terça-feira, 16 de março de 2010
Encontrar lugares para celebrar a nossa humanidade
Leigo, solteiro e fervoroso católico, Jean Vanier consagrou toda a sua vida ao reconhecimento dos deficientes mentais. Depois da Arca em 1964, fundou Fé e Luz em 1971, inaugurando um novo olhar sobre o problema. Na Capela da Arca em Trosly, França, Jean Vanier, neste período de Quaresma, tempo de reconciliação e de conversão, relaciona o texto do Evangelho sobre a Transfiguração com a transformação das pessoas portadoras dessa deficiência.
A Arca acolhe 2700 pessoas com problemas mentais espalhadas em 124 comunidades, presentes em 30 países dos cinco continentes.
(Fonte: H2O News)
APELO (recebido através de um cunhado meu e colega na mesma instituição bancária)
Exmo.(a) Senhor(a)
Vivo nos arredores de Lisboa e sou pai de uma menina, agora com 7 anos, que é portadora da doença de TARGARDT (degeneração da mácula, o que faz com que perca a visão central), doença essa que é actualmente incurável, mesmo no estrangeiro. Como não é fácil obter informações a nível nacional, resta-me a Internet para adquirir um conhecimento mais
profundo que me ajude a lidar com esta doença, pois mesmo em Lisboa a única ajuda que me foi facultada foi de uma associação (mais concretamente a Associação de Retinopatias de Portugal), associação essa que também padece do problema de falta de apoio, pois é uma entidade privada.
O grande objectivo deste mail é tentar arranjar maneira de contactar pessoalmente, familiares ou amigos dessas pessoas que sofram da mesma ou semelhante doença, para fazer um rastreio, com um único pensamento: - Difundir e trocar informações acerca desta doença. POR FAVOR divulguem este apelo pelos vossos contactos e/ou se tiverem conhecimento pessoal de um caso semelhante, agradecia que me contactassem:
mailto: rgoncalves@creditoagricola.pt
MUITO E MUITO OBRIGADO
Rui Gonçalves
Vivo nos arredores de Lisboa e sou pai de uma menina, agora com 7 anos, que é portadora da doença de TARGARDT (degeneração da mácula, o que faz com que perca a visão central), doença essa que é actualmente incurável, mesmo no estrangeiro. Como não é fácil obter informações a nível nacional, resta-me a Internet para adquirir um conhecimento mais
profundo que me ajude a lidar com esta doença, pois mesmo em Lisboa a única ajuda que me foi facultada foi de uma associação (mais concretamente a Associação de Retinopatias de Portugal), associação essa que também padece do problema de falta de apoio, pois é uma entidade privada.
O grande objectivo deste mail é tentar arranjar maneira de contactar pessoalmente, familiares ou amigos dessas pessoas que sofram da mesma ou semelhante doença, para fazer um rastreio, com um único pensamento: - Difundir e trocar informações acerca desta doença. POR FAVOR divulguem este apelo pelos vossos contactos e/ou se tiverem conhecimento pessoal de um caso semelhante, agradecia que me contactassem:
mailto: rgoncalves@creditoagricola.pt
MUITO E MUITO OBRIGADO
Rui Gonçalves
Redes sociais não, obrigado (será mesmo caso para se dizer NÃO?)
Ninguém pode ficar indiferente ao enorme sucesso das redes sociais da Internet, contando já com milhões de utilizadores. Mas que riscos e consequências estarão ligadas a esta nova forma de relacionamento social virtual? Sem cair em estereótipos, e em fundamentalismos redutores, julgo que há uma tendência neste recente instrumento de relacionamento humano introduzido pela Internet. Neste caso parece existir uma busca pela auto-valorização e uma necessidade exibicionista de atenção e admiração. Esta última característica torna-se bem visível pela forma como se arrecada "amigos", aos milhares, como se fossem troféus de caça social. Portanto, na amizade, desvalorizou-se a qualidade para se dar a primazia à quantidade, o que não é mais do que um reflexo da sociedade de consumo nas relações sociais.
As relações sociais virtuais da Internet são bastante diferentes das relações sociais reais. Alimentam-se fantasias e cada um mostra aquilo que tem de melhor: a beleza, o êxito, as férias fantásticas, os momentos de felicidade, etc. Habitualmente o indivíduo promove-se na rede social como uma pessoa de sucesso, expondo as suas vitórias e ocultando propositadamente os seus fracassos. É nesta imensa revista cor-de-rosa, irreal e fantasiosa, que as pessoas se relacionam umas com as outras, evitando as regras da verdadeira rede social, bem mais complexa e difícil.
Seja como for, parece não existirem dúvidas de que se criou um certo consumismo social, sem esforço, e acessível a alguns toques no teclado do computador. Porém, as redes sociais da Internet, no sentido em que são redes virtuais e menos complexas, podem surgir como uma forma de resistência à aquisição de uma verdadeira aprendizagem social, promovendo a regressão e a imaturidade. A amizade criada no mundo real demora tempo a consolidar-se e passa por diversas provas que nada têm a ver com as pseudo-amizades do mundo virtual. Por essa razão, nenhum relacionamento através do computador substituiu a experiência da presença humana: a troca de olhares, a expressão facial, os gestos, o tom de voz, etc. As redes sociais favorecem o empobrecimento do relacionamento social - criando-se novas formas de solidão - porque as relações pessoais reais são mais ricas e profundas.
Não se pode discutir as redes sociais da Internet sem falar em segurança. Por diversas vezes, as polícias têm alertado para os perigos de se divulgarem informações pessoais na rede. Por exemplo, uma vez colocada uma fotografia pessoal na rede social, ela poderá ficar na Internet para sempre, perdendo-se por completo o seu controlo. Curiosamente, este fenómeno reflecte um paradoxo. Numa altura em que se investe cada vez mais em segurança, através da videovigilância, alarmes, etc., na Internet as pessoas expõem-se cada vez mais, abrindo as portas da sua vida privada, sem reflectir nos perigos que isso representa.
Importa sublinhar que as redes sociais reflectem o que há de melhor e pior na natureza humana, com a diferença de possibilitar aos indivíduos perturbados psiquicamente - que existem em largo número em todas as sociedades - actuarem facilmente dissimulados, diminuindo a possibilidade de serem detectados. As redes sociais tornam-se assim uma ferramenta útil para as mais vis maquinações. Um magnífico caldo de cultura para que várias mentes perigosas possam florescer e movimentar-se facilmente na cobardia do anonimato, encorajados pela diminuição dos vários mecanismos de prevenção e segurança de que a sociedade dispõe.
Espantosamente, milhões de pessoas passam cada vez mais tempo nesse mundo virtual, agarrados obsessivamente ao computador. Este é um sinal preocupante de desumanização da nossa sociedade uma vez que esta emigração maciça para o mundo virtual pode revelar-se como um início de psicose colectiva: como esta realidade não é conveniente, as pessoas refugiam-se noutra imaginária. O crescimento vertiginoso das redes sociais demonstra que o Homem, outrora sonhador, com ideias e valores, está a capitular. Desistiu de lutar por uma sociedade melhor, cedeu ao facilitismo, e renunciou viver neste mundo. Por tudo isto, adaptando um slogan antigo, talvez valesse a pena dizer: redes sociais não, obrigado.
Pedro Afonso
Médico psiquiatra
In jornal Público - 15-03-2010
Comentário de JPR:
“Redes sociais, em muitos casos, sim, se faz favor”
Subscrevo na integra as preocupações e a análise do Dr. Pedro Afonso, ainda que esta, na minha opinião, peque por apenas analisar uma vertente, certamente a mais relevante do problema, concluindo pela possibilidade de se recusar as redes sócias.
Ora sucede, que as mesmas sem qualquer intuito de promoção pessoal, são igualmente um excelente meio, que utilizo no Facebook e no Twitter para divulgar a doutrina da Igreja Católica, as intervenções do Santo Padre, eventos e artigos de opinião, como é o caso, que manifestem opiniões e análises dignas de ser tidas em conta.
Aliás, diga-se que é a própria Igreja que nos incentiva a usar todos os meios ao nosso dispor e a não nos remetermos, como é o desejo de muitos à esfera pessoal. (vide Mensagem do Papa de 2010 para 44º Dia Mundial das Comunicações)
Perdoem-se o aparente exagero de comparação, mas existindo revistas pornográficas e ao que consta com elevado número de leitores, não é por esse facto, que se deixa de ler outras de reconhecida qualidade nas mais diferentes áreas, em suma, não tenhamos receio de ser minoria e não deixemos de aproveitar positivamente todos os meios que o Senhor nos disponibilizou.
“Internet é sempre uma oportunidade e em todo caso não temos muita escolha: pois ali estão as pessoas e nós devemos estar presentes. Acrescentarei que nos oferece uma dupla oportunidade, porque é uma forma de comunicação onde os jovens podem ensinar os adultos. De facto, enquanto os adultos podem ensinar os jovens a conhecer o Evangelho através da experiência e do estudo, os jovens, do ponto de vista digital, sentem-se no seu ambiente natural na Internet.
“A Instituição é uma coisa, mas precisamente porque a Internet é algo de fortemente descentralizado, algo que funciona em rede, é em particular aos cristãos que devemos nos dirigir... creio seja uma ocasião formidável para lançar os jovens neste novo campo, neste novo continente, como eles o chamam”. (Padre Eric de Beukelaer. Porta-voz da Conferência Episcopal da Bélgica)
Obrigado!
As relações sociais virtuais da Internet são bastante diferentes das relações sociais reais. Alimentam-se fantasias e cada um mostra aquilo que tem de melhor: a beleza, o êxito, as férias fantásticas, os momentos de felicidade, etc. Habitualmente o indivíduo promove-se na rede social como uma pessoa de sucesso, expondo as suas vitórias e ocultando propositadamente os seus fracassos. É nesta imensa revista cor-de-rosa, irreal e fantasiosa, que as pessoas se relacionam umas com as outras, evitando as regras da verdadeira rede social, bem mais complexa e difícil.
Seja como for, parece não existirem dúvidas de que se criou um certo consumismo social, sem esforço, e acessível a alguns toques no teclado do computador. Porém, as redes sociais da Internet, no sentido em que são redes virtuais e menos complexas, podem surgir como uma forma de resistência à aquisição de uma verdadeira aprendizagem social, promovendo a regressão e a imaturidade. A amizade criada no mundo real demora tempo a consolidar-se e passa por diversas provas que nada têm a ver com as pseudo-amizades do mundo virtual. Por essa razão, nenhum relacionamento através do computador substituiu a experiência da presença humana: a troca de olhares, a expressão facial, os gestos, o tom de voz, etc. As redes sociais favorecem o empobrecimento do relacionamento social - criando-se novas formas de solidão - porque as relações pessoais reais são mais ricas e profundas.
Não se pode discutir as redes sociais da Internet sem falar em segurança. Por diversas vezes, as polícias têm alertado para os perigos de se divulgarem informações pessoais na rede. Por exemplo, uma vez colocada uma fotografia pessoal na rede social, ela poderá ficar na Internet para sempre, perdendo-se por completo o seu controlo. Curiosamente, este fenómeno reflecte um paradoxo. Numa altura em que se investe cada vez mais em segurança, através da videovigilância, alarmes, etc., na Internet as pessoas expõem-se cada vez mais, abrindo as portas da sua vida privada, sem reflectir nos perigos que isso representa.
Importa sublinhar que as redes sociais reflectem o que há de melhor e pior na natureza humana, com a diferença de possibilitar aos indivíduos perturbados psiquicamente - que existem em largo número em todas as sociedades - actuarem facilmente dissimulados, diminuindo a possibilidade de serem detectados. As redes sociais tornam-se assim uma ferramenta útil para as mais vis maquinações. Um magnífico caldo de cultura para que várias mentes perigosas possam florescer e movimentar-se facilmente na cobardia do anonimato, encorajados pela diminuição dos vários mecanismos de prevenção e segurança de que a sociedade dispõe.
Espantosamente, milhões de pessoas passam cada vez mais tempo nesse mundo virtual, agarrados obsessivamente ao computador. Este é um sinal preocupante de desumanização da nossa sociedade uma vez que esta emigração maciça para o mundo virtual pode revelar-se como um início de psicose colectiva: como esta realidade não é conveniente, as pessoas refugiam-se noutra imaginária. O crescimento vertiginoso das redes sociais demonstra que o Homem, outrora sonhador, com ideias e valores, está a capitular. Desistiu de lutar por uma sociedade melhor, cedeu ao facilitismo, e renunciou viver neste mundo. Por tudo isto, adaptando um slogan antigo, talvez valesse a pena dizer: redes sociais não, obrigado.
Pedro Afonso
Médico psiquiatra
In jornal Público - 15-03-2010
Comentário de JPR:
“Redes sociais, em muitos casos, sim, se faz favor”
Subscrevo na integra as preocupações e a análise do Dr. Pedro Afonso, ainda que esta, na minha opinião, peque por apenas analisar uma vertente, certamente a mais relevante do problema, concluindo pela possibilidade de se recusar as redes sócias.
Ora sucede, que as mesmas sem qualquer intuito de promoção pessoal, são igualmente um excelente meio, que utilizo no Facebook e no Twitter para divulgar a doutrina da Igreja Católica, as intervenções do Santo Padre, eventos e artigos de opinião, como é o caso, que manifestem opiniões e análises dignas de ser tidas em conta.
Aliás, diga-se que é a própria Igreja que nos incentiva a usar todos os meios ao nosso dispor e a não nos remetermos, como é o desejo de muitos à esfera pessoal. (vide Mensagem do Papa de 2010 para 44º Dia Mundial das Comunicações)
Perdoem-se o aparente exagero de comparação, mas existindo revistas pornográficas e ao que consta com elevado número de leitores, não é por esse facto, que se deixa de ler outras de reconhecida qualidade nas mais diferentes áreas, em suma, não tenhamos receio de ser minoria e não deixemos de aproveitar positivamente todos os meios que o Senhor nos disponibilizou.
“Internet é sempre uma oportunidade e em todo caso não temos muita escolha: pois ali estão as pessoas e nós devemos estar presentes. Acrescentarei que nos oferece uma dupla oportunidade, porque é uma forma de comunicação onde os jovens podem ensinar os adultos. De facto, enquanto os adultos podem ensinar os jovens a conhecer o Evangelho através da experiência e do estudo, os jovens, do ponto de vista digital, sentem-se no seu ambiente natural na Internet.
“A Instituição é uma coisa, mas precisamente porque a Internet é algo de fortemente descentralizado, algo que funciona em rede, é em particular aos cristãos que devemos nos dirigir... creio seja uma ocasião formidável para lançar os jovens neste novo campo, neste novo continente, como eles o chamam”. (Padre Eric de Beukelaer. Porta-voz da Conferência Episcopal da Bélgica)
Obrigado!
S. Josemaría nesta data em 1932
“Menino: não caias num círculo vicioso. Tu pensas: quando isto se resolver desta ou daquela maneira, serei muito generoso com o meu Deus. Não estará Jesus à espera de que sejas generoso sem reservas, para resolver ele as coisas melhor do que imaginas? Propósito firme, consequência lógica: em cada instante de cada dia cuidarei de cumprir com generosidade a Vontade de Deus”. Anota nos seus apontamentos referindo-se a si próprio.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bento XVI - Pater Noster
Pater Noster, qui es in caelis,
sanctificétur nomen Tuum,
adveniat Regnum Tuum,
fiat volúntas tua, sicut in caelo et in terra.
Panem nostrum cotidiánum da nobis hódie,
et dimitte nobis débita nostra,
sicut et nos dimittímus debitóribus nostris;
et ne nos indúcas in tentationem,
sed libera nos a malo.
Visita do Papa a Barcelona destaca importância do matrimónio e da família
O Arcebispo de Barcelona (Espanha), Cardeal Lluís Martínez Sistach, convidou os fiéis a prepararem-se espiritualmente para a visita do Papa Bento XVI à cidade no Domingo dia 7 de Novembro. Disse ainda, que esta viagem em que o Santo Padre consagrará o templo da Sagrada Família destaca a centralidade do matrimónio e a família.
O Arcebispo assinalou a importância de preparar-se espiritualmente para a visita do Santo Padre e explicou que isto deve ser feito “com a oração, com o conhecimento mais profundo do ministério do Santo Padre, sua valoração e o agradecimento a Deus por haver-nos dado este dom, com o cumprimento mais generoso e cuidado de nossos compromissos cristãos na Igreja e na sociedade, com o trabalho da aplicação de nosso Plano Pastoral diocesano e com nossa solidariedade para os pobres e necessitados”.
Seguidamente, ao referir-se à consagração do Templo da Sagrada Família a realizar pelo Santo Padre, o Cardeal Sistach indicou que com este acto “o Papa destaca a importância que tem o matrimónio e a família para o bem das pessoas, da Igreja e da sociedade e a necessidade de defender e ajudar as famílias e a vida”.
“Ao mesmo tempo sua presença neste monumento religioso, património da humanidade, manifesta o valor que o Santo Padre dá à arte e à beleza, já que, como nos diz, ‘a beleza pode converter-se em um caminho para o transcendente, para o mistério último, para Deus’”, adicionou.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição de JPR)
O Arcebispo assinalou a importância de preparar-se espiritualmente para a visita do Santo Padre e explicou que isto deve ser feito “com a oração, com o conhecimento mais profundo do ministério do Santo Padre, sua valoração e o agradecimento a Deus por haver-nos dado este dom, com o cumprimento mais generoso e cuidado de nossos compromissos cristãos na Igreja e na sociedade, com o trabalho da aplicação de nosso Plano Pastoral diocesano e com nossa solidariedade para os pobres e necessitados”.
Seguidamente, ao referir-se à consagração do Templo da Sagrada Família a realizar pelo Santo Padre, o Cardeal Sistach indicou que com este acto “o Papa destaca a importância que tem o matrimónio e a família para o bem das pessoas, da Igreja e da sociedade e a necessidade de defender e ajudar as famílias e a vida”.
“Ao mesmo tempo sua presença neste monumento religioso, património da humanidade, manifesta o valor que o Santo Padre dá à arte e à beleza, já que, como nos diz, ‘a beleza pode converter-se em um caminho para o transcendente, para o mistério último, para Deus’”, adicionou.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição de JPR)
A SIDA/AIDS aumenta entre os ugandeses, que estão a descurar a prevenção
Conhecido durante anos como o país africano com maior êxito na prevenção da SIDA/AIDS, o Uganda, vive ultimamente horas más, com a taxa de infecções a subir. Esta mudança de tendência faz temer uma nova onda de casos desta doença noutros países africanos, num momento em que as ajudas económicas - sobretudo dos Estados Unidos - pararam e os medicamentos não chegam aos centros de atendimento nas quantidades habituais.
Mas, qual é a causa deste recrudescer da doença? Médicos, organizações não governamentais e investigadores são unânimes em afirmar que a generalização dos tratamentos médicos entre a população afectada desde 2005 levou os ugandeses a um excesso de confiança e descuidar algumas medidas que outrora foram a chave do triunfo. David Kihumuro Apuuli, director da Uganda AIDS Commission, explica: "deixámos de olhar para a prevenção para nos centrarmos no tratamento e no cuidado". O resultado é que começou a crescer o número de novas infecções - umas 135.000 por ano - e a taxa de prevalência, quer dizer, a proporção de pessoas que sofrem de uma doença em relação ao total das pessoas estudadas, se situa em 7 %, segundo dados recentes recolhidos pelo The Wall Street Journal.
A maior disponibilidade de anti-retrovirais nos últimos cinco anos, como consequência da ajuda internacional, significou uma vitória. Mas verifica-se agora que também actuaram como um potente inibidor, um travão às medidas de precaução; desapareceu o medo ao contágio e ficaram temporariamente esquecidas as consequências negativas da doença. "A pessoa pensa que tomar anti-retrovirais equivale a curar-se do VIH/HIV", afirma Joseph Lubega, activista das campanhas contra a SIDA/AIDS.
Quando a fidelidade falha
Esta miragem, um efeito que os cientistas conhecem como "compensação de riscos", incide directamente na conduta sexual, e o número de parceiros sexuais dos ugandeses voltou a aumentar. Assim, enfraqueceu um dos três pontos de apoio da famosa campanha de prevenção desenvolvida durante anos pelo Governo do Uganda, que propunha a abstinência sexual até ao casamento (A), a posterior fidelidade (B) e o recurso aos preservativos em casos extremos (C), com uma simples fórmula, ABC, resumo das siglas dessas mesmas medidas em inglês.
A este propósito, Edward Green, director do Projecto de Investigação sobre a prevenção da SIDA/AIDS e autor do livro Rethinking AIDS Prevention (2003), há já alguns anos que procura explicar que com este tipo de conduta sexual as estratégias para combater a SIDA/AIDS não podem aplicar-se automaticamente aos países da África subsaariana, porque não têm as mesma eficácia. Enquanto que na América e na Europa o início de uma relação sexual costuma significar a ruptura com a anterior, é frequente em vastas zonas de África é manterem-se regularmente relações de longa duração com dois ou mais parceiros. O único modo de sair desta teia de contágio de maneira eficaz e, portanto de travar o vírus, é decidir viver uma relação fiel, coisa que se comprovou no Uganda durante o plano ABC.
Naqueles anos a fidelidade a um só parceiro subiu de 59 para 79 % entre os homens e de 77 para 91 % entre as mulheres, e a taxa de infecção reduziu-se 4 % , mas agora está de novo a crescer.
Compensação de risco
O aumento do denominado cocktail de anti-retrovirais também contribuiu para o fenómeno da "compensação de risco" no uso dos preservativos, como explica ao Wall Street Journal, Joseph Lubega, que tem armazenados no escritório da sua organização dezenas de milhares de preservativos, que os ugandeses não requisitam. "Já não se usam como dantes", afirma, porque se minimiza o perigo. O efeito inibidor não só é experimentado a nível pessoal mas também afecta as atitudes das ONGs, que repetem a mesma batalha ideológica que defrontam os congressistas americanos na hora de decidir que parte dos seus orçamentos se destinam a difundir a abstinência e a fidelidade, e que parte vai para o uso do preservativo.
O debate acerca da eficácia do preservativo em África - para o qual Bento XVI contribuiu os esclarecimentos que fez - baseia-se em dados comprovados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que podem ser muito eficazes para prevenir a transmissão do VIH/HIV "se se usam de modo correcto e sistemático", mas em África pouco mais de 5 % da população procede desse modo, segundo afirma Norman Hearst, professor de Epidemiologia da Universidade da Califórnia.
O aumento do número de doentes de SIDA/AIDS que afecta o Uganda e provavelmente se estende a outros países africanos, chega num momento complicado, em que as clínicas do país começam a sentir a falta de ajudas americanas, como consequência das restrições orçamentais. Após sete anos de funcionamento de um ambicioso programa de distribuição de fármacos, o aumento dos fundos americanos destinados a este fim - com os quais é financiada quase metade da ajuda mundial contra a SIDA/AIDS - afrouxou de maneira alarmante, enquanto continua a aumentar o número de afectados que requerem medicamentos.
M. Ángeles Burguera
Aceprensa
Mas, qual é a causa deste recrudescer da doença? Médicos, organizações não governamentais e investigadores são unânimes em afirmar que a generalização dos tratamentos médicos entre a população afectada desde 2005 levou os ugandeses a um excesso de confiança e descuidar algumas medidas que outrora foram a chave do triunfo. David Kihumuro Apuuli, director da Uganda AIDS Commission, explica: "deixámos de olhar para a prevenção para nos centrarmos no tratamento e no cuidado". O resultado é que começou a crescer o número de novas infecções - umas 135.000 por ano - e a taxa de prevalência, quer dizer, a proporção de pessoas que sofrem de uma doença em relação ao total das pessoas estudadas, se situa em 7 %, segundo dados recentes recolhidos pelo The Wall Street Journal.
A maior disponibilidade de anti-retrovirais nos últimos cinco anos, como consequência da ajuda internacional, significou uma vitória. Mas verifica-se agora que também actuaram como um potente inibidor, um travão às medidas de precaução; desapareceu o medo ao contágio e ficaram temporariamente esquecidas as consequências negativas da doença. "A pessoa pensa que tomar anti-retrovirais equivale a curar-se do VIH/HIV", afirma Joseph Lubega, activista das campanhas contra a SIDA/AIDS.
Quando a fidelidade falha
Esta miragem, um efeito que os cientistas conhecem como "compensação de riscos", incide directamente na conduta sexual, e o número de parceiros sexuais dos ugandeses voltou a aumentar. Assim, enfraqueceu um dos três pontos de apoio da famosa campanha de prevenção desenvolvida durante anos pelo Governo do Uganda, que propunha a abstinência sexual até ao casamento (A), a posterior fidelidade (B) e o recurso aos preservativos em casos extremos (C), com uma simples fórmula, ABC, resumo das siglas dessas mesmas medidas em inglês.
A este propósito, Edward Green, director do Projecto de Investigação sobre a prevenção da SIDA/AIDS e autor do livro Rethinking AIDS Prevention (2003), há já alguns anos que procura explicar que com este tipo de conduta sexual as estratégias para combater a SIDA/AIDS não podem aplicar-se automaticamente aos países da África subsaariana, porque não têm as mesma eficácia. Enquanto que na América e na Europa o início de uma relação sexual costuma significar a ruptura com a anterior, é frequente em vastas zonas de África é manterem-se regularmente relações de longa duração com dois ou mais parceiros. O único modo de sair desta teia de contágio de maneira eficaz e, portanto de travar o vírus, é decidir viver uma relação fiel, coisa que se comprovou no Uganda durante o plano ABC.
Naqueles anos a fidelidade a um só parceiro subiu de 59 para 79 % entre os homens e de 77 para 91 % entre as mulheres, e a taxa de infecção reduziu-se 4 % , mas agora está de novo a crescer.
Compensação de risco
O aumento do denominado cocktail de anti-retrovirais também contribuiu para o fenómeno da "compensação de risco" no uso dos preservativos, como explica ao Wall Street Journal, Joseph Lubega, que tem armazenados no escritório da sua organização dezenas de milhares de preservativos, que os ugandeses não requisitam. "Já não se usam como dantes", afirma, porque se minimiza o perigo. O efeito inibidor não só é experimentado a nível pessoal mas também afecta as atitudes das ONGs, que repetem a mesma batalha ideológica que defrontam os congressistas americanos na hora de decidir que parte dos seus orçamentos se destinam a difundir a abstinência e a fidelidade, e que parte vai para o uso do preservativo.
O debate acerca da eficácia do preservativo em África - para o qual Bento XVI contribuiu os esclarecimentos que fez - baseia-se em dados comprovados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que podem ser muito eficazes para prevenir a transmissão do VIH/HIV "se se usam de modo correcto e sistemático", mas em África pouco mais de 5 % da população procede desse modo, segundo afirma Norman Hearst, professor de Epidemiologia da Universidade da Califórnia.
O aumento do número de doentes de SIDA/AIDS que afecta o Uganda e provavelmente se estende a outros países africanos, chega num momento complicado, em que as clínicas do país começam a sentir a falta de ajudas americanas, como consequência das restrições orçamentais. Após sete anos de funcionamento de um ambicioso programa de distribuição de fármacos, o aumento dos fundos americanos destinados a este fim - com os quais é financiada quase metade da ajuda mundial contra a SIDA/AIDS - afrouxou de maneira alarmante, enquanto continua a aumentar o número de afectados que requerem medicamentos.
M. Ángeles Burguera
Aceprensa
Temas para reflexão
Meditação:
Senhor: Não tenho ninguém..., ninguém que me ajude, que olhe para mim com compaixão, que se detenha junto desta enxerga, onde há trinta e oito anos espero a cura do meu mal. Que terríveis palavras estas: Não tenho ninguém ("Senhor, não tenho homem"). Por acaso, ao longo da tua vida, ou até, talvez, nestes últimos dias, não passaste sem te deteres junto de alguém que esperava por alguém - por ti -, porque precisa de ajuda, alguém que o anime, lhe diga algo que lhe conforte o coração, devolva a esperança ou sossegue a intranquilidade? Será possível que estejas surdo ao rumor que à tua volta se levanta de milhares de vozes que clamam por justiça, por oportunidade de vida sã e digna e que não têm ninguém que os atenda ou não sabem a quem recorrer? Poderá alguém dizer de ti que te viu passar, mesmo ao lado, mas que nem sequer devolveste o olhar que te implorava atenção?
Trinta e oito anos!
É muito tempo, sem dúvida, mas quanto tempo será preciso que alguém, homem ou mulher como eu e tu, sim...quanto tempo tem de permanecer ali, deitado numa qualquer enxerga de dor, de expectativa permanentemente gorada, de ânsia de auxílio que nunca chega porque, eu e tu, temos muito que fazer, estamos ocupadíssimos com as nossas vidas e, além do mais, não gostamos nada de nos meter-mos "nessas coisas"? (AMA, Meditação sobre Jo 5, 1-17, Homine non habeo blogue Nunc coepi, 2006)
Tema: Obras de misericórdia
As obras de misericórdia, além do alívio que causam aos necessitados, servem para melhorar as nossas próprias almas e as dos que nos acompanham nessas actividades. Todos temos experimentado que o contacto com os doentes, com os pobres, com as crianças e os adultos com fome de verdade, constitui sempre um encontro com Cristo nos Seus membros mais débeis ou desamparados e, por isso mesmo, um enriquecimento espiritual: o Senhor mete-Se com mais intensidade na alma de quem se aproxima dos seus irmãos pequenos, movido não por um simples desejo altruísta – nobre, mas ineficaz desde o ponto de vista sobrenatural -, mas pelos mesmos sentimentos de Jesus Cristo, Bom Pastor e Médico das almas. (D. Álvaro del PORTILLO, Carta, 31.05.1987, nr. 30)
Doutrina: Evangelium Vitae 24
A origem divina deste espírito de vida explica a perene insatisfação que acompanha o homem, ao longo dos seus dias. Obra plasmada pelo Senhor e trazendo em si mesmo um traço indelével de Deus, o homem tende naturalmente para Ele. Quando escuta o anseio profundo do coração, não pode deixar de fazer sua esta afirmação de Santo Agostinho: «Criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Vós».
Como é eloquente aquela insatisfação que se apodera da vida do homem no Éden, quando lhe resta como única referência o mundo vegetal e animal! Somente a aparição da mulher, isto é, de um ser que é carne da sua carne e osso dos seus ossos e no qual vive igualmente o espírito de Deus Criador, pode satisfazer a exigência de diálogo interpessoal, tão vital para a existência humana. No outro, homem ou mulher, reflecte-Se o próprio Deus, abrigo definitivo e plenamente feliz de toda a pessoa. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 35, b-c)
Agradecimento: António Mexia Alves
Senhor: Não tenho ninguém..., ninguém que me ajude, que olhe para mim com compaixão, que se detenha junto desta enxerga, onde há trinta e oito anos espero a cura do meu mal. Que terríveis palavras estas: Não tenho ninguém ("Senhor, não tenho homem"). Por acaso, ao longo da tua vida, ou até, talvez, nestes últimos dias, não passaste sem te deteres junto de alguém que esperava por alguém - por ti -, porque precisa de ajuda, alguém que o anime, lhe diga algo que lhe conforte o coração, devolva a esperança ou sossegue a intranquilidade? Será possível que estejas surdo ao rumor que à tua volta se levanta de milhares de vozes que clamam por justiça, por oportunidade de vida sã e digna e que não têm ninguém que os atenda ou não sabem a quem recorrer? Poderá alguém dizer de ti que te viu passar, mesmo ao lado, mas que nem sequer devolveste o olhar que te implorava atenção?
Trinta e oito anos!
É muito tempo, sem dúvida, mas quanto tempo será preciso que alguém, homem ou mulher como eu e tu, sim...quanto tempo tem de permanecer ali, deitado numa qualquer enxerga de dor, de expectativa permanentemente gorada, de ânsia de auxílio que nunca chega porque, eu e tu, temos muito que fazer, estamos ocupadíssimos com as nossas vidas e, além do mais, não gostamos nada de nos meter-mos "nessas coisas"? (AMA, Meditação sobre Jo 5, 1-17, Homine non habeo blogue Nunc coepi, 2006)
Tema: Obras de misericórdia
As obras de misericórdia, além do alívio que causam aos necessitados, servem para melhorar as nossas próprias almas e as dos que nos acompanham nessas actividades. Todos temos experimentado que o contacto com os doentes, com os pobres, com as crianças e os adultos com fome de verdade, constitui sempre um encontro com Cristo nos Seus membros mais débeis ou desamparados e, por isso mesmo, um enriquecimento espiritual: o Senhor mete-Se com mais intensidade na alma de quem se aproxima dos seus irmãos pequenos, movido não por um simples desejo altruísta – nobre, mas ineficaz desde o ponto de vista sobrenatural -, mas pelos mesmos sentimentos de Jesus Cristo, Bom Pastor e Médico das almas. (D. Álvaro del PORTILLO, Carta, 31.05.1987, nr. 30)
Doutrina: Evangelium Vitae 24
A origem divina deste espírito de vida explica a perene insatisfação que acompanha o homem, ao longo dos seus dias. Obra plasmada pelo Senhor e trazendo em si mesmo um traço indelével de Deus, o homem tende naturalmente para Ele. Quando escuta o anseio profundo do coração, não pode deixar de fazer sua esta afirmação de Santo Agostinho: «Criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Vós».
Como é eloquente aquela insatisfação que se apodera da vida do homem no Éden, quando lhe resta como única referência o mundo vegetal e animal! Somente a aparição da mulher, isto é, de um ser que é carne da sua carne e osso dos seus ossos e no qual vive igualmente o espírito de Deus Criador, pode satisfazer a exigência de diálogo interpessoal, tão vital para a existência humana. No outro, homem ou mulher, reflecte-Se o próprio Deus, abrigo definitivo e plenamente feliz de toda a pessoa. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 35, b-c)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 8 (a partir da trad. de Cerf 1991, p. 63)
«Levanta-te, toma a tua enxerga e anda»
Nosso Senhor foi à piscina de Betzatá; encontrou um homem doente há trinta e oito anos, e disse-lhe: «Queres ser curado?» [...] Meus filhos, reparai bem que este doente permaneceu ali longos anos. Este doente estava destinado a servir a glória de Deus, e não a morte (Jo 11, 4). Oh, se quiséssemos esforçar-nos por compreender, em espírito de verdadeira paciência, o ensinamento profundo contido no facto de o doente ter esperado trinta e oito anos que Deus o curasse e ordenasse que se fosse embora!
Isto destina-se às pessoas que, mal começando uma vida ligeiramente diferente e não vendo produzir-se de imediato as grandes coisas esperadas, crêem estar tudo perdido e se queixam de Deus como se Ele as tratasse injustamente. São poucos os homens que possuem esta nobre virtude de se abandonarem e se resignarem, que se aceitam como são e suportam a própria enfermidade, os próprios obstáculos e as próprias tentações, até que o próprio Senhor os cure. [...] Que poder e que autoridade são dados a este homem! Na verdade, é a ele que é dito: «Levanta-te, não podes continuar deitado, deves sair triunfante do cativeiro, ser salvo e andar em total liberdade; levarás a tua cama, ou seja, aquilo que antes te levava a ti, e deves erguê-la e levá-la agora com autoridade e força.» Aquele que o próprio Senhor libertar será bem libertado, andará cheio de alegria e, após esta longa espera, obterá uma liberdade maravilhosa, de que são privados todos os que julgam que se libertam a si mesmos quebrando os seus laços antes do tempo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sermão 8 (a partir da trad. de Cerf 1991, p. 63)
«Levanta-te, toma a tua enxerga e anda»
Nosso Senhor foi à piscina de Betzatá; encontrou um homem doente há trinta e oito anos, e disse-lhe: «Queres ser curado?» [...] Meus filhos, reparai bem que este doente permaneceu ali longos anos. Este doente estava destinado a servir a glória de Deus, e não a morte (Jo 11, 4). Oh, se quiséssemos esforçar-nos por compreender, em espírito de verdadeira paciência, o ensinamento profundo contido no facto de o doente ter esperado trinta e oito anos que Deus o curasse e ordenasse que se fosse embora!
Isto destina-se às pessoas que, mal começando uma vida ligeiramente diferente e não vendo produzir-se de imediato as grandes coisas esperadas, crêem estar tudo perdido e se queixam de Deus como se Ele as tratasse injustamente. São poucos os homens que possuem esta nobre virtude de se abandonarem e se resignarem, que se aceitam como são e suportam a própria enfermidade, os próprios obstáculos e as próprias tentações, até que o próprio Senhor os cure. [...] Que poder e que autoridade são dados a este homem! Na verdade, é a ele que é dito: «Levanta-te, não podes continuar deitado, deves sair triunfante do cativeiro, ser salvo e andar em total liberdade; levarás a tua cama, ou seja, aquilo que antes te levava a ti, e deves erguê-la e levá-la agora com autoridade e força.» Aquele que o próprio Senhor libertar será bem libertado, andará cheio de alegria e, após esta longa espera, obterá uma liberdade maravilhosa, de que são privados todos os que julgam que se libertam a si mesmos quebrando os seus laços antes do tempo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 16 de Março de 2010
São João 5,1-16
Depois disto, havia uma festa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.
Em Jerusalém, junto à Porta das Ovelhas, há uma piscina, em hebraico chamada Betzatá. Tem cinco pórticos,
e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali um homem que padecia da sua doença há trinta e oito anos.
Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava muito tempo assim, disse-lhe: «Queres ficar são?»
Respondeu-lhe o doente: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda.»
E, no mesmo instante, aquele homem ficou são, agarrou na enxerga e começou a andar. Ora, aquele dia era de sábado.
Por isso os judeus diziam ao que tinha sido curado: «É sábado e não te é permitido transportar a enxerga.»
Ele respondeu-lhes: «Quem me curou é que me disse: 'Toma a tua enxerga e anda'.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem é esse homem que te disse: 'Toma a tua enxerga e anda'?»
Mas o que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus se tinha afastado da multidão ali reunida.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Vê lá: ficaste curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior.»
O homem foi-se embora e comunicou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.
E foi por isto, por Jesus realizar tais coisas em dia de sábado, que os judeus começaram a persegui-lo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Depois disto, havia uma festa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.
Em Jerusalém, junto à Porta das Ovelhas, há uma piscina, em hebraico chamada Betzatá. Tem cinco pórticos,
e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali um homem que padecia da sua doença há trinta e oito anos.
Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava muito tempo assim, disse-lhe: «Queres ficar são?»
Respondeu-lhe o doente: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda.»
E, no mesmo instante, aquele homem ficou são, agarrou na enxerga e começou a andar. Ora, aquele dia era de sábado.
Por isso os judeus diziam ao que tinha sido curado: «É sábado e não te é permitido transportar a enxerga.»
Ele respondeu-lhes: «Quem me curou é que me disse: 'Toma a tua enxerga e anda'.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem é esse homem que te disse: 'Toma a tua enxerga e anda'?»
Mas o que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus se tinha afastado da multidão ali reunida.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Vê lá: ficaste curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior.»
O homem foi-se embora e comunicou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.
E foi por isto, por Jesus realizar tais coisas em dia de sábado, que os judeus começaram a persegui-lo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)