FNAC censura livro contra casamento homossexual

A cadeia de livrarias FNAC, aparentemente, censurou a venda do livro “Casamento Homossexual Porque Não” de Pedro Vaz Patto e Gonçalo Portocarrero de Almada, editado pela Alêtheia.

A FNAC, ao não aceitar colocar o livro à venda nas suas livrarias, tomou uma posição ideológica sobre o tema, configurando um acto censório, inadmissível em democracia. Contactada a FNAC, foi-nos informado que o livro só estaria disponível sobre “encomenda especial”. Assim, sugerimos que seja enviado um e-mail de protesto para esta cadeia de livrarias:
e-mail: fnac@fnac.pt

Exmos. Srs.

Tendo tomado conhecimento de que a FNAC teria recusado a disponibilidade para venda directa na sua cadeia de livrarias do livro recentemente publicado pela editora Alêtheia, da autoria de Pedro Vaz Patto e Gonçalo Portocarrero de Almada, intitulado “ Casamento Homossexual Porque Não”, tendo em conta que este é um tema do maior interesse e de aceso debate actualmente na sociedade portuguesa, venho por este meio perguntar a V. Exas.:

1) Numa altura em que foi entregue na Assembleia da República uma petição com mais de 90.000 assinaturas a requerer a realização de um referendo sobre o tema, não será o livro de interesse público e esclarecedor para muitos leitores formarem uma opinião?

2) Qual o motivo pelo qual a FNAC optou por não disponibilizar nas suas livrarias este livro, elucidativo sobre uma determinada posição ideológica?

3) Será que a FNAC pretendeu assumir alguma posição ideológica sobre o casamento homossexual, censurando a venda desta importante publicação nas suas livrarias, uma vez que nos foi informado que estaria apenas acessível sobre encomenda?

4) Será que a FNAC põe em causa a credibilidade e a seriedade da obra, sabendo o elevado nível dos currículos dos seus autores?


A confirmar-se a recusa por parte da FNAC de venda de tão oportuna e esclarecedora obra, levanta a suspeita de ter exercido um acto de censura deplorável, inaceitável num país democrático como o nosso. Em face do exposto, venho por este meio solicitar a V. Exas. um melhor esclarecimento desta situação.

Com os melhores cumprimentos
ass.

Não sabem o que fazem

Como previsto, a lei de legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo segue o seu caminho. Nenhuma consideração de bom senso ou legitimidade democrática a parece deter. Em breve, dizem, Portugal terá a honra de figurar na reduzida lista dos países livres, modernos e progressivos.

Alguns aspectos do processo são bastante curiosos. Um dos mais hilariantes é o facto de o Governo não se dar conta do ridículo da situação. Empossado para resolver os problemas do País não mostra a menor capacidade de o fazer. O desemprego explode, a justiça embrulha-se, a educação discute, a saúde engorda, a economia afunda-se em dívidas sem que as autoridades manifestem sequer compreender o que há a fazer. Não convencem ninguém e só conservam o poder porque ainda se confia menos nas alternativas. Neste panorama desolador mantêm uma pose infantil de dignidade graças a iniciativas abstrusas como esta. Algumas são caras, negativas, prejudiciais. A mais tola é o casamento dos homossexuais. O mesmo Executivo que foi homicida na liberalização do aborto e irresponsável na facilitação do divórcio é agora apenas patético insistindo na lei perante a desgraça dos desempregados, descalabro financeiro, apatia geral.

Se a tolice dos políticos não admira, o elemento surpreendente é essa indiferença da população. Qualquer que seja a posição que se tome neste assunto, é consensual que se trata de uma mudança fundamental, decisiva. Mesmo se esta geração já viu os citados ataques muito piores contra a família é estranho o desinteresse global.

Aqui actuam décadas de doutrinação serena e insistente. Não se consegue anestesiar um povo para tolices destas sem um esforço longo e atento. Mas com trabalho intenso e paciente é possível levar multidões até a aceitar as maiores selvajarias, como mostraram jacobinos, nazis, estalinistas e tantos outros. Uma lei tonta nem custa nada.

Para mais, hoje o mal tem uma máquina de propaganda que nunca teve. Todos nós, todas as noites, sentados no sofá, assistimos a atrocidades incríveis, chacinas psicopatas, planos maquiavélicos. Chamamos a isso divertimento. É verdade que em geral o bem ainda ganha no fim dos filmes e séries. Mas começam a multiplicar-se os casos em que justiça não tem a última palavra. Chama-se a isso realismo. Claro que depois dessas doses maciças de violência, sexo e adrenalina nos sentimos normais. Mas vamos cedendo e perdendo a capacidade de nos indignar, distinguir diferenças, analisar problemas. O jornalismo vive de clichés, boatos, intrigas, julgamentos apressados. Tudo nos embota a sensibilidade, amortece o raciocínio, tolda o juízo.

É verdade que a mesma máquina de controlo mental também nos instila indignação, discernimento e análise, mas em coisas secundárias. Hoje se um homem abandonar a família para fugir com a mulher de outro é mera expressão de sensibilidade, manifestação legítima do direito ao amor. Mas se forem a fumar serão severamente censurados.

Assim, perante a mudança do conceito de casamento, alteração muito mais radical que a revisão constitucional, a maior parte das pessoas nada mais diz senão que cada um faz da sua vida o que quer e todos merecem respeito. Duas afirmações verdadeiras e irrelevantes ao tema. Se o Governo pretendesse mudar a definição de pensionista, sindicato, eleitor ou contribuinte a discussão seria enorme, sem ninguém invocar a liberdade e respeito. Mudar o casamento faz--se numa simples manhã, entre dois decretos polémicos.

O futuro terá dificuldade em compreender esta apatia. Nós que nos dizemos tão sensíveis aos direitos humanos, tão sofisticados na estrutura legislativa, tão delicados no detalhe regulador, mostramos a maior boçalidade em assuntos cruciais.

Todos estes graves disparates sociais acabarão por desaparecer. Há 50 anos os intelectuais queriam eliminar os mercados, há 100 anos destruir a religião, há 200 enforcar a nobreza. Hoje, tudo isso não passa de horrores antigos que temos dificuldade em entender. O futuro terá dificuldade em entender os nossos.

João César das Neves
(Fonte: DN online)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932

Na igreja de Santa Isabel recebe uma das locuções divinas que escreve nos seus apontamentos: “Esta manhã, como de costume, ao sair do Convento de Santa Isabel, aproximei-me um instante do Sacrário, para me despedir de Jesus dizendo-lhe: Jesus, aqui está o teu burrinho... Vê o que fazes com o teu burrinho... – E ouvi imediatamente, sem palavras: “Um burrinho foi o meu trono em Jerusalém”. Foi o conceito que entendi, com toda a clareza”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/4-1-5)

Para sermos verdadeiramente humildes comecemos por nos conhecer a nós próprios

É corrente, às vezes até entre almas boas, criar conflitos íntimos, que chegam a produzir sérias preocupações, mas que carecem de qualquer base objectiva. A sua origem está na falta de conhecimento próprio, que conduz à soberba: o desejo de se tornarem o centro da atenção e da estima de todos, a preocupação de não ficarem mal, de não se resignarem a fazer o bem e desaparecerem, a ânsia da segurança pessoal... E assim, muitas almas que poderiam gozar de uma paz extraordinária, que poderiam saborear um imenso júbilo, por orgulho e presunção tornam-se desgraçadas e infecundas!

Cristo foi humilde de coração. Ao longo da sua vida, não quis para Si nenhuma coisa especial, nenhum privilégio.

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 18 – título da responsabilidade de JPR)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
Da Trindade e Suas obras, I. 42: Sobre Isaías, 2 (a partir da trad. Sr. Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 43)

«E aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz»

«Jesus retirou-se para a Galileia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali. Assim se cumpriu o que o profeta Isaías anunciara: [...] O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz». Ao falar da visão, ou antes, do aparecimento de uma grande luz, Mateus quer fazer-nos compreender a pregação luminosa do Salvador, o brilho da Boa Nova do Reino de Deus; primeiro que qualquer outra, a região de Zabulão e Neftali ouviu-a da própria boca do Senhor. [...]

Com efeito, foi nesta região que o Senhor começou a pregar, foi aqui que Ele iniciou a Sua pregação. [...] E os apóstolos que, antes de todos, viram esta luz verdadeira na região de Zabulão e Neftali, tornaram-se eles próprios «luz do mundo». [...] «Eles regozijar-se-ão perante Ti, continua o texto de Isaías, como nos regozijamos ao fazer a ceifa, como exultamos ao partilhar os despojos dos vencidos». Esta alegria será efectivamente a alegria dos apóstolos, uma «alegria multiplicada» quando «eles vierem como ceifeiros trazendo os seus feixes de centeio» «e como os vencedores partilhando os despojos dos vencidos», isto é, do diabo vencido. [...]

Foste Tu, com efeito, Senhor e Salvador, que removeste dos seus ombros «o jugo que pesava sobre eles», aquele jugo do diabo que outrora triunfava no mundo quando reinava sobre todas as nações e fazia as nucas vergarem sob o jugo de uma escravidão muito pesada. [...] Foste Tu que, sem exército e sem derramamento de sangue, no segredo do Teu poder, libertaste os homens para os pores ao Teu serviço. [...] Sim, o diabo será «queimado, devorado pelo fogo eterno», porque «nasceu um menino», o humilde Filho de Deus, «que traz no Seu ombro a insígnia do poder» pois que, sendo Deus, pode pelas Suas próprias forças possuir a primazia. [...] E «o Seu poder estender-se-á» pois Ele reinará não apenas sobre os judeus, como fez David, mas sobre todas as nações «daqui em diante e para sempre».

(Referências bíblicas: Is 9, 1-6; Mt 5, 14; Sl 125,6)

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 4 de Janeiro de 2010

São João 1,35-42

No dia seguinte, João encontrava-se de novo ali com dois dos seus discípulos.
Então, pondo o olhar em Jesus, que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus!»
Ouvindo-o falar desta maneira, os dois discípulos seguiram Jesus.
Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que pretendeis?» Eles disseram-lhe: «Rabi que quer dizer Mestre onde moras?»
Ele respondeu-lhes: «Vinde e vereis.» Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Eram as quatro da tarde.
André, o irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João e seguiram Jesus.
Encontrou primeiro o seu irmão Simão, e disse-lhe: «Encontrámos o Messias!» que quer dizer Cristo.
E levou-o até Jesus. Fixando nele o olhar, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, o filho de João. Hás-de chamar-te Cefas» que significa Pedra.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)