Evitar o pânico, cuidar dos vivos, enterrar os mortos. A velha receita, para resistir às grandes tragédias, aplica-se à crise económica com uma pequena variante: cuidar dos pobres, proteger o emprego, evitar o pânico.
É verdade que a nossa memória é curta para os números ontem divulgados pelo Banco de Portugal. Cortes de 14% no investimento e nas exportações e uma queda do produto de 3,5%o, num só ano, parecem maus demais.
Contudo, quem mantiver o emprego beneficiará de juros em queda e inflação em baixa. O rendimento disponível destas famílias irá aumentar. Não fora o medo do desemprego e não haveria nenhuma razão para a queda do consumo.
É, por isso, tempo de responder ao toque a rebate solidário, de que já aqui falei.
E quem não o fizer por compaixão e amor aos outros que o faça, ao menos, por interesse. Nesta crise, a pior ameaça ao bem-estar próprio é, objectivamente, o mal alheio. Por estranho que pareça, a partilha, do nosso salário, pode ser o melhor investimento. Apoiando os mais pobres e a manutenção do salário de outros, evitaremos a queda a pique do consumo, o afundar da economia e estaremos, por essa via, a garantir a manutenção do nosso próprio emprego.
Obama dizia, ontem, aos americanos, que a crise vai agravar-se nos próximos meses e acrescentava: “Não reconstruiremos a casa da nossa economia sobre areia. Vamos construir, com esforço, novos alicerces sob rocha, garantindo um futuro melhor”.
Faltam líderes assim: que falem verdade, apontem caminhos, nos devolvam a Esperança. A economia americana cairá este ano quase 5%. Mesmo assim… invejei-lhes a sorte!
Graça Franco
(Fonte: site RR)
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Bento XVI na Audiência geral - “muitos retomam e apresentam velhas teorias, já gastas, como novas e científicas”
“É fundamental para a nossa fé e para o nosso testemunho cristão que se proclame a ressurreição de Jesus de Nazaré como um acontecimento real, histórico, atestado por numerosas testemunhas que se tornaram autoridade”:
em plena semana pascal – prolongamento do grande Domingo da Ressurreição, foi naturalmente este o tema da catequese de Bento XVI, na audiência geral desta quarta, numa praça de São Pedro ainda decorada de flores e repleta de peregrinos, sob um esplêndido sol primaveril.
O Papa, que se encontra toda esta semana na residência de Castelgandolfo, nos arredores de Roma, deslocou-se expressamente, de helicóptero, ao Vaticano, só para a audiência. Será em Castelgandolfo que Bento XVI celebrará, nesta quinta-feira, 16 de Abril, os seus 82 anos. Ali também receberá, sábado, em audiência, uns três mil Franciscanos, que celebram nestes dias o oitavo centenário da aprovação da respectiva Regra. Domingo, quarto aniversário da sua eleição como sucessor de Pedro, será ainda no pátio da residência estiva que Bento XVI acolherá, ao meio-dia, os peregrinos para a recitação da antífona mariana do tempo pascal, Regina Coeli.
Na audiência desta quarta-feira, como dizíamos, Bento XVI sublinhou uma vez mais uma elemento fundamental da nossa fé: a verdade histórica da ressurreição de Jesus. “É fundamental para a nossa fé e para o nosso testemunho cristão que se proclame a ressurreição de Jesus de Nazaré como um acontecimento real, histórico, atestado por numerosas testemunhas que se tornaram autoridade”, sublinhou. “Também nos nossos tempos (prosseguiu), não falta quem procure negar a sua historicidade, ao reduzir o relato evangélico a um mito”. O Papa diz que muitos “retomam e apresentam velhas teorias, já gastas, como novas e científicas”.
“A ressurreição não foi para Jesus um simples regresso à sua vida terrena precedente, mas foi a passagem a uma dimensão profundamente nova da vida, que também diz respeito a nós, que toca toda a família humana, a história e o universo”. “A novidade surpreendente da ressurreição é tão importante que a Igreja não deixa de proclamá-la, prolongando a sua recordação, especialmente no Domingo, que é o dia do Senhor e a Páscoa semanal do povo de Deus”. “Este evento mudou a vida das testemunhas oculares e, ao longo dos séculos, gerações inteiras de homens acolherem-no com fé e testemunharam-no até chegar mesmo ao martírio”, precisou o Papa.
Já na sua mensagem «Urbi et Orbi», no Domingo de Páscoa, o Papa sublinhara que a fé na ressurreição “não se funda sobre “simples raciocínios humanos”, mas sobre “um dado histórico de fé”. Afirmou então, textualmente, Bento XVI: “A ressurreição não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua «páscoa», da sua «passagem», que abriu um «caminho novo» entre a terra e o Céu. Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr-do-sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo”.
Entre as dezenas de milhares de peregrinos presentes na Praça de São Pedro encontravam-se também peregrinos portugueses, nomeadamente de Lamego e do Seminário Maior de Coimbra, que o Papa saudou na nossa língua:
“Amados peregrinos de língua portuguesa, alegrai-vos e exultai comigo, porque o Senhor Jesus ressuscitou. A ressurreição de Cristo é a nossa esperança! Este pregão pascal ressoa por toda a terra: ressoa no coração dos brasileiros e dos portugueses de Lamego e da diocese de Coimbra! Com alegria, saúdo a comunidade do seu Seminário Maior que, há 250 anos, facilita esta passagem do testemunho da ressurreição, com a formação de novos arautos e servidores. Sobre todos, desça a minha Bênção. Ad multos annos!”
(Fonte: site Radio Vaticana)
em plena semana pascal – prolongamento do grande Domingo da Ressurreição, foi naturalmente este o tema da catequese de Bento XVI, na audiência geral desta quarta, numa praça de São Pedro ainda decorada de flores e repleta de peregrinos, sob um esplêndido sol primaveril.
O Papa, que se encontra toda esta semana na residência de Castelgandolfo, nos arredores de Roma, deslocou-se expressamente, de helicóptero, ao Vaticano, só para a audiência. Será em Castelgandolfo que Bento XVI celebrará, nesta quinta-feira, 16 de Abril, os seus 82 anos. Ali também receberá, sábado, em audiência, uns três mil Franciscanos, que celebram nestes dias o oitavo centenário da aprovação da respectiva Regra. Domingo, quarto aniversário da sua eleição como sucessor de Pedro, será ainda no pátio da residência estiva que Bento XVI acolherá, ao meio-dia, os peregrinos para a recitação da antífona mariana do tempo pascal, Regina Coeli.
Na audiência desta quarta-feira, como dizíamos, Bento XVI sublinhou uma vez mais uma elemento fundamental da nossa fé: a verdade histórica da ressurreição de Jesus. “É fundamental para a nossa fé e para o nosso testemunho cristão que se proclame a ressurreição de Jesus de Nazaré como um acontecimento real, histórico, atestado por numerosas testemunhas que se tornaram autoridade”, sublinhou. “Também nos nossos tempos (prosseguiu), não falta quem procure negar a sua historicidade, ao reduzir o relato evangélico a um mito”. O Papa diz que muitos “retomam e apresentam velhas teorias, já gastas, como novas e científicas”.
“A ressurreição não foi para Jesus um simples regresso à sua vida terrena precedente, mas foi a passagem a uma dimensão profundamente nova da vida, que também diz respeito a nós, que toca toda a família humana, a história e o universo”. “A novidade surpreendente da ressurreição é tão importante que a Igreja não deixa de proclamá-la, prolongando a sua recordação, especialmente no Domingo, que é o dia do Senhor e a Páscoa semanal do povo de Deus”. “Este evento mudou a vida das testemunhas oculares e, ao longo dos séculos, gerações inteiras de homens acolherem-no com fé e testemunharam-no até chegar mesmo ao martírio”, precisou o Papa.
Já na sua mensagem «Urbi et Orbi», no Domingo de Páscoa, o Papa sublinhara que a fé na ressurreição “não se funda sobre “simples raciocínios humanos”, mas sobre “um dado histórico de fé”. Afirmou então, textualmente, Bento XVI: “A ressurreição não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua «páscoa», da sua «passagem», que abriu um «caminho novo» entre a terra e o Céu. Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr-do-sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo”.
Entre as dezenas de milhares de peregrinos presentes na Praça de São Pedro encontravam-se também peregrinos portugueses, nomeadamente de Lamego e do Seminário Maior de Coimbra, que o Papa saudou na nossa língua:
“Amados peregrinos de língua portuguesa, alegrai-vos e exultai comigo, porque o Senhor Jesus ressuscitou. A ressurreição de Cristo é a nossa esperança! Este pregão pascal ressoa por toda a terra: ressoa no coração dos brasileiros e dos portugueses de Lamego e da diocese de Coimbra! Com alegria, saúdo a comunidade do seu Seminário Maior que, há 250 anos, facilita esta passagem do testemunho da ressurreição, com a formação de novos arautos e servidores. Sobre todos, desça a minha Bênção. Ad multos annos!”
(Fonte: site Radio Vaticana)
São Josemaría Escrivá em 15 de Abril de 1932
Escreve nos seus Apontamentos íntimos: “Jesus: o teu burrinho crê em ti, ama-te e espera. Faz-me santo, meu Deus, mesmo que seja à custa de pauladas. Não quero ser o estorvo da tua Obra. Quero corresponder, quero ser generoso... Mas, que querer é o meu?”.
São Paulo - A Ressurreição dos mortos
Irmãos: Alguém poderia perguntar: «Como ressuscitam os mortos? Com que espécie de corpo voltam eles?». Insensato! O que tu semeias não volta à vida sem morrer. E o que semeias não é a planta que há-de nascer, mas um simples grão, de trigo, por exemplo, ou de qualquer outra espécie. Assim é também a ressurreição dos mortos: semeado corruptível, o corpo ressuscita incorruptível; semeado desprezível, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita cheio de força; semeado como corpo natural, ressuscita como corpo espiritual. Se há um corpo natural, também há um corpo espiritual. Assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi criado como um ser vivo; o último Adão tornou-se um espírito que dá vida. O primeiro não foi o espiritual, mas o natural; depois é que veio o espiritual. O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo homem veio do Céu. O homem que veio da terra é o modelo dos homens terrenos; o homem que veio do Céu é o modelo dos homens celestes. E assim como trouxemos em nós a imagem do homem terreno, traremos também em nós a imagem do homem celeste.
(1 Cor 15, 35-37.42-49)
(1 Cor 15, 35-37.42-49)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, Doutor da Igreja
«Os seus olhos, porém, estavam impedidos de O reconhecer»
Acabais de o ouvir, irmãos caríssimos: dois discípulos de Jesus caminhavam na estrada e, não acreditando que era Ele, d'Ele falavam, porém. O Senhor apareceu-lhes, sem contudo Se lhes mostrar sob uma forma por que O pudessem reconhecer. O Senhor realizou portanto no exterior, aos olhos do corpo, o que neles se cumpria no interior, aos olhos do coração. No seu próprio interior, os discípulos amavam e duvidavam em simultâneo; no exterior, o Senhor estava presente sem no entanto manifestar Quem era. Áqueles que d' Ele falavam, oferecia a Sua presença; mas aos que duvidavam d'Ele, escondia o aspecto habitual, que lhes teria permitido reconhecê-Lo. Trocou algumas palavras com eles, reprovou-lhes a lentidão em compreender, explicou-lhes os mistérios da Sagrada Escritura que Lhe diziam respeito. E, no entanto, no coração deles continuava a ser um estranho, por falta de fé; fez então menção de seguir para diante [...]. A Verdade, que é simples, nada fez com duplicidade, mas manifestou-Se simplesmente aos discípulos no Seu corpo tal como estava no espírito deles.
Com esta prova, o Senhor queria ver se os que ainda não O amavam como Deus eram ao menos capazes de O amar como viajante. A Verdade caminhava com eles; não podiam pois continuar estranhos ao amor; ofereceram-Lhe hospitalidade, propondo-Lhe que pernoitasse com eles, como se costuma fazer aos viajantes. Por que dizemos então que eles Lho propuseram, quando está escrito: «Insistiram com Ele»? Este exemplo mostra-nos bem que não devemos apenas oferecer hospitalidade aos viajantes, mas fazê-lo com insistência.
Os discípulos puseram a mesa, ofereceram da sua ceia; e, não tendo reconhecido a Deus quando da Sua explicação da Sagrada Escritura, eis que O reconhecem agora, na fracção do pão. Não foi pois ao escutar os mandamentos de Deus que ficaram iluminados, mas ao pô-los em prática.
(Fonte: “Evangelho Quotidiano”)
«Os seus olhos, porém, estavam impedidos de O reconhecer»
Acabais de o ouvir, irmãos caríssimos: dois discípulos de Jesus caminhavam na estrada e, não acreditando que era Ele, d'Ele falavam, porém. O Senhor apareceu-lhes, sem contudo Se lhes mostrar sob uma forma por que O pudessem reconhecer. O Senhor realizou portanto no exterior, aos olhos do corpo, o que neles se cumpria no interior, aos olhos do coração. No seu próprio interior, os discípulos amavam e duvidavam em simultâneo; no exterior, o Senhor estava presente sem no entanto manifestar Quem era. Áqueles que d' Ele falavam, oferecia a Sua presença; mas aos que duvidavam d'Ele, escondia o aspecto habitual, que lhes teria permitido reconhecê-Lo. Trocou algumas palavras com eles, reprovou-lhes a lentidão em compreender, explicou-lhes os mistérios da Sagrada Escritura que Lhe diziam respeito. E, no entanto, no coração deles continuava a ser um estranho, por falta de fé; fez então menção de seguir para diante [...]. A Verdade, que é simples, nada fez com duplicidade, mas manifestou-Se simplesmente aos discípulos no Seu corpo tal como estava no espírito deles.
Com esta prova, o Senhor queria ver se os que ainda não O amavam como Deus eram ao menos capazes de O amar como viajante. A Verdade caminhava com eles; não podiam pois continuar estranhos ao amor; ofereceram-Lhe hospitalidade, propondo-Lhe que pernoitasse com eles, como se costuma fazer aos viajantes. Por que dizemos então que eles Lho propuseram, quando está escrito: «Insistiram com Ele»? Este exemplo mostra-nos bem que não devemos apenas oferecer hospitalidade aos viajantes, mas fazê-lo com insistência.
Os discípulos puseram a mesa, ofereceram da sua ceia; e, não tendo reconhecido a Deus quando da Sua explicação da Sagrada Escritura, eis que O reconhecem agora, na fracção do pão. Não foi pois ao escutar os mandamentos de Deus que ficaram iluminados, mas ao pô-los em prática.
(Fonte: “Evangelho Quotidiano”)
O Evangelho do dia 15 de Abril de 2009
São Lucas 24, 13-35
Dois dos discípulos de Jesus
iam a caminho duma povoação chamada Emaús,
que ficava a sessenta estádios de Jerusalém.
Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.
Enquanto falavam e discutiam,
Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.
Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.
Ele perguntou-lhes.
«Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?»
Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu:
«Tu és o único habitante de Jerusalém
a ignorar o que lá se passou estes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?»
Responderam-Lhe:
«O que se refere a Jesus de Nazaré,
profeta poderoso em obras e palavras
diante de Deus e de todo o povo;
e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes
O entregaram para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel.
Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo
nos sobressaltaram:
foram de madrugada ao sepulcro,
não encontraram o corpo de Jesus
e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos
a anunciar que Ele estava vivo.
Mas a Ele não O viram».
Então Jesus disse-lhes:
«Homens sem inteligência e lentos de espírito
para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer tudo isso
para entrar na sua glória?»
Depois, começando por Moisés
e passando por todos os Profetas,
explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da povoação para onde iam,
Jesus fez menção de ir para diante.
Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo:
«Ficai connosco, porque o dia está a terminar
e vem caindo a noite».
Jesus entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção,
partiu-o e entregou-lho.
Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O.
Mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram então um para o outro:
«Não ardia cá dentro o nosso coração,
quando Ele nos falava pelo caminho
e nos explicava as Escrituras?»
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém
e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com ele, que diziam:
«Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho
e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Dois dos discípulos de Jesus
iam a caminho duma povoação chamada Emaús,
que ficava a sessenta estádios de Jerusalém.
Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.
Enquanto falavam e discutiam,
Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.
Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.
Ele perguntou-lhes.
«Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?»
Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu:
«Tu és o único habitante de Jerusalém
a ignorar o que lá se passou estes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?»
Responderam-Lhe:
«O que se refere a Jesus de Nazaré,
profeta poderoso em obras e palavras
diante de Deus e de todo o povo;
e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes
O entregaram para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel.
Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo
nos sobressaltaram:
foram de madrugada ao sepulcro,
não encontraram o corpo de Jesus
e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos
a anunciar que Ele estava vivo.
Mas a Ele não O viram».
Então Jesus disse-lhes:
«Homens sem inteligência e lentos de espírito
para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer tudo isso
para entrar na sua glória?»
Depois, começando por Moisés
e passando por todos os Profetas,
explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da povoação para onde iam,
Jesus fez menção de ir para diante.
Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo:
«Ficai connosco, porque o dia está a terminar
e vem caindo a noite».
Jesus entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção,
partiu-o e entregou-lho.
Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O.
Mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram então um para o outro:
«Não ardia cá dentro o nosso coração,
quando Ele nos falava pelo caminho
e nos explicava as Escrituras?»
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém
e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com ele, que diziam:
«Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho
e como O tinham reconhecido ao partir o pão.