domingo, 21 de junho de 2009
Papa pede aos jovens que não abandonem a Igreja
Bento XVI concluiu visita a San Giovanni Rotondo, na Itália, com uma série de apelos
Bento XVI pediu este Domingo aos jovens que não abandonem a Igreja, assegurando que esta não os deixa sós diante dos seus problemas.
"Não desencorajem! A Igreja não vos abandona! Não abandonem a Igreja! Precisamos do vosso contributo para construir comunidades cristãs vivas e sociedades mais justas e abertas à esperança", disse o Papa no final da sua visita à localidade de San Giovanni Rotondo, localidade onde faleceu e está sepultado o Santo Pe. Pio.
No seu discurso, na igreja dedicada ao Padre Pio, sublinhou que a Igreja Católica entende os problemas que os angustiam as novas gerações, entre os quais, o desemprego, "que atinge de maneira dramática não poucos jovens do sul da Itália".
Além dos jovens, o momento final da visita foi dedicado aos sacerdotes, religiosos e religiosas. Neste contexto, o Papa voltou a recordar a abertura do ano sacerdotal, sublinhando a importância da santidade dos padres para a vida e a missão da Igreja.
"Do amor pela Eucaristia - disse - brotava no Padre Pio e no Cura d'Ars uma disponibilidade total para acolher os fiéis, sobretudo os pecadores.
A este respeito, Bento XVI defendeu que "os padres nunca deveriam resignar-se a ver desertos os confessionários, nem limitar-se a verificar o desamor dos fiéis por esta extraordinária fonte de serenidade e de paz".
Partindo da vida do Padre Pio, o Papa falou ainda do "valor e a necessidade da oração", admitindo que "por vezes poderemos ser assaltados por uma atitude de desencorajamento perante o enfraquecimento e até mesmo pelo abandono da fé que se verifica nas nossas sociedades secularizadas".
"Certamente - acrescentou - é necessário encontrar novos canais para comunicar a verdade evangélica aos homens e mulheres do nosso tempo, voltar à fonte original, Jesus Cristo que é o mesmo, ontem hoje e sempre".
Antes deste encontro, o Papa tinha reunido com os doentes, os médicos, os enfermeiros e os dirigentes da "Casa Alívio do Sofrimento". Bento XVI abordou "o mistério da doença e da dor, da esperança da cura e do valor inestimável da saúde".
"O sofrimento faz parte do próprio mistério da pessoa humana. Somente Deus pode eliminar o poder do mal. A fé ajuda-nos a penetrar no sentido de todo o ser humano e, portanto, também do sofrer", prosseguiu.
Em conclusão, Bento XVI encorajou médicos e funcionários a continuarem o projecto iniciado pelo Padre Pio, sendo "reservas de amor".
"Padre Pio queria que nesta estrutura sanitária bem apetrechada se pudesse verificar, de forma concreta, que o empenho da ciência ao tratar o doente nunca se deve separar de uma filial confiança para com Deus, infinitamente cheio de ternura e de misericórdia", apontou.
Internacional Octávio Carmo 2009-06-21 21:31:40 3195 Caracteres Bento XVI
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Maestro José Calvário
Morreu esta semana o compositor, músico, maestro José Calvário, figura que fica na história da música portuguesa. É responsável por algumas músicas que nos ficam, que invadem o imaginário colectivo, que nos fazem cantarolar em momentos distintos.
No funeral estavam quinze pessoas. Ninguém do Governo, da Cultural, da Câmara Municipal, da Sociedade Portuguesa de Autores. A sua morte teve destaque nas páginas interiores dos jornais e nos rodapés dos telejornais (e não de todos).
O maestro José Calvário é o autor da música que fez de senha ao 25 de Abril. Ainda se lembram?
Não temos um pingo de vergonha na cara. Se o José Calvário tivesse andado a pular na em programas de televisão com meninas que mostram as pernas; se tivesse aberto a sua casa à Caras, enfim, se tivesse feito alarido de quem era e o talento que tinha... Não o fez. Era um homem frontal, com poucos amigos, que a frontalidade não é coisa que se cultive.
Um amigo comum disse-me ontem: "Se o Zé teve 15 pessoas, tu vais ter 9". Seja.
Deve ser por estas e por outras que tenho uma enorme vontade de mandar tudo e todos à merda, com honrosas excepções, pessoas frontais e com talento que teimam em não se calar, em trabalhar, sem aparecer nas revistas a mostrar o corpinho.
O protagonismo só pela vaidade é triste e a hipocrisia ainda mais.
O talento do José Calvário mora nos discos. Procurem-nos. Façam qualquer coisa de jeito, individualmente, porque todos juntos, como país, somos apenas isto: um povo que não festeja, um povo que gosta apenas de maldizer.
Patrícia Reis
(Fonte: blogue de Patrícia Reis em http://vaocombate.blogs.sapo.pt/112701.html )
No funeral estavam quinze pessoas. Ninguém do Governo, da Cultural, da Câmara Municipal, da Sociedade Portuguesa de Autores. A sua morte teve destaque nas páginas interiores dos jornais e nos rodapés dos telejornais (e não de todos).
O maestro José Calvário é o autor da música que fez de senha ao 25 de Abril. Ainda se lembram?
Não temos um pingo de vergonha na cara. Se o José Calvário tivesse andado a pular na em programas de televisão com meninas que mostram as pernas; se tivesse aberto a sua casa à Caras, enfim, se tivesse feito alarido de quem era e o talento que tinha... Não o fez. Era um homem frontal, com poucos amigos, que a frontalidade não é coisa que se cultive.
Um amigo comum disse-me ontem: "Se o Zé teve 15 pessoas, tu vais ter 9". Seja.
Deve ser por estas e por outras que tenho uma enorme vontade de mandar tudo e todos à merda, com honrosas excepções, pessoas frontais e com talento que teimam em não se calar, em trabalhar, sem aparecer nas revistas a mostrar o corpinho.
O protagonismo só pela vaidade é triste e a hipocrisia ainda mais.
O talento do José Calvário mora nos discos. Procurem-nos. Façam qualquer coisa de jeito, individualmente, porque todos juntos, como país, somos apenas isto: um povo que não festeja, um povo que gosta apenas de maldizer.
Patrícia Reis
(Fonte: blogue de Patrícia Reis em http://vaocombate.blogs.sapo.pt/112701.html )
Antes da oração do Angelus, Bento XVI confia a N. Senhora e ao Santo Padre Pio o Ano Sacerdotal
No final da celebração, passado já o meio-dia, o Papa recitou como todos os domingos a oração mariana do Angelus, precedida de uma breve alocução. Citando o Padre Pio, que dizia “Amai Nossa Senhora e fazei-a amar”, Bento XVI sublinhou “a profunda devoção à Mãe celeste” sempre revelada pelo santo capuchinho, e recordou o Ano Sacerdotal agora iniciado:
“À intercessão de nossa Senhora e de são Pio da Pietralcina desejaria confiar de modo particular o Ano Sacerdotal que inaugurei sexta-feira passada, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Que seja uma ocasião privilegiada para pôr em evidência o valor da missão e da santidade dos sacerdotes ao serviço da Igreja e da humanidade do terceiro milénio”.
O Santo Padre reservou também uma referência ao Dia Mundial do Refugiado, sábado 20 de Junho, pedindo que se reze “pela situação difícil e por vezes dramática dos refugiados”:
“São muitas as pessoas que procuram refúgio noutros países fugindo de situações de guerra, perseguição e calamidade. Acolhê-las é um dever, não obstante as tantas dificuldades que isso constitui. Queira Deus que, com o empenho de todos, se consiga o mais rapidamente possível remover as causas de tão triste fenómeno”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Bento XVI – “A força do amor de Cristo move o mundo, e é capaz de transformar e renovar as criaturas”
Bento XVI visita este Domingo a localidade de San Giovanni Rotondo, no Sul da Itália, onde se encontra sepultado o S. Pio de Pietrelcina. A segunda visita de um Papa ao local reuniu cerca de 50 mil pessoas.
Milhares de pessoas têm passado por ali desde Abril deste ano, altura em que se iniciou a exibição dos restos mortais do Padre Pio, canonizado em 2002 por João Paulo II. A iniciativa assinala o 40.º aniversário da morte do Santo.
O corpo do Padre Pio permanece em exposição até Setembro, com o rosto coberto por uma máscara de silicone. Espera-se a passagem de quase 750 mil peregrinos de todo o mundo durante este período de veneração das relíquias do Santo de Pietrelcina.
Bento XVI partira de avião de Roma em direcção a Foggia e dali de automóvel para San Giovanni Rotondo.
O Papa visitou, em privado, o Santuário de Santa Maria das Graças, onde ficou, por momentos, em oração para venerar os restos mortais de São Pio de Pietrelcina, que repousam na Cripta.
O encontro com os fiéis teve lugar no adro da igreja dedicada ao Santo Capuchinho, onde o Papa presidiu à eucaristia.
Para o Padre Pio, a Eucaristia “constituiu o centro de toda a sua existência: a origem da sua vocação, a força do seu testemunho, a consagração do seu sacrifício” – sublinhou Bento XVI logo no princípio da homilia da Missa. Comentando o Evangelho da tempestade no lago, o Papa recordou que “na Bíblia o mar era considerado um elemento ameaçador, caótico, potencialmente destrutivo, que só Deus, o Criador, pode dominar, governar e silenciar”.
“Há porém uma outra força – uma força positiva – que move o mundo, capaz de transformar e renovar as criaturas: a força do amor de Cristo, como a chama São Paulo na II Carta aos Coríntios: não uma força cósmica, essencialmente, mas sim divina, transcendente”.
“O amor de Cristo (fez notar o Papa) age também sobre o cosmos, mas em si mesmo é um poder “outro”, e esta sua alteridade transcendente, o Senhor a manifestou na sua Páscoa, na santidade da via por Ele escolhida para nos libertar do domínio do mal”.
“O solene gesto de acalmar o mar tempestuoso é claramente sinal do domínio de Cristo sobre as potências negativas e leva-nos a pensar na sua divindade”. A fé dos discípulos “ainda não é uma fé sólida, está em formação; é um misto de medo e de confiança; pelo contrário, é total e puro o abandono confiante de Jesus ao Pai”. É por isso que Ele dorme durante a tempestade, “completamente seguro nos braços de Deus”. Contudo, “virá o momento em que também Jesus experimentará medo e angústia”.
“Quando vier a sua hora, sentirá sobre si todo o peso dos pecados da humanidade, como uma vaga que está para se abater sobre Si. Essa sim, será uma terrível tempestade, não cósmica, mas espiritual. Será o último, extremo assalto do mal contra o Filho de Deus”.
Mesmo “nessa hora, Jesus não duvidou do poder de Deus Pai e da sua proximidade, embora tenha tido que experimentar plenamente a distância que separa o ódio - do amor, a mentira – da verdade, o pecado – da graça. Jesus experimentou em si mesmo, de maneira dilacerante, este drama, especialmente no Getsémani, antes de ser preso, e depois durante toda a paixão, até à morte na cruz”.
“Alguns Santos viveram intensa e pessoalmente esta experiência de Jesus. Padre Pio da Pietrelcina é um desses. Homem simples, de ascendência humilde, arrebatado por Cristo (como de si próprio escreve o apóstolo Paulo) para dele fazer uma instrumento eleito do perene poder da sua Cruz: poder de amor pelas almas, de perdão e de reconciliação, de paternidade espiritual, de solidariedade concreta com os que sofrem. Os estigmas, que o marcaram no corpo, uniram-no intimamente ao Crucificado-Ressuscitado”.
O que (advertiu o Papa) não significou perda de personalidade: “Deus nunca anula o que é humano, transforma-o com o seu Espírito e orienta-o ao serviço do seu desígnio de salvação”.
“Como aconteceu com Jesus, a verdadeira luta, o combate radical de Padre Pio não foram contra inimigos terrenos, mas sim contra o espírito do mal. As maiores tempestades que o ameaçavam eram os assaltos do diabo, dos quais se defendeu com a armadura de Deus, com o escudo da fé e com a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”.
Como disse Paulo VI, Padre Pio “era um homem de oração e de sofrimento”. Antes de mais a oração.
“Como todos os grandes homens de Deus, Padre Pio tinha-se tornado ele mesmo oração, alma e corpo. Os seus dias eram um rosário vivo, isto é, uma contínua meditação e assimilação dos mistérios de Cristo, em união espiritual com a Virgem Maria. Assim se explica a singular com-presença, nele, de dons sobrenaturais e de humanidade bem concreta. E tudo culminava na celebração da santa Missa: era ali que ele se unia plenamente ao Senhor morto e ressuscitado”.
Da oração, como fonte viva, jorrava a caridade – prosseguiu o Papa. “O amor que (Padre Pio) levava no coração e transmitia aos outros era pleno de ternura, sempre atento às situações reais das pessoas e das famílias. Especialmente para com os doentes e sofredores, ele nutria a predilecção do Coração de Cristo, e foi precisamente daí que teve origem e forma o projecto de uma grande obra dedicada a “aliviar o sofrimento”. O ponto de partida, “a fonte inspiradora” desta instituição – sublinhou Bento XVI – foi, é “a caridade evangélica, por sua vez animada pela oração”. Daqui uma advertência contra “os riscos do activismo e da secularização”:
“Muitos de vós, religiosos, religiosas e leigos, estais de tal modo apanhados pelas mil tarefas requeridas pelo serviço aos peregrinos, ou aos doentes do hospital, que correis o risco de descurar o que é verdadeiramente necessário: escutar Cristo para realizar a vontade de Deus”.
O Santo Padre exortou religiosos e fiéis a recordar sempre o exemplo e os sofrimentos de Padre Pio, a invocarem a sua intercessão, para obterem do Senhor “luz e força para prosseguirem a sua mesma missão embebida de amor a Deus e de caridade fraterna”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Bispos dos E.U.A. aprovam Missa pela Vida
Um texto para uma Missa de Acção de Graças pelo Dom da Vida Humana foi aprovado com o apoio esmagador da Conferência Episcopal dos E.U.A. reunidos em Santo António no Texas, que aprovaram igualmente a sua inclusão no Missal Romano.
O Comunicado à imprensa da conferência dá conta que a proposta da Missa recebeu 183 votos favoráveis, tendo apenas havido três contrários e três abstenções, durante a reunião semestral da Conferência Episcopal.
A adopção do texto no Missal foi apoiada por 179 Bispos, tendo havido um a votar contra e outro a abster-se.
O comunicado refere que estes temas fazem parte da adaptação, que está em curso, da nova tradução para inglês do Missal Romano. As conclusões desta reunião serão enviadas para a Santa Sé para aprovação final.
A Missa de Acção de Graças pela Vida foi originalmente proposta em 1990 pelo Cardeal John O’Connor de Nova Iorque, fundador das Irmãs da Vida e falecido no ano 2000.
O Leccionário em língua espanhola, foi igualmente aprovado pela maioria, com 182 votos a favor e um contra.
(Fonte: Zenit.org com tradução e adaptação do inglês em http://www.zenit.org/article-26223?l=english da responsabilidade de JPR)
Agradecimento: “Infovitae”
O Comunicado à imprensa da conferência dá conta que a proposta da Missa recebeu 183 votos favoráveis, tendo apenas havido três contrários e três abstenções, durante a reunião semestral da Conferência Episcopal.
A adopção do texto no Missal foi apoiada por 179 Bispos, tendo havido um a votar contra e outro a abster-se.
O comunicado refere que estes temas fazem parte da adaptação, que está em curso, da nova tradução para inglês do Missal Romano. As conclusões desta reunião serão enviadas para a Santa Sé para aprovação final.
A Missa de Acção de Graças pela Vida foi originalmente proposta em 1990 pelo Cardeal John O’Connor de Nova Iorque, fundador das Irmãs da Vida e falecido no ano 2000.
O Leccionário em língua espanhola, foi igualmente aprovado pela maioria, com 182 votos a favor e um contra.
(Fonte: Zenit.org com tradução e adaptação do inglês em http://www.zenit.org/article-26223?l=english da responsabilidade de JPR)
Agradecimento: “Infovitae”
O menino de ouro da SIC
E, ao décimo dia após a derrota nas "europeias", o "animal feroz" transformou-se num cachorrinho alimentado a Xanax. O eng. Sócrates surgiu na SIC a conversar docemente com uma jornalista da casa, tão doce como ele. O exercício, que durou espantosos cinquenta minutos, pretendia ser uma demonstração de modéstia, ou a prova de que o primeiro-ministro, à semelhança da lua, possui uma face oculta, e que, à semelhança de Guterres, a face é meiga. Na verdade, a "entrevista" constituiu uma das páginas mais embaraçosas da nossa já não excessivamente solene democracia. Não tanto para o espectador, que com risinhos e sonolência lá sobreviveu àquilo: para o eng. Sócrates, que pode não ter sobrevivido.
Modéstia, afinal, não houve nenhuma. Salvo pormenores "formais" (a "burocracia" na avaliação dos professores, por exemplo), o eng. Sócrates reconheceu um único "erro": o parco apoio à "cultura", na presunção convicta ou simulada de que um punhado de filmes e peças por subsidiar é fonte de angústia colectiva. De resto, desfiou a propaganda do costume: reformas (?), progresso científico (?), redenção do ensino (?), crescimento económico (?), criação de emprego (?), controlo das contas públicas (toldado pela malvada "crise internacional", a maior dos últimos cem, mil ou dez mil anos, não me lembro), benefícios do investimento estatal, energias "renováveis", Magalhães, etc.
No final, confessou-se assaz contente consigo e com a sua "mundividência". Para o futuro, conta com o "país moderno", que "quer andar para a frente" e que "não se deixa abater". Não conta, presume-se, com a chusma de pessimistas retrógrados que não apreciam as maravilhas que o Governo faz por eles.
Embora embrulhada no tom intimista dos programas nocturnos de rádio, trata-se da lengalenga de sempre e do eng. Sócrates de sempre, um homem curiosamente obcecado com ele mesmo e curiosamente convencido da própria importância. Convém moderar as comparações com Guterres. O assustadiço Guterres fugiu ao perceber que percebêramos o buraco em que nos meteu. O eng. Sócrates nunca abdicaria voluntariamente do poder. No máximo, abdica da imagem com que o desempenhou durante quatro anos, trocando a velha arrogância (ou "firmeza") pela dissimulação (ou "humildade").
O pressuposto é o de que a governação se define através das aparências, ou do "estilo", e que um novo "estilo" fatalmente conduzirá os eleitores a uma nova avaliação da governação. Pelo menos é isto o que vai nas cabeças dos estrategas e conselheiros do eng. Sócrates. A propósito, quanto ganha essa gente? Seja o que for, é demasiado.
Se o eng. Sócrates não o enxerga sozinho, era aconselhável rodear-se por quem o alertasse para o perigoso ridículo da manobra. Não foi só a inépcia do seu Governo que custou ao PS as "europeias", sobretudo contra um PSD vago nas propostas e insondável enquanto alternativa. A derrota socialista deveu-se principalmente ao carácter "plástico" do líder, um holograma ruidoso que cansou os cidadãos e contrasta com a discrição quase patológica mas "humana" de Manuela Ferreira Leite. Supondo que alguém a viu, a plástica "entrevista" à SIC apenas terá aumentado o cansaço e o contraste.
Dividido entre não poder ser quem é e não conseguir ser quem não é, o eng. Sócrates encontra-se num aperto. Excepto se os portugueses acreditarem de facto nas proezas da cosmética, e os abstencionistas que o primeiro-ministro procura seduzir corresponderem à definição que o dr. César dos Açores lhes aplicou: uma multidão de estúpidos.
Alberto Gonçalves
(Fonte: DN online)
Nota: o eng. em minúscula ficou devidamente registado com concordância
Modéstia, afinal, não houve nenhuma. Salvo pormenores "formais" (a "burocracia" na avaliação dos professores, por exemplo), o eng. Sócrates reconheceu um único "erro": o parco apoio à "cultura", na presunção convicta ou simulada de que um punhado de filmes e peças por subsidiar é fonte de angústia colectiva. De resto, desfiou a propaganda do costume: reformas (?), progresso científico (?), redenção do ensino (?), crescimento económico (?), criação de emprego (?), controlo das contas públicas (toldado pela malvada "crise internacional", a maior dos últimos cem, mil ou dez mil anos, não me lembro), benefícios do investimento estatal, energias "renováveis", Magalhães, etc.
No final, confessou-se assaz contente consigo e com a sua "mundividência". Para o futuro, conta com o "país moderno", que "quer andar para a frente" e que "não se deixa abater". Não conta, presume-se, com a chusma de pessimistas retrógrados que não apreciam as maravilhas que o Governo faz por eles.
Embora embrulhada no tom intimista dos programas nocturnos de rádio, trata-se da lengalenga de sempre e do eng. Sócrates de sempre, um homem curiosamente obcecado com ele mesmo e curiosamente convencido da própria importância. Convém moderar as comparações com Guterres. O assustadiço Guterres fugiu ao perceber que percebêramos o buraco em que nos meteu. O eng. Sócrates nunca abdicaria voluntariamente do poder. No máximo, abdica da imagem com que o desempenhou durante quatro anos, trocando a velha arrogância (ou "firmeza") pela dissimulação (ou "humildade").
O pressuposto é o de que a governação se define através das aparências, ou do "estilo", e que um novo "estilo" fatalmente conduzirá os eleitores a uma nova avaliação da governação. Pelo menos é isto o que vai nas cabeças dos estrategas e conselheiros do eng. Sócrates. A propósito, quanto ganha essa gente? Seja o que for, é demasiado.
Se o eng. Sócrates não o enxerga sozinho, era aconselhável rodear-se por quem o alertasse para o perigoso ridículo da manobra. Não foi só a inépcia do seu Governo que custou ao PS as "europeias", sobretudo contra um PSD vago nas propostas e insondável enquanto alternativa. A derrota socialista deveu-se principalmente ao carácter "plástico" do líder, um holograma ruidoso que cansou os cidadãos e contrasta com a discrição quase patológica mas "humana" de Manuela Ferreira Leite. Supondo que alguém a viu, a plástica "entrevista" à SIC apenas terá aumentado o cansaço e o contraste.
Dividido entre não poder ser quem é e não conseguir ser quem não é, o eng. Sócrates encontra-se num aperto. Excepto se os portugueses acreditarem de facto nas proezas da cosmética, e os abstencionistas que o primeiro-ministro procura seduzir corresponderem à definição que o dr. César dos Açores lhes aplicou: uma multidão de estúpidos.
Alberto Gonçalves
(Fonte: DN online)
Nota: o eng. em minúscula ficou devidamente registado com concordância
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1946
Viaja pela primeira vez a Roma. Sai do porto de Barcelona no “J.J. Sister”. Anos mais tarde recordará esta viagem: “Vim a Roma, com a alma posta na minha Mãe a Virgem Santíssima e com uma fé ardente em Deus Nosso Senhor, a quem confiadamente invocava, dizendo: Ecce nos reliquimus omnia, et secuti sumus te: quid ergo erit nobis? (Mt 19, 27). Que será de nós, meu Pai?”.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1846 )
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1846 )
Bento XVI recorda Alcide De Gasperi
“Estadista de fama internacional, que com a sua acção política prestou serviço à Igreja, à Itália e à Europa” – palavras de Bento XVI, evocando o perfil de Alcide De Gasperi, “grande personalidade – disse ainda o Papa – que, em momentos históricos de profundas mudanças sociais na Itália e na Europa, tempos minados por tantas dificuldades, soube prodigalizar-se eficazmente em prol do bem comum”.
O Santo Padre dirigia a palavra aos membros do Conselho da Fundação De Gasperi, encabeçados pela filha do estadista italiano, Maria Romana, e pelo ex-presidente do Conselho Giulio Andreotti, durante tantos anos director colaborador do mesmo.
“Formado na escola do Evangelho, De Gaspari foi capaz de traduzir em actos concretos e coerentes a fé que professava. Espiritualidade e política foram de facto duas dimensões que conviveram na sua pessoa e que caracterizaram o seu empenho social e espiritual”.
O Papa recordou que foi “com prudente largueza de vistas” que ele guiou a reconstrução da Itália saída do fascismo e da II guerra mundial, relançando a imagem do país em âmbito internacional, promovendo a sua retoma económica e abrindo-se à colaboração com todas as pessoas de boa vontade.
Como afirmava João Paulo II, em 1981 (centenário do nascimento de De Gasperi), “nele, foi a fé o centro inspirador, a força de coesão, o critério de valores, a razão de opção”. Este “sólido testemunho evangélico” – acrescentou Bento XVI – teve como raízes a “formação humana e espiritual” recebida na sua região (Trento), “numa família onde o amor por Cristo constituía pão quotidiano e referência para toda e qualquer opção”.
Reconhecendo a impossibilidade de referir com suficiente amplidão o perfil desta “personagem que honrou a Igreja e a Itália”, afirmou o Papa:
“Limito-me a pôr em destaque o seu reconhecido aprumo moral, baseado numa indiscutível fidelidade aos valores humanos e cristãos, como também a serena consciência moral que o guiou nas opções da política”.
“Dócil e obediente à Igreja”, ele foi contudo “autónomo e responsável nas suas opções políticas, sem se servir da Igreja para fins políticos e sem nunca descer a compromissos com a sua consciência recta”.
“Peçamos ao Senhor que a recordação da sua experiência de governo e do seu testemunho cristão constituam encorajamento e estímulo para aqueles que actualmente dirigem os destinos da Itália e dos outros povos, de modo especial os que se inspiram no Evangelho”.
(Fonte: site Radio Vaticana)