo as leis civis, e as próprias da Igreja, reivindicando para Ela a autonomia na condenação dos pecados e na redenção dos pecadores, segundo o direito canónico e a própria predicação (que se chama caridade cristã)".
"A distinção ente pecado e delito é parte integrante de nossa cultura e de nossa civilidade, à qual não podemos renunciar", enfatiza.
Finalmente Pietro Ostellino ressalta que "ante o espectáculo inquietante ao que estamos assistindo, assombra, finalmente, a grande quantidade de espectadores que permanecem silenciosos em uma aparente indiferença. Como se nossa democracia liberal não fosse devedora da mensagem cristã que colocou ao centro a sacralidade e a inviolabilidade da pessoa".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Ao iniciar o seu artigo, Ostellino explica que o ataque à Igreja e ao Papa tem origem num "preconceito racionalista" que não entende a diferença entre "pecado e delito, que pretende assimilar, ‘homologar’, os comportamentos da Igreja com os da sociedade civil, negando a Esta a sua especificidade espiritual, codificada no direito canónico, muito distinta à positiva do estado secularizado".
Para o ex-director do Corriere della Sera, "não se pode pedir à Igreja que renuncie a um espaço autónomo de análise e juízo, que é muito distinto à presteza de submeter os seus próprios membros ao império da lei. O Estado e a Igreja têm missões diferentes e a busca de anular esta fecunda diferença seria nefasto a ambos. Manifesta-se assim, além disso, um evidente paradoxo".
Ostellino comenta ainda, que o "objecto dos ataques ao actual Pontífice, que tem o mérito indubitável de ter criado a transparência no interior da Igreja sobre um fenómeno escondido, e de ter procurado definir, e distinguir, os âmbitos dos tribunais civis, reconhecendo-lhes as prerrogativas no que se refere ao julgamento do delito de pedofilia, segundo as leis civis, e as próprias da Igreja, reivindicando para Ela a autonomia na condenação dos pecados e na redenção dos pecadores, segundo o direito canónico e a própria predicação (que se chama caridade cristã)".
"A distinção ente pecado e delito é parte integrante de nossa cultura e de nossa civilidade, à qual não podemos renunciar", enfatiza.
Finalmente Pietro Ostellino ressalta que "ante o espectáculo inquietante ao que estamos assistindo, assombra, finalmente, a grande quantidade de espectadores que permanecem silenciosos em uma aparente indiferença. Como se nossa democracia liberal não fosse devedora da mensagem cristã que colocou ao centro a sacralidade e a inviolabilidade da pessoa".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Tema para reflexão
Imaginação e oração
Às vezes, quando a aridez de espírito é tão grande que não acerto a colher nem um só pensamento, recito um Pai-Nosso ou uma Ave-Maria, e com estas orações toda me enlevo, pois me dão um alimento divino que me basta.
(Stª TERESINHA DO MENINO JESUS, História de uma alma, LAI, 11ª ed., pg. 229)
Doutrina: Evangelium Vitae 46a
"Mas, como enfrentar o declínio inevitável da vida, na velhice? Como comportar-se frente à morte? O crente sabe que a sua vida está nas mãos de Deus: «Senhor, nas tuas mãos está a minha vida»; e d' Ele aceita também a morte: «Este é o juízo do Senhor sobre toda a humanidade; e porque quererias reprovar a lei do Altíssimo?». O homem não é senhor nem da vida nem da morte; tanto numa como noutra, deve abandonar-se totalmente à «vontade do Altíssimo», ao seu desígnio de amor.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 46a)
Agradecimento: António Mexia Alves
Às vezes, quando a aridez de espírito é tão grande que não acerto a colher nem um só pensamento, recito um Pai-Nosso ou uma Ave-Maria, e com estas orações toda me enlevo, pois me dão um alimento divino que me basta.
(Stª TERESINHA DO MENINO JESUS, História de uma alma, LAI, 11ª ed., pg. 229)
Doutrina: Evangelium Vitae 46a
"Mas, como enfrentar o declínio inevitável da vida, na velhice? Como comportar-se frente à morte? O crente sabe que a sua vida está nas mãos de Deus: «Senhor, nas tuas mãos está a minha vida»; e d' Ele aceita também a morte: «Este é o juízo do Senhor sobre toda a humanidade; e porque quererias reprovar a lei do Altíssimo?». O homem não é senhor nem da vida nem da morte; tanto numa como noutra, deve abandonar-se totalmente à «vontade do Altíssimo», ao seu desígnio de amor.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 46a)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 50, 1.2.3; PL 52, 339-340 (a partir da trad. De Bouchet, Lectionnaire, p. 324 rev.)
«E o barco chegou imediatamente à terra para onde iam»
Cristo sobe a um barco: não foi Ele quem descobriu o leito do mar depois de ter afastado as águas, para que o povo de Israel passasse a pé enxuto como num vale? (Ex 14, 29) Não foi Ele quem acalmou as ondas do mar sob os pés de Pedro, de forma a que a água fosse para os seus passos um caminho sólido e seguro? (Mt 14, 29).
Ele sobe para o barco. Para atravessar o mar deste mundo até ao fim dos tempos, Cristo sobe para o barco da Sua Igreja para conduzir numa travessia pacífica, até à pátria do céu, aqueles que crêem n'Ele, e fazer cidadãos do Reino aqueles com quem comunga na Sua humanidade. Cristo não precisa certamente do barco, mas o barco precisa de Cristo. De facto, sem este piloto vindo do céu, o barco da Igreja, agitado pelas ondas, nunca chegaria ao porto.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sermão 50, 1.2.3; PL 52, 339-340 (a partir da trad. De Bouchet, Lectionnaire, p. 324 rev.)
«E o barco chegou imediatamente à terra para onde iam»
Cristo sobe a um barco: não foi Ele quem descobriu o leito do mar depois de ter afastado as águas, para que o povo de Israel passasse a pé enxuto como num vale? (Ex 14, 29) Não foi Ele quem acalmou as ondas do mar sob os pés de Pedro, de forma a que a água fosse para os seus passos um caminho sólido e seguro? (Mt 14, 29).
Ele sobe para o barco. Para atravessar o mar deste mundo até ao fim dos tempos, Cristo sobe para o barco da Sua Igreja para conduzir numa travessia pacífica, até à pátria do céu, aqueles que crêem n'Ele, e fazer cidadãos do Reino aqueles com quem comunga na Sua humanidade. Cristo não precisa certamente do barco, mas o barco precisa de Cristo. De facto, sem este piloto vindo do céu, o barco da Igreja, agitado pelas ondas, nunca chegaria ao porto.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 17 de Abril de 2010
São João 6,16-21
16 Quando chegou a tarde, os Seus discípulos desceram para junto do mar17 e, tendo subido para uma barca, atravessaram o mar em direcção a Cafarnaum. Era já escuro, e Jesus ainda não tinha ido ter com eles.18 Entretanto, o mar começava a encrespar-se, por causa do vento forte que soprava.19 Tendo remado cerca de vinte e cinco ou trinta estádios, viram Jesus caminhando sobre o mar, em direcção à barca, e ficaram atemorizados.20 Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não temais».21 Quiseram então recebê-l'O na barca e logo a barca chegou à terra para onde iam.
16 Quando chegou a tarde, os Seus discípulos desceram para junto do mar17 e, tendo subido para uma barca, atravessaram o mar em direcção a Cafarnaum. Era já escuro, e Jesus ainda não tinha ido ter com eles.18 Entretanto, o mar começava a encrespar-se, por causa do vento forte que soprava.19 Tendo remado cerca de vinte e cinco ou trinta estádios, viram Jesus caminhando sobre o mar, em direcção à barca, e ficaram atemorizados.20 Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não temais».21 Quiseram então recebê-l'O na barca e logo a barca chegou à terra para onde iam.