quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Intenções do Santo Padre para o mês de Outubro
Durante este mês, tem lugar a XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para debater «A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja». É um tema pleno de actualidade, porque as investigações históricas, literárias e teológicas dos últimos decénios em torno da Bíblica têm sido fonte de grandes avanços no conhecimento mais aprofundado dos textos bíblicos – e de teorias polémicas na interpretação dos mesmos, não raro ignorando a autoridade do magistério eclesial e lançando a confusão entre os crentes. O Sínodo, porém, mais do que atender a tais polémicas, tem como objectivo ajudar as comunidades cristãs e cada cristão a tomarem consciência da necessidade de amar e conhecer esta Palavra, por meio da qual Deus se revela na sua intimidade e conduz a humanidade nos caminhos da salvação.
Na Intenção que propõe ao Apostolado da Oração está patente a preocupação do Santo Padre quanto ao modo como os diversos membros da Igreja empenhados no serviço da Palavra de Deus (pastores, teólogos, catequistas, animadores...) assumem este serviço. Trata-se de uma preocupação compreensível, pois nem sempre tal serviço é assumido em Igreja e na Igreja. Assim tem acontecido, sobretudo por parte de estudiosos da Bíblia que, na sua investigação, se afastam do serviço à comunidade crente, na tentativa, bem-intencionada, certamente, de tornar a Palavra de Deus mais aceitável ao espírito do tempo. Na maior parte dos casos, o resultado final é precisamente o contrário: uma erudição que abafa a originalidade da Palavra e acaba por torná-la simples palavra humana, historicamente datada e sem relevância para o contexto actual; noutros casos, a Palavra de Deus acaba a justificar opções ideológicas prévias, pouco ou nada respeitadoras da sua novidade.
A atitude eclesial que o Sínodo dos Bispos pretende suscitar passa pelo serviço da Palavra de Deus, em Igreja. Todos podem e devem prestar este serviço: os estudiosos através da investigação cuidadosa e rigorosa, para ajudarem todo o povo de Deus a progredir no conhecimento da sua Palavra; os pastores da Igreja, anunciando a Palavra com vigor, explicando-a aos fiéis e convidando-os a caminhar na fidelidade aos seus ensinamentos; os catequistas, animando na descoberta das infindáveis riquezas da Palavra e testemunhando o seu poder para a transformação da vida pessoal e colectiva... e todos, em comunidade ou individualmente, dando testemunho diante do mundo de amor à Palavra de Deus, de alegria na sua escuta e, sobretudo, de adesão à mesma – que é adesão a Jesus Cristo – deixando-se converter e conduzir por ela.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Bento XVI na Audiência Geral de hoje “só o diálogo aberto pode orientar a Igreja”
Na audiência geral desta quarta-feira na Praça de S. Pedro, Bento XVI, na sua catequese falou de dois episódios que mostram a fidelidade de São Paulo á verdade do Evangelho. O primeiro é o Concilio de Jerusalém onde se tratou se era licito exigir a circuncisão aos gentios que chegam á fé. Ali recebeu aprovação a pregação de Paulo, sobre a liberdade em relação ás obrigações da lei judaica. Exortando a não esquecer os pobres, o Concilio salientou que a liberdade cristã não se confunde com a libertinagem, mas que se realiza no serviço autêntico aos irmãos, especialmente os mais necessitados. Além disso, a colecta que São Paulo organizou para os pobres de Jerusalém era expressão da divida que as comunidades por ele fundadas tinham, em relação á Igreja que lhes oferecera o dom do Evangelho.O segundo episódio é o incidente, em Antioquia, entre Pedro e Paulo, causado pela decisão do primeiro, de não sentar-se á mesa com os cristãos de origem pagã para não escandalizar aqueles de origem judaica.
Em troca, Paulo defendia o valor universal da salvação que se oferece a todos, judeus e pagãos, visto que a justificação não é obra da Lei mas da fé em Cristo. Sem dúvida, pouco depois, na sua carta aos Romanos e perante uma situação semelhante, São Paulo recomendará aos fortes na fé que não assumam alimentos impuros se isto é causa de escândalo para os mais débeis.
Escutemos agora a saudação de Bento XVI em língua portuguesa :
Amados Irmãos e Irmãs,
Aos peregrinos de língua portuguesa que vieram de Portugal e do Brasil, saúdo cordialmente com estima e sincero afecto. Seguindo os passos da Catequese de hoje, faço votos por que possais acompanhar, unidos às intenções do Papa, as celebrações e o desenrolar da décima segunda Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, subordinada ao tema: “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. ‘Todo Concílio e Sínodo é, com efeito, um evento do Espírito’. Por isso, ajudados pelos dons do Altíssimo, confiamos no sucesso deste significativo acontecimento eclesial. Que Deus vos abençoe!
(Fonte: site Radio Vaticana)
Santa Teresa do Menino Jesus
Carta 254: Ao Padre Roulland
"Ser-vos-ei mais útil no céu do que na terra, Santa Teresinha"
J.M.J-T
Carmelo de Lisieux
14 de Julho 1897
Jesus +
Meu Irmão,(...) quando receberdes esta carta já terei deixado a terra. O Senhor na sua infinita misericórdia, ter-me-à aberto o Seu Reino e poderei dispor dos Seus tesouros para os prodigalizar às almas que me são queridas.
Ficai certo, meu Irmão, de que a vossa Irmãzinha cumprirá as suas promessas, e de que a alma dela, liberta do peso do invólucro mortal, voará feliz para as regiões que vós evangelizais.
Ah! meu irmão, pressinto que vos serei muito mais útil no céu do que na terra e é com alegria que venho anunciar-vos a minha próxima entrada nessa bem-aventurada cidade, certa de que partilhareis da minha alegria e agradecereis ao Senhor por me dar os meios de vos ajudar mais eficazmente nas vossas obras apostólicas.
Conto não ficar inactiva no Céu, o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas, peço isto a Deus e estou certa de que Ele mo concederá.
Não estão só Anjos continuamente ocupados connosco sem nunca cessarem de ver a Face Divina, de se perderem no Oceano sem limites do Amor? Porque não havia Jesus de me impedir que os imitasse?
Meu irmão, vedes que se abandono já o campo de batalha, não é com o desejo egoísta de descansar, o pensamento da eterna bem-aventurança a custo faz rejubilar o meu coração, desde há muito o sofrimento tornou-se o sofrimento cá na terra e tenho verdadeiramente dificuldade em imaginar como poderei adaptar-me num País onde a alegria reina sem qualquer sombra de tristeza.
Será preciso que Jesus transforme a minha alma e lhe dê a capacidade de gozar, de contrário não poderei suportar as delícias eternas.
O que me impele para a Pátria dos Céus é o chamamento do Senhor, é a esperança de O amar enfim como tanto tenho desejado e o pensamento de que O poderei fazer amar por uma multidão de almas que hão-de bendizê-l'O eternamente.
Meu Irmão, já não tereis tempo em me comunicar os vossos recados para o Céu, mas eu adivinho-os e, de resto, tereis apenas de mos dizer baixinho, ouvir-vos-ei e levarei fielmente as vossas mensagens ao Senhor, à Nossa Mãe Imaculada, aos Anjos, aos Santos de quem gostais.
Pedirei para vós a palma do martírio e estarei junto de vós, segurando na vossa mão para que ela colha sem esforço essa palma gloriosa, e depois, com alegria, voaremos juntos para a Pátria celeste, rodeados de todas as almas que tiverdes conquistado!
Até à vista, meu Irmão, rezai muito pela vossa Irmã, rezai pela Nossa Madre, cujo coração sensível e maternal tem muita dificuldade em aceitar a minha partida. Conto convosco para a consolar.
Sou para a eternidade a vossa Irmãzinha
Teresa do Menino Jesus e da Santa Face
rel. carm. ind.»
(Fonte: site Coisas de Santos com adaptação JPR)
"Ser-vos-ei mais útil no céu do que na terra, Santa Teresinha"
J.M.J-T
Carmelo de Lisieux
14 de Julho 1897
Jesus +
Meu Irmão,(...) quando receberdes esta carta já terei deixado a terra. O Senhor na sua infinita misericórdia, ter-me-à aberto o Seu Reino e poderei dispor dos Seus tesouros para os prodigalizar às almas que me são queridas.
Ficai certo, meu Irmão, de que a vossa Irmãzinha cumprirá as suas promessas, e de que a alma dela, liberta do peso do invólucro mortal, voará feliz para as regiões que vós evangelizais.
Ah! meu irmão, pressinto que vos serei muito mais útil no céu do que na terra e é com alegria que venho anunciar-vos a minha próxima entrada nessa bem-aventurada cidade, certa de que partilhareis da minha alegria e agradecereis ao Senhor por me dar os meios de vos ajudar mais eficazmente nas vossas obras apostólicas.
Conto não ficar inactiva no Céu, o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas, peço isto a Deus e estou certa de que Ele mo concederá.
Não estão só Anjos continuamente ocupados connosco sem nunca cessarem de ver a Face Divina, de se perderem no Oceano sem limites do Amor? Porque não havia Jesus de me impedir que os imitasse?
Meu irmão, vedes que se abandono já o campo de batalha, não é com o desejo egoísta de descansar, o pensamento da eterna bem-aventurança a custo faz rejubilar o meu coração, desde há muito o sofrimento tornou-se o sofrimento cá na terra e tenho verdadeiramente dificuldade em imaginar como poderei adaptar-me num País onde a alegria reina sem qualquer sombra de tristeza.
Será preciso que Jesus transforme a minha alma e lhe dê a capacidade de gozar, de contrário não poderei suportar as delícias eternas.
O que me impele para a Pátria dos Céus é o chamamento do Senhor, é a esperança de O amar enfim como tanto tenho desejado e o pensamento de que O poderei fazer amar por uma multidão de almas que hão-de bendizê-l'O eternamente.
Meu Irmão, já não tereis tempo em me comunicar os vossos recados para o Céu, mas eu adivinho-os e, de resto, tereis apenas de mos dizer baixinho, ouvir-vos-ei e levarei fielmente as vossas mensagens ao Senhor, à Nossa Mãe Imaculada, aos Anjos, aos Santos de quem gostais.
Pedirei para vós a palma do martírio e estarei junto de vós, segurando na vossa mão para que ela colha sem esforço essa palma gloriosa, e depois, com alegria, voaremos juntos para a Pátria celeste, rodeados de todas as almas que tiverdes conquistado!
Até à vista, meu Irmão, rezai muito pela vossa Irmã, rezai pela Nossa Madre, cujo coração sensível e maternal tem muita dificuldade em aceitar a minha partida. Conto convosco para a consolar.
Sou para a eternidade a vossa Irmãzinha
Teresa do Menino Jesus e da Santa Face
rel. carm. ind.»
(Fonte: site Coisas de Santos com adaptação JPR)
São Paulo - Hino a Cristo
«Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criação.
Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por Ele e para Ele.Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem Nele.
Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogénito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas.
Porque aprouve a Deus fazer habitar Nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daqu'Ele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus.
(Col 1, 15-20 – S. Paulo)
Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por Ele e para Ele.Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem Nele.
Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogénito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas.
Porque aprouve a Deus fazer habitar Nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daqu'Ele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus.
(Col 1, 15-20 – S. Paulo)
Mentalizar os fiéis para a importância do casamento
Quem casa pela Igreja tem de perceber muito bem o significado do matrimónio, defende um especialista em direito eclesiástico, a propósito da nova lei do divórcio em Portugal.
Alejandro Torres Gutierrez, especialista em direito eclesiástico da Universidade de Navarra, é da opinião de que a Igreja Católica deve fazer sobre esta matéria uma ampla reflexão crítica, numa altura em que tanto se fala do divórcio, por causa da nova lei.
Para Gutierrez, é preciso distinguir entre as leis do Estado e a lei da Igreja: “Se os fiéis são consequentes com as suas crenças, então sabem que quando estão a contrair um matrimónio canónico, contraem um compromisso que vai ser indissolúvel. É importante sensibilizar os fiéis, para que saibam os compromissos que estão a assumir.”
Uma maior responsabilização por parte dos fiéis tornaria as leis de divórcio inconsequentes: “O Estado pode legislar o que quiser, mas se os fiéis, quando contraem o matrimónio, assumem o compromisso da indissolubilidade, existir ou não uma lei do divórcio seria uma questão que não teria, em princípio, consequências. É um problema de saber qual é a atitude dos fiéis, e é preciso fazer uma reflexão crítica sobre isso, porque quando se contrai o matrimónio canónico, na maior parte das vezes, estamos diante de um acto meramente social, talvez se deva exigir uma preparação ainda maior para as pessoas acederam ao matrimónio canónico”, defende este professor.
FA/João Santos Duarte
(Fonte: site RR)
Alejandro Torres Gutierrez, especialista em direito eclesiástico da Universidade de Navarra, é da opinião de que a Igreja Católica deve fazer sobre esta matéria uma ampla reflexão crítica, numa altura em que tanto se fala do divórcio, por causa da nova lei.
Para Gutierrez, é preciso distinguir entre as leis do Estado e a lei da Igreja: “Se os fiéis são consequentes com as suas crenças, então sabem que quando estão a contrair um matrimónio canónico, contraem um compromisso que vai ser indissolúvel. É importante sensibilizar os fiéis, para que saibam os compromissos que estão a assumir.”
Uma maior responsabilização por parte dos fiéis tornaria as leis de divórcio inconsequentes: “O Estado pode legislar o que quiser, mas se os fiéis, quando contraem o matrimónio, assumem o compromisso da indissolubilidade, existir ou não uma lei do divórcio seria uma questão que não teria, em princípio, consequências. É um problema de saber qual é a atitude dos fiéis, e é preciso fazer uma reflexão crítica sobre isso, porque quando se contrai o matrimónio canónico, na maior parte das vezes, estamos diante de um acto meramente social, talvez se deva exigir uma preparação ainda maior para as pessoas acederam ao matrimónio canónico”, defende este professor.
FA/João Santos Duarte
(Fonte: site RR)