quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Coisas Muito Serias - Carta aberta P. Duarte da Cunha a seus amigos

Queridos amigos,

Mando este email para partilhar convosco coisas muito sérias.

Como sabem estou na Suíça. O meu "trabalho" é andar pela Europa e organizar encontros com bispos ou representantes destes. O objectivo é conseguir que haja cada vez mais sintonia entre todos e de todos com Jesus Cristo. Ora, um dos temas que por toda a Europa está a ser considerado e tratado é a questão do "pseudo-casamento" entre pessoas do mesmo sexo.

Trata-se de uma autêntica luta. Nós, católicos, somos pela paz. Mas se queremos a paz temos de pugnar por ela e pela verdade e não podemos deixar de lutar quando nos atacam. Ora esta coisa do casamento não é um enfeite cultural, não é uma coisa que uns betinhos burgueses acham que é importante, ou que é do antigamente, do tempo dos nossos avós. Há muitas razões óbvias e sociais para dizer que quem ataca a estrutura natural do casamento está, no fundo a atacar a pessoa e o futuro. Mas há também razões teológicas que ainda confirmam melhor tudo isso.

Quem recebe este email sabe que eu sou padre, por isso, deixem-me dizer-vos duas coisas a partir da fé:

Deus é o Criador. Deus criou, homem e mulher, e disse os dois serão uma só carne. Uma palavra de Deus não é uma ideia ou uma opinião. A palavra de Deus cria, faz acontecer. Foi Deus quem “inventou” o casamento. O amor entre um homem e uma mulher, que envolve toda a vida a ponto de se casarem, começa por ser uma atracção recíproca mas depois avança para uma comunhão de vida. Este amor expressa-se fisicamente numa relação sexual pela qual, no mesmo acto em que marido e mulher reforçam a sua unidade eles abrem-se à possibilidade que esta sua unidade se torne uma nova pessoa. Há muitas outras amizades, mas a sexualidade não é um acaso! É um desígnio de Deus. Que haja homens e mulheres e que entre estes o amor possa ser fecundo, quer dizer que Deus quer que cada um de nós seja desde o momento da concepção um fruto do amor. Mas para isso é preciso que haja um pai e uma mãe. O casamento é isto, um amor que se torna missão de fazer feliz o outro e de acolher e educar os filhos como dons de Deus e frutos do amor. Pode ser melhor ou pior vivido. Mas é isto. A amizade de duas pessoas do mesmo sexo, mesmo que seja imoral e entre eles haja "relações sexuais", mesmo que vivam juntos e partilhem tudo, nunca poderá ser isto que Deus criou com um objectivo muito claro. Mas isto, mesmo quem ainda não acredita em Deus pode constatar: basta olhar para a realidade! A pessoa humana é um todo: corpo e alma, interioridade e sociabilidade, história e presente, futuro e passado: somos uma pessoa não a soma de partes. Se o meu corpo é de homem, os meus pais dão-me um nome de homem, porque sabem que não é o corpo mas o filho que é um homem.

Uma segunda coisa me parece ser importante dizer: esta crise social que levou à legalização do aborto, agora à equiparação legislativa (e por isso cultural porque isto vai ser ensinado nas escolas) entre casamento e união de duas pessoas do mesmo sexo e que levará à Eutanásia, etc. Tem na sua raiz o pecado. O Pecado original que faz com que a humanidade tenha a pretensão de decidir o que é bem e o que é mal sem ligar nenhuma a Deus. O pecado de tantos, mesmo de cristãos que desistem de viver como Deus manda, e o pecado, que por muita ou pouca culpa, praticam os que querem viver como se Deus não existisse. Estamos na cena do Filho Pródigo. A nossa sociedade é o filho que sai de casa julgando que com as riquezas da herança já não precisa do pai. Mas o destino é acabar com os porcos. Só quando voltar a casa poderá, de facto, voltar a sentir-se homem! A nossa sociedade anda maluca; os nossos dirigentes, os políticos, estão muito influenciados por uma mentalidade anti-cristã e, por isso, já nem pensam se o que fazem é bom ou mau, mas querem ser progressistas sem critérios. Mas o mais difícil é que estas teses contra a vida e contra a família, que no fundo são contra o homem, aparecem sempre com a imagem de bonzinhos. Neste caso é para não descriminar. E nós somos acusados de maus. Mas dizer que coisas diferentes são a mesma coisa não é não descriminar, é mentir. Não descriminar quer dizer que não negamos direitos que pertencem por natureza a pessoas por questões secundárias, como ninguém pode dizer que se é mais ou menos pessoa se formos desta ou daquela raça, deste ou daquele país, desta ou daquela religião, se formos homens ou mulheres, se formos adultos ou crianças. Qual é a mentira que está nestas propostas de lei? É dizer que casamento é um direito e que a orientação sexual (isto é o diz a ideologia do género - para quem não há dois sexos mas 5 géneros) é um facto como a raça, o país, a idade ou o sexo. Mas é mentira porque eles mesmos dizem que são livres de escolher a orientação, e não são livres de ter esta ou aquela idade, de ser de pele escura ou amarela, de ter nascido em Portugal ou nos Estados Unidos. Quando dizemos que pela religião ou pelas ideias ninguém pode ser descriminado queremos dizer que não se é menos cidadão, com os direitos e deveres inerentes. Mas não dizemos que qualquer um de nós em nome da sua fé pode fazer qualquer coisa, como por exemplo matar, casar-se com muitas mulheres, ou coisas que sejam claramente erradas. Por isso, dizer que não se pode descriminar os homossexuais só pode querer dizer que não se podem negar os direitos à vida, ao sustento, à saúde, à habitação, etc. Não se pode querer dizer que eles podem casar-se entre eles. O que se pretende, de facto, é outra coisa. Pretende-se negar a diferença sexual, porque se pretende negar que há um Deus Criador, ou que há uma natureza e por isso que há bem e mal e regras morais objectivas. Quer-se o relativismo total. Ora nós não podemos aceitar isso. Porquê? Porque somos conservadores ou sensíveis e incomoda-nos a novidade? Não! Por amor. Porque olhamos para o futuro e não queremos que ele seja uma barbárie. Não somos conservadores, somos os que querem o verdadeiro progresso. Porque não podemos esquecer que a Verdade é também a melhor caridade, porque não queremos ficar impávidos a ver a sociedade auto-destruir-se. Porque pensamos nos nossos, mas também em todos. Até nos homossexuais. Queremos o bem deles, não nos estamos a marimbar se fazem mal ou bem. Como na guerra do aborto fomos os que verdadeiramente queriam o bem das mulheres que os outros pretendiam defender, também aqui não queremos abandonar os miúdos e os graúdos que têm dificuldade de identidade, nem queremos que nas escolas, nas televisões, nos livros, na internet, se passe a mentira de que é tudo igual! Não nos calamos, além, disso porque não podemos entregar crianças que já tiveram problemas em nascer em lares que não as acolheram e são dadas à adopção, para serem adoptadas e educadas por pessoas do mesmo sexo, sem o direito a ter um pai e uma mãe. Dizem que entre elas há muito afecto? E quando o afecto acabar? E que amor é esse que se reduz ao afecto? Mudar fraldas com afecto? Ficar até tarde à espera do filho que chega da noite por afecto? Ter de passar uma noite no hospital pediatra por afecto? Quem só tem afecto e não tem amor cansa-se muito depressa. E as crianças vão ser joguetes. Já basta quando os próprios pais, por egoísmo, descuram a educação. Vamos institucionalizar que a base da adopção é o afecto? Nem entre heterossexuais isso basta!

Depois de ter dito tudo isto (que já sei que muitos não lerão por ser muito comprido!) deixem-me dizer que há duas coisas muito importantes a fazer agora:

1. Fazer tudo por tudo para ser feliz na família. Casais, deixem-se de zangas, os tempos agora são para unir esforços e são para testemunhar que a verdade do casamento é um caminho possível. Deus ajuda. Não se deixem influenciar por egoísmos, não sejam indiferentes ao outro, ajudem-se, amem-se.

2. Vão no dia 20 de Fevereiro às 15 horas à manifestação na Avenida da Liberdade. vejam: http://www.casamentomesmosexo.org )

Força.

Com Muita amizade,

Pe. Duarte

Bispo do Porto divulga mensagem de Quaresma no YouTube

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, divulgou através do YouTube a sua mensagem de Quaresma, que se inicia a 17 de Fevereiro, com a celebração de Quarta-feira de Cinzas.

Para o prelado, este tempo tem uma “motivação acrescida pelas próprias circunstâncias da Igreja e do mundo”, onde tantos homens e mulheres “vivem e lutam”.

O Bispo do Porto lembra a “vinda próxima” de Bento XVI a Portugal, em Maio, e cita a mensagem papal para a Quaresma 2010, centrada no tema da “justiça de Deus”, ou seja, “o modo que Deus tem, tão surpreendente sempre, de se revelar naquilo que Ele é e quer ser para nós”.

D. Manuel Clemente convida os fiéis a “crescer para Deus” nos 40 dias que servem de preparação para a Páscoa, destacando a “prática quaresmal da oração” e da “penitência”.

Daí deve resultar, segundo este responsável, uma atitude de “profunda solidariedade” perante “irmãos e irmãs que precisam de alento”.

“Há tanto para fazer em nós em termos de disponibilidade para os outros, de pobreza oferecida em repartição constante de todos os recursos que tenhamos ao nosso dispor”, assinala.

A tradicional renúncia quaresmal destina-se ao Fundo Social Diocesano, constituído em 2008.

A renúncia quaresmal é uma prática habitual na Igreja Católica durante o período que serve de preparação para a Páscoa. Os fiéis são chamados a abdicar de alguns dos seus bens em favor das populações mais desfavorecidas e a entregar esse montante à sua Diocese, que o encaminha para um projecto à sua escolha.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Na audiência geral dedicada à figura de Santo António de Lisboa, Bento XVI salientou a importância de uma “economia amiga da pessoa”


“A economia tem necessidade da ética para o seu correcto funcionamento. Não de uma ética qualquer, mas de uma ética amiga da pessoa”: palavras de Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, na presença de uns oito mil peregrinos. O Papa dedicou a catequese desta audiência à figura de Santo António de Lisboa, evocando a sua vida e pregação e propondo-o, neste Ano Sacerdotal, como modelo de pregador.

Fazendo notar que Santo António “contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana”, Bento XVI deteve-se a falar da importância que o Santo reservava à oração, na sua pregação. Como “só uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual”, a oração era “o objecto privilegiado da (sua) pregação”.

Conhecendo bem “os defeitos da natureza humana, a tendência a cair no pecado”, Santo António “exorta continuamente a combater a inclinação à avidez, ao orgulho e à impureza, para praticar antes as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza”.

“Nos inícios do século XIII, no contexto do renascer das cidades e do florescer do comércio – fez notar o Papa – crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres”. É por isso que António “convida os fiéis a pensar na verdadeira riqueza – do coração, que, tornando a pessoa misericordiosa, faz acumular tesouros no céu”. Um “ensinamento – disse – muito importante também hoje , quando a crise financeira e os graves desequilíbrios económicos empobrecem tantas pessoas e criam condições de miséria”. E aqui Bento XVI recordou a importância, também neste nosso tempo de crise, de “uma economia amiga da pessoa”.

Estas as palavras pronunciadas pelo Papa em português:

Queridos irmãos e irmãs,

Dotado de grande inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e fervor místico, António de Pádua ou – como também é conhecido – de Lisboa, contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, sendo um dos santos mais populares da Igreja Católica. Começou sua vida religiosa entre os Cónegos Regulares de Santo Agostinho, dedicando-se ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja. Porém, atraído pelo exemplo dos primeiros mártires franciscanos, fez-se discípulo de São Francisco de Assis e acabou por ser destinado para a pregação do Evangelho ao povo simples e o ensino da teologia a seus confrades, lançando as bases da teologia franciscana. No último período da sua vida, António escreveu os «Sermões», onde propõe um verdadeiro itinerário de vida cristã. Neste Ano Sacerdotal, peçamos que os sacerdotes e diáconos cumpram sempre com solicitude este ministério de anúncio e actualização da Palavra de Deus no meio do Povo de Deus.

Saúdo, com fraterna amizade, os grupos vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta visita aos lugares santificados pela pregação e martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo possa confirmar a todos na fé, esperança e caridade. A Virgem Mãe vos acompanhe e proteja!

(Fonte: site Radio Vaticana)

Santuário Annai Vailankanni


Vailankanni, conhecida também como a “Lourdes do Oriente” encontra-se na costa do Golfo de Bengala, no sul da Índia, deve grande parte de sua fama a Nossa Senhora da Saúde.

A cidade de Vailankanni, no estado de Tamil Nadu, acolhe milhares de peregrinos que todos os anos vão ali para venerar a Virgem. Como em outros santuários, a Mãe de Deus reúne os seus filhos nesta Basílica, onde se pode participar da liturgia e dos sacramentos na língua inglesa e hindi, línguas locais, como o tâmil, marathi, malayalam, telugu e kannada.

Desde o século XVI, verificou-se neste lugar uma série de milagres e aparições marianas a várias pessoas. A primeira aparição teve como testemunha um menino hindú que viu a Virgem quando transportava leite. A Virgem lhe apareceu no meio do caminho e lhe pediu um pouco de leite para seu Filho que carregava nos braços. O menino deu o leite e quando lhe perguntaram o motivo de seu atraso para chegar ao seu destino, ele contou o que tinha ocorrido. Porém ao verem o leite, se deram conta, com espanto, que não faltava nada. O menino levou o seu patrão ao lugar da aparição e a Virgem apareceu outra vez.

Depois de vários anos, a Virgem Maria voltou a aparecer do mesmo modo: pedindo leite a um menino e repetiu-se o mesmo milagre. Desta vez, o menino, que era deficiente, ficou curado depois de ter visto a Virgem. Neste caso, a Virgem pediu que se construísse uma capela em sua honra e assim foi feito. Quando ficou pronta tornou-se um lugar de veneração a Maria como o nome de Nossa Senhora da Saúde ("Arokia Matha").

Porém não terminou aí a história. Neste lugar continuaram a ocorrer milagres. Os dois mais conhecidos se verificaram no século XVII e em 2004.

No século XVII, um barco mercantil procedente de Portugal naufragou perto das costas do Golfo. Os marinheiros invocaram Maria, Estrela dos Mares e prometeram construir um santuário em seu nome se conseguissem tocar a terra. A Virgem lhes salvou milagrosamente do naufrágio e eles puderam chegar ao porto.

Ao desembarcarem, os marinheiros dirigiram-se à capela construída em honra da Virgem de Vailankanni. Transformaram o pobre templo em um Santuário, que passou por posteriores melhorias com o passar dos anos, até tornar-se um majestoso santuário. O Santuário de Nossa Senhora de Velankanni foi elevado à categoria de Basílica pelo Papa João XXIII no dia 3 de Novembro de 1962.

Em 2004 teve lugar um grande maremoto e a área de Vailankanni foi um dos lugares mais duramente atingidos. Quando as águas do mar entraram na cidade, quase 2.000 peregrinos estavam participando da missa dentro do santuário. Milagrosamente, o Santuário salvou-se das águas, que devastaram todos os demais edifícios da cidade. Nossa Senhora da Saúde se mostra assim como uma Mãe que se preocupa em proteger seus filhos de Vailankanni, e por extensão, aqueles da Índia e do mundo inteiro.

Oração de consagração a Nossa Senhora de Vailankanni:

“Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Saúde, hoje viemos aqui diante de Ti, e nos dirigimos a Ti confiantes no Teu coração maternal. Hoje consagramos nossas obras e sacrifícios, tudo o que possuímos e o que somos. Reina sobre nós, querida Mãe, que todos nós possamos permanecer unidos na prosperidade e na adversidade, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na vida e na morte. Através de Ti, nós louvamos a Santa Igreja Católica. Proteje-a contra todos os ataques de seus inimigos. Através de Ti, nós louvamos a raça humana. Faz com que os homens e as nações possam compreender e cumprir com os preceitos de Teu Divino Filho. Ame teu próximo de modo que a paz sincera possa estabelecer-se profundamente na justiça e na verdade”.

(Fonte: H2O News)

Eu vou, por amor!

1. A Sagrada Escritura recorrendo às circunstâncias, mentalidade e temas dos tempos em que foi escrita designa a Deus, a Jesus Cristo, como o Verdadeiro e Bom Pastor e ao Seu povo como as ovelhas do Seu rebanho. Naquele tempo, a designação de rebanho com que se qualificava o povo não tinha de modo nenhum o sentido pejorativo dos dias de hoje, nem se poderia comparar à designação de massas, no sentido que lhe dá Ortega y Gasset.

Convirá notar, em primeiro lugar, a distância enorme que vai entre uma pessoa humana e um animal é infinitamente mais pequena do que a entre Deus, qualquer da Pessoa Trindade Divina, e o ser humano. De modo que a comparação a ser desprimorosa não o seria para nós mas sim para o Senhor. Acresce que naqueles tempos entre os pastores e as ovelhas havia como que uma “familiaridade”, elas seguiam-no confiantes, “sabendo” que as conduziam a pastagens abundantes, que as protegeriam de todos os perigos, as abrigariam nas intempéries e que se alguma se perdesse qualquer bom pastor não descansaria enquanto não a encontrasse. Como as ovelhas tinham grande valor aos olhos dos pastores estes não fugiam quando os lobos, a alcateia, a elas se arremessavam, mas com perigo da própria vida os enfrentavam com denodo e bravura. Quem o não fizesse revelava que de facto não era pastor mas sim mercenário que buscava o seu interesse e não o do rebanho. Este não cuidava das feridas, não fortalecia as débeis, não alimentava as famintas, não enfrentava os perigos.

Pelo Sacramento da Ordem, Bispos e Presbíteros (Padres) são configurados com Jesus Cristo, Sumo-sacerdote, Cabeça da Igreja, Bom Pastor. Com os outros católicos são ovelhas, mas, para esses mesmos católicos, são Pastores, membros da Hierarquia. Evidentemente, como trazem esse tesouro nos vasos de barro frágil e estaladiço que são têm de continuamente implorar a Graça de Deus para serem fiéis e não abandonarem as ovelhas que lhes foram confiadas. O Papa Bento XVI, numa das primeiras intervenções que fez aquando da sua eleição a Sumo Pontífice pediu publicamente a Graça de não fugir quando os lobos aparecessem, a fortaleza para os enfrentar.

A 20 de Fevereiro, dia dos Bem-aventurados Francisco e Jacinta, pastorinhos de Fátima, uma multidão de ovelhas vai reunir-se (às 15h, na praça do Marquês de Pombal, descendo depois a Av. da Liberdade e terminando na praça dos Restauradores em Lisboa) com a finalidade de testemunharem publicamente a verdade sobre o casamento e a família. Tenho para mim que onde está o rebanho, acossado aliás pela alcateia, não pode faltar o Pastor e essa é claramente uma razão para não faltar. Por isso, se Deus quiser, lá estarei.

2. Lá estarei, por amor ao único e verdadeiro casamento, a saber, entre um homem e uma mulher, numa união aberta à vida, exclusiva e indissolúvel até que a morte os separe.

Lá estarei por amor ao conceito de vida Boa que possibilite o Bem Comum, isto é, o bem de todos e de cada um.

Lá estarei por amor à Justiça que é negada por leis iníquas que a violam.

Lá estarei por amor à Família não desdenhada, agredida e maltratada neste últimos anos.

Lá estarei por amor às novas gerações para que não sejam corrompidas, em nome do amor e da felicidade com aquilo que o polui e a desgraça.

Lá estarei por amor a todas as pessoas que experimentam desejos eróticos/sexuais por outras do mesmo sexo para que se vejam livres de uma lei injusta (legalização do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo) que só contribuirá para agravar os seus problemas.

3. Há aí alguém que me queira acompanhar? Que queira também assim amar?

Nuno Serras Pereira
09. 02. 2010

(Agradecimento: ‘Infovitae’)

S. Josemaría ocorreu nesta data em 1907




Nasce Lolita, irmã de São Josemaría. Morre cinco anos depois. Na fotografia Vê-se a casa da Família em Barbastro. Em 1975, recebe a medalha de ouro da cidade que o viu nascer. No discurso que pronuncia nessa ocasião, diz: “Nestes longos tempos de residência na Roma eterna, junto da sede de Pedro, ou quando o trabalho apostólico me levava por caminhos remotos, a memória de Barbastro e das suas gentes esteve, e está, muito dentro de mim. Cruzam-se no meu pensamento tantos nomes, relacionados com a família que Deus, na sua amável providência, me quis conceder. A minha oração mais fervorosa abarca todos quantos abandonaram já esta vida: para eles peço ao Senhor que lhes tenha concedido o dom da felicidade eterna”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

CONHECER BENTO XVI -O Papa da palavra, mais do que da imagem

A imprensa acompanhou de perto a Jornada Mundial da Juventude em Colónia, a primeira depois da eleição do novo Papa. Apresentamos uma selecção dessa cobertura jornalística.

"Colónia teve grandes multidões e muita coreografia mas, sobretudo, temas comprometedores", observa Gaspare Barbiellini Amidei no "Corriere della Sera" (20 de Agosto de 2005). "O Papa da palavra, mais do que da imagem, apresenta uma aposta difícil, cujo resultado não está garantido nos ritmos efémeros dos telemóveis e dos "spots", numa sociedade asceticamente devota da televisão e do "star system". É mais fácil comunicar pelo ecrã, do que alcançar os cérebros".

"Fazendo finca-pé nos conteúdos e elegendo como primeira prova o terreno, sentimentalmente mais seco, da Europa da Reforma e do ateísmo prático, Bento XVI mostrou qual o objectivo do seu Pontificado: dar respostas pensadas sobre o significado das perguntas. A metodologia fintou as interpretações que vulgarizavam a sua estratégia comunicativa. Ratzinger vai directamente à solução ‘filosófica'. Com uma intuição moderna, retoma o seu discurso precisamente nesse temido período que é a época do iluminismo, momento considerado pelo conservadorismo religioso como o ponto de máximo afastamento entre o homem europeu e o Deus da tradição".

Bento XVI, acrescenta o comentarista, "torna seu, e também de Deus, o princípio liberal do direito que precede o tema da autoridade. Inesperadamente, o Papa proclamou em Colónia um direito: o de Deus falar à sua jovem multidão, ‘esperança do mundo'. Gritou: "Deixai a Deus o direito de vos falar". Perante um mundo que corre o risco de ver negados os direitos do homem em nome de uma violenta interpretação de Deus, "a resposta de Ratzinger está na oração, recitada com os seus jovens nos umbrais de uma sinagoga e de uma mesquita. Aqui, palavra e imagem, ser e dizer, sentir e ver, podem converter-se numa mesma coisa, se cada um for sincero. Como escrevia a antiga sabedoria grega, o ser e o dizer são uma mesma coisa".

O "carisma" de Bento

O escritor Vittorio Messori comenta no "Corriere della Sera" (22 de Agosto) que os factos desmentiram "os que temiam - entre eles eu - que o novo Papa teria dado a impressão de um substituto um pouco coibido, um ‘vice' chamado a gerir um acontecimento que ele não tinha iniciado e que talvez nem sequer o quisesse".

No conceito de Matthias Drobinski ("Süddeutsche Zeitung", de 22 de Agosto), "ao Papa Bento sucedeu o mesmo que aos Reis Magos, de quem a Jornada Mundial da Juventude tomou o lema: actuou, precisamente, pelo facto de se ter posto a caminho para um encontro que não tinha sido planeado por ele - o tímido intelectual - e ter tido ele a valentia de se apresentar perante uma multidão ruidosa".

Que efeito causou? "Por detrás do entusiasmo oficial das delegações" - opina Drobinski - "ocultava-se uma certa decepção; um ou outro católico jovem dado ao entusiasmo já não estava tão eufórico quando o Papa se retirou. Apesar de tudo, aclamaram-no, primeiro os 400.000 participantes de toda a JMJ, depois os 800.000 da noite de sábado e, no final, o milhão de assistentes à Missa de encerramento. Em primeiro lugar, porque muitos participantes da JMJ viram com simpatia que Bento não tentara copiar o seu carismático e espontâneo predecessor João Paulo II, mas que se mantivera autêntico na sua timidez e nos seus gestos pouco ensaiados. Depois, porque é um costume muito alemão medir um Papa pelo que diz em público... e os alemães apenas eram um em cada quatro participantes. E, por último, porque um acontecimento com tanta gente jovem tem momentos em que também se celebra a si mesmo, descontraído e embriagado de espírito comunitário. Se bem que os grupos que cantavam, agitavam bandeiras e tocavam apitos tenham marcado as imagens de televisão, o encontro de Colónia não foi apenas um ‘evento': muitos jovens mantiveram-se sérios, procuraram o silêncio e dedicaram-se a rezar, apreender e debater".

Assim, diz Messori, o encontro de Colónia "demonstrou que, qualquer que seja o carisma do Papa, os jovens apercebem-se de que o que conta de verdade é Cristo e a Igreja, dos quais um homem de cada vez é Vigário e Chefe. Portanto, diversidade mas não descontinuidade, entre João Paulo II e Bento". O novo Papa "apresenta-se a cada um como um pai acolhedor e respeitoso mas, ao mesmo tempo, consciente de ser mestre e garante da ortodoxia da fé. Este é o homem que, à viva força, quis que o Catecismo se convertesse num best-seller: não simplesmente para se vender, mas para se estudar, e mesmo aprender-se de memória. Precisão, rigor, recusa de qualquer cedência ao sentimentalismo, ao desejo de cair bem à custa da verdade. É o sinal de um governo pacífico mas, no entanto, tenaz. Que pretende deixar espaço a todos e a tudo, menos ao erro".

Claro em relação aos muçulmanos

Magdi Allam, especialista em temas islâmicos do "Corriere della Sera", comenta no diário milanês (21 de Agosto) o encontro de Bento XVI com representantes muçulmanos e louva " um Papa que recusa o diálogo que se resuma no rito formal e algo hipócrita de um forte aperto de mãos perante as câmaras de televisão". Pelo contrário, o Papa colocou os muçulmanos na situação de "se confrontarem explicitamente com o sistema de valores que fundamenta a civilização humana. Sem concessões aos temas sociais e económicos (a marginalização, a miséria) que acompanham o fanatismo violento. Em Colónia, Bento XVI inaugurou uma nova época nas relações com os seguidores da terceira religião abraâmica, promovidos para o centro da principal emergência internacional pelo terrorismo e pelas preocupações suscitadas nas comunidades islâmicas radicadas no Ocidente".

Allam afirma que Bento XVI evitou o erro de usar, para a compreensão dos muçulmanos, parâmetros que são próprios do cristianismo e do Ocidente. "Compreende que não têm um Papa, nem há clero nem sacerdotes islâmicos. Reconhece que apenas uma ínfima minoria de muçulmanos se identifica com as mesquitas, mesmo sendo crentes, porque o fundamento do Islão é a relação directa entre o fiel e Deus. Apercebe-se de que, por um misto de ingenuidade, cobardia e ideologia, o Ocidente ofereceu grande parte das suas próprias mesquitas aos extremistas que legitimam, explícita ou camufladamente, o terrorismo e relativizam o valor da vida segundo a identidade das vítimas".

É evidente, conclui, que "a guerra mundial contra o terrorismo e a ideologia niilista que nega a sacralidade da vida de todos, só poderá ser ganha com a participação convicta do conjunto dos muçulmanos, os quais - há que recordá-lo - são, paradoxalmente, tanto os principais verdugos, como as principais vítimas deste horror globalizado".

Bento XVI face à crise da Alemanha

A partir do acolhimento dispensado ao Papa na Alemanha, Hermann Tertsch, colunista de "El País" (Madrid, 23 de Agosto), chama a atenção, numa perspectiva não religiosa, para a ajuda que Bento XVI pode representar para o seu país.

"O papado de Karol Wojtyla foi o pior que aconteceu aos que apostavam no cinismo e na resignação para perpetuar a ditadura comunista e defender os dogmas sem relevo do determinismo histórico. Tudo indica que o de Bento XVI - logicamente mais breve - pode mobilizar as consciências individuais com consequências imprevisíveis. Se, com a primeira viagem ao seu país natal, a Polónia, João Paulo II despoletou o movimento que haveria de devolver a liberdade e a dignidade às nações e aos indivíduos oprimidos por uma ideologia corrupta, criminosa e mentirosa, o novo Papa, muito mais intelectual que o seu antecessor, realizou a primeira visita ao seu país natal e levantou uma inaudita onda de entusiasmo com a o seu apelo à activação da valentia e da força do individuo. Se o primeiro chamou à insubmissão face à opressão, este chama à activação do sentido transcendente do individuo - também do não religioso - na liberdade e na confiança face à docilidade que o reducionismo não laico impõe , mesmo anti-religioso. Por isso põe ênfase, não apenas no diálogo inter-eclesial, mas no que seria de chamar comunhão trans-religiosa".

Tertsch pensa que a Alemanha era um campo de experiências especialmente difícil para este objectivo, pois "em nenhum país europeu esteve a Igreja Católica tão tentada a ganhar aceitação pela renúncia aos seus princípios e códigos. Nenhuma igreja, como a católica alemã, teve um movimento secular e intelectual tão activo e movimentado para impor reformas ao gosto do "consumidor" e uma modernização que acabasse na demolição das suas estruturas hierárquicas e da sua antiquada organização, que permitiram à Igreja Católica manter a sua unidade e não confundir modernidade com modas".

"Se todo o mundo sofre hoje da incerteza, na Alemanha, onde depois do desastre do nazismo e da guerra, a identidade e a confiança se fundamentaram exclusivamente na prosperidade material, a crise económica causou estragos anímicos. O Papa não vai libertar a Alemanha da sua crise. Mas muitos acreditam já que este Papa pode ajudar tanto a sua pátria como João Paulo II ajudou a sua".

Aceprensa

Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, convida a melhorar as celebrações

As celebrações comemorativas dos 300 anos da instituição do Lausperene em Braga “devem ser aproveitadas para uma maior consciencialização do valor e importância desta realidade de fé na vida dos cristãos e das comunidades. Sem este trabalho, tudo permanecerá na mesma, depois de iniciativas que apenas cansaram”, afirma D. Jorge Ortiga na nota pastoral "Louvor perene", tornada pública pelo Paço Episcopal através da internet e com um vídeo do YouTube.

No documento, o Arcebispo de Braga afirma que celebrar os 300 anos do Lausperene, em pleno Ano Sacerdotal, “é um dom de Deus, uma graça especial que merece a atenção de todos: pastores e fiéis. Somos convidados a dar graças pela imensa riqueza que, ao longo de três séculos, a Igreja Arquidiocesana recebeu”, mas, acrescenta, “somos também convidados a pensar que a Eucaristia é para o Sacerdócio e o Sacerdócio para a Eucaristia”.

O Arcebispo de Braga deixa votos de que “as considerações desta Nota Pastoral sejam um apelo para ousar aprofundar, mais responsavelmente, a doutrina da Igreja sobre estes dois sacramentos: Eucaristia e Sacerdócio”.

No YouTube, o Cón. José Paulo fala, do mesmo modo, sobre a Nota Pastoral e a ainda sobre o impacto que a comemoração dos 300 anos do Lausperene está a ter na Arquidiocese de Braga.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja
Avisos e máximas (161-168, a partir da trad. Seuil 1945, p. 1202)

«Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)

A pureza do coração corresponde ao grau de amor e de graça de Deus; assim, quando o nosso Salvador chama bem-aventurados àqueles que têm o coração puro (Mt 5, 8), fala daqueles que estão cheios de amor, porque a beatitude é-nos dada segundo o grau do nosso amor.

Aquele que ama verdadeiramente a Deus já não cora diante do mundo por aquilo que faz para Deus, não o esconde com atrapalhação, ainda que o mundo inteiro venha a condená-lo.

Aquele que ama verdadeiramente a Deus vê como um ganho e uma recompensa a perda de todas as coisas criadas, e até a própria perda de si próprio por amor a Deus [...].

Aquele que trabalha para Deus com um amor puro, não só não se perturba por ser visto pelos homens, como também não age de forma a ser visto por Deus [...].

É coisa grande exercitarmo-nos muito na prática do amor santo, porque a alma que atinge a perfeição e a consumpção do amor não tardará, seja nesta vida, seja na outra, a ver o rosto de Deus.

Aquele que tem o coração puro aproveita igualmente quer da elevação quer da humilhação para se tornar sempre mais puro, enquanto que o coração impuro disso só se serve para produzir ainda mais frutos de impureza.

O coração deposita em todas as coisas um saboroso conhecimento de Deus, casto, puro, espiritual, cheio de alegria e de amor.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 10 de Fevereiro de 2010

São Marcos 7,14-23

Chamando de novo a multidão, dizia: «Ouvi-me todos e procurai entender.
Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.»
Quando, ao deixar a multidão, regressou a casa, os discípulos interrogaram-no acerca da parábola.
Ele respondeu: «Também vós não compreendeis? Não percebeis que nada do que, de fora, entra no homem o pode tornar impuro,
porque não penetra no coração mas sim no ventre, e depois é expelido em lugar próprio?» Assim, declarava puros todos os alimentos.
E disse: «O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro.
Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios,
adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios.
Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)