domingo, 6 de julho de 2008

Angelus – Castelgandolfo

(06/07/2008 12.42.51)
A uma semana da sua partida para a Austrália, para participar na Jornada Mundial da Juventude, neste domingo ao meio-dia, em Castelgandolfo, por ocasião do Angelus, Bento XVI evocou como “um renovado Pentecostes” este importante acontecimento eclesial e pediu orações por essa intenção. Em vésperas do Encontro dos chefes de estado e de governo dos países membros do G8, no Japão, o Santo Padre fez um apelo a que predomine o sentido de solidariedade e se contribua para tomar medidas que relancem um processo équo de desenvolvimento integral.

É já sábado próximo que o Papa partirá, se Deus quiser, com destino a Sydney, para onde a partir de agora irão convergindo jovens provenientes dos diversos continentes para participarem na XXIII Jornada Mundial da Juventude. Uma iniciativa a que nenhum cristão deve ficar indiferente:

“Convido toda a Igreja a sentir-se participante desta nova etapa da grande peregrinação juvenil através do mundo, iniciada em 1985 pelo Servo de Deus João Paulo II.A próxima Jornada Mundial da Juventude preanuncia-se como um renovado Pentecostes: desde há um ano que as comunidades cristãs se preparam seguindo as indicações contidas na Mensagem sobre o tema Tereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós e ser-me-eis testemunhas.”

“É a promessa que Jesus fez aos seus discípulos depois da ressurreição, e que permanece sempre válida e actual na Igreja (observou o Papa): é o Espírito Santo, desejado e acolhido na oração, que infunde nos crentes a capacidade de serem testemunhas de Jesus e do seu Evangelho”.

“Estou certo de que de todos os cantos da terra os católicos se unirão a mim e aos jovens congregados, como num Cenáculo, em Sydney, invocando intensamente o Espírito Santo, para que inunde os corações de luz interior, de amor a Deus e aos irmãos, da corajosa iniciativa de introduzir na variedade das línguas e das culturas a eterna mensagem de Jesus”

.A concluir a sua alocução antes da recitação do Angelus, Bento XVI confiou a Maria a sua viagem à Austrália e o Encontro dos Jovens, em Sydney. Neste primeiro domingo de Julho, o Papa invocou também a “intercessão de Maria para que o período estivo possa oferecer a todos a ocasião de um tempo de repouso e de restabelecimento físico e espiritual”.

Foi depois das Ave-Marias que Bento XVI recordou a Cimeira anual do G8, nesta segunda-feira, no Japão. O Papa referiu as “numerosas vozes” que se elevaram, nestes dias (nomeadamente das Conferências Episcopais dos países ali representados), para pedir que “se concretizem os compromissos assumidos nos anteriores encontros do G8 e se adoptem corajosamente todos as medidas necessárias para vencer os flagelos da pobreza extrema, da fome, das doenças, do analfabetismo, que afectam ainda grande parte da humanidade”…

“Uno-me também eu a este premente apelo à solidariedade! Dirijo-me pois aos participantes no encontro de Hokkarido-Toyako, para que coloquem no centro das suas deliberações as necessidades das populações mais débeis e mais pobres, cuja vulnerabilidade se acentua hoje em dia devido às especulações e às turbulências financeiras, com os seus efeitos perversos sobre os preços da alimentação e da energia. Faço votos de que generosidade e abertura de vistas ajudem a tomar decisões visando relançar um équo processo de desenvolvimento integral, que salvaguarde a dignidade humana”.

Presente neste domingo, no pátio interior do Palácio de Castelgandolfo, um grupo de crianças chinesas, que entoaram um canto em honra do Papa, oportunidade para Bento XVI dirigir uma saudação às crianças da China e não só:

“Amor, concórdia, harmonia e solidariedade são os valores que quereis promover na China e nos outros países do mundo. As crianças representam o futuro da família humana e são, portanto, chamados a título pleno a construir um mundo mais belo e mais humano. A vossa presença permite-se enviar votos de paz e de alegria a todos os outros meninos da China e do mundo”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

A importância da maternidade em geral e a de Maria enquanto Mãe de Jesus

«: … o ser humano em devir (de novo ao contrário do animal) depende tão profundamente do seu “estar-com” outros seres humanos que só através desse próximo, normalmente a mãe, desperta para a sua auto-consciência. No sorriso desvela-se-lhe o facto de haver um mundo em que ele é recebido, em que é bem-vindo, e, nesta experiência primordial, pela primeira vez, toma consciência de si próprio. Este acontecimento fundamente de toda a existência humana, cujo alcance só no nosso tempo passou a ser apreciado como merece, acompanha as restantes funções do crescimento e da educação: a alimentação e o cuidado da criança, a sua introdução no mundo e respectiva tradição histórica. Muito antes da aprendizagem da fala se desenvolve um diálogo sem palavras entre mãe e filho na base do “estar-com-os-outros” (Mitsein) constitutivo para cada ser humano consciente.

Isto diz, pois, que também Jesus deve principalmente a sua mãe a sua autoconsciência humana, se não quisermos admitir que, como criança prodígio sobrenatural, ele não devesse essa consciência a ninguém. Mas isso seria pôr em causa a sua humanidade verdadeira»

(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)


Desculpem-me o atrevimento, mas releiam o trecho de Mons. Von Balthasar e reparem como as palavras aparentemente mais simples, são de uma profundidade que nos convidam à reflexão mais aprofundada e daí a um maior amor, neste caso à nossa Mãe a Virgem Santíssima e chegando através dela a Jesus Cristo Nosso Senhor.

Bom Domingo!

(JPR)

Benedictus Dominus...

Benedictus Dominus Deus Israel, quia visitavit et fecit redemptionem plebis suae et erexit cornu salutis nobis in domo David pueri sui, sicut locutus est per os sanctorum, qui a saeculo sunt, prophetarum eius, salutem ex inimicis nostris et de manu omnium, qui oderunt nos; ad faciendam misericordiam cum patribus nostris et memorari testamenti sui sancti, iusiurandum, quod iuravit ad Abraham patrem nostrum, daturum se nobis, ut sine timore, de manu inimicorum liberati, serviamus illi in sanctitate et iustitia coram ipso omnibus diebus nostris.
Et tu, puer, propheta Altissimi vocaberis: praeibis enim ante faciem Domini parare vias eius, ad dandam scientiam salutis plebi eius in remissionem peccatorum eorum, per viscera misericordiae Dei nostri, in quibus visitabit nos Oriens ex alto: illuminare his, qui in tenebris et in umbra mortis sedent ad dirigendos pedes nostros in viam pacis.