“Santo Agostinho na tradição ocidental e oriental” será o tema do XII “Simpósio inter-cristão” que terá lugar no próximo ano, num país de tradição ortodoxa. Precisamente nestes dias decorre em Roma, promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Pontifícia Universidade “Antonianum” e pela Faculdade Teológica Ortodoxa da Universidade Aristóteles de Tessalónica, o XI destes Simpósios iniciados em 1992, visando “enfrentar temas importantes e construtivos para a recíproca compreensão e unidade de intenções” entre cristãos católicos e ortodoxos.
Numa mensagem agora enviada ao cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, Bento XVI saúda os participantes na iniciativa, congratulando-se com o facto de esta ter lugar em Roma, “cidade que oferece a todos os cristãos testemunhos indeléveis de história, arqueologia, iconografia, hagiografia e espiritualidade”. “Sobretudo a memória dos Apóstolos Pedro e Paulo, e de tantos mártires, testemunhos antiquíssimos da fé” – observa o Papa – constituem “um forte estímulo a avançar em direcção à plena comunhão”.
Bento XVI felicita-se também pela escolha do tema do próximo encontro – sobre Santo Agostinho – que muito poderá contribuir para “aprofundar a teologia e a espiritualidade cristã no ocidente e no oriente, e o seu desenvolvimento”. “O Santo de Hipona, um grande Padre da Igreja Latina (observa o Papa) assume uma importância fundamental para a teologia e para a própria cultura do Ocidente, ao passo que a recepção do seu pensamento na teologia ortodoxa se revelou bastante problemática”. Assim sendo, sublinha Bento XVI, “torna-se indispensável conhecer com objectividade histórica e cordialidade fraterna as riquezas doutrinais e espirituais que formam o património do oriente e do ocidente cristão”, e isso “não só para as valorizar, mas também para promover um melhor apreço recíproco entre todos os cristãos”.
O Papa conclui fazendo votos pelos bons frutos deste Simpósio, para que se descubram “convergências doutrinais e espirituais úteis para construir conjuntamente a Cidade de Deus, onde os seus filhos possam viver na paz e na caridade fraterna, assentes na verdade da fé comum”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Chegou ao fim o Simpósio do Clero de Portugal
Conclusões apelam a uma cultura de formação na Igreja
Conclui-se esta Sexta-feira em Fátima o VI Simpósio do Clero de Portugal, subordinado ao tema “Reaviva o dom que há em ti”. Mais de 800 padres, alguns diáconos e os seus bispos viveram estes quatro dias entre conferências, tempos de oração comunitária, momentos de reflexão, de partilha e de convívio.
“Foi uma autêntica experiência de comunhão eclesial e de fraternidade sacerdotal”, refere a organização do evento, em comunicado.
No documento conclusivo do Simpósio pede-se que “se crie uma cultura de formação permanente na Igreja, pois ainda não existe”. A vida do padre ou “é formação permanente, ou é frustração permanente, repetitividade, desleixo geral, inércia, apatia, perda de credibilidade, ineficácia apostólica”.
De 1 a 4 de Setembro, os mais participantes tiveram oportunidade de ouvir vários oradores que colocaram a tónica na identidade sacerdotal. Em relação à formação nos seminários, faz-se referência a uma “atenção cuidada aos vários programas de formação dos seminários”. Só assim os padres poderão optar “pelo modelo de integração, polarizado no dinamismo da Cruz como ícone do Mistério Pascal, onde o amor entregado nos convida incessantemente, iluminando-nos e aquecendo-nos, a recebermos agradecidos o dom que a vida sacerdotal é, e a oferecermo-la alegremente como dom”.
Os caminhos a percorrer para que a Igreja responda aos novos desafios do mundo de hoje “não estão ainda bem definidos e traçados”. O texto aponta pistas: “Temos de utilizar a lucidez na análise do que se apresenta, e a paciência misericordiosa para enfrentar as incompreensões”.
Como as pessoas “não se seduzem nem se cativam verdadeiramente com a acomodação do Evangelho aos seus desejos e gostos pessoais”, as conclusões deste simpósio sublinham que “só quando o sacerdote se deixou, primeiro, seduzir no encontro pessoal com Cristo, poderá falar de tal maneira que as pessoas o descobrem possuído de uma luz e beleza que ele mesmo desconhece.”
Ao padre, hoje, são lançados inúmeros desafios e as respostas não podem ser mais “aquelas que sempre se deram, ou porventura, aquelas que o tempo de hoje não necessita”. Para além de catalogações sociais entre conservadores ou progressistas, “assumiu-se que é necessário revisitar o Concílio Vaticano II e o Magistério posterior, num esforço de caminhos de comunhão e leitura dos ‘sinais dos tempos’”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Conclui-se esta Sexta-feira em Fátima o VI Simpósio do Clero de Portugal, subordinado ao tema “Reaviva o dom que há em ti”. Mais de 800 padres, alguns diáconos e os seus bispos viveram estes quatro dias entre conferências, tempos de oração comunitária, momentos de reflexão, de partilha e de convívio.
“Foi uma autêntica experiência de comunhão eclesial e de fraternidade sacerdotal”, refere a organização do evento, em comunicado.
No documento conclusivo do Simpósio pede-se que “se crie uma cultura de formação permanente na Igreja, pois ainda não existe”. A vida do padre ou “é formação permanente, ou é frustração permanente, repetitividade, desleixo geral, inércia, apatia, perda de credibilidade, ineficácia apostólica”.
De 1 a 4 de Setembro, os mais participantes tiveram oportunidade de ouvir vários oradores que colocaram a tónica na identidade sacerdotal. Em relação à formação nos seminários, faz-se referência a uma “atenção cuidada aos vários programas de formação dos seminários”. Só assim os padres poderão optar “pelo modelo de integração, polarizado no dinamismo da Cruz como ícone do Mistério Pascal, onde o amor entregado nos convida incessantemente, iluminando-nos e aquecendo-nos, a recebermos agradecidos o dom que a vida sacerdotal é, e a oferecermo-la alegremente como dom”.
Os caminhos a percorrer para que a Igreja responda aos novos desafios do mundo de hoje “não estão ainda bem definidos e traçados”. O texto aponta pistas: “Temos de utilizar a lucidez na análise do que se apresenta, e a paciência misericordiosa para enfrentar as incompreensões”.
Como as pessoas “não se seduzem nem se cativam verdadeiramente com a acomodação do Evangelho aos seus desejos e gostos pessoais”, as conclusões deste simpósio sublinham que “só quando o sacerdote se deixou, primeiro, seduzir no encontro pessoal com Cristo, poderá falar de tal maneira que as pessoas o descobrem possuído de uma luz e beleza que ele mesmo desconhece.”
Ao padre, hoje, são lançados inúmeros desafios e as respostas não podem ser mais “aquelas que sempre se deram, ou porventura, aquelas que o tempo de hoje não necessita”. Para além de catalogações sociais entre conservadores ou progressistas, “assumiu-se que é necessário revisitar o Concílio Vaticano II e o Magistério posterior, num esforço de caminhos de comunhão e leitura dos ‘sinais dos tempos’”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
O recurso humano
A verdade é que o maior recurso a valorizar nos países que são assistidos no desenvolvimento é o recurso humano: este é o autêntico capital que se há-de fazer crescer para assegurar aos países mais pobres um verdadeiro futuro autónomo. Há que recordar também que, no campo económico, a principal ajuda de que têm necessidade os países em vias de desenvolvimento é a de permitir e favorecer a progressiva inserção dos seus produtos nos mercados internacionais, tornando possível assim a sua plena participação na vida económica internacional.
Caritas in veritate [58] – Bento XVI
Caritas in veritate [58] – Bento XVI
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1942
Começa a pregar um retiro a universitários em Madrid. Fala-lhes sobre a sua tarefa de santificação no meio do mundo: “O nosso fim consiste em nos santificarmos para santificar os outros. Para isso, os únicos meios são a oração, os sacramentos, o sacrifício e o trabalho perseverante e bem feito”.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/4-9-5)
Excerto palavras de Bento XVI após o visionamento da mini-série sobre Santo Agostinho
«Vimos como, num contexto para nós muito longínquo, é representada toda a verdade da vida humana, com todos os seus problemas, a tristeza, os insucessos, bem como o facto, que a Verdade prevalece e é sempre mais forte do que qualquer obstáculo e acaba por encontrar o homem. Esta é a grande esperança com que acabamos: nós não conseguimos encontrar a Verdade sozinhos, mas a Verdade, que é Pessoa, encontra-se.»
© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana, com tradução e adaptação de JPR
© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana, com tradução e adaptação de JPR
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermões sobre a primeira carta de São João, I, 2 (a partir da trad. de SC 75, p. 115)
«Enquanto o esposo está com eles»
São João escreve: «Nós vimo-la, dela damos testemunho» (1Jo 1, 2). Onde a viram eles? Na sua manifestação. Como foi a sua manifestação? Foi sob o sol, por outras palavras, a esta luz visível. Mas poderíamos nós ver Quem fez o sol à luz do mesmo sol se Ele não tivesse feito «lá no alto, uma tenda para o sol, donde sai, como esposo do seu leito, a percorrer alegremente o seu caminho» [Sl 19 (18), 6]? Verdadeiro Criador, Ele é anterior ao sol, precedeu a estrela da manhã, todos os astros e todos os anjos porque «por Ele é que tudo começou a existir e sem Ele nada veio à existência» (Jo 1, 3). Querendo que O víssemos com os nossos olhos de carne que vêem o sol, montou a Sua tenda debaixo do sol, quer dizer, mostrou-Se na carne manifestando-Se a esta luz terrestre e o tálamo deste esposo foi o seio da Virgem.
Porque neste seio virginal uniram-se os dois, o esposo e a esposa, o Verbo esposo e a carne esposa. Como está escrito: «os dois serão uma só carne» (Gn 2, 24); e o Senhor disse no Evangelho: «Portanto já não são dois, mas um só» (Mt 19, 6). Isaías exprime melhor como esses dois se tornam um quando, falando em nome de Cristo, diz: «Como um noivo que cinge a fronte com o diadema, e como a noiva que se adorna com as suas jóias» (61, 10). Parece ser um único indivíduo a falar e apresenta-se alternadamente como esposo e como esposa. Não são dois, mas uma só carne, porque «o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). A esta carne se une a Igreja e forma-se o Cristo total, cabeça e corpo (Ef 1, 22-23).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sermões sobre a primeira carta de São João, I, 2 (a partir da trad. de SC 75, p. 115)
«Enquanto o esposo está com eles»
São João escreve: «Nós vimo-la, dela damos testemunho» (1Jo 1, 2). Onde a viram eles? Na sua manifestação. Como foi a sua manifestação? Foi sob o sol, por outras palavras, a esta luz visível. Mas poderíamos nós ver Quem fez o sol à luz do mesmo sol se Ele não tivesse feito «lá no alto, uma tenda para o sol, donde sai, como esposo do seu leito, a percorrer alegremente o seu caminho» [Sl 19 (18), 6]? Verdadeiro Criador, Ele é anterior ao sol, precedeu a estrela da manhã, todos os astros e todos os anjos porque «por Ele é que tudo começou a existir e sem Ele nada veio à existência» (Jo 1, 3). Querendo que O víssemos com os nossos olhos de carne que vêem o sol, montou a Sua tenda debaixo do sol, quer dizer, mostrou-Se na carne manifestando-Se a esta luz terrestre e o tálamo deste esposo foi o seio da Virgem.
Porque neste seio virginal uniram-se os dois, o esposo e a esposa, o Verbo esposo e a carne esposa. Como está escrito: «os dois serão uma só carne» (Gn 2, 24); e o Senhor disse no Evangelho: «Portanto já não são dois, mas um só» (Mt 19, 6). Isaías exprime melhor como esses dois se tornam um quando, falando em nome de Cristo, diz: «Como um noivo que cinge a fronte com o diadema, e como a noiva que se adorna com as suas jóias» (61, 10). Parece ser um único indivíduo a falar e apresenta-se alternadamente como esposo e como esposa. Não são dois, mas uma só carne, porque «o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). A esta carne se une a Igreja e forma-se o Cristo total, cabeça e corpo (Ef 1, 22-23).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 4 de Setembro de 2009
São Lucas 5,33-39
Disseram-lhe eles: «Os discípulos de João jejuam frequentemente e recitam orações; o mesmo fazem também os dos fariseus. Os teus, porém, comem e bebem!»
Jesus respondeu-lhes: «Podeis vós fazer jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles?
Virão dias em que o Esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão-de jejuar.»
Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém recorta um bocado de roupa nova para o deitar em roupa velha; aliás, irá estragar-se a roupa nova, e também à roupa velha não se ajustará bem o remendo que vem da nova.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho novo rompe os odres e derrama-se, e os odres ficarão perdidos.
Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos.
E ninguém, depois de ter bebido o velho, quer do novo, pois diz: 'O velho é que é bom!'»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Disseram-lhe eles: «Os discípulos de João jejuam frequentemente e recitam orações; o mesmo fazem também os dos fariseus. Os teus, porém, comem e bebem!»
Jesus respondeu-lhes: «Podeis vós fazer jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles?
Virão dias em que o Esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão-de jejuar.»
Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém recorta um bocado de roupa nova para o deitar em roupa velha; aliás, irá estragar-se a roupa nova, e também à roupa velha não se ajustará bem o remendo que vem da nova.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho novo rompe os odres e derrama-se, e os odres ficarão perdidos.
Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos.
E ninguém, depois de ter bebido o velho, quer do novo, pois diz: 'O velho é que é bom!'»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)