As Megeras

1. Uma das primeiras vezes que Deus me concedeu a Graça de salvar uma criança nascitura andava pelos 23 anos de idade. Tenho agora 56. A experiência pessoal e a de outros que partilham comigo confirmam cada vez mais a falsidade das generalizações abstractas ou pseudo-científicas que ilibam “as mulheres” de qualquer responsabilidade e malícia no aborto provocado. Os culpados são sempre os outros, geralmente os homens. Ler mais: http://jesus-logos.blogspot.com/

Nuno Serras Pereira

Patriarcado de Lisboa abre Instituto de Formação Cristã

Novo Organismo coordenará actividades de cinco instâncias formativas

O Instituto Diocesano da Formação Cristã do Patriarcado de Lisboa inicia as suas actividades esta Terça-feira. A sessão inaugural ocorrer nas instalações da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus, que acolherão a sede do novo Organismo diocesano.

O encontro, que se iniciará às 21h15, será presidido pelo Cardeal Patriarca, D. José Policarpo. “Uma leitura comentada da encíclica ‘Caritas in Veritate’” é o tema de um painel que contará com a participação de D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar do Patriarcado, Adriano Moreira e Rogério Roque Amaro, com moderação de João Meneses.

O primeiro objectivo do Instituto consiste na coordenação e desenvolvimento da formação de todos os interessados em conhecer a fé cristã e a doutrina da Igreja. O Organismo pretende também “promover o diálogo entre a fé e a cultura” e contribuir para o crescimento de uma consciência capaz de ler a actualidade de maneira crítica e interventiva.

O Instituto integrará algumas das instâncias que se têm dedicado à formação no Patriarcado de Lisboa: Escola de Leigos, Centro de Formação à Distância, Escola de Oração São José, Escola Diocesana de Música Sacra e Centro de Estudos Pastorais.

Programa para 2009/10

No primeiro ano de actividade, o Instituto procurará organizar a sua logística e proceder à instalação dos Organismos nele integrados.

Durante o primeiro semestre, decorrerá o curso “Para uma leitura crente da actualidade à luz da Palavra de Deus”, desdobrado em cinco módulos. No segundo semestre será realizado um ciclo de estudos sobre “iniciação cristã e mistagogia”.

Ao longo do ano serão organizados três encontros sobre a temática do sacerdócio, que ocorrerão em diferentes zonas do Patriarcado.

As actividades do Instituto para 2009/10 incluem a realização de um curso de carácter teológico, pastoral e técnico dirigido aos colaboradores que trabalham na área da administração paroquial, bem como uma jornada de formação sobre “a condição cristã do reformado”.

Nacional Rui Martins 2009-11-03 11:22:50 2668 Caracteres Diocese de Lisboa


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Evangelho de um primário

No dia 29 de Novembro a Suíça vai referendar a proibição de construção de minaretes em mesquitas. A interdição não se aplica, como é evidente, às torres das igrejas, apesar de uns e outras terem exactamente a mesma função. Este é o desrespeito que não se tolera: quando fiéis, convencidos da sua superioridade religiosa, limitam a liberdade de culto dos restantes. Ou quando uma religião quer fazer das suas leis as leis do Estado e, por isso, de todos nós. Fora isso, a religião, os seus fundamentos e os seus livros merecem tanto respeito como qualquer outra coisa na terra: nem de menos, nem de mais.

Não é, por isso, a falta de respeito que me incomoda nas declarações de Saramago sobre a Bíblia (e nem comento os apelos a que renuncie à nacionalidade portuguesa). Muito menos a mim, ateu de pai e mãe e razoavelmente anticlerical. É o primarismo. Como reduzir um conjunto de textos tão complexo e contraditório a "absurdos" e "disparates"? Como pode um escritor resumir assim aquela que foi a fonte de inspiração de milhares de textos literários (até os dele), composições musicais ou obras de arte? Como se pode falar de um "manual de maus costumes" quando se fala de textos (dos tão diferentes Antigo e Novo Testamento) que contêm em si o pior e o melhor da humanidade, toda a crueldade e generosidade, toda a vingança e perdão? Como pode alguém que escreve sobre a nossa história comum descer ao mais básico dos anacronismos históricos?

O primarismo está a transformar-se num ar do nosso tempo. É ele que faz crescer os fundamentalismos religiosos e as leituras literais da Bíblia e do Corão. E o primarismo atrai primarismo. Cria um manto espesso de intolerância e ignorância, de estupidez e incomunicabilidade. No tempo da frase curta, da declaração bombástica, do escândalo sem sentido da história, o primarismo é mais forte do que qualquer ideia. O que é extraordinário é que seja eu, um colunista da espuma dos dias, a dizê-lo a propósito de um escritor, que tem outro tempo para respirar, que pode ir muito além do espectáculo da polémica fácil.

Recuso-me a ser levado nesta avalancha. Esta avalancha que resume o cristianismo à sua caricatura. Que resume o islamismo à sua violência. Que resume o judaísmo aos avanços e recuos de um Estado. Que resume o ateísmo a uma nova religião científica que esmaga milénios de história. Não, nenhum dos livros das três religiões monoteístas se explica com citações escolhidas ao acaso. E não, não é preciso ser cristão para sentir comoção com o 'Cântico dos Cânticos'. Não é preciso ser crente para perceber que a religião condensa em si as camadas da história de que se faz a humanidade. Que ela tem um tempo e um ritmo que não cabem em conferências de imprensa. Não é preciso ser religioso para compreender esta permanente procura do sentido da vida e da imortalidade.

Eu, ateu convicto desde o dia em que penso, não aceito esta nova moral em que tudo se resume à dimensão do indivíduo. Em que todas as convicções colectivas, todos os ritos humanos, são vistos como manifestações de um obscurantismo acrítico. Não perceber o que de mais profundo e complexo tem a fé humana é não perceber nada da humanidade. E se a um escritor lhe escapa o que de essencial há na sua espécie...

Daniel Oliveira

Texto publicado na edição do Expresso de 24 de Outubro de 2009 AQUI

Bento XVI reza diante dos túmulos dos Papas


Bento XVI desceu no final da tarde de segunda-feira às Criptas do Vaticano para rezar diante dos túmulos dos seus predecessores, por ocasião do dia de finados. Ontem durante todo o dia milhares de pessoas visitaram em particular a capela onde está sepultado João Paulo II. Domingo no Angelus o Papa tinha convidado a viver com autêntico espírito cristão a comemoração dos defuntos, olhando para o mistério da morte com serenidade e esperança, iluminados pela fé na ressurreição. Uma exortação várias vezes proposta nestes anos de Pontificado.

A comemoração dos fiéis defuntos está ligada a uma iniciativa iniciada na Abadia francesa de Cluny, no século X, da qual dependia cerca de mil mosteiros e esse facto favoreceu a ampla difusão da comemoração em muitas partes da Europa setentrional. Depois, em 1311, a memória dos defuntos foi aprovada oficialmente pela Santa Sé.


(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Associação Mulheres em Acção contra o projecto-lei do BE e todos os projectos que prevejam o casamento entre pessoas do mesmo sexo - Comunicado

1. Não são razoáveis – e, portanto, não são aceitáveis – quaisquer projectos de alteração do código civil que visem:

a) Permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo; e, em consequência lógica,

b) Permitir que os "casais homossexuais" – como qualquer casamento – possam ter filhos com recurso à PMA e filhos adoptivos.

2. Numa sociedade humanista e num Estado de Direito como Portugal, a filiação com recurso à PMA e a adoptiva não podem ser um direito ou uma reivindicação de terceiros, designadamente dos "casais homossexuais". Devem, sim, ser concebidas exclusivamente em função do bem da criança.

3. A criança não é um objecto, disponível para satisfação de quaisquer necessidades afectivas. A criança tem um direito estruturante e nuclear: o direito a ter um Pai e uma Mãe. Por outras palavras, tem direito à complementaridade masculina e feminina, o direito a enriquecer e estruturar a sua personalidade com a experiência dessa diferença.

Tem sido esse o princípio e a prática do Direito. Por um lado, a lei e os tribunais exigem a colaboração de pai e mãe no cuidado dos filhos, quando define os critérios de regulação do poder paternal de progenitores separados. Por outro lado, nas adopções, lei e tribunais pretendem que se crie o que há de mais próximo com a filiação natural, verificando que entre adoptantes e adoptado se constituem, não quaisquer laços de afecto, mas – precisamente – os mais semelhantes a essa filiação. Ora, a filiação natural supõe sempre um pai e uma mãe.

4. A subversão destes direitos das crianças, que são prévios à lei e estão enraizados na realidade, agride as suas necessidades profundas e a ecologia humana de vida que a nossa sociedade tem o dever de garantir e devia ter honra em oferecer-lhes.

5. A Associação Mulheres em Acção apela, portanto, à sociedade civil e aos partidos políticos para que reprovem estas propostas, por ameaçarem o superior interesse das crianças.

Pela Associação

Alexandra Tete

(Agradecimento: 'Infovitae')

Santidade não é «pietismo e alienação»

D. José Alves celebrou Todos os Santos e os 450 anos da Universidade de Évora, afirmando que o conhecimento é também uma forma de santidade

A solenidade de Todos os Santos, que o calendário católico assinala a 1 de Novembro, visa propor a todos “um processo de transformação interior” e não atitudes de “religiosidade ou pietismo, nem corresponde a qualquer tipo de angelismo ou alienação”.

Esta tomada de posição foi assumida por D. José Alves, Arcebispo de Évora, na celebração de Todos os Santos, que na diocese marcou também os 450 anos da Universidade de Évora.

O caminho de santidade potencia “o desenvolvimento das capacidades individuais, coadjuvado pela graça de Deus”, referiu o Arcebispo indicando que este processo propõe um estilo de vida orientado pelo “desprendimento dos bens terrenos, pela emenda dos erros cometidos, pela aceitação plena do que em verdade se é, pela prática da justiça, pelo perdão das ofensas recebidas, pelo compromisso com a paz interior e a paz social e pela aceitação serena das incompreensões e perseguições injustas” por causa da paz ou do anúncio “do Evangelho”.

Esta transformação interior abre perspectivas para “um mundo novo” a que todos são chamados, intervindo na “transformação das realidades sociais, depois de nos termos transformado a nós próprios”.

Aponta D. José Alves que este é também o contexto em que se enquadra a Universidade. “Também ela faz parte do chamamento universal à perfeição”.

De carácter universal, a Universidade visa “o aperfeiçoamento e está ao serviço de toda a humanidade”. Esta instituição deve manter-se “aberta a todos quantos possuam condições para aceder aos conhecimentos e à formação humana, científica, moral e espiritual que ela pode proporcionar, em ordem a promover a transformação dos indivíduos e da sociedade, pelo triunfo da justiça, da verdade e da paz”.

Segundo o Arcebispo de Évora, tal como os santos são apresentados como modelos “que souberam percorrer o caminho da perfeição”, também os professores e mestres universitários “são chamados a alcançar a perfeição técnica, intelectual, humana e moral” de tal forma que os alunos “se sintam estimulados a tomá-los como modelo”.

Assinala D. José Alves que a falta de evolução social se deve à “falta de bons modelos que incentivem as boas práticas em todos os domínios da vida em sociedade”.

“Nestes tempos de crise económica e crise de valores, os nossos olhos voltam-se para a Universidade. Dela, enquanto instituição de ensino superior, sustentada pelo erário público, esperamos que prepare cientistas curiosos, verdadeiros e rigorosos, profissionais competentes, cidadãos responsáveis, homens íntegros e promotores dos valores humanos, morais e espirituais”.

Assim, na solenidade de Todos os Santos “celebraremos todos aqueles que souberam colocar as suas vidas ao serviço da humanidade e contribuíram para a transformação humana da nossa sociedade”.


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Balduíno de Ford (?- c. 1190), abade cisterciense
O Sacramento do Altar, II, 3; PL 204, 691 (a partir da trad. de Orval; cf. SC 93, p. 255)

«Feliz o que comer no banquete do Reino de Deus!»

O salmista diz: «O vinho alegra o coração do homem [...] e o pão robustece-lhe as forças» [Sl 104 (103), 15]. Para aqueles que crêem Nele, Cristo é alimento e bebida, pão e vinho. É pão porquanto dá força e firmeza, conforme a seguinte palavra de Pedro: «Depois de terdes padecido por um pouco de tempo, o Deus que é todo graça, e vos chamou em Jesus Cristo à Sua eterna glória, há-de restabelecer-vos e consolidar-vos, tornar-vos firmes e fortes» (1Pe 5, 10). É bebida e vinho porquanto dá alegria, segundo a expressão do salmista: «Alegra o espírito do teu servo, pois para ti, Senhor, elevo a minha alma» [Sl 86 (85), 4].


Tudo o que em nós é forte, sólido, firme, alegre e feliz para cumprir os mandamentos de Deus, suportar os males, agir de acordo com a obediência e defender a justiça, tudo isso vem da força deste pão ou da alegria deste vinho. Felizes aqueles cujas acções são fortes e alegres! E, uma vez que ninguém é capaz de o fazer por si mesmo, felizes os que desejam avidamente agarrar-se ao que é justo e honesto e ser, em todas as coisas, fortificados e deleitados por Aquele que diz: «Felizes os que têm fome e sede de justiça» (Mt 5, 6). Se Cristo é, desde já, pão e bebida que dá força e alegria aos justos, quanto mais o será na vida futura, quando Se der, Ele próprio, sem medida, aos justos?

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de Novembro de 2009

São Lucas 14,15-24

Ouvindo isto, um dos convidados disse-lhe: «Feliz o que comer no banquete do Reino de Deus!»
Ele respondeu-lhe: «Certo homem ia dar um grande banquete e fez muitos convites.
À hora do banquete, mandou o seu servo dizer aos convidados: 'Vinde, já está tudo pronto.'
Mas todos, unanimemente, começaram a esquivar-se. O primeiro disse: 'Comprei um terreno e preciso de ir vê-lo; peço-te que me dispenses.'
Outro disse: 'Comprei cinco juntas de bois e tenho de ir experimentá-las; peço-te que me dispenses.'
E outro disse: 'Casei-me e, por isso, não posso ir.'
O servo regressou e comunicou isto ao seu senhor. Então, o dono da casa, irritado, disse ao servo: 'Sai imediatamente às praças e às ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os estropiados, os cegos e os coxos.'
O servo voltou e disse-lhe: Senhor, está feito o que determinaste, e ainda há lugar.'
E o senhor disse ao servo: 'Sai pelos caminhos e azinhagas e obriga-os a entrar, para que a minha casa fique cheia.'
Pois digo-vos que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.»


(Fonte: Evangelho Quotidiano)