Corpo de Deus...

Ele não pode viver ao nosso lado enclausurado no Sacrário, mas no nosso meio, no nosso dia a dia. Para onde quer que vamos; Ele deve ir: onde quer que vivamos, Ele deve viver. O mundo, o dia a dia devem tornar-se no seu Templo. O Corpo de Deus mostra-nos o que significa comungar: acolhê-l’O, recebê-l’O com a totalidade do nosso ser.

(A Caminho de Jesus Cristo – Joseph Ratzinger)

«Caríssimos Irmãos e Irmãs, revivemos esta maravilhosa realidade na hodierna solenidade do Corpus Christi, em que a Igreja não apenas celebra a Eucaristia, mas também a leva de forma solene em procissão, anunciando publicamente que o Sacrifício de Cristo é para a salvação do mundo inteiro.
Reconhecido por este dom imenso, ela reúne-se em redor do Santíssimo Sacramento, porque ali estão a fonte e o ápice do próprio ser e agir. Ecclesia de Eucharistia vivit! A Igreja vive da Eucaristia e sabe que esta verdade não exprime apenas uma experiência quotidiana de fé, mas encerra de modo sintético o núcleo do mistério que ela mesma é».

(Homilia ‘Corpus Christi’ em 10/VI/2004 – João Paulo II)

Nossa Senhora dos Peregrinos - Caravaggio

«... porque a Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e nossa Mãe»


(Amigos de Deus, 275 - S. Josemaría Escrivá de Balaguer)

Bento XVI na Audiência geral desta Quarta Feira

“Foi do contacto do coração com a verdade que é amor que nasceu toda a cultura cristã – afirmou Bento XVI. Se a fé permanece viva, esta herança cultural não se torna uma coisa morta, mas continua viva e presente. Para o crente, as imagens e os ícones não são coisas do passado, as catedrais não são monumentos medievais, mas edifícios vivos onde nós encontramos Deus e nos encontramos uns com os outros”.

A grande música como o gregoriano, Bach ou Mozart, nas igrejas – prosseguiu o Papa –não são coisas do passado, mas vivem da vitalidade da liturgia e da nossa fé. Se a fé está viva, então permanece também viva e presente a cultura cristã”

(Fonte Radio Vaticana)

Prece

«Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu!. Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) – eis o teu corpo.Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.
Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa parecer diante de ti como um filho que volta ao lar.Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.
Senhor, protege-me e ampara-me.
Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor, livra-me de mim»

(Fernando Pessoa in "Eu Profundo")