URGENTE! REFERENDO: INFORMAÇÃO E CONVOCATÓRIA (debate no dia 8/Janeiro de manhã)

Queridos amigos: o turbilhão de trabalho, contactos, em que temos estado envolvidos tem sido de tal forma que ainda não se fez o essencial: agradecer a todos do fundo do coração o extraordinário empenho que conduziu a termos entregue na AR ontem (90.785) e hoje (1.422) um total de 92.207 assinaturas!

Trata-se de uma coisa espantosa se pensarmos na época em que se recolheu as assinaturas e os apenas, praticamente, 21 dias de recolha nas ruas!

Só possível pelo empenho deste Povo do Mais Vida Mais Família e pelo facto de aquilo que pedimos corresponder a um clamor popular como não há memória no país! Muito obrigado a todos!

A Plataforma foi hoje recebida à tarde na 1ª Comissão e o debate da nossa proposta terá lugar depois de amanhã, sexta-feira, 8 de Janeiro, na sessão da Assembleia da República de manhã desse dia. O press-release que hoje distribuiremos à comunicação social que estiver presente no encontro nos Meninos do Rio descreve bem o que há ainda pela frente e por isso o anexamos.

Queremos agora convidar todos a estar presentes no debate parlamentar de sexta-feira, 8 de Janeiro. Para isso basta que nos encontremos a partir das 9h (a sessão começa às 10h mas o público tem de entrar antes e devendo estar presente muita gente que importa dividir “por lados” tudo isto requer uma certa organização) na porta lateral da Assembleia da República no Palácio de São Bento em Lisboa. Contamos consigo!

Quem precisar de ajuda para se localizar procure-me à porta.

Não deixem também de ir seguindo o que se passa pelo www.casamentomesmosexo.org

Um abraço muito grato do

Antonio Pinheiro Torres

Manoel de Oliveira discursará a Bento XVI

Encontro do mundo da cultura com o Papa será uma das imagens de marca da viagem deste ano

O cineasta Manoel de Oliveira foi a personalidade escolhida pelo mundo da cultura para discursar no encontro com Bento XVI, a decorrer no Centro Cultural de Belém (CCB), Lisboa, na manhã de 12 de Maio deste ano.

Bento XVI estará em Portugal de 11 a 14 e terá um encontro com agentes da cultura. “Na auscultação, as personalidades foram unânimes na escolha de alguém que está acima de diferentes sensibilidades e que defende nos seus filmes valores cristãos” – disse à Agência ECCLESIA D. Carlos Azevedo, coordenador geral da visita de Bento XVI a Portugal.

Em declarações ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), o Pe. José Tolentino Mendonça, que dirigiu o convite ao realizador, está convencido de que o encontro entre Bento XVI e Manoel de Oliveira será uma das imagens mais marcantes da estadia do Papa em Portugal.

Conforme noticiado pela ECCLESIA, o cineasta foi convidado pelo Vaticano para estar no encontro do Papa com artistas de todo o mundo, em Novembro passado, não lhe tendo sido possível marcar presença no mesmo.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

O agir dos Magos vindos a Belém “como que confirma uma perfeita harmonia entre a investigação humana e a Verdade divina…”


Na alocução do meio-dia, na Praça de São Pedro, antes da recitação do Angelus, Bento XVI classificou os Magos vindos a Belém “modelos dos que procuram efectivamente a verdade”.

“Eram homens sapientes, que perscrutavam os astros e conheciam a história dos povos - observou. Eram homens de ciência, em sentido amplo, que observavam o cosmos considerando-o como que um grande livro cheio de sinais e de mensagens divinas para o homem. O seu saber, longe de se considerar auto-suficiente, estava aberto a ulteriores revelações e apelos divinos. De facto, não se envergonham de pedir instruções aos chefes religiosos dos Judeus. Teriam podido dizer actuamos por nossa conta, não precisamos de ninguém, evitando, segundo a mentalidade actual, qualquer contaminação entre a ciência e a Palavra de Deus”.

Para o Papa, o agir dos Magos vindos a Belém “como que confirma uma perfeita harmonia entre a investigação humana e a Verdade divina, uma harmonia que encheu de alegria os seus corações de autênticos sábios”, “abertos ao mistério que se manifesta de maneira surpreendente”.

Bento XVI fez notar ainda um pormenor que “confirma, nos Magos, a unidade entre inteligência e fé”: o facto de que, depois de descobrirem o Menino e de O acolherem como seu soberano, ”manterem em segredo esta descoberta, ao estilo de Maria, ou melhor, do próprio Deus”.

“Tal como tinham aparecido, é assim, em silêncio, que desaparecem, satisfeitos, mas também transformados pelo encontro com a Verdade. Tinham descoberto um novo rosto de Deus, uma nova realeza: a do amor”.

Depois da recitação do Angelus, Bento XVI saudou especialmente os cristãos do Oriente que amanhã celebram o Natal:

“Tenho a alegria de dirigir os meus mais cordiais votos aos irmãos e irmãs das Igrejas Orientais que amanhã celebram o santo Natal. Que o mistério de luz seja fonte de alegria e de paz para cada família e comunidade”.

Ocorrendo nesta solenidade da Epifania o Dia Missionário das Crianças, com o lema “As crianças ajudam as crianças”, Bento XVI referiu que esta iniciativa, promovida por Pio XII em 1950, educa as crianças a formar uma mentalidade aberta ao mundo e a serem solidárias com os seus colegas mais desfavorecidos.

“Saúdo com afecto todos os pequenos missionários presentes nos cinco continentes e encorajo-os a serem sempre testemunhas de Jesus e anunciadores do seu Evangelho”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI – “A luz que vem do presépio já não pode ser ignorada e continua a resplandecer em todo o mundo”


Nesta quarta-feira, dia 6, solenidade da Epifania do Senhor, feriado em Itália, não teve lugar a costumada audiência - geral do Papa, que durante a manhã presidiu, na basílica de São Pedro, a uma celebração eucarística.

A homenagem dos Magos ao Jesus Menino, reconhecido como o Deus Salvador, assinala um início, algo de novo, traça uma estrada que muitos outros percorrerão. A luz que vem do presépio já não pode ser ignorada e continua a resplandecer em todo o mundo. Toca a nós testemunhá-la.

Na homilia da Missa da Epifania, na basílica de São Pedro, Bento XVI comentou a Leitura do profeta Isaías e o episódio evangélico dos magos, no Evangelho de São Mateus.

O que é que Isaías viu, com o seu olhar profético? – interrogou-se. “num só momento, ele perscruta uma realidade destinada a marcar toda a história”. E o episódio dos Magos é só um início.

“Aqueles personagens vindos do Oriente não são os últimos, mas os primeiros da grande procissão dos que, através de todas as épocas da história, sabem reconhecer a mensagem da estrela, sabem caminhar sobre os caminhos indicados pela Sagrada Escritura e sabem assim encontrar Aquele que aparentemente é débil e frágil, mas que tem, pelo contrário, o poder de doar ao coração do homem a maior e mais profunda das alegrias”.

N’Ele, de facto, se manifesta a extraordinária realidade de um Deus que nos conhece e está junto de nós e cuja grandeza e potência não se exprimem na lógica do mundo, mas na lógica de um menino inerme, cuja força é unicamente a do amor que se confia a nós. No caminho da história sempre houve pessoas iluminadas pela luz da estrela, que encontram o caminho e chegam até Ele. Todas essas pessoas vivem, cada uma a seu modo, a mesma experiência dos Magos.

O ouro, incenso e mirra que os Magos oferecem a Jesus não são dons que correspondam às necessidades primárias e quotidianas, mas têm um significado profundo: são um acto de justiça. Segundo a mentalidade daquele tempo, no Oriente, representam o reconhecimento de que aquele Menino é Deus e Rei. Aquelas ofertas constituem portanto um acto de submissão. Os magos não voltam, assim, a encontrar Herodes.

“Foram encaminhados para sempre pela estrada do Menino, a via que os fará descurar os grandes e os potentes deste mundo e os levará Àquele que no aguarda no meio dos pobres, o caminho do amor, o único que pode transformar o mundo”.

É isto o que nos toca testemunhar no mundo. “O que nos é dito e que procuramos reproduzir no presépio – prosseguiu o Papa - não é um sonho, nem um vão jogo de sensações e emoções, sem vigor nem realidade. É, isso sim, a Verdade que irradia no mundo”. “Somente naquele Menino se manifesta a força de Deus, que congrega os homens de todos os séculos, para que sob o seu domínio percorram as estradas do amor, que transfigura o mundo”.

E contudo, observou Bento XVI, por muitos que sejam, os que acreditam em Jesus parecem sempre poucos. “Muitos viram a sua estrela, mas poucos compreenderam a sua mensagem. Podemos então interrogar-nos: por que é que alguns vêem e encontram, e outros não? O que é que abre os olhos e o coração? O que é que falta àqueles que permanecem indiferentes (…)? Podemos responder: a demasiada segurança em si mesmos, a pretensão de conhecer perfeitamente a realidade, a pretensão de ter já formulado um juízo definitivo sobre as coisas – tornam os seus corações insensíveis e fechados à novidade de Deus”.

“Estão seguros da ideia que se fizeram do mundo e já não se deixam abalar no íntimo pela aventura de um Deus que os quer encontrar. Repõem a sua confiança mais em si mesmos do que n’Ele e consideram que Deus não é suficientemente grande para poder fazer-se pequeno, para poder mesmo aproximar-se de nós”.

Em última análise – considerou Bento XVI, o que falta é a autêntica humildade e a autêntica coragem.

“Falta a capacidade evangélica de ser criança no coração, de maravilhar-se, e de sair de si para seguir o caminho que indica a estrela, o caminho de Deus. Mas o Senhor tem o poder de nos tornar capazes de ver, tem o poder de nos salvar. Queremos, pois, pedir-Lhe que nos dê um coração sapiente, inocente, que nos permita ver a estrela da sua misericórdia e encaminharmo-nos pela sua estrada, para O encontrarmos e sermos inundados da grande luz e da verdadeira alegria que Ele trouxe a este mundo”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

O Evangelho para a Festa da Epifania de 2010


São Mateus 2, 1-12

Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
«Onde está __ perguntaram eles __o rei dos judeus que acaba de nascer?

Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O».
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias.
Eles responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo profeta:
‘Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe,
que será o Pastor de Israel, meu povo’».
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes:
«Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O».
Ouvido o rei, puseram-se a caminho.
E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, caindo de joelhos, prostraram-se diante d’Ele e adoraram-n’O.
Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra.
E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.

Peçamos ao Senhor que nos faça humildes para melhor O imitarmos

No dia da Epifania, prostrados aos pés de Jesus Menino, diante de um Rei que não ostenta sinais externos de realeza, podeis dizer-lhe: Senhor, expulsa a soberba da minha vida, subjuga o meu amor-próprio, esta minha vontade de afirmação pessoal e de imposição da minha vontade aos outros. Faz com que o fundamento da minha personalidade seja a identificação contigo.

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 31, título da responsabilidade de JPR)

EPIFANIA DO SENHOR (meditação de Joaquim Mexia Alves)

«Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.» Mt 2,10-11

Ao ler toda a narração do encontro dos magos com o Menino Jesus, detenho-me em algo tão simples como isto:
«Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.»

Perante Aquele Menino e a luz que d’Ele emana, a luz que Ele próprio é, (a estrela que os guia), cheios de alegria naquela presença, “apenas” se prostraram, adoraram e ofereceram presentes!

“Esqueceram-se” de pedir, de querer receber, de querer alguma coisa para eles!

Pelo menos os Evangelhos não nos dão nenhum sinal de que o tenham feito.

Diante daquele Menino, que eles já reconheciam como Rei, «prostrando-se, adoraram-no», e como Rei que era, com poder, sem dúvida, ofereceram-Lhe dádivas que essa realeza representam, mas nada pediram para eles mesmos, ou para outros.

Quantas vezes somos nós capazes de, num encontro pessoal com Jesus Cristo, na Comunhão por exemplo, nos prostrarmos, adorarmos, nos oferecermos e nada pedirmos?

Deixo-me levar pelo coração, e mesmo que exegetas da Bíblia possam dizer que é menos correcta a minha meditação, quero perceber, ou melhor, “escutar” o que Ele me quer dizer com estes factos que assim são narrados.

Será que na presença de Cristo, tão plena de alegria e luz, nos esquecemos de nós próprios, ou será que o reconhecimento dessa presença viva no meio de nós nos faz sentir “apenas” confiança e esperança, de tal modo que em nós sentimos, sabemos que, tudo o que precisamos Ele conhece, e não deixará de nos dar o que for verdadeiramente necessário para a nossa felicidade?

Ou será que as duas atitudes são somadas e por isso mesmo, esse caminho que percorremos de coração aberto até ao nosso encontro com Ele, (Jesus Cristo faz-se sempre encontrado, nós é que não O procuramos), arrostando com passadas nem sempre bem dadas, com as dificuldades de cada momento, (como Herodes na caminhada dos magos), tem de culminar com essa certeza de que o encontro pessoal com Cristo, tem de ser um momento de entrega total, de despojamento de tudo, de confiança inabalável, de esperança já cumprida, embora ainda não.

É porque se assim for, também nós seremos “avisados” pelo amor que despontará em nós, a não continuarmos pelo mesmo caminho, mas sim pelo caminho diferente e novo, que todos aqueles que com Ele se encontram de coração aberto, são convidados a seguir.

É que então já não é uma estrela exterior que nos guia, mas a luz interior, que é a Sua presença viva em nós, que nos vai iluminando os passos a dar, a estrada a percorrer, a nossa entrega a completar.

E não “precisaremos” mais de pedir, porque então entenderemos perfeitamente o que Ele mesmo nos diz:
«Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, nem andeis ansiosos, pois as pessoas do mundo é que andam à procura de todas estas coisas; mas o vosso Pai sabe que tendes necessidade delas. Procurai, antes, o seu Reino, e o resto vos será dado por acréscimo. Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino.» Lc 12, 29-32

Claro que poderemos continuar a pedir, mas agora já nesta certeza de que obteremos tudo aquilo que for bom, para fazermos a Sua vontade em nós e nos outros.

Não nos afadiguemos a procurar o Menino, a procurar Jesus Cristo para pedir, para obter, para receber, mas sim a querermos que aconteça verdadeiramente nas nossas vidas o encontro pessoal com Ele, que nos levará pelo Caminho Novo, que nos dará a confiança segura, que é assente na esperança viva que se cumpre todos os dias.

E então sim, viverei eu, viverás tu, viveremos todos nós, a Epifania do Senhor, que se faz presença viva permanente nas nossas vidas.

Monte Real, 6 de Janeiro de 2010

Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1956



Epifania do Senhor. “Ao entrarem em casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe. Nossa Senhora não se separa do seu Filho. Os Reis Magos não são recebidos por um rei sentado no trono, mas por um Menino nos braços da Mãe. Peçamos, pois, à Mãe de Deus, que é nossa Mãe, que nos prepare o caminho que conduz à plenitude do amor: Cor Mariæ dulcissimum, iter para tutum! O seu suave coração conhece o caminho mais seguro para encontrarmos Cristo”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/6-1-5)

Dia dos Reis Magos

Os Três Reis Magos ou simplesmente "Os Magos", a que a tradição deu os nomes de Melchior, Baltazar e Gaspar, são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após o seu nascimento (Evangelho de Mateus). A Escritura diz "uns magos", que não seriam, portanto, reis nem necessariamente três mas, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.
Talvez fossem astrólogos ou astrónomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos, sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do rei Herodes em Jerusalém. Perguntaram-lhe sobre a criança mas ele disse nada saber. No entanto, Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado e pediu aos magos que, se encontrassem o menino, o informassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo.

A estrela, conta o evangelho, precedia-os e parou sobre o local onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus, ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles: o ouro pode representar a realeza (eles procuravam o "Rei dos Judeus"); o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus; a mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egipto antigo, remete-nos para o género da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19, 39 e 40).

"Sendo prevenidos em sonhos a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais a Escritura diz sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.

A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata: “Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.

Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melchior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.

Como se pretendia dizer que simbolizavam os reis de todo o mundo, representariam as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Segundo a mesma tradição, Melchior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.

A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida no livro dos Salmos (Sl. 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”.

Devido ao tempo passado até que os Magos chegassem ao local onde estava o menino, por causa da distância percorrida e da visita a Herodes, a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de Janeiro. Algumas Conferências Episcopais decidiram, contudo, celebrar a festa da Epifania no primeiro domingo de Janeiro (quando não coincide com o dia 1).

Devemos aos Magos a troca de presentes no Natal. Dos presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de Janeiro, e os pais muitas vezes se disfarçam de reis magos.
Nos países em que a Epifania se celebra neste dia, as leituras da liturgia são Is 60, 1-6; Sl 71, 2.7-8.10-13; Ef 3, 2-3.5-6; Mt 2, 1-12

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Hilário (c. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Mateus, 14, 13-14 (a partir da trad. SC 258, p. 27)

«Foi ter com eles de madrugada»

«Jesus obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente, para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão. Depois de os ter despedido, foi orar para o monte. Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra» (Mt 14, 22-23). Para dar a razão destes factos, é preciso fazer distinções de tempos. Se Ele está só à noite, isso mostra a Sua solidão na hora da Paixão, quando o pânico dispersou todos. Se ordena aos seus discípulos que entrem no barco e atravessem o mar, enquanto Ele próprio despede as multidões e, uma vez despedidas, sobe a um monte, é que lhes ordena que estejam na Igreja e naveguem no mar, quer dizer, neste mundo, até que, retornando no dia da Sua vinda gloriosa, Ele dê a salvação a todo o povo, que será o resto de Israel (cf. Rom 11, 5) [...], e que esse povo dê graças a Deus seu Pai e se estabeleça na Sua glória e na Sua majestade. [...]

«Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles». Na expressão «quarta vigília da noite» encontra-se o número correspondente às marcas da Sua solicitude. Com efeito, a primeira vigília foi a da Lei, a segunda a dos profetas, a terceira a da Sua vinda corporal, a quarta coloca-se no Seu regresso glorioso. Mas Ele encontrará a Igreja decadente e cercada pelo espírito do Anticristo e por todas as agitações deste mundo; virá num momento de extrema ansiedade e de tormentos. [...] Os discípulos estarão aterrorizados pela vinda do Senhor, temendo as imagens da realidade deformadas pelo Anticristo e pelas ficções que se insinuam no olhar. Mas o Senhor, que é bom, falar-lhes-á imediatamente, afastará o seu medo e lhes dirá: «Sou eu», dissipando, pela fé na Sua vinda, o temor do naufrágio ameaçador.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 6 de Janeiro de 2010

São Marcos 6,45-52

Depois de ter matado a fome a cinco mil homens, Jesus obrigou os discípulos a subirem para o barco e a seguirem antes d’Ele para a outra margem, em direcção a Betsaida, enquanto Ele despedia a multidão.
Depois de a ter despedido, subiu a um monte, para orar.
Ao anoitecer, estava o barco no meio do mar e Jesus sozinho em terra.
Ao ver os discípulos cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, pela quarta vigília da noite foi ter com eles, caminhando sobre o mar, mas ia passar adiante.
Ao verem Jesus caminhando sobre o mar, os discípulos julgaram que era um fantasma
e começaram a gritar, porque todos O viram e ficaram atemorizados.
Mas Jesus falou-lhes logo, dizendo:
«Tende confiança. Sou Eu, não temais».
Depois subiu para junto deles no barco e o vento amainou.
Todos se encheram de espanto, porque o seu coração estava endurecido, e não tinham compreendido a multiplicação dos pães.