Em Luanda, Bento XVI disse: "Não podemos esquecer que há tantos pobres em Angola que reclamam o respeito pelos seus direitos. Não os desiludam." O Papa disse isto à frente do Presidente angolano. Antes José Eduardo dos Santos fizera críticas a hábitos de corrupção no país. Uma e outra situação seriam impensáveis no passado. Nem o hóspede se permitia admoestar o dono da casa. Nem este daria explicações sobre a sua administração ao forasteiro. O que se passou, e toda a gente que acompanha a situação angolana concordará, é que a Igreja Católica soube ganhar o estatuto de ser ouvida: a sua admirável humildade e coragem durante 30 anos de guerra civil compraram esse direito. E levaram a mais: ontem, o Presidente angolano confirmou como pedra angular da formação do País o encontro, há 500 anos, de Angola e a Igreja. Mas há outra razão que permitiu os discursos de ontem e, essa, ainda muitos se recusam a admitir: Angola melhora. Sim, está longe da santidade, mas melhora. A ponto do Papa repousar nos seus governantes a esperança para os pobres: "Não os desiludam."
Ferreira Fernandes
(Fonte: site DN)
domingo, 22 de março de 2009
Prioridade da Igreja é prevenção e tratamento grátis, 800 centros contra a SIDA/AIDS no continente africano
Mais de 1200 projectos de instituições católicas de apoio a doentes de sida atingem por ano pelo menos quatro milhões e meio de pessoas. Em África, estão dois terços destes programas - 800, ao todo - ligados a congregações religiosas de padres ou freiras. Nestas instituições a prioridade não é a distribuição do preservativo mas, em muitos casos, aconselha-se o seu uso em várias situações.
Os números são de um inquérito promovido em 2006 pela União dos Superiores Maiores (USG, da sigla italiana), que reúne os responsáveis das congregações católicas.
Ana Maria Francisco, médica e religiosa da congregação Filhas de África, é uma das responsáveis do Instituto Nacional de Luta Contra o SIDA/AIDS para a província do Huambo (Angola). E fundou uma organização para o apoio a doentes de SIDA: Otchi Mumga (solidariedade, em umbundo). "Surgiu da necessidade de ajudar as pessoas."
Os números são de um inquérito promovido em 2006 pela União dos Superiores Maiores (USG, da sigla italiana), que reúne os responsáveis das congregações católicas.
Esta rede envolve três mil padres e freiras, 16 mil voluntários e 15 mil funcionários. Os resultados foram apresentados em Roma, em Maio de 2008, pela missionária comboniana Maria Martinelli. A própria afirmou, na ocasião, que por vezes o preservativo é necessário.
Os dados não incluem projectos desenvolvidos por organizações não-governamentais católicas. A rede católica de combate à SIDA/AIDS representa 27 por cento das instituições no mundo, segundo dados do Vaticano.
Nestas instituições, dá-se preferência ao tratamento anti-retroviral, prevenção da transmissão mãe-filho, aconselhamento, informação e erradicação do estigma. "O problema da sida é maior que o preservativo", diz ao PÚBLICO outra missionária que trabalha com o projecto da USG.
Ana Maria Francisco, médica e religiosa da congregação Filhas de África, é uma das responsáveis do Instituto Nacional de Luta Contra o SIDA/AIDS para a província do Huambo (Angola). E fundou uma organização para o apoio a doentes de SIDA: Otchi Mumga (solidariedade, em umbundo). "Surgiu da necessidade de ajudar as pessoas."
Na polémica sobre o preservativo que esta semana atravessou a viagem do Papa, a irmã Ana Maria desvaloriza. "A Igreja defende a fidelidade e a abstinência", diz. "O meu testemunho é de alertar para a sexualidade responsável. Em último caso, aconselho o preservativo."
De acordo com o inquérito da USG, só em África há mil hospitais, mais de 5000 dispensários e 800 orfanatos ligados a congregações religiosas - muitos deles incluem o acompanhamento de doentes de sida. No continente, estão 70 por cento dos infectados pelo HIV-SIDA/AIDS.
Ainda referindo o que se passa em África, a maioria das instituições tem projectos na área da educação e informação (96 por cento dos 800 projectos). Seguem-se a erradicação do estigma (72 por cento), os testes e aconselhamento (48), o tratamento anti-retroviral (39) e a prevenção da transmissão mãe-filho (27) - muitas delas trabalham diferentes áreas.
Maria Martinelli notava, na apresentação do relatório, que uma das dificuldades destas instituições é o reduzido número de laboratórios disponíveis - apenas 16 por cento. A par da pobreza, e da falta de medicamentos e financiamento.
Um dos projectos não incluído no inquérito é o Dream, promovido pela Comunidade de Sant'Egídio desde 2002. Com 31 centros em 10 países africanos, o programa já atingiu cerca de um milhão de pessoas. Em declarações ao PÚBLICO, Steffano Scapparucci, um dos coordenadores do projecto, diz que a prioridade é dar às pessoas as mesmas terapias disponíveis no Ocidente, de modo a reduzir o contágio. "Acreditamos que o melhor tipo de tratamento, dado gratuitamente, é necessário também em África."
Foi com essa ideia que o programa criou 18 laboratórios de biologia molecular - três dos quais em Moçambique. O Dream centra-se muito na prevenção da transmissão mãe-filho, mas actua também noutras áreas - como os 3300 profissionais africanos já formados. Sete mil crianças já nasceram sãs em virtude da prevenção - cada uma custou 400 euros, cada paciente custa anualmente 600 euros.
Também Scapparucci diz que o preservativo não é problema. "Em África, a mulher é muito débil. Com a poligamia, é muito difícil impor o uso do preservativo. Há um problema cultural, em primeiro lugar. O que temos que mostrar é que, com a terapia, é possível ter uma vida com futuro."
Resultado? Centenas de mulheres que beneficiaram do projecto tornaram-se "activistas", dando a cara, formando e sensibilizando outras.
António Marujo
(Fonte: Público online em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370359 )
António Marujo
(Fonte: Público online em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370359 )
Alguns lugares-chave da vida das sociedades africanas (1)
21. Os problemas submetidos aos Padres sinodais interpelam profundamente a consciência cristã. Estes problemas encontram-se não apenas na sociedade mas, também, na própria Igreja, porque os cristãos são também filhos e filhas das suas sociedades. «As Igrejas de África (…) carregam todas em si esta fragilidade da situação actual dos Países africanos a todos os níveis institucionais, financeiros, teológicos, culturais e até jurídicos». Podemos reagrupá-los em três áreas: política, económica e cultural.
1. A área sociopolítica
22. Nestes últimos anos, no plano político, despontaram sinais que fazem esperar uma maturação das consciências cívicas: uma sociedade civil activa faz-se cada vez mais visível na luta pelos direitos humanos; homens e mulheres políticos mostram-se desejosos do renascimento do continente em todos os aspectos, e a preocupação por uma resolução inter-africana dos conflitos, testemunhada aqui e além, atesta que certas pessoas das classes políticas africanas possuem uma consciência aguda de que lhes incumbe educar politicamente os seus povos e guiar as suas nações para uma via de paz e de prosperidade.
23. Contudo, a sociedade continua a lutar para se libertar de múltiplos entraves. Alguns dirigentes políticos dão sinais de insensibilidade quanto às necessidades do seu povo, procuram os seus interesses pessoais, desprezam as noções de bem comum, perdem o sentido de Estado e dos princípios democráticos, elaboram políticas tendenciosas, facciosas, de clientelismo, etnocêntricas, e fomentam a divisão para reinar. Nalguns lugares, os partidos no poder tendem a identificar-se com o Estado. A noção de autoridade concebe-se então como “poder” – partido no poder, partilha de poderes – e não como “serviço” (cf. Mt 20,24ss; ver também 1 Rs 3). Por outro lado, verificamos, que infelizmente homens e mulheres na política evidenciam uma falta de cultura grave em matéria política, violam sem qualquer escrúpulo os direitos humanos e instrumentalizam a religião, tanto quanto as instituições religiosas, das quais ignoram, por outro lado, a missão e a função na sociedade. Não é de estranhar, por isso, que aos diferendos políticos eles se oponham com respostas beligerantes. A falta de consciência e de educação cívica dos cidadãos é, então, explorada em detrimento destes últimos. Ora, só um ambiente político estável pode favorecer o progresso económico e o desenvolvimento sociocultural.
INSTRUMENTUM LABORIS I, 21 – II, 1, 22-23
(Fonte: site da Santa Sé)
1. A área sociopolítica
22. Nestes últimos anos, no plano político, despontaram sinais que fazem esperar uma maturação das consciências cívicas: uma sociedade civil activa faz-se cada vez mais visível na luta pelos direitos humanos; homens e mulheres políticos mostram-se desejosos do renascimento do continente em todos os aspectos, e a preocupação por uma resolução inter-africana dos conflitos, testemunhada aqui e além, atesta que certas pessoas das classes políticas africanas possuem uma consciência aguda de que lhes incumbe educar politicamente os seus povos e guiar as suas nações para uma via de paz e de prosperidade.
23. Contudo, a sociedade continua a lutar para se libertar de múltiplos entraves. Alguns dirigentes políticos dão sinais de insensibilidade quanto às necessidades do seu povo, procuram os seus interesses pessoais, desprezam as noções de bem comum, perdem o sentido de Estado e dos princípios democráticos, elaboram políticas tendenciosas, facciosas, de clientelismo, etnocêntricas, e fomentam a divisão para reinar. Nalguns lugares, os partidos no poder tendem a identificar-se com o Estado. A noção de autoridade concebe-se então como “poder” – partido no poder, partilha de poderes – e não como “serviço” (cf. Mt 20,24ss; ver também 1 Rs 3). Por outro lado, verificamos, que infelizmente homens e mulheres na política evidenciam uma falta de cultura grave em matéria política, violam sem qualquer escrúpulo os direitos humanos e instrumentalizam a religião, tanto quanto as instituições religiosas, das quais ignoram, por outro lado, a missão e a função na sociedade. Não é de estranhar, por isso, que aos diferendos políticos eles se oponham com respostas beligerantes. A falta de consciência e de educação cívica dos cidadãos é, então, explorada em detrimento destes últimos. Ora, só um ambiente político estável pode favorecer o progresso económico e o desenvolvimento sociocultural.
INSTRUMENTUM LABORIS I, 21 – II, 1, 22-23
(Fonte: site da Santa Sé)
Bento XVI realça o papel da mulher
O Papa sublinha o papel insubstituível da mulher na sociedade. Isto durante um encontro com mulheres angolanas.
(Fonte: site RR)
“Num mundo como o actual, dominado pela técnica, sente-se necessidade desta complementaridade da mulher, para o ser humano poder viver nele sem se desumanizar de todo. Pense-se nas terras onde abunda a pobreza, nas zonas devastadas pela guerra, em tantas situações trágicas resultantes das emigrações forçadas ou não. São quase sempre as mulheres que lá mantêm intacta a dignidade humana, defendem a família e tutelam os valores culturais e religiosos”, disse.
Bento XVI participou no encontro organizado pela PROMAICA – Organização para a Promoção da Mulher Angolana da Igreja Católica – onde estiveram centenas de mulheres.
A visita oficial do Sumo Pontífice a Angola termina amanhã.
(Fonte: site RR)
Mar de peregrinos inundou Luanda
Bento XVI fala nas «trevas» em África e apela à reconciliação entre os angolanos
Um mar de peregrinos, que as autoridades estimam em mais de 2 milhões de pessoas, inundou este Domingo os 20 hecatares da esplanada da Cimangola, nos arredores de Luanda, capital de Angola.
Bento XVI presidiu à Eucaristia, no Dia nacional de oração e reconciliação. Este é o maior banho de multidão da primeira viagem do Papa a África, que se iniciou nos Camarões, a 17 de Março, e um dos maiores do pontificado.
“Não posso esconder a alegria que sinto por estar hoje convosco, nesta bela e sofrida terra que é Angola, terra da Mamã Muxima, terra de tantos filhos da Igreja. Abraço-vos de todo o coração”, começou por dizer o Papa.
Bento XVI incluiu nas suas intenções para esta celebração os dois jovens que ontem perderam a vida na entrada para o Estádio dos Coqueiros, deixando a sua “solidariedade” e “mais vivo pesar” aos seus familiares e amigos, “até porque vieram para me encontrar”. O Papa lembrou ainda os feridos do incidente de Sábado, rezando pelo seu rápido restabelecimento.
Com o Papa estão a concelebrar os Bispos da Conferência Inter-Regional da África Austral.
"A Igreja em Angola e na África inteira está destinada a ser, perante o mundo, um sinal da unidade a que é chamada toda a família humana mediante a fé em Cristo Redentor", declarou.
O Papa dirigiu uma saudação "com grande afecto no Senhor", às comunidades católicas angolandas "de Luanda, Bengo, Cabinda, Benguela, Huambo, Huíla, Kuando Kubango, Cunene, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Namibe, Moxico, Uíge e Zaire".
Num dia especial para a Igreja em Angola, o Papa defendeu que a reconstrução de um país "deve começar nos corações e nos pequenos sacrifícios quotidianos”.
"Vós sabeis, por amarga experiência, que o trabalho de reconstrução - ao contrário da repentina fúria devastadora do mal - é penosamente lento e duro, requer tempo e fadiga e perseverança", afirmou.
O Evangelho, acrescentou, “ensina-nos que a reconciliação – uma verdadeira reconciliação – só pode ser fruto de uma conversão, de uma mudança do coração, de um novo modo de pensar. Ensina-nos que só a força do amor de Deus pode mudar os nossos corações e fazer-nos triunfar sobre o poder do pecado e da divisão”.
“Vim a África precisamente para proclamar esta mensagem de perdão, de esperança e de uma nova vida em Cristo”, precisou.
Antes, o Papa evocara “as terríveis consequências da guerra civil, que pode destruir tudo o que tem valor: famílias, comunidades inteiras, o fruto das canseiras humanas, as esperanças que guiam e sustentam a sua vida e o seu trabalho”:
“Trata-se, infelizmente, de uma experiência demasiado familiar a toda a África: a força destrutiva da guerra civil, a queda na voragem do ódio e da vingança, a delapidação dos esforços de gerações de gente boa”, apontou.
Segundo o Papa, “quando a Palavra do Senhor – uma Palavra que visa a edificação dos indivíduos, das comunidades e da família humana inteira – é descurada e a lei de Deus é ridicularizada, desprezada e achincalhada, o resultado só pode ser destruição e injustiça: a humilhação da nossa humanidade comum e a traição da nossa vocação de filhos e filhas do Pai misericordioso, irmãos e irmãs do seu dilecto Filho”.
Evocando a II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, dedicada ao tema «A Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz», Bento XVI pediu orações por essa intenção: “Hoje peço-vos para rezardes, em união com todos os nossos irmãos e irmãs da África inteira, para que cada cristão deste grande continente experimente o toque salutar do amor misericordioso de Deus e a Igreja em África se torne «lugar de autêntica reconciliação para todos, graças ao testemunho dado pelos seus filhos e filhas»”.
Bento XVI pediu ainda aos presentes que façam “com que as vossas paróquias se tornem comunidades, onde a luz da verdade de Deus e a força do amor reconciliador não sejam apenas celebradas, mas manifestadas em obras concretas de caridade".
Trevas em África
Recordando aos presentes nesta missa a luz de Cristo recebida no baptismo, o Papa pediu-lhes que fossem “fiéis a este dom, certos de que o Evangelho pode revigorar, purificar e enobrecer os profundos valores humanos da vossa cultura originária e das vossas tradições: famílias solidárias, profundo sentido religioso, celebração festiva do dom da vida, apreço pela sabedoria dos mais velhos e pelas aspirações do jovens”.
Pediu também gratidão para com os missionários que “tanto contribuíram, e contribuem, para o desenvolvimento humano e espiritual deste país”: “Senti-vos agradecidos pelo testemunho de tantos pais e professores cristãos, de catequistas, presbíteros, religiosas e religiosos, que sacrificaram a sua vida pessoal para vos transmitir este tesouro precioso”, prosseguiu.
Em seguida, o Papa falou nas “nuvens do mal obscureceram tragicamente também a África, incluindo esta amada nação angolana”.
“Pensemos no flagelo da guerra, nos frutos terríveis do tribalismo e das rivalidades étnicas, na avidez que corrompe o coração do homem, reduz à escravidão os pobres e priva as gerações futuras dos recursos de que terão necessidade para criar uma sociedade mais solidária e justa: uma sociedade verdadeira e autenticamente africana nos seus valores”, assinalou.
“E que dizer daquele insidioso espírito de egoísmo que fecha os indivíduos em si mesmos, divide as famílias e, espezinhando os grandes ideais de generosidade e abnegação, conduz inevitavelmente ao hedonismo, à fuga para falsas utopias através do uso da droga, à irresponsabilidade sexual, ao enfraquecimento do vínculo matrimonial, à destruição das famílias e à eliminação de vidas humanas inocentes por meio do aborto?”, questionou ainda.
Neste contexto, o Papa sublinhou que “a palavra de Deus é uma palavra de esperança sem limites”.
“Deus nunca nos considera um caso perdido. Continua a convidar-nos para erguermos os olhos para um futuro de esperança, e promete-nos a força para o realizar”, assegurou.
Quase a concluir, Bento XVI dirigiu-se especialmente aos jovens angolanos e a todos os jovens da África: “Queridos jovens amigos, vós sois a esperança do futuro do vosso país, a promessa de um amanhã melhor”.
“Procurai conhecer a vontade de Deus a vosso respeito, ouvindo diariamente a sua palavra e permitindo à sua lei de modelar a vossa vida e as vossas relações”, pediu.
No final da sua homilia, que teve passagens lidas em inglês, o Papa deixou uma palavra de encorajamento aos angolanos e a todos os cristãos da África meridional: “Olhai o futuro com esperança, confiai nas promessas de Deus e vivei na sua verdade. Deste modo, construireis algo destinado a permanecer e deixareis às gerações futuras uma herança duradoura de reconciliação, justiça e paz”.
As leituras da celebração foram proclamadas em português e inglês; na oração universal foram utilizadas várias das línguas locais.
Um momento de grande colorido aconteceu na apresentação das ofertas, ao som de ritmos africanos, com representantes de diversas regiões de Angola a levarem produtos que a terra oferece.
O Coro que anima a Missa é composto por cerca de 600 pessoas. O altar, construído numa estrutura de aço, com 600 metros quadrados, está no topo norte do recinto.
O Arcebispo de Luanda, D. Damião António Franklin, saudou o Papa no início da celebração, apresentando os Bispos da I.M.B.I.S.A e renovando as "boas-vindas" a Bento XVI.
O Arcebispo de Luanda, que falava em nome dos Bispos da África austral, referiu que todos querem preservar a sua esperança num mundo melhor, com base na mensagem que o Papa veio transmitir a África.
No final da Missa, antes da recitação do Angelus, o Papa pediu que os cristãos de todo o mundo "voltem os seus olhos para África, para este grande continente tão cheio de esperança, mas tão sedento ainda de justiça, paz, desenvolvimento são e integral, que possa assegurar ao seu povo um futuro de progresso e de paz".
I.M.B.I.S.A.
O I.M.B.I.S.A. (Reunião inter-regional dos Bispos da África Austral) reúne 6 Conferências episcopais: Lesoto (LCBC), Moçambique (CEM), Namíbia (NCBC), Zimbabué (ZCBC), Angola - São Tomé e Príncipe (CEAST) e África do Sul, que inclui a Suazilândia e Botswana (SACBC).
Estas nove nações juntas correspondem a 11,36% da população africana. Em média, em toda a área, os católicos representam 27% dos habitantes.
O organismo eclesial nasceu sob o influxo do Concílio Vaticano II e no contexto dos desafios que a apartheid punha na região sul-africana.
Um primeiro encontro para trocar ideias e propostas aconteceu durante o Primeiro Sínodo africano (Roma – 1994). No ano seguinte, no mês de Abril, em Pretoria, África do Sul, houve um primeiro encontro organizado, ainda que a data oficial seja a de 1978, durante uma Assembleia no Lesoto. Em 1980 nasceu o Secretariado com sede em Maseru, capital do Lesoto.
Durante a plenária de 1984, no Zimbabué, os Bispos decidiram modificar a estrutura do I.M.B.I.S.A. introduzindo as Assembleias plenárias, um comité de presidência permanente e um secretariado, cuja sede, desde então, se encontra em Harare (Zimbabué).
Internacional Octávio Carmo 22/03/2009 11:00 9164 Caracteres 43 Bento XVI - Angola e Camarões
(Fonte: Agência Ecclesia)
Nota: o Angelus antes da bênção final foi rezado em português
Um mar de peregrinos, que as autoridades estimam em mais de 2 milhões de pessoas, inundou este Domingo os 20 hecatares da esplanada da Cimangola, nos arredores de Luanda, capital de Angola.
Bento XVI presidiu à Eucaristia, no Dia nacional de oração e reconciliação. Este é o maior banho de multidão da primeira viagem do Papa a África, que se iniciou nos Camarões, a 17 de Março, e um dos maiores do pontificado.
“Não posso esconder a alegria que sinto por estar hoje convosco, nesta bela e sofrida terra que é Angola, terra da Mamã Muxima, terra de tantos filhos da Igreja. Abraço-vos de todo o coração”, começou por dizer o Papa.
Bento XVI incluiu nas suas intenções para esta celebração os dois jovens que ontem perderam a vida na entrada para o Estádio dos Coqueiros, deixando a sua “solidariedade” e “mais vivo pesar” aos seus familiares e amigos, “até porque vieram para me encontrar”. O Papa lembrou ainda os feridos do incidente de Sábado, rezando pelo seu rápido restabelecimento.
Com o Papa estão a concelebrar os Bispos da Conferência Inter-Regional da África Austral.
"A Igreja em Angola e na África inteira está destinada a ser, perante o mundo, um sinal da unidade a que é chamada toda a família humana mediante a fé em Cristo Redentor", declarou.
O Papa dirigiu uma saudação "com grande afecto no Senhor", às comunidades católicas angolandas "de Luanda, Bengo, Cabinda, Benguela, Huambo, Huíla, Kuando Kubango, Cunene, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Namibe, Moxico, Uíge e Zaire".
Num dia especial para a Igreja em Angola, o Papa defendeu que a reconstrução de um país "deve começar nos corações e nos pequenos sacrifícios quotidianos”.
"Vós sabeis, por amarga experiência, que o trabalho de reconstrução - ao contrário da repentina fúria devastadora do mal - é penosamente lento e duro, requer tempo e fadiga e perseverança", afirmou.
O Evangelho, acrescentou, “ensina-nos que a reconciliação – uma verdadeira reconciliação – só pode ser fruto de uma conversão, de uma mudança do coração, de um novo modo de pensar. Ensina-nos que só a força do amor de Deus pode mudar os nossos corações e fazer-nos triunfar sobre o poder do pecado e da divisão”.
“Vim a África precisamente para proclamar esta mensagem de perdão, de esperança e de uma nova vida em Cristo”, precisou.
Antes, o Papa evocara “as terríveis consequências da guerra civil, que pode destruir tudo o que tem valor: famílias, comunidades inteiras, o fruto das canseiras humanas, as esperanças que guiam e sustentam a sua vida e o seu trabalho”:
“Trata-se, infelizmente, de uma experiência demasiado familiar a toda a África: a força destrutiva da guerra civil, a queda na voragem do ódio e da vingança, a delapidação dos esforços de gerações de gente boa”, apontou.
Segundo o Papa, “quando a Palavra do Senhor – uma Palavra que visa a edificação dos indivíduos, das comunidades e da família humana inteira – é descurada e a lei de Deus é ridicularizada, desprezada e achincalhada, o resultado só pode ser destruição e injustiça: a humilhação da nossa humanidade comum e a traição da nossa vocação de filhos e filhas do Pai misericordioso, irmãos e irmãs do seu dilecto Filho”.
Evocando a II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, dedicada ao tema «A Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz», Bento XVI pediu orações por essa intenção: “Hoje peço-vos para rezardes, em união com todos os nossos irmãos e irmãs da África inteira, para que cada cristão deste grande continente experimente o toque salutar do amor misericordioso de Deus e a Igreja em África se torne «lugar de autêntica reconciliação para todos, graças ao testemunho dado pelos seus filhos e filhas»”.
Bento XVI pediu ainda aos presentes que façam “com que as vossas paróquias se tornem comunidades, onde a luz da verdade de Deus e a força do amor reconciliador não sejam apenas celebradas, mas manifestadas em obras concretas de caridade".
Trevas em África
Recordando aos presentes nesta missa a luz de Cristo recebida no baptismo, o Papa pediu-lhes que fossem “fiéis a este dom, certos de que o Evangelho pode revigorar, purificar e enobrecer os profundos valores humanos da vossa cultura originária e das vossas tradições: famílias solidárias, profundo sentido religioso, celebração festiva do dom da vida, apreço pela sabedoria dos mais velhos e pelas aspirações do jovens”.
Pediu também gratidão para com os missionários que “tanto contribuíram, e contribuem, para o desenvolvimento humano e espiritual deste país”: “Senti-vos agradecidos pelo testemunho de tantos pais e professores cristãos, de catequistas, presbíteros, religiosas e religiosos, que sacrificaram a sua vida pessoal para vos transmitir este tesouro precioso”, prosseguiu.
Em seguida, o Papa falou nas “nuvens do mal obscureceram tragicamente também a África, incluindo esta amada nação angolana”.
“Pensemos no flagelo da guerra, nos frutos terríveis do tribalismo e das rivalidades étnicas, na avidez que corrompe o coração do homem, reduz à escravidão os pobres e priva as gerações futuras dos recursos de que terão necessidade para criar uma sociedade mais solidária e justa: uma sociedade verdadeira e autenticamente africana nos seus valores”, assinalou.
“E que dizer daquele insidioso espírito de egoísmo que fecha os indivíduos em si mesmos, divide as famílias e, espezinhando os grandes ideais de generosidade e abnegação, conduz inevitavelmente ao hedonismo, à fuga para falsas utopias através do uso da droga, à irresponsabilidade sexual, ao enfraquecimento do vínculo matrimonial, à destruição das famílias e à eliminação de vidas humanas inocentes por meio do aborto?”, questionou ainda.
Neste contexto, o Papa sublinhou que “a palavra de Deus é uma palavra de esperança sem limites”.
“Deus nunca nos considera um caso perdido. Continua a convidar-nos para erguermos os olhos para um futuro de esperança, e promete-nos a força para o realizar”, assegurou.
Quase a concluir, Bento XVI dirigiu-se especialmente aos jovens angolanos e a todos os jovens da África: “Queridos jovens amigos, vós sois a esperança do futuro do vosso país, a promessa de um amanhã melhor”.
“Procurai conhecer a vontade de Deus a vosso respeito, ouvindo diariamente a sua palavra e permitindo à sua lei de modelar a vossa vida e as vossas relações”, pediu.
No final da sua homilia, que teve passagens lidas em inglês, o Papa deixou uma palavra de encorajamento aos angolanos e a todos os cristãos da África meridional: “Olhai o futuro com esperança, confiai nas promessas de Deus e vivei na sua verdade. Deste modo, construireis algo destinado a permanecer e deixareis às gerações futuras uma herança duradoura de reconciliação, justiça e paz”.
As leituras da celebração foram proclamadas em português e inglês; na oração universal foram utilizadas várias das línguas locais.
Um momento de grande colorido aconteceu na apresentação das ofertas, ao som de ritmos africanos, com representantes de diversas regiões de Angola a levarem produtos que a terra oferece.
O Coro que anima a Missa é composto por cerca de 600 pessoas. O altar, construído numa estrutura de aço, com 600 metros quadrados, está no topo norte do recinto.
O Arcebispo de Luanda, D. Damião António Franklin, saudou o Papa no início da celebração, apresentando os Bispos da I.M.B.I.S.A e renovando as "boas-vindas" a Bento XVI.
O Arcebispo de Luanda, que falava em nome dos Bispos da África austral, referiu que todos querem preservar a sua esperança num mundo melhor, com base na mensagem que o Papa veio transmitir a África.
No final da Missa, antes da recitação do Angelus, o Papa pediu que os cristãos de todo o mundo "voltem os seus olhos para África, para este grande continente tão cheio de esperança, mas tão sedento ainda de justiça, paz, desenvolvimento são e integral, que possa assegurar ao seu povo um futuro de progresso e de paz".
I.M.B.I.S.A.
O I.M.B.I.S.A. (Reunião inter-regional dos Bispos da África Austral) reúne 6 Conferências episcopais: Lesoto (LCBC), Moçambique (CEM), Namíbia (NCBC), Zimbabué (ZCBC), Angola - São Tomé e Príncipe (CEAST) e África do Sul, que inclui a Suazilândia e Botswana (SACBC).
Estas nove nações juntas correspondem a 11,36% da população africana. Em média, em toda a área, os católicos representam 27% dos habitantes.
O organismo eclesial nasceu sob o influxo do Concílio Vaticano II e no contexto dos desafios que a apartheid punha na região sul-africana.
Um primeiro encontro para trocar ideias e propostas aconteceu durante o Primeiro Sínodo africano (Roma – 1994). No ano seguinte, no mês de Abril, em Pretoria, África do Sul, houve um primeiro encontro organizado, ainda que a data oficial seja a de 1978, durante uma Assembleia no Lesoto. Em 1980 nasceu o Secretariado com sede em Maseru, capital do Lesoto.
Durante a plenária de 1984, no Zimbabué, os Bispos decidiram modificar a estrutura do I.M.B.I.S.A. introduzindo as Assembleias plenárias, um comité de presidência permanente e um secretariado, cuja sede, desde então, se encontra em Harare (Zimbabué).
Internacional Octávio Carmo 22/03/2009 11:00 9164 Caracteres 43 Bento XVI - Angola e Camarões
(Fonte: Agência Ecclesia)
Nota: o Angelus antes da bênção final foi rezado em português
O Domingo do Papa em Luanda
Um dos momentos mais marcantes da visita de Bento XVI a África, que se iniciou no passado dia 17, com a primeira etapa em Yaoundé (Camarões) acontecerá este Domingo na Igreja de Santo António, em Luanda, quando o Papa se encontrar com a liderança dos movimentos católicos para a promoção da mulher em Angola.
Neste encontro, num momento de oração, vai rezar-se para que a mulher angolana “seja sempre construtora da paz, promotora da solidariedade e defensora da vida”. A oração lembra as “mães solteiras que não encontram acolhimento na família nem na sociedade” e “todas as mulheres maltratadas, violentadas, oprimidas por tantos problemas sociais”.
O longo ciclo das guerras teve como consequência o facto de 60 a 70% da população de Angola viver abaixo do limiar de pobreza, o que atingiu de maneira particular as mulheres e as crianças.
Apenas 40% das mulheres angolanas tem um emprego formal, no sector público ou privado, enquanto que 60% sobrevive com trabalhos informais e mal pagos.
No documento que vai orientar os trabalhos do próximo Sínodo para a África pode ler-se que “um grande número de Igrejas particulares considera que a dignidade da mulher está ainda por promover, tanto na Igreja como na sociedade”.
Em particular, aponta-se o dedo a “certas crenças e práticas negativas das culturas africanas exigem, todavia, uma vigilância particular: a feitiçaria dilacera as sociedades rurais e urbanas e, em nome da cultura ou da tradição ancestral, a mulher torna-se uma vitima dos preceitos em matéria de herança e dos ritos de viuvez, da mutilação sexual, do casamento forçado, da poligamia, etc.”.
“A mulher continua a ser subjugada em todas as regiões sob diversas formas: as violências domésticas, expressão do domínio dos homens sobre as mulheres; a poligamia que desfigura o rosto sacro do matrimónio e da família, também pela competição entre as mulheres e crianças por elas geradas; a falta de respeito pela dignidade e os direitos das viúvas; a prostituição; a mutilação dos órgãos genitais das mulheres”, acrescenta-se.
Numa visão mais interna, defende-se que “o papel das mulheres seria mais eficaz se a Igreja-Família lhes confiasse uma missão mais visível ou as envolvesse de modo mais claro, humanizando assim de forma substancial as sociedades africanas”.
500 mil
A Igreja Católica espera a presença de 500 mil fieis para na Missa presidida por Bento XVI, esta manhã, com inicio ás 10h00, no largo da Cimangola, em Luanda.
A informação foi avançada pelo coordenador da comissão de actividades da vinda do Papa a Angola, D. Filomeno Vieira Dias, em conferência de imprensa.
Segundo o Bispo, no local espera-se pela presença de católicos vindos de todas às províncias do país, que, além das delegações arquidiocesanas oficiais, contarão também com fiéis que o farão a título individual.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Neste encontro, num momento de oração, vai rezar-se para que a mulher angolana “seja sempre construtora da paz, promotora da solidariedade e defensora da vida”. A oração lembra as “mães solteiras que não encontram acolhimento na família nem na sociedade” e “todas as mulheres maltratadas, violentadas, oprimidas por tantos problemas sociais”.
O longo ciclo das guerras teve como consequência o facto de 60 a 70% da população de Angola viver abaixo do limiar de pobreza, o que atingiu de maneira particular as mulheres e as crianças.
Apenas 40% das mulheres angolanas tem um emprego formal, no sector público ou privado, enquanto que 60% sobrevive com trabalhos informais e mal pagos.
No documento que vai orientar os trabalhos do próximo Sínodo para a África pode ler-se que “um grande número de Igrejas particulares considera que a dignidade da mulher está ainda por promover, tanto na Igreja como na sociedade”.
Em particular, aponta-se o dedo a “certas crenças e práticas negativas das culturas africanas exigem, todavia, uma vigilância particular: a feitiçaria dilacera as sociedades rurais e urbanas e, em nome da cultura ou da tradição ancestral, a mulher torna-se uma vitima dos preceitos em matéria de herança e dos ritos de viuvez, da mutilação sexual, do casamento forçado, da poligamia, etc.”.
“A mulher continua a ser subjugada em todas as regiões sob diversas formas: as violências domésticas, expressão do domínio dos homens sobre as mulheres; a poligamia que desfigura o rosto sacro do matrimónio e da família, também pela competição entre as mulheres e crianças por elas geradas; a falta de respeito pela dignidade e os direitos das viúvas; a prostituição; a mutilação dos órgãos genitais das mulheres”, acrescenta-se.
Numa visão mais interna, defende-se que “o papel das mulheres seria mais eficaz se a Igreja-Família lhes confiasse uma missão mais visível ou as envolvesse de modo mais claro, humanizando assim de forma substancial as sociedades africanas”.
500 mil
A Igreja Católica espera a presença de 500 mil fieis para na Missa presidida por Bento XVI, esta manhã, com inicio ás 10h00, no largo da Cimangola, em Luanda.
A informação foi avançada pelo coordenador da comissão de actividades da vinda do Papa a Angola, D. Filomeno Vieira Dias, em conferência de imprensa.
Segundo o Bispo, no local espera-se pela presença de católicos vindos de todas às províncias do país, que, além das delegações arquidiocesanas oficiais, contarão também com fiéis que o farão a título individual.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Papa anuncia a criação da nova Diocese de Namibe (ex-Mocâmedes)
Bento XVI anunciou esta Sexta-feira, em Luanda, a criação da Diocese do Namibe e nomeou como primeiro Bispo o padre Mateus Feliciano Tomás, pároco da catedral de Huambo, doutorado em Teologia Moral, que também desempenhava as funções de chanceler e de professor no Seminário Maior de Cristo Rei no Huambo.
O Papa fez a revelação no encontro que manteve com os Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), no âmbito da sua visita pastoral a Angola.
Namibe pertencia à Arquidiocese do Lubango. É uma cidade e município de Angola, capital da província com o mesmo nome. Tem 8916 quilómetros quadrados e cerca de 162 mil habitantes.
Foi fundada em 1840 e, até 1985, foi denominada Moçâmedes. É o terceiro maior porto de Angola, depois de Luanda e Lobito. É também o terminal do caminho-de-ferro do Namibe.
Actualmente, as Dioceses de Angola estão assim distribuídas: Arquidiocese de Luanda, que tem como sufragâneas as Dioceses de Cabinda, Mbanza Congo, Uíje, Malanje, Saurimo, Novo Redondo e Ndalatando; Arquidiocese do Huambo, que tem como sufragâneas as Diocese de Benguela, Kwito-Bié e Lwena; Arquidiocese de Lubango, que tem como sufragâneas as Diocese de Menongue, Ondjiva e agora Namibe.
(Fonte: site Radio Vaticana)
O Papa fez a revelação no encontro que manteve com os Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), no âmbito da sua visita pastoral a Angola.
Namibe pertencia à Arquidiocese do Lubango. É uma cidade e município de Angola, capital da província com o mesmo nome. Tem 8916 quilómetros quadrados e cerca de 162 mil habitantes.
Foi fundada em 1840 e, até 1985, foi denominada Moçâmedes. É o terceiro maior porto de Angola, depois de Luanda e Lobito. É também o terminal do caminho-de-ferro do Namibe.
Actualmente, as Dioceses de Angola estão assim distribuídas: Arquidiocese de Luanda, que tem como sufragâneas as Dioceses de Cabinda, Mbanza Congo, Uíje, Malanje, Saurimo, Novo Redondo e Ndalatando; Arquidiocese do Huambo, que tem como sufragâneas as Diocese de Benguela, Kwito-Bié e Lwena; Arquidiocese de Lubango, que tem como sufragâneas as Diocese de Menongue, Ondjiva e agora Namibe.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Ámen
«Depois, acabada a oração, tu dizes: Ámen, corroborando com o Ámen, que significa “Assim seja, que isso se faça”, tudo o que está contido na «oração que Deus nos ensinou»
(S. Cirilo de Jerusalém)
(S. Cirilo de Jerusalém)
Programa de Domingo dia 22 de Março da visita do Santo Padre a Angola
10.00 - Missa com os Bispos da I.M.B.I.S.A. (Interregional Meeting of Bishops of Southern Africa) na Esplanada de Cimangola em Luanda Homilia do Papa
12.00 - Oração do Angelus na Esplanada de Cimangola Palavras do Papa
16.45 - Encontro com os Movimentos Católicos para a Promoção da Mulher na Paróquia de Santo António de Luanda Discurso do Papa
(Fonte: site Agência Ecclesia)
12.00 - Oração do Angelus na Esplanada de Cimangola Palavras do Papa
16.45 - Encontro com os Movimentos Católicos para a Promoção da Mulher na Paróquia de Santo António de Luanda Discurso do Papa
(Fonte: site Agência Ecclesia)