Não julgar e não condenar o próximo foi o pedido do Papa neste V Domingo da Quaresma


Vídeo com locução em espanhol

Aprendamos do Senhor Jesus a não julgar e a não condenar o próximo. Foi o pedido do Papa neste Domingo antes da recitação do Angelus com os cerca de 50 mil fieis congregados na Praça de São Pedro.

Bento XVI citou o episodio evangélico da adultera e as palavras de Jesus: aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.”.

Estas palavras estão cheias da força desarmante da verdade, que abate o muro da hipocrisia e abre as consciências a uma justiça maior, a do amor, em que consiste a realização plena de cada preceito. É a justiça que salvou também Saulo de Tarso, transformando-o em São Paulo.

Deus - acrescentou depois o Papa - deseja para nós somente o bem e a vida; ocupa-se da saúde da nossa alma através dos seus ministros, libertando-nos do mal com o Sacramento da Reconciliação, para que ninguém se perca, mas todos se possam converter.

Neste ano sacerdotal o Papa exortou os pastores a imitar o Santo Cura d’Ars no ministério do perdão sacramental, para que os fiéis redescubram o seu significado e beleza e sejam restabelecidos pelo amor misericordioso de Deus, o qual chega ao ponto de esquecer voluntariamente o pecado para nos perdoar.

A concluir Bento XVI convidou todos a aprender do Senhor Jesus a não julgar e a não condenar o próximo.

“Aprendamos a ser intransigentes com o pecado - a partir do nosso – e indulgentes com as pessoas.

Que nisto nos ajude a santa Mãe de Deus que, isente de qualquer culpa, é medianeira de graça para cada pecador arrependido
Depois da recitação do Angelus o Papa recordou que no próximo domingo, Domingo de Ramos, ocorre o 25º aniversario do inicio das jornadas mundiais da Juventude, uma criação do Venerável João Paulo II. Por isso na próxima quinta feira dia 25 a partir das 19 horas – salientou Bento XVI, espero que sejam numerosos os jovens de Roma e do Lazio congregados na Praça de Pedro para um encontro especial de festa.

(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría nesta data em 1964

Tiram-lhe uma fotografia enquanto celebra a Santa Missa. No ponto 438 de Forja fica expressa a sua devoção na celebração do sacrifício do Altar: “É tanto o amor de Deus pelas suas criaturas, e deveria ser tanta a nossa correspondência que, ao celebrar a Santa Missa deviam parar os relógios”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Bento XVI – a arte é universal, Jesus é a última palavra de Deus em sentido qualitativo (vídeo com locução em espanhol)



A lei universal da expressão artística é saber comunicar um bem que é também a própria verdade: afirmou o Papa nesta sexta feira à tarde no breve discurso proferido na conclusão do concerto em sua honra na Sala Clementina do Palácio Apostólico. A bem ver – acrescentou – esta é a lei que seguiu Deus incarnando-se como nos recordam As Últimas Sete Palavras de Cristo na Cruz a nova versão da paixão de Haydn de José Peris Lacasa, organista da Capela do Palácio Real de Madrid, executada pelo quarteto Henschel de arcos com o meio soprano Susanne Kelling que prestou a sua voz extraordinária às palavras de Jesus no Evangelho.

Quanto mais dura é a matéria e estreitos os laços, maior foi o génio criativo que se manifestou, comentou o Papa aproximando a Paixão de Haydn à Piedade de Miguel Ângelo que trabalhando com o mármore conseguiu fazer falar esta matéria. Nas duas obras de arte – para o Papa – encontra-se de facto uma expressão artística original mas dominada pelo acontecimento que apresenta. O resultado é uma beleza austera digna da solenidade de São José, uma composição idónea para o tempo da Quaresma, porque repropõe o mistério central da fé cristã testemunhando que se podem abraçar arte e fé com a inspiração directa dos textos evangélicos. Jesus doando-se plena e definitivamente – disse ainda Bento XVI – é a ultima palavra. O seu é um amor de tal maneira livre que não tem medo de se ligar para sempre. É esta a lei do amor e da arte.

(Fonte: Radio Vaticana)

Temas para reflexão

Vamos então confessar-nos? Sim, vamos! Esta semana que hoje começa é propriamente, a última semana do tempo da Quaresma. A próxima já será a chamada SEMANA MAIOR ou SEMANA SANTA e queremos estar preparados para a vivermos com toda a intensidade da alma limpa e em paz. Temos uma semana inteira à nossa frente e, com certeza, haverá confessores disponíveis nas diversas Igrejas relativamente próximas. Esforço pequeno para uma decisão grande e uma compensação ainda maior.
(AMA, sobre a confissão quaresmal, 2010.03.01)

Meditação:

Ajuda-me Senhor, a conter-me no meu tão frequente julgamento dos outros. Intimamente e de viva voz. Põe na minha frente o espelho dos meus próprios defeitos e faltas de carácter, tudo aquilo que julgo ver nos outros. Não valho nada, não sei nada, não tenho nada, não sou nada. (AMA, Orações diárias)

Tema: Maturidade

A maturidade humana, manifesta-se, sobretudo, em certa estabilidade de ânimo, na capacidade de tomar decisões ponderadas e no modo recto de julgar os acontecimentos e os homens. (CONCÍLIO VATICANO II, Decreto Optatum Totius, nr. 11)

Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 15)

Em tal contexto, o sofrimento — peso inevitável da existência humana mas também factor de possível crescimento pessoal —, é "deplorado", rejeitado como inútil, ou mesmo combatido como mal a evitar sempre e por todos os modos. Quando não é possível superá-lo e a perspectiva de um bem-estar, pelo menos futuro, se desvanece, parece então que a vida perdeu todo o significado e cresce no homem a tentação de reivindicar o direito à sua eliminação. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 23 c)

Agradecimento: António Mexia Alves