sábado, 7 de fevereiro de 2009

Unidade

«Só! - Não estás só. Fazemos-te muita companhia de longe. - Além disso..., morando na tua alma em graça, o Espírito Santo - Deus contigo - vai dando tom sobrenatural a todos os teus pensamentos, desejos e obras.»

(Caminho 273 - S. Josemaría Escrivá)

"Um apelo para todos"

Editorial do Padre Lombardi sobre gesto do Papa relativo aos bispos lefebvrianos

Sobre o vivo debate que suscitou a decisão do Papa de levantar a excomunhão aos quatro bispos lefebvrianos, intervém no costumado Editorial dos sábados “Octava dies”, o nosso director (Radio Vaticana), Padre Frederico Lombardi:

“Ao mesmo tempo que gradualmente se vão acalmando as águas depois das discussões dos últimos dias, reflictamos um pouco pensando ao futuro. De facto, o generoso gesto do Papa de levantar a excomunhão aos quatro bispos ordenados há vinte anos por Mons. Lefebvre não estava de modo algum voltado para o passado, um passado aliás bem dolorosamente conhecido, dado que já nessa altura tinha sido precisamente o cardeal Ratzinger o protagonista dos esforços – infelizmente falhados – de evitar a rotura. O gesto visava e continua a visar o futuro. Mas fizemos uma vez mais a experiência de quanto é difícil e árduo o caminho em direcção à unidade. Porventura nos é possível agora ver melhor qual é o preço a pagar para a obter.

O estender a mão, da parte do Papa, permanece para todos um grande e admirável exemplo de humildade e de coragem, de dedicação à causa da unidade, que não receia correr riscos. Os riscos fizeram-se sentir com todo o seu peso, pelas dificuldades e pela incerteza do caminho empreendido, por circunstâncias desfavoráveis não conhecidas ou não previstas.
Mas precisamente por isto, a dificuldade torna-se um apelo para todos. Para os colaboradores do Papa e em geral para os membros da Igreja, para que não desertem – por medo, desorientação ou rigidez nas suas posições – no momento das dificuldades, deixando-o sozinho perante o desafio. Mas também para os interlocutores do diálogo de reconciliação, posto sem meios termos diante das reais exigências de um caminho a percorrer em humildade e disponibilidade evangélica também da parte deles, para conseguir recompor a unidade. Como doutras vezes, esta provação – digamos mesmo, esta crise – pode dar lugar a um desaire, mas pode também favorecer um crescimento, um passo em frente. Em direcção a uma Igreja que será menos potente de antes, mas mais humildemente capaz de se manifestar lugar de amor e de perdão oferecido e acolhido em Cristo. N’Ele, é claro que não se pode contrapor Concílio e Tradição.”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Centenário do nascimento de D. Hélder da Câmara

Numa das suas passagens por Portugal, D. Hélder da Câmara afirmou que “ninguém nasce para ser escravo ou mendigo”. No entanto, ao observar a realidade que o circundava, o antigo bispo de Olinda e Recife (Brasil) via que eles existiam e estavam bem perto do pastor.

A cidade de Fortaleza (Brasil) viu nascer, a 7 de Fevereiro de 1909, D. Hélder da Câmara. Filho de uma família pobre e numerosa (dos treze irmãos apenas oito conseguiram sobreviver), os pais deram-lhe o nome de um pequeno porto holandês: Hélder. Aos 14 anos ingressa no Seminário diocesano da cidade natal (Prainha de São José), sendo metade das despesas pagas pela Obra das Vocações Sacerdotais.

Recebeu a ordenação sacerdotal em 1931 e, cinco anos depois, foi enviado para o Rio de Janeiro, onde se tornou animador da Acção Católica Brasileira e, posteriormente, seu assistente nacional. Nos ouvidos ressoam-lhe palavras antigas do pai: “Meu filho, você sabe o que é ser padre? Padre e egoísmo nunca podem andar juntos.”

Apesar de ter ficado conhecido como ícone da paz e irmão dos pobres, nos primeiros tempos de padre esteve ligado ao movimento «Acção Integrista Brasileiro», próximo das teses de Mussolini e do corporativismo português. Aos olhos de alguns era uma «persona non grata». Mais tarde, D. Hélder da Câmara explica esse episódio: “Participei num movimento de que estava convencido. O grande combate era entre o Este e o Oeste, os Estados Unidos e a União Soviética”. E acrescenta: “Mas depressa me apercebi que mais grave do que essa luta era a que se travava entre o Norte e o Sul”.

A Segunda Guerra Mundial e o agravamento da situação social no Brasil reconduziram D. Hélder da Câmara ao lugar de líder da contestação social e religiosa no Brasil. Em 1952 é nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro pelo papa Pio XII.

Poucos anos antes da sua nomeação trabalhou na Nunciatura Apostólica do Rio e, através de contactos directos com Monsenhor Montini (futuro Papa Paulo VI), conseguiu que a Secretaria de Estado do Vaticano aprovasse a constituição da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB). Esta foi a precursora das Conferências Episcopais criadas, mais tarde, pelo II Concílio do Vaticano.

Depois da aprovação da CNBB, D. Hélder propõe ao Vaticano a fundação do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). A autorização chegou em 1955, acumulando D. Hélder Câmara o cargo de Secretário-Geral da CNBB e Vice-presidente da CELAM.

Paralelamente à dinamização destes dois organismos, o prelado brasileiro empenhou-se também no campo social. Em 1956 funda a Cruzada S. Sebastião (destinada à solução dos problemas habitacionais nas favelas) e, três anos mais tarde (1959) criou o Banco da Providência (entidade de assistência social para os casos de miséria absoluta).

Em 1964 foi nomeado arcebispo de S. Luis do Maranhão e meses depois é enviado para Olinda e Recife, onde permanecerá, como bispo residencial, durante vinte anos. “Aqui eu sonhei com uma obra em que pudesse trabalhar não para o povo mas com o povo” – sublinhou na altura. Preocupa-se com o problema do desenvolvimento e da pobreza em todo o nordeste brasileiro. A sua voz profética ecoava, apesar das perseguições que lhe moveram.

Em 1968, o pastor daquele território eclesial publica o livro «Revolução dentro da Paz». Dois anos depois, uma campanha difamatória impede-o de receber o Prémio Nobel da Paz. Foi acusado de demagogo, exibicionista e “emissário camuflado de Fidel Castro e Mao”. Nunca recebeu galardão da Paz, no entanto o município de Oslo (Noruega) concedeu-lhe (em 1974) um prémio de valor equivalente. O seu prestígio internacional era intocável e recebeu o doutoramento «Honoris Causa» de várias universidades. O Japão atribuiu-lhe (1983) o prémio Niwano para a Paz, enquanto a Itália o distinguiu com o Prémio Balzan.

Trabalhar com os pobres era a sua paixão. No entanto, da sua pena saíram várias obras literárias: «O deserto é fértil» (1971); «Cristianismo, Socialismo, Capitalismo» (1973); «Nossa senhora no meu caminho» (1981) e «Utopias peregrinas» (1993). Dois poemas seus inspiraram uma oratória e um ballet: «Sinfonia dos dois mundos» (musicada pelo Pe. Pierre Kaelin) e «Missa para um tempo futuro» (com coreografia de Maurice Béjart).

A 7 de Julho de 1980, durante a viagem de João Paulo II ao Brasil, o papa polaco reabilita publicamente a sua imagem ao abraçá-lo efusivamente e dando-lhe o maior título de sempre: «Irmão dos pobres e meu irmão». Um gesto ovacionado por uma multidão perplexa. No mês de Abril de 1984, o «bispo vermelho e dos pobres» despede-se da sua diocese, depois de Roma ter aceite a sua resignação por limite de idade. “Pouco importa que um bispo se jubile; a Igreja continua” – disse D. Hélder Câmara na Eucaristia celebrada no Estádio do Recife perante 30 mil pessoas.

A 27 de Agosto de 1999, o homem que tinha como lema «In Manus Tuas» (Nas Tuas Mãos) despediu-se da vida terrena. Quando soube da sua morte, D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal disse: “um gigante da história da Igreja que impressionava pela sua fragilidade humana, mas albergava uma coragem do tamanho do mundo”.

Luís Filipe Santos

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Concertação e solidariedade para superar a crise

Concertação, solidariedade e participação responsável: é o caminho indicado por Bento XVI para enfrentar a actual crise económica mundial e, de maneira particular, as dificuldades do mundo do trabalho. O Papa falou sobre este tema durante a audiência concedida aos dirigentes da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores (CISL), recebidos na manhã de 31 de Janeiro na Sala Clementina. Após as palavras introdutivas do Secretário-Geral, que pronunciou um discurso em nome de todos os presentes, Bento XVI proferiu as seguintes expressões.


Ilustres Senhores
Gentis Senhoras


É com profundo apreço que recebo em vós, e saúdo cordialmente, os membros do grupo de dirigentes da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores: saúdo de modo particular o Secretário-Geral, e agradeço-lhe as palavras que me dirigiu em nome de todos. Ele recordou que precisamente há 60 anos, a CISL dava os primeiros passos, participando activamente na fundação do sindicato livre internacional, oferecendo à nascente entidade a contribuição da ancoragem nos princípios da doutrina social da Igreja e a prática de um sindicalismo livre e autónomo das linhas políticas e dos partidos. Hoje vós tencionais reconfirmar estas mesmas orientações, desejando continuar a haurir do magistério social da Igreja a inspiração na vossa acção, destinada a tutelar os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras e dos aposentados da Itália. Como o Secretário-Geral recordou oportunamente, o grande desafio e oportunidade que a preocupante crise económica deste momento convida a saber enfrentar, é encontrar uma nova síntese entre bem comum e mercado, entre capital e trabalho. E neste âmbito, é significativa a contribuição que podem oferecer as organizações sindicais.

No pleno respeito pela autonomia legítima de todas as instituições a Igreja, perita em humanidade, não se cansa de oferecer a contribuição do seu ensinamento e da sua experiência para aqueles que têm a intenção de servir a causa do homem, do trabalho e do progresso, da justiça social e da paz. A sua atenção às problemáticas sociais aumentou ao longo do século passado. Precisamente por isso, os meus venerados Predecessores, atentos aos sinais dos tempos, não deixaram de oferecer indicações oportunas aos fiéis e aos homens de boa vontade, iluminando-os no seu compromisso pela salvaguarda da dignidade do homem e pelas reais exigências da sociedade.

No alvorecer do século XX, com a Encíclica Rerum novarum, o Papa Leão XII fez uma defesa premente da dignidade inalienável da dignidade dos trabalhadores. As orientações ideais, contidas neste documento, contribuem para revigorar a animação cristã da vida social; e isto traduziu-se, entre outras coisas, no nascimento e na consolidação de muitas iniciativas de interesse civil, como os centros de estudos sociais, as sociedades de trabalhadores, as cooperativas e os sindicatos. Verificou-se inclusive um impulso notável para uma legislação do trabalho, respeitosa das legítimas expectativas dos operários, especialmente das mulheres e dos menores, e houve também um sensível aumento dos salários e das próprias condições de trabalho. Desta Encíclica, que teve "o privilégio" de ser comemorada por vários documentos pontifícios sucessivos, João Paulo II quis tornar solene o centésimo aniversário, publicando a Encíclica Centesimus annus, na qual observa que a doutrina social da Igreja, especialmente neste nosso período histórico, considera o homem inserido na complexa rede de relações, que é típica das sociedades modernas. Por sua vez, as ciências humanas contribuem para o tornar capaz de se compreender cada vez melhor a si mesmo, enquanto ser social. "Todavia, somente a fé observa o meu venerado Predecessor lhe revela plenamente a sua verdadeira identidade, e é precisamente dela que parte a doutrina social da Igreja que, recolhendo todos os contributos das ciências e da filosofia, se propõe assistir o homem no caminho da salvação" (n. 54).

Na sua precedente Encíclica social Laborem exercens, de 1981, dedicada ao tema do trabalho, o Papa João Paulo II tinha sublinhado o facto de que a Igreja nunca cessou de considerar os problemas do trabalho no âmbito de uma questão social que, progressivamente, foi assumindo dimensões mundiais. Aliás, o trabalho ele insiste deve ser visto como a "chave essencial" de toda a problemática social, porque condiciona o desenvolvimento não apenas económico, mas também cultural e moral, das pessoas, das famílias, das comunidades e de toda a humanidade (cf. n. 1). Ainda neste importante documento são frisados o papel e a importância estratégica dos sindicatos, definidos como "um elemento indispensável da vida social, especialmente nas modernas sociedades industrializadas" (cf. n. 20).

Há outro elemento que volta frequentemente no magistério dos Papas do século XX, e trata-se do apelo à solidariedade e à responsabilidade. Para superar a crise económica e social que estamos a viver, sabemos que é necessário um esforço livre e responsável da parte de todos; ou seja, é necessário ultrapassar os interesses particularistas e sectoriais, de maneira a enfrentar em conjunto e unidos as dificuldades que investem todos os âmbitos da sociedade, de modo especial o mundo do trabalho. Nunca se sentiu tal urgência como hoje; as dificuldades que angustiam o mundo do trabalho impelem a uma concertação efectiva e mais estreita entre os múltiplos e diversos componentes da sociedade. O apelo à colaboração encontra referências significativas também na Bíblia. Por exemplo, no livro do Qohelet lemos: "É melhor serem dois do que um só, porque obterão mais rendimento no seu trabalho. Se um cair, o outro levanta-o. Mas ai do homem que está só: se cair, não há ninguém para o levantar!" (4, 9-10). Portanto, formulo bons votos a fim de que na actual crise mundial nasça a vontade comum de dar vida a uma nova cultura da solidariedade e da participação responsável, condições indispensáveis para construir em conjunto o porvir do nosso planeta.

Queridos amigos, a celebração do 60º aniversário de fundação da vossa organização sindical seja motivo para renovar o entusiasmo dos primórdios e para redescobrir ainda mais o vosso carisma originário. O mundo tem necessidade de pessoas que se dediquem com abnegação à causa do trabalho, no pleno respeito pela dignidade humana e do bem comum. A Igreja, que aprecia o papel fundamental dos sindicatos, está próxima de vós tanto hoje como ontem, e está pronta para vos ajudar, a fim de que possais cumprir da melhor forma o vosso papel na sociedade. Na hodierna festa de São João Bosco, desejo enfim confiar a actividade e os programas do vosso sindicato a este Apóstolo dos jovens, que com grande sensibilidade social fez do trabalho um precioso instrumento de formação e de educação das novas gerações. Além disso, invoco sobre vós e as vossas famílias a salvaguarda de Nossa Senhora e de São José, pai bom e trabalhador perito, que cuidava quotidianamente da família de Nazaré. Quanto a mim, asseguro-vos uma lembrança na oração, enquanto com afecto vos abençoo, a vós aqui presentes, e todos os que estão inscritos na vossa Confederação.

O Evangelho de Domingo dia 8 de Fevereiro de 2009

São Marcos 1, 29-39

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André.

A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela.

Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a.

A febre deixou-a e ela começou a servi-los.

Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.

Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era.

De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.

Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe:

«Todos Te procuram».

Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim».

E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.

As cinco Chagas de Cristo

“Quereis morrer cristãmente? - Acabai antes de morrer... Primeiro disse o Senhor: Já se acabou tudo; e então esperou pela morte. (...) O que havemos de fazer na enfermidade e na morte, façamo-lo na saúde e na vida. Examinemos muito de propósito nossa consciência; façamos uma confissão muito bem feita, como quem se confessa para dar contas a Deus; componhamos nossas coisas; digamos: Tudo está consumado, e então esperemos pela morte, como Cristo fez.

Passado algum espaço neste profundo silêncio, levantou o Senhor a voz e os olhos ao Céu, dizendo: Pai, em vossas mãos encomendo o meu espírito. E inclinando a cabeça, expirou. (...)

Perguntam os santos porque inclinou o Senhor a cabeça? E respondem alguns contemplativos que foi para o Senhor nos dar um Sim universal para todas (as) nossas petições.

Pedis a um Cristo crucificado vos perdoe vossos pecados? Sim.

Pedis a um Cristo crucificado que vos livre das tentações do Demónio? - Sim.

Pedis a um Cristo crucificado que vos acuda em todas (as) vossas necessidades, ainda temporais? - Sim.

É possível, Senhor, que ainda que ajudei aos que Vos crucificaram, me fazeis participante do preço desse sangue? - Sim...

É possível, Senhor, que ainda que vos tenha ofendido tanto em minha vida, me recebereis nesses braços que tendes abertos? - Sim.

É possível, Senhor, que ainda que eu seja tão infiel e tão ingrato, abrireis esse Coração para me meter nele? - Sim...

Oh bendito seja tal Coração, benditos sejam tais braços, bendito seja tal Sangue, bendita seja tal Misericórdia!”


P. António Vieira, Prática Espiritual da Crucificação do Senhor


(Fonte: site Oratório S. Josemaria http://oratoriosjosemaria.com.sapo.pt/index.htm )

Do Santo Profeta David

«Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, e contar todos os meus ossos.»

(Ps. 21-22, 17)

Festa “As Cinco Chagas do Senhor”

O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada neste dia.

(Fonte: Secretariado Nacional de Liturgia)

O Evangelho do dia 7 de Fevereiro de 2009 - Festa das Cinco Chagas do Senhor

São João 19, 28-37 – calendário litúrgico português

Naquele tempo, sabendo que tudo estava consumadoe para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse:

«Tenho sede».

Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca.

Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:

«Tudo está consumado».

E, inclinando a cabeça, expirou.

Por ser a Preparação da Páscoa, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.

Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.

Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz:

«Nenhum osso lhe será quebrado».

Diz ainda outra passagem da Escritura:

«Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».