terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Quaresma: 40 dias para uma mudança em profundidade

A Igreja Católica começa a viver esta Quarta-feira o tempo da Quaresma, uma etapa do percurso litúrgico que ao longo de 40 dias propõe uma mudança em profundidade, como forma de preparar a festa maior do Cristianismo, a Páscoa.

As reflexões de Bento XVI para a Quaresma de 2010, contidas na sua mensagem convidam os cristãos de todo o mundo a “contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem”. O texto apresenta uma reflexão sobre os conceitos de justiça e injustiça, assinalando que “aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei”.

“Os cristãos na Quaresma procuram rezar mais intensamente, para se prepararem para essa grande festa da Páscoa. É também um tempo de luta, de luta contra o mal, digamos assim”, indica.

Este esforço de conversão não é apenas uma questão privada, interior, mas visa “todos os males do mundo, todas as formas de morte, porque a Páscoa é a vitória da vida”.

Outra prática habitual deste tempo, o jejum, não deve ser vista como uma mortificação ou algo que interesse por si mesmo. “Jesus nunca pediu sacrifícios pelo sacrifício”, observa. Assim, a autodisciplina do jejum tem em vista “um projecto de vida” e permitir “ajudar outros”, com o que se poupa através desse esforço.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Mensagem do Papa para o Dia de Oração pelas Vocações centrada no testemunho sacerdotal

“O testemunho suscita vocações” foi o tema escolhido pelo Santo Padre, neste Ano Sacerdotal, para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado a 25 de Abril, IV domingo de Páscoa. E isso porque, como escreve o Papa, “a fecundidade da proposta vocacional, se depende primariamente da acção gratuita de Deus, é também favorecida pela qualidade e riqueza do testemunho pessoal e comunitário de todos aqueles que já responderam ao chamamento do Senhor no ministério sacerdotal e na vida consagrada”.

“A iniciativa livre e gratuita de Deus cruza-se com a responsabilidade humana daqueles que acolhem o seu convite... Deus serve-se do testemunho de sacerdotes fiéis à sua missão, para suscitar novas vocações sacerdotais e religiosas para o serviço do seu Povo”. “Poder-se-ia afirmar que as vocações sacerdotais nascem do contacto com os sacerdotes, como se fossem uma espécie de património precioso comunicado com a palavra, o exemplo e a existência inteira. O mesmo se diga da vida consagrada”.

Foram três os aspectos da vida do presbítero - “essenciais para um testemunho sacerdotal eficaz” – postos em destaque pelo Papa na sua Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

Antes de mais, a amizade com Cristo. “Jesus – lê-se na Mensagem - vivia em constante união com o Pai, e isto suscitava nos discípulos o desejo de viverem a mesma experiência, aprendendo d’Ele a comunhão e o diálogo incessante com Deus. Se o sacerdote é o «homem de Deus», que pertence a Deus e ajuda a conhecê-Lo e a amá-Lo, não pode deixar de cultivar uma profunda intimidade com Ele e permanecer no seu amor, reservando tempo para a escuta da sua Palavra. A oração é o primeiro testemunho que suscita vocações”.

Outro aspecto da consagração sacerdotal e da vida religiosa é o dom total de si mesmo a Deus. “No seguimento de Jesus – observa o Papa, cada pessoa chamada a uma vida de especial consagração deve esforçar-se por testemunhar o dom total de si mesma a Deus. Daqui brota a capacidade para se dar depois àqueles que a Providência lhe confia no ministério pastoral, com dedicação plena, contínua e fiel… A história de cada vocação cruza-se quase sempre com o testemunho de um sacerdote que vive jubilosamente a doação de si mesmo aos irmãos por amor do Reino dos Céus.”

Finalmente, um terceiro aspecto que – recorda o Papa - não pode deixar de caracterizar o sacerdote e a pessoa consagrada é viver a comunhão: “o sacerdote deve ser um homem de comunhão, aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido todo o rebanho que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudando a superar divisões, sanar lacerações, aplanar contrastes e incompreensões, perdoar as ofensas”.

“Fiel à sua vocação (escreve o Papa, a concluir a sua Mensagem), cada presbítero, cada consagrado e consagrada, transmite a alegria de servir Cristo, convidando os cristãos a responderem à vocação universal à santidade. Para se promoverem as vocações…, para se tornar mais forte e incisivo o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio «sim» a Deus e ao projecto de vida que Ele tem para cada um. Será o testemunho pessoal, feito de opções existenciais e concretas, a encorajar os jovens a tomarem decisões empenhativas que envolvem o próprio futuro. Assim fez o Santo Cura d’Ars, que, no contacto permanente com os seus paroquianos, «ensinava sobretudo com o testemunho da vida. Pelo seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar».

(Fonte: site Radio Vaticana)

Uma vez baptizados, somos todos iguais

Na Igreja há igualdade: uma vez baptizados, somos todos iguais, porque somos filhos do mesmo Deus, Nosso Pai. Como cristãos, não há qualquer diferença entre o Papa e a última pessoa a incorporar-se na Igreja. Mas esta igualdade radical não implica a possibilidade de mudar a constituição da Igreja, naquilo que foi estabelecido por Cristo. Por expressa vontade divina temos uma diversidade de funções, que comporta também uma capacidade diversa, um carácter indelével conferido pelo Sacramento da Ordem para os ministros sagrados. No vértice dessa ordenação está o sucessor de Pedro e, com ele, e sob ele, todos os bispos: com a sua tríplice missão de santificar, de governar e de ensinar.

Permitam-me que insista repetidamente: as verdades de fé e de moral não se determinam por maioria de votos, porque compõem o depósito – depositum fidei – entregue por Cristo a todos os fiéis e confiado, na sua exposição e ensino autorizado, ao Magistério da Igreja.

Seria um erro pensar que, pelo facto de os homens já terem talvez adquirido mais consciência dos laços de solidariedade que mutuamente os unem, se deva modificar a constituição da Igreja, para a pôr de acordo com os tempos. Os tempos não são dos homens, quer sejam ou não eclesiásticos; os tempos são de Deus, que é o Senhor da história. E a Igreja só poderá proporcionar a salvação às almas, se permanecer fiel a Cristo na sua constituição, nos seus dogmas, na sua moral.

(S. Josemaría Escrivá - Amar a Igreja nº 30–31)

Comunicado de imprensa sobre o encontro com os Bispos irlandeses


Realizou-se nestes dias 15 e 16 um encontro dos Bispos irlandeses com o Santo Padre e os maiores responsáveis da Cúria Romana, para debater a grave situação que surgiu na Igreja da Irlanda. Conjuntamente examinaram a incapacidade revelada ao longo de muitos anos pelas autoridades da Igreja da Irlanda no que diz respeito a pôr efectivamente cobro aos casos envolvendo o abuso sexual de jovens da parte de padres e religiosos irlandeses. Todos os presentes reconheceram que esta grave crise provocou uma perda de confiança na liderança da Igreja e afectou gravemente o seu testemunho do Evangelho e o seu ensinamento moral.

O encontro teve lugar em espírito de oração e de colegialidade fraterna, e a atmosfera franca e aberta assegurou orientação e apoio aos Bispos nos seus esforços para gerir a situação nas respectivas dioceses.

Na manhã do dia 15, após uma breve introdução do Santo Padre, cada um dos Bispos irlandeses exprimiu as suas observações e sugestões. Os Bispos falaram francamente dos sentimentos de sofrimento e angústia, traição, escândalo e vergonha referidos em numerosas ocasiões por aqueles que foram vítimas de abusos. Idêntico sentimento de atroz ultraje reflectido pelos leigos, padres e religiosos a este propósito.

Os Bispos referiram também o apoio actualmente assegurado por milhares de dedicados leigos especialistas, a nível das paróquias, para garantir a protecção das crianças em todas as actividades da Igreja, e garantiram que, não obstante tenha havido inegavelmente no centro desta crise erros de juízo e omissões, actualmente importantes medidas foram já tomadas para garantir a segurança de crianças e jovens. Sublinharam também o seu empenho em cooperar com as autoridades estatais na Irlanda – do Norte e do Sul – e com o Secretariado para a Defesa da Crianças, da Igreja Católica da Irlanda, para garantir que os critérios, as medidas e os procedimentos da Igreja constituam o que de melhor se pode conseguir neste campo.

Pela sua parte, o Santo Padre observou que o abuso sexual de crianças e jovens não é apenas um crime abominável, mas também um grave pecado que ofende a Deus e fere a dignidade da pessoa humana criada à sua imagem.

Embora compreendendo que a actual penosa situação não poderá ser resolvida rapidamente, solicitou aos Bispos que cuidem de tratar com determinação os problemas do passado, para resolver e fazer face com honestidade e coragem a presente crise. Exprimiu também a esperança de que este encontro ajude a unir os Bispos, permitindo-lhes falar a uma só voz na identificação dos passos concretos a adoptar para cuidar dos que foram abusados, encorajando uma renovação da fé em Cristo e o restabelecimento da credibilidade moral e espiritual da Igreja.

O Santo Padre referiu também, mais em geral, a crise de fé que afecta a Igreja e que está ligada à falta de respeito pela pessoa humana, pois o enfraquecimento da fé contribui de modo significativo para o fenómeno do abuso sexual de menores. Insistiu na necessidade de uma reflexão teológica mais aprofundada sobre a questão no seu conjunto, e pediu que aos candidatos ao ministério presbiteral ou à vida religiosa – assim como aos já ordenados ou professos - se assegure uma sólida preparação humana, espiritual, académica e pastoral.

Os Bispos tiveram a oportunidade de examinar e debater o esboço de uma Carta Pastoral do Santo Padre aos Católicos da Irlanda. Tomando em consideração os comentários dos Bispos irlandeses, sua Santidade completará agora esta sua Carta, que será publicada na Quaresma.

No momento em que os Bispos se preparam para regressar às suas dioceses, o Santo Padre pediu-lhes que esta Quaresma seja vivida também como um tempo propício para implorar, para a Igreja na Irlanda, a abundante misericórdia de Deus e os dons de santidade e fortaleza - do Espírito Santo.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Jornal do Vaticano publica Top 10 do rock

Lista composta quase exclusivamente por bandas americanas e britânicas mostra preferências do jornal L’Osservatore Romano.

A lista, que o próprio jornal classificou como “semi-séria”, é uma resposta ao cartaz do festival de São Remo, em Liguria, que começa amanhã.

Criticando a fraca qualidade da oferta, o L’Osservatore publica um “guia” para ajudar os leitores a escolher boas músicas neste género.

Em primeiro lugar estão os Beatles, com o álbum “Revolver”, seguidos de David Crosby com “If Only I could Remember My Name”.

Da lista constam ainda os Pink Floyd com “Dark Side of the Moon”, “Thriller” de Michael Jackson e “Achtung Baby” dos U2, a única banda que escapa ao monopólio de americanos e britânicos.

A única referência sobrenatural nesta lista secular é o álbum “Supernatural” de Carlos Santana.






Alma Mater nomeado para um Brit Award

Entretanto no Reino Unido soube-se que o próprio Bento XVI poderá estar a caminho de ganhar um prémio musical.

O álbum “Alma Mater” que reúne temas musicais com a voz de Bento XVI a rezar, está nomeado na categoria de “clássico”.

Mas o Papa enfrenta um duro lote de concorrentes, entre os quais se encontram os “The Priests”, uma grupo de três padres católicos irlandeses cujas excelentes vozes os têm projectado para o topo das tabelas de vendas.

(Fonte: site Rádio Renascença)

S. Josemaría nesta data em 1932

“Hoje (...) antes da Santa Missa, disse a Jesus o que tantas vezes lhe digo de dia e de noite: (...) “amo-te mais do que estas”. Imediatamente, ouvi sem palavras: “obras é que são amores e não boas palavras”. Acabava de dar a comunhão às monjas do Patronato de Santa Isabel, onde era capelão.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Testemunho pela vida no Super Bowl incomoda grupos pro-aborto

Criar expectativas sobre um anúncio antes de vir a público é um êxito publicitário. Isto foi o que conseguiu um anúncio pró vida emitido durante o Super Bowl, tendo como protagonista Tim Tebow, um dos jovens mais promissores do futebol americano.

Nos escassos 30 segundos do spot, Pam Tebow relata o nascimento do seu quinto filho. Quando estava grávida, teve uma infecção muito grave. Embora os médicos fossem de opinião que devia abortar, ela decidiu levar até ao fim a gravidez. E assim nasceu Tim Tebow, o brilhante quarterback dos Florida Gators.

A iniciativa da CBS de passar esta mensagem a meio do Super Bowl, a 7 de Fevereiro, foi lançada pela organização Focus on the Family. No ano passado, mais de 98 milhões de pessoas viram esta final em todo o mundo.

Passar um anúncio no Super Bowl custa 2,5 a 3 milhões de dólares. Segundo a Focus on the Family, o dinheiro foi conseguido "graças aos generosos donativos de muitos amigos".

A reacção do lobby abortista não se fez esperar. Jehmu Greene, presidente da organização Women's Media Center, pediu à CBS que não pusesse no ar o spot. No seu entender, "um anúncio que usa o desporto para dividir em vez de unir não deveria ser transmitido no evento desportivo mais importante do ano". E conclui dizendo que o spot de Tebow faz parte de "uma agenda anti-americana".

A Focus on the Family pensa que as coisas estão a ser mal interpretadas: "O anúncio celebra a família e a vida. Trata-se de uma história pessoal de amor entre uma mãe e o seu filho" explica Gary Schneeberger, porta-voz desta organização.

O próprio Tebow quis entrar na polémica: "Compreendo que nem todos pensem como eu, mas pelo menos que respeitem a minha decisão de defender aquilo em que acredito. A minha mãe foi uma mulher valente, e por isso me meti nesta contenda. Para ajudar quem precisar".

Perante tantas pressões, a CBS podia sempre voltar atrás. Mas os pró vida conseguiram publicidade suficiente mesmo antes de se passar o anúncio, ao passo que os seus adversários apareceram na incómoda posição de querer silenciar o opositor.

Para a colunista Sally Jenkins, que se declara pro choice, o anúncio protagonizado por Tebow e pela mãe não tem nada de intolerante. Na realidade, os únicos exaltados são os críticos.

"Não deixa de ser curioso que passemos o tempo exigindo que os desportistas se preocupem mais com os problemas do seu tempo e menos com o seu livro de cheques e, assim que aparece um disposto a comprometer-se com uma causa, deitemos as mãos à cabeça", escreve no Washington Post (2-02-2010).

Contrariamente aos seus críticos, "Pam Tebow tem uma autêntica história pro-choice para contar. (...) os médicos preveniram-na de que a sua gravidez podia ser de risco, mas ela exerceu o seu direito de escolha. Vinte anos depois, o fruto dessa escolha converteu-se no vencedor do Heisman Trophy e num evangélico convicto.".

"Agora Pam Tebow e o filho sentem-se felizes por aquela decisão e querem contá-la às pessoas. Mas a National Organization for Women (NOW) crê que é uma mensagem imprópria para os Estados Unidos. A sua presidente, Terry O'Neill, considera o anúncio "extremamente ofensivo e degradante". E acrescenta um argumento moral subtil: "É ofensivo mostrar uma posição própria como se fosse melhor que a dos outros".

Certo é que o anúncio não podia ser mais inocente. Com um sorriso encantador, Pam Teebow explica que decidiu ter o seu filho Tim, apesar de os médicos a terem aconselhado a abortar.

Quando acaba de falar, Tim entra em cena: brinca com a mãe, dá-lhe um abraço e agradece-lhe. A mensagem final do spot é: "Celebra a vida, celebra a vida". É a história de uma escolha. Com uma gravidez de risco, escolheu ter o Tim. Agora os dois se alegram com essa escolha. O facto de Pam ter podido escolher livremente e agora ser feliz não deveria, portanto, ser motivo de alegria para quem apadrinha o direito a escolher?

Uma pró vida no American Idol

Outro spot que está a causar sensação nos Estados Unidos é o de Maddy Curtis, uma rapariga pró vida de 16 anos que ganhou a simpatia do júri do programa American Idol contando a história da sua família.

Maddy é a nona de 12 irmãos, quatro deles com síndrome de Down: Jonny, Jesse, Daniel e Justin. Quando nasceu Jonny, os pais decidiram adoptar Jesse. Depois começaram a trabalhar numa agência para pais a braços com o síndrome de Down, e acabaram por adoptar Daniel e Justin.

No vídeo, Maddy explica como se sente orgulhosa da sua família: "Algumas pessoas são um pouco cépticas em relação ao síndrome de Down. A minha experiência é que estas quatro crianças conseguem que as pessoas que os conhecem dêem o seu melhor".

Após o seu testemunho, Maddy interpreta diante das câmaras uma versão da canção Hallelujah de Leonard Cohen. Os quatro membros do júri não pouparam elogios. "Muito bem. Tens uma voz maravilhosa. Nota-se que cantaste com alma, Maddy", chega a dizer Simon Cowell, que tem fama de ser o juiz mais duro de todos.

Nas declarações a LifeSiteNews (15-01-2010), o padre Ronalda Escalante, pároco da igreja católica frequentada pelos Curtis, sublinha que são "uma família muito, muito pró vida, que não só fala a favor da vida [a mãe tem um popular blog pró vida] mas que o demonstra com o exemplo".

Cada vez mais jovens

O caso da Maddy é um exemplo do retrocesso geracional que o movimento pró vida está actualmente a viver nos Estados Unidos. Face ao estereótipo do jovem indolente preso à MTV, o certo é que cada vez há mais jovens dispostos a copiar os mais velhos. Assim ficou patente na manifestação pró vida que tem lugar em Washington desde 1974 todos os dias 22 de Fevereiro.

Num blog do Washington Post (24-01-2010), Robert McCartney confessa que assistiu à marcha para escrever uma notícia sobre a irrelevância deste tipo de protestos. Mas depressa mudou de ideias, ao verificar que "quase metade da multidão parecia ter menos de 30 anos".

Para McCartney, que se declara a favor da sentença Roe vs.Wade, não se compreende que 37 anos depois de o Supremo aprovar esta decisão, haja tanta gente empenhada em revogá-la. "O movimento anti-abortista sabe que está a ganhar força, mesmo que ainda não se vislumbre a vitória final. Entretanto, os partidários de Roe (...) temos razão para estar nervosos".

McCartney falou com vários destes jovens, que se definem como "a geração pró vida". Muitos pensam que, ao contrário dos pais, estão na posse de mais informação para saber "por que razão o aborto está mal".

Esse dia, os activistas pro choice também fizeram também nesse dia uma manifestação que não reuniu mais de cem pessoas. McCartney constata que até as próprias defensoras do direito ao aborto estão conscientes que a sua causa atrai muito menos jovens.

Juan Meseguer Velasco
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(a versão apresentada é a editada por www.aceprensa.pt, a partir de dois artigos do autor sobre o mesmo tema)

Aceprensa

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Vicente de Lérins (? – antes de 450), monge
Commonitorium, 23 (a partir da trad. bréviaire rev.)

«Ainda não entendestes nem compreendestes?»

Na Igreja de Cristo, não poderá haver nenhum progresso na doutrina? [...] Mas com certeza que é necessário que haja, e progresso considerável! Quem seria tão ciumento dos homens e inimigo de Deus que tentasse opor-se a ele? Mas com a condição de se tratar de um verdadeiro progresso da fé, e não de uma alteração. [...] É pois necessário que a inteligência, a ciência e a sabedoria cresçam e progridam fortemente em cada um e em todos, em cada homem e na Igreja inteira, ao longo dos anos e dos séculos; mas é preciso que progridam segundo a sua própria natureza, quer dizer, na mesma doutrina, no mesmo sentido, na mesma afirmação.

Que a religião das almas imite portanto o desenvolvimento dos corpos: apesar de evoluírem e crescerem ao longo dos anos, permanecem o que eram. Há uma grande diferença entre o desabrochar da infância e os frutos da velhice, mas é a mesma pessoa que passa da infância à idade maior. É um só e mesmo o homem cuja estatura e maneiras se modificam, enquanto ele conserva a mesma natureza, enquanto ele permanece uma só e a mesma pessoa. Os membros dos bebés são pequenos, os dos jovens são grandes; são, contudo, os mesmos [...], que existiam já em potência no embrião. [...]

Do mesmo modo, a fé cristã deve seguir estas leis do progresso para se fortificar com os anos, para que o tempo a desenvolva e a idade a enobreça. Os nossos pais semearam o trigo da fé para a colheita da Igreja. Seria injusto e chocante que nós, os seus descendentes, em vez do trigo da verdade autêntica, recolhêssemos o erro fraudulento do joio (Mt 13, 24ss.). Pelo contrário, é justo e lógico que não haja desacordo entre os primórdios e o fim e que recolhamos este trigo que se desenvolveu depois de o mesmo trigo ser semeado. Assim, enquanto uma parte das primeiras sementes deve evoluir com o tempo, será conveniente ainda agora fertilizá-las e aperfeiçoar a sua cultura.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 16 de Fevereiro de 2010

São Marcos 8,14-21

Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no barco.
Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.»
E eles discorriam entre si: «Não temos pão.»
Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes pão? Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração endurecido?
Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais
de quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães para aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.»
«E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.»
Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)