domingo, 29 de março de 2009
Ainda a propósito do Evangelho de hoje Domingo (Jo, 12, 20-33)
Excerto da meditação do então Cardeal Ratzinger na décima quarta estação “Jesus é sepultado” da Via Sacra no Coliseu em 2005
«No momento da deposição, começa a realizar-se a palavra de Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24). Jesus é o grão de trigo que morre. Do grão de trigo morto começa a grande multiplicação do pão que dura até ao fim do mundo: Ele é o pão de vida capaz de saciar em medida superabundante a humanidade inteira e dar-lhe o alimento vital: o Verbo eterno de Deus, que Se fez carne e também pão, para nós, através da cruz e da ressurreição. Sobre a sepultura de Jesus resplandece o mistério da Eucaristia.»
(Fonte: site da Santa Sé)
Agradeço ao celebrante da Santa Missa de hoje, Pe. João Freitas, que na sua homilia fez referência às palavras do então Cardeal Joseph Ratzinger.
Bento XVI – “Não é hora de palavras e de discursos, mas de real e radical mudança que leve a fazer germinar e crescer uma nova humanidade”
Ao meio-dia, da janela dos seus aposentos do Palácio Apostólico, o Papa recitou a oração mariana do Angelus, a primeira depois do regresso da África onde efectuou de 17 a 23 deste mês a sua primeira viagem apostólica ao continente africano com etapas nos Camarões e Angola.
Dirigindo-se aos milhares de pessoas congregadas na Praça de São Pedro o Santo Padre abençoou as sementes espalhadas em terras africanas sublinhando que já não é hora de palavras e discursos.
Mais do que um auspicio, uma admoestação a uma real e radical mudança que leve a fazer germinar e crescer uma nova humanidade, livre do domínio do pecado e capaz de viver em fraternidade, segundo o exemplo do Evangelho e pensando nos desafios que marcam o caminho da Igreja no continente africano, mas também em todas as partes do mundo.O Papa agradeceu a todos aqueles que colaboraram no bom êxito da sua viagem apostólica reservando-se as reflexões mais aprofundadas para a audiência geral da próxima quarta feira, manifestando a emoção profunda que provou no encontro com as comunidades católicas e as populações dos Camarões e de Angola. O Santo Padre sublinhou dois aspectos: “ a alegria visível no rosto da gente de sentir-se parte da única família de Deus e o forte sentido do sagrado que se respirava nas celebrações litúrgicas.
A visita permitiu-me ver e compreender melhor a realidade da Igreja em África na variedade das suas experiencias e dos desafios que se encontra a enfrentar neste tempo.
Citando depois o Evangelho deste Domingo, Bento XVI recordou as palavras de Jesus antes da paixão:”se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas se morrer, dá muito fruto”.
Já não é hora de palavras e de discursos, na liturgia pascal e para a África – afirmou depois o Papa – chegou a hora decisiva, para a qual o Filho de Deus veio a este mundo e não obstante a sua alma esteja perturbada, ele dá a sua disponibilidade para realizar até ao fundo a vontade do Pai, que é dar a vida eterna a nós que a perdemos.
Uma redenção que o Papa deseja para a África onde, numa grande festa de fé experimentámos que esta nova humanidade está viva, embora com os seus limites humanos.
Depois da recitação do Angelus o Papa quis saudar os numerosos africanos que vivem em Roma, entre os quais muitos estudantes, hoje presentes na Praça de São Pedro para levar a sua solidariedade ao Papa objecto de ataques dos media e de expoentes de governos da União Europeia pela sua frase sobre a SIDA/AIDS.
“Caríssimos, quisestes vir aqui manifestar alegria e reconhecimento pela minha viagem apostólica á África. Agradeço-vos de coração, Rezo por vós, pelas vossas famílias e pelos vossos países de origem”.
Bento XVI anunciou também que na próxima quinta feira dia 2 de Abril com inicio ás 18 horas presidirá na Basílica de São Pedro a Santa Missa por ocasião do 4º aniversario da morte do seu amado predecessor o Servo de Deus João Paulo II.
“Convido a participar especialmente os jovens de Roma, para nos prepararmos juntos para o dia mundial da juventude que será celebrado a nível diocesano no Domingo de Ramos.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Cerrar fileiras na unidade
Àqueles que por um motivo ou outro não simpatizam com Bento XVI, rogo-lhes que pensem no superior interesse da nossa fé, que deverá ser inabalável em Jesus Cristo Nosso Senhor, e da nossa Igreja e não se esqueçam do exemplar comportamento de humildade do Papa e sobretudo, que não se deixem intoxicar pela bem orquestrada comunicação social que diariamente o tenta denegrir.
Há dias, escrevi que por um lado era bom sinal, e reitero a afirmação de então, dizer mal da Igreja, dos seus valores e do Papa, vende, senão não lhe dariam a projecção que dão, mas há sempre o risco, de os menos informados sobre os métodos de deturpação, se deixarem convencer e para estarem de bem com a “maioria” prevalecente, facilmente cedam e se juntem, ainda que inconscientemente, à maledicência. Também é certo, que muitos que nunca pensaram interessar-se por temas da Igreja, despertem na sua curiosidade e se informem e ao analisarem as diferentes fontes, se indignem com a mentira e dela se aproximem.
Somos muitos milhões, tenhamos pois a mesma atitude e coragem dos primeiros cristãos, com humildade, com caridade e amor, proclamemos aos “sete ventos” a nossa fé e não nos deixemos intimidar e arrastar pelo comodismo do silêncio.
Que nunca nos pese na consciência «Por isso, não se podem desculpar. Pois, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram nem lhe deram graças, como a Deus é devido. Pelo contrário: tornaram-se vazios nos seus pensamentos e obscureceu-se o seu coração insensato. Afirmando-se como sábios, tornaram-se loucos» (Rom 1, 20-22)
(JPR)
Comunicar o sofrimento
“Quando sou fraco, então sou forte”, esse foi o título do Congresso realizado no Ano Paulino pela Conferência Episcopal Italiana em colaboração com o Instituto “Camillianum” de Roma. Com a finalidade de “comunicar o Evangelho no mundo da fragilidade e da saúde” vozes interdisciplinares reflectiram a partir da óptica de São Paulo sobre a enfermidade e o sofrimento.
Na mesa redonda “Saúde, fragilidade e meios de comunicação”, o jornalista italiano Piero Damosso, assegurou como São Paulo hoje ensina que o princípio que deve mover o mundo é o amor e não o poder e o domínio.
O papel dos comunicadores católicos é de grande responsabilidade diante da sociedade, para dar a conhecer experiências valiosas, afirma Damosso.
O cristianismo é um grande recurso para a sociedade, acrescentou o jornalista.
“Quando não existe o princípio do amor, de uma unidade relacional na sociedade, é muito difícil alcançar grandes objectivos comunitários e sociais”. “Conseguir fazer entender, desde os nossos colegas até o grande público, que estas experiências são muito valiosas, são um recurso para a sociedade porque permitem que a sociedade tenha objectivos em comum nos âmbitos da dor e sofrimento, porque por exemplo, na relação entre um enfermo e um médico. O que existe? Somente o médico deve curar? Ou quem sabe também existe algo que o doente pode ensinar ao médico?
“É preciso que creiamos que é possível, porque as pessoas querem histórias positivas e sentem um grande interesse pela religião... creio que o cristianismo é um grande recurso para todos, porque nos ajuda a entender que no fundo o mais importante não é sonhar uma sociedade perfeita mas sim fazer o bem às pessoas próximas neste momento”.
(Fonte: H2O News)