Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 31 de março de 2019

Bom Domingo do Senhor!

Imitemos o filho pródigo de que nos fala o Evangelho de hoje (Lc 15, 1-3.11-32) e nunca hesitemos em humildade de reconhecer os nossos erros e pecados regressando sempre à Casa do Senhor que nos abraça e fortalece com o Seu amor misericordioso no Sacramento da Reconciliação.

Louvado seja Deus Nosso Senhor pelo seu amor e infinita bondade!

«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.»

Bento XVI 
Encíclica «Deus Caritas Est» §§ 12-13 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

A verdadeira novidade do Novo Testamento não reside em novas ideias, mas na própria figura de Cristo, que dá carne e sangue aos conceitos — um incrível realismo. Já no Antigo Testamento a novidade bíblica não consistia simplesmente em noções abstractas, mas na acção imprevisível e, de certa forma, inaudita de Deus. Esta acção de Deus ganha agora a sua forma dramática devido ao facto de que, em Jesus Cristo, o próprio Deus vai atrás da «ovelha perdida» (Lc 15,1ss.), a humanidade sofredora e transviada. Quando Jesus fala, nas Suas parábolas, do pastor que vai atrás da ovelha perdida, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro do filho pródigo e o abraça, não se trata apenas de palavras, mas de uma explicação do Seu próprio ser e agir. Na Sua morte de cruz, cumpre-se aquele virar-Se de Deus contra Si próprio, com o qual Ele Se entrega para levantar o homem e salvá-lo — o amor na sua forma mais radical. O olhar fixo no lado trespassado de Cristo de que fala João (cf 19,37) compreende o que serviu de ponto de partida a esta Carta Encíclica: «Deus é amor» (1 Jo4,8). É aí que esta verdade pode ser contemplada. E, partindo daí, pretende-se agora definir em que consiste o amor. A partir daquele olhar, o cristão encontra o caminho do seu viver e do seu amar.

Jesus deu a este acto de oferta uma presença duradoura através da instituição da Eucaristia durante a Última Ceia. Antecipa a Sua morte e ressurreição entregando-Se já a Si mesmo naquela hora aos Seus discípulos, no pão e no vinho, Seu corpo e sangue [...]. A Eucaristia arrasta-nos no acto oblativo de Jesus. [...] A «mística» do Sacramento, que se funda no abaixamento de Deus até nós, é de um alcance muito diverso e conduz muito mais alto do que qualquer mística elevação do homem poderia realizar.

sábado, 30 de março de 2019

O Evangelho de Domingo dia 31 de março de 2019

Aproximavam-se d'Ele os publicanos e os pecadores para O ouvir. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: «Este recebe os pecadores e come com eles». Então propôs-lhes esta parábola: Disse mais: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. O pai repartiu entre eles os bens. Passados poucos dias, juntando tudo o que era seu, o filho mais novo partiu para uma terra distante e lá dissipou os seus bens vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, houve naquele país uma grande fome e ele começou a passar necessidade. Foi pôr-se ao serviço de um habitante daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. «Desejava encher o seu ventre das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Tendo entrado em si, disse: Quantos jornaleiros há em casa de meu pai que têm pão em abundância e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado teu filho, trata-me como um dos teus jornaleiros. «Levantou-se e foi ter com o pai. Quando ele estava ainda longe, o pai viu-o, ficou movido de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e beijou-o. O filho disse-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Porém, o pai disse aos servos: Trazei depressa o vestido mais precioso, vesti-lho, metei-lhe um anel no dedo e os sapatos nos pés. Trazei também um vitelo gordo e matai-o. Comamos e façamos festa, porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi encontrado. E começaram a festa. «Ora o filho mais velho estava no campo. Quando voltou, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e os coros. Chamou um dos servos, e perguntou-lhe que era aquilo. Este disse-lhe: Teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque o recuperou com saúde. Ele indignou-se, e não queria entrar. Mas o pai, saindo, começou a pedir-lhe. Ele, porém, respondeu ao pai: Há tantos anos que te sirvo, nunca transgredi nenhuma ordem tua e nunca me deste um cabrito para eu me banquetear com os meus amigos, mas logo que veio esse teu filho, que devorou os seus bens com meretrizes, mandaste-lhe matar o vitelo gordo. Seu pai disse-lhe: Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Era, porém, justo que houvesse banquete e festa, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi encontrado». 

Lc 15,1-3.11-32

Evangelho do dia 30 de março de 2019

Disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezavam os outros: «Subiram dois homens ao templo a fazer oração: um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava no seu interior desta forma: Graças Te dou, ó Deus, porque não sou como os outros homens: ladrões, injustos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo o que possuo. O publicano, porém, conservando-se a distância, não ousava nem sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, pecador. Digo-vos que este voltou justificado para sua casa e o outro não; porque quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Lc 18, 9-14

sexta-feira, 29 de março de 2019

Evangelho do dia 29 de março de 2019

Vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu-lhe: «O primeiro de todos os mandamentos é este: “Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças”. O segundo é este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há outro mandamento maior do que estes». Então o escriba disse-Lhe: «Mestre, disseste bem e com verdade que Deus é um só, e que não há outro fora d'Ele; e que amá-l'O com todo o coração, com todo o entendimento, com toda a alma, e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios». Vendo Jesus que tinha respondido sabiamente, disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». Desde então ninguém mais ousava interrogá-l'O.

Mc 12, 28b-34

quinta-feira, 28 de março de 2019

Deus não se cansa de nos perdoar

Nesta sexta-feira (28/03/2014) na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco, tomando como primeiro estímulo da sua homilia a leitura do Livro do Profeta Oseias, evidenciou o coração de Deus-Pai que nunca se cansa de esperar por nós:
“É o coração do nosso Pai, é assim Deus: não se cansa, não se cansa! E por tantos séculos fez isto, com tanta apostasia do povo. E Ele sempre volta, porque o nosso Deus é um Deus que espera. Desde aquela tarde no Paraíso terrestre, Adão saiu do Paraíso com uma pena e também uma promessa. E Ele é fiel, o Senhor é fiel à sua promessa, porque não pode renegar-se a si próprio. É fiel. E assim esperou por todos nós ao longo da história. É o Deus que nos espera, sempre.”

De seguida o Santo Padre recordou a parábola do filho pródigo. O Evangelho de Lucas conta-nos nessa parábola que o pai vê e reconhece o filho ao longe porque o esperava. Andava todos os dias no terraço para ver se o filho voltava. Esperava-o: “Este é o nosso Pai, o Deus que nos espera. Sempre. ‘Mas padre, eu tenho tantos pecados, não sei se Ele ficará contente’. Mas experimenta ! Se tu queres conhecer a ternura deste Pai, vai ter com Ele e experimenta, e depois contas-me’. O Deus que nos espera. Deus que nos espera e também Deus que perdoa. É o Deus da misericórdia: não se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir o perdão, mas Ele não se cansa. Setenta vezes sete: sempre para a frente com o perdão. E do ponto de vista de uma empresa, o balanço é negativo. Ele sempre perde: perde no balanço das coisas, mas ganha no balanço do amor.”

“Assim, que esta palavra nos ajude a pensar no nosso Pai que nos espera sempre, que nos perdoa sempre e que faz festa quando voltamos.”(RS)

(Fonte: 'news.va')

Vídeoa da ocasião em italiano

UMA SEMANA DE CAMINHO

Ontem chegaste a Jerusalém!

No meio de toda aquela gente, estava também eu, a dar vivas ao Rei, àquele que me vinha libertar do jugo do opressor, dos tiranos que mandavam pela força das armas, na minha terra.

Nem por um momento duvidei disso!
Ia ser agora a hora da libertação!

E vou caminhando, vou-Te seguindo, passo a passo, nesta semana, até Te ver preso, escarnecido, humilhado, arrastado pelo chão sem reagires, e então, já não Te darei vivas, mas gritarei com todos os outros: Crucifica-O, crucifica-O!

Eu esperava, (por vezes ainda espero), por um rei que me libertasse das dores, dos sofrimentos, das contrariedades do mundo, e afinal, veio Alguém que aparentemente se deixou derrotar pelo mundo.

Pois, não compreendo tantas coisas, mas mesmo por vezes afastado, continuo a seguir-Te no caminho, na esperança que se torna cada vez mais real, que afinal vieste para me libertar, sim, mas da lei do pecado, do pecado que realmente escraviza e leva à morte.

E hoje, passada a festa da Tua chegada à cidade, recomeço a caminhada, entrando dentro de mim, para Te encontrar, para me encontrar, e durante estes dias, mesmo com medo, mesmo com dúvidas, me unir a Ti na dor, na paixão, na morte, para finalmente dar novamente vivas ao Rei que me libertou e me liberta todos os dias em que me entrego para fazer a Tua vontade.

Ajuda-me, Senhor, quero fazer o caminho do Teu amor!

Marinha Grande, 10 de Abril de 2017

Joaquim Mexia Alves

'Devo ir à missa por pura obrigação?'

Evangelho do dia 28 de março de 2019

Jesus estava a expulsar um demónio, que era mudo. Depois de ter expulsado o demónio, o mudo falou e as multidões ficaram maravilhadas. Mas alguns disseram: «Ele expulsa os demónios pelo poder de Belzebu, príncipe dos demónios». Outros, para O tentarem, pediam-Lhe um prodígio vindo do céu. Ele, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino dividido contra si mesmo será devastado, e cairá casa sobre casa. Se, pois, Satanás está dividido contra si mesmo, como estará em pé o seu reino? Porque vós dizeis que por virtude de Belzebu é que lanço fora os demónios. Ora, se é pelo poder de Belzebu que Eu expulso os demónios, os vossos filhos pelo poder de quem os expulsam? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu, pelo dedo de Deus, lanço fora os demónios, certamente chegou a vós o reino de Deus. Quando um, forte e armado, guarda o seu palácio, estão em segurança os bens que possui; porém, se, sobrevindo outro mais forte do que ele, o vencer, tira-lhe as armas em que confiava, e reparte os seus despojos. Quem não é comigo é contra Mim; e quem não colhe comigo desperdiça.

Lc 11, 14-23

quarta-feira, 27 de março de 2019

O pão nosso de cada dia nos dai hoje

Locutor: Na oração do Pai-Nosso, Jesus ensina-nos a pedir «o pão nosso de cada dia», e a fazê-lo solidários com tantos homens e mulheres que vivem aflitos por não terem pão suficiente para seus filhos. E, quem diz «pão», diz remédios, casa, trabalho… A oração cristã parte da realidade, da carne das pessoas necessitadas ou de quantos partilham com elas a sua situação miserável: «Pai, dai-nos hoje o pão necessário para nós e para todos». O pão, que o cristão pede, não é o «meu», mas o «nosso». Esta oração contém uma atitude de empatia e solidariedade. Um dia, este pão poderá censurar-nos pela falta de o repartirmos com quem está ao nosso lado: era um pão oferecido à humanidade, mas alguém se encarregou de o comer, todo, sozinho. O amor não pode suportar isto. Na minha fome, sinto e penso na fome das multidões. Na leitura inicial, ouvimos o milagre da multiplicação dos pães para uma multidão faminta. Jesus perguntara se alguém tinha alguma coisa; encontrou-se apenas um rapazinho disposto a partilhar o que possuía: cinco pães e dois peixes. Jesus multiplicou aquele gesto generoso. Aquele rapazinho compreendeu a lição do «Pai-Nosso»: o alimento não é propriedade minha, mas dom da providência para ser compartilhado. O verdadeiro milagre feito por Jesus naquele dia foi o milagre da partilha. Ele próprio, ao multiplicar aquele pão oferecido, antecipou a sua oferta no Pão Eucarístico. De facto, só a Eucaristia é capaz de saciar a fome de infinito e o desejo de Deus que habita no coração de cada homem e mulher e se exprime também na procura do pão quotidiano.
* * *
Santo Padre:
Rivolgo un cordiale saluto ai pellegrini di lingua portoghese, in particolare ai partecipanti al Convegno promosso dall’Istituto Silvio Meira, agli alunni e professori dell’Istituto Nun’Álvares e ai fedeli di Cascavel e Hamilton in Canada, incoraggiando tutti ad essere testimoni dell’amore che Gesù ci ha dimostrato con il suo sacrificio sulla Croce. Sia la croce il segno di una vita di donazione gioiosa al prossimo. Volentieri benedico voi e i vostri cari!
* * *
Locutor: Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, em particular aos participantes no Convénio organizado pelo Instituto Sílvio Meira, aos alunos e professores do Instituto Nun’Álvares e aos fiéis de Cascavel e Hamilton no Canadá, encorajando todos a ser testemunhas do amor que Jesus nos demonstrou com o seu sacrifício na Cruz. Que a cruz seja o sinal duma vida de jubilosa doação ao próximo. De bom grado vos abençoo a vós e aos vossos entes queridos!

Evangelho do dia 27 de março de 2019

«Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim para os abolir, mas sim para cumprir. Porque em verdade vos digo: antes passarão o céu e a terra, que passe uma só letra ou um só traço da Lei, sem que tudo seja cumprido. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos mesmo dos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será considerado o mais pequeno no Reino dos Céus. Mas o que os guardar e ensinar, esse será considerado grande no Reino dos Céus.

Mt 5, 17-19

terça-feira, 26 de março de 2019

APELO AOS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE

Políticos conservadores, humanistas e democráticos precisam-se

Requisitos:

- Reconhecerem a raíz cristã da nossa cultura valorizando-a e dando-lhe um lugar de destaque na sociedade e instituições;

- reconhecerem a família como célula principal do tecido social e valorizando as famílias numerosas que são uma enorme mais valia para a sociedade e o país;

- defenderem a vida desde a sua conceção até à morte sem excepções;

- ter uma consistente política de proteção dos mais carenciados proporcionando-lhes meios para se valorizarem e de terem uma vida digna;

- ter como prioridade a educação baseada em programas credíveis, estáveis e sobretudo virados para o desenvolvimento humano e intelectual dos alunos;

- defender a liberdade de escolha no ensino reconhecendo aos pais a primazia nas melhores opções para os seus filhos;

- dignificar, apoiar e facilitar o relacionamento dos mais idosos afastados das novas tecnologias de forma a que não se sintam excluídos;

- não subscrever quaisquer ideologias ou programas que defendam a chamada “igualdade de género”;

- respeitarem todas as formas de convivência dando primazia às naturais reconhecendo que o único matrimónio enquanto tal, é aquele entre um homem e uma mulher;

- condenarem todas as formas de xenofobia sem que tal implique defender os valores daqueles que são de culturas ou religiões não cristãs;

- não ceder a qualquer tipo de chantagem ou pressão ideológica que possam pôr em causa os valores essenciais de uma sociedade livre, cristã e democrática;

- não se acobardarem perante as dificuldades e o politicamente correto.

Quem estiver disponível a ser frontal e avançar na defesa destes valores terá muito provavelmente a agradável surpresa pelo apoio que gerará, quanto ao signatário seja pela idade, mas sobretudo por fortes limitações de saúde apenas poderá apoiar à distância aqueles que abraçarem os princípios acima expostos.

Muito obrigado!

João Paulo dos Prazeres Reis

Evangelho do dia 26 de março de 2019

Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»

Mt 18,21-35

segunda-feira, 25 de março de 2019

«Faça-se em mim segundo a tua palavra»

Tertuliano (c. 155-v. 220), teólogo 
A Carne de Cristo, 17; PL 2, 781 (cf. SC 126, p. 281)

Porque é que o Filho de Deus nasceu de uma Virgem? [...] Era necessário um modo totalmente novo de nascer para Aquele que ia consagrar uma nova ordem de nascimento. Isaías tinha profetizado que o Senhor anunciaria esta maravilha através de um sinal. Que sinal? «Eis que uma virgem vai conceber e dará à luz um filho.» Sim, a Virgem concebeu e deu à luz o Emanuel, Deus connosco (Is 7, 14; Mt 1, 23). Eis a nova ordem de nascimento: o homem nasce em Deus porque Deus nasce no homem; Deus faz-Se carne, para regenerar a carne pela semente nova do Espírito e lavar todas as manchas passadas.

Toda esta nova ordem foi prefigurada no Antigo Testamento, porque na intenção divina o primeiro homem nasceu para Deus através de uma virgem. Com efeito, a terra era ainda virgem, o trabalho do homem não a tinha tocado, a semente não tinha sido ainda lançada, quando Deus a tomou para dar forma ao homem e torná-lo «um ser vivo» (Gn2, 5.7). Por conseguinte, se o primeiro Adão foi moldado de terra, é justo que o segundo, a quem o apóstolo Paulo chama «o novo Adão», seja retirado por Deus de uma terra virgem, ou seja, de uma carne cuja virgindade permanecia inviolada, para se tornar «Espírito que vivifica» (1Cor 15, 45). [...]

Quando quis recuperar «a Sua imagem e a Sua semelhança» (Gn 1, 26) caída sob o poder do demónio, Deus agiu de forma igual à do momento em que o criou. Eva era ainda virgem quando acolheu a palavra que originaria a morte; por conseguinte, seria também de uma virgem que devia descer a Palavra de Deus que ergueria o edifício da Vida. [...] Eva confiou na serpente; Maria teve fé em Gabriel. O pecado que Eva, crendo, cometeu, foi Maria, crendo, que o apagou. [...] A palavra do diabo foi para Eva a semente da sua humilhação e das suas dores de parto (Gn 3, 16), e ela trouxe ao mundo o assassino do seu irmão (4, 8). Pelo contrário, Maria trouxe ao mundo um Filho que haveria de salvar Israel, Seu irmão.

Evangelho do dia 25 de março de 2019

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível . Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Lc 1, 26-38

domingo, 24 de março de 2019

Bom Domingo do Senhor!

Estejamos sempre disponíveis a deixar aqueles que atuam em nome do Senhor que «deitem os estrume» como nos fala o Evangelho de hoje (Lc 13, 1-9) pois só através da permanente formação e cheios de humildade conseguiremos a nossa conversão permanente e para Ele totalmente virada.

Senhor Jesus concede-nos a oportunidade de nos reconvertermos amando-Te acima de todas as coisas!

«Se não vos converterdes»

São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja
20º sermão sobre a Paixão; SC 74bis


Esforcemo-nos por ser associados à Paixão de Cristo e por passar da morte à vida enquanto ainda estamos neste corpo. Porque passar por uma conversão, seja ela qual for, passar de um estado a outro, significa para todo o homem o fim de qualquer coisa – deixar de ser o que era – e o começo de outra – passar a ser o que não era. Mas é importante saber para que se morre e para que se vive, porque há uma morte que dá vida e uma morte que dá a morte.

E é precisamente neste mundo efémero que se obtém uma ou outra: da qualidade dos nossos actos neste mundo depende a diferença das retribuições eternas. Morramos, pois, para o demónio e vivamos para Deus; morramos para o pecado, para ressuscitar para a justiça; que o ser antigo desapareça, para se elevar o novo ser. Dado que, segundo a palavra da Verdade, «ninguém pode servir a dois senhores» (Mt 6,24), tomemos por senhor, não aquele que faz tropeçar os que estão de pé para os levar à ruina, mas Aquele que levanta os caídos para os conduzir à glória.

sábado, 23 de março de 2019

O Evangelho de Domingo dia 24 de março de 2019

Neste mesmo tempo chegaram alguns a dar-Lhe a notícia de certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com o dos sacrifícios deles. Jesus respondeu-lhes: «Vós julgais que aqueles galileus eram maiores pecadores que todos os outros galileus, por terem sofrido tal sorte? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo. Assim como também aqueles dezoito homens sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou; julgais que eles também foram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo». Dizia também esta parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi buscar fruto e não o encontrou. Então disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho buscar fruto a esta figueira e não o encontro; corta-a; para que está ela inutilmente a ocupar terreno? Ele, porém, respondeu-lhe: Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu a cavo em volta e lhe deito estrume; se com isto der fruto, bem está; senão, cortá-la-ás depois».


Lc 13, 1-9

Evangelho do dia 23 de março de 2019

Aproximavam-se d'Ele os publicanos e os pecadores para O ouvir. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: «Este recebe os pecadores e come com eles». Então propôs-lhes esta parábola: Disse mais: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. O pai repartiu entre eles os bens. Passados poucos dias, juntando tudo o que era seu, o filho mais novo partiu para uma terra distante e lá dissipou os seus bens vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, houve naquele país uma grande fome e ele começou a passar necessidade. Foi pôr-se ao serviço de um habitante daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. «Desejava encher o seu ventre das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Tendo entrado em si, disse: Quantos jornaleiros há em casa de meu pai que têm pão em abundância e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado teu filho, trata-me como um dos teus jornaleiros. «Levantou-se e foi ter com o pai. Quando ele estava ainda longe, o pai viu-o, ficou movido de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e beijou-o. O filho disse-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Porém, o pai disse aos servos: Trazei depressa o vestido mais precioso, vesti-lho, metei-lhe um anel no dedo e os sapatos nos pés. Trazei também um vitelo gordo e matai-o. Comamos e façamos festa, porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi encontrado. E começaram a festa. «Ora o filho mais velho estava no campo. Quando voltou, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e os coros. Chamou um dos servos, e perguntou-lhe que era aquilo. Este disse-lhe: Teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque o recuperou com saúde. Ele indignou-se, e não queria entrar. Mas o pai, saindo, começou a pedir-lhe. Ele, porém, respondeu ao pai: Há tantos anos que te sirvo, nunca transgredi nenhuma ordem tua e nunca me deste um cabrito para eu me banquetear com os meus amigos, mas logo que veio esse teu filho, que devorou os seus bens com meretrizes, mandaste-lhe matar o vitelo gordo. Seu pai disse-lhe: Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Era, porém, justo que houvesse banquete e festa, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi encontrado». 

Lc 15,1-3.11-32

sexta-feira, 22 de março de 2019

Evangelho do dia 22 de março de 2019

«Ouvi outra parábola: Havia um pai de família que plantou uma vinha, e a cercou com uma sebe, e cavou nela um lagar e edificou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros, e ausentou-se daquela região. Estando próxima a época da colheita, enviou os seus servos aos vinhateiros para receberem os frutos da sua vinha. Mas os vinhateiros, agarrando os servos, feriram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no. Enviou novamente outros servos em maior número do que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo. Por último enviou-lhes seu filho, dizendo: “Hão-de respeitar o meu filho”. Porém, os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: “Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e ficaremos com a herança”. E, agarrando-o, puseram-no fora da vinha, e mataram-no. Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». Responderam-Lhe: «Matará sem piedade esses malvados, e arrendará a sua vinha a outros vinhateiros que lhe paguem o fruto a seu tempo». Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular; pelo Senhor foi feito isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”? Por isso vos digo que vos será tirado o reino de Deus e será dado a um povo que produza os seus frutos. Tendo os príncipes dos sacerdotes e os fariseus ouvido as Suas parábolas, perceberam que falava deles. Procuravam prendê-l'O, mas tiveram medo do povo, porque este O tinha como um profeta.

Mt 21, 33-43.45-46

quinta-feira, 21 de março de 2019

Evangelho do dia 21 de março de 2019

«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e todos os dias se banqueteava esplêndidamente. Havia também um mendigo, chamado Lázaro, que, coberto de chagas, estava deitado à sua porta, desejando saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as chagas. «Sucedeu morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico, e foi sepultado. Quando estava nos tormentos do inferno, levantando os olhos, viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. Então exclamou: Pai Abraão, compadece-te de mim, e manda Lázaro que molhe em água a ponta do seu dedo para refrescar a minha língua, pois sou atormentado nestas chamas. Abraão disse-lhe: Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro, ao contrário, recebeu males; por isso ele é agora consolado e tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo; de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os daí podem passar para nós. O rico disse: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à minha casa paterna, pois tenho cinco irmãos, para que os advirta disto, e não suceda virem também eles parar a este lugar de tormentos. Abraão disse-lhe: Têm Moisés e os profetas; oiçam-nos. Ele, porém, disse: Não basta isso, pai Abraão, mas, se alguém do reino dos mortos for ter com eles, farão penitência. Ele disse-lhe: Se não ouvem Moisés e os profetas, também não acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos».

Lc 16, 19-31

quarta-feira, 20 de março de 2019

“seja feita a Vossa vontade”

Locutor: A terceira invocação do Pai-Nosso, “seja feita a Vossa vontade”, nos lembra que a vontade de Deus é que “todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”. De facto, quando rezamos pedindo que se realize em nós e no mundo a vontade de Deus, longe de nos predispormos a uma humilhante submissão servil, nós fazemos um ato de confiança de que, apesar de todas as dificuldades, obstáculos e sofrimentos, o nosso Pai do céu nunca nos abandonará. Desse modo, nos associamos à oração de Jesus no Getsêmani, que quando experimentou a angústia orou: “não seja feita a minha, mas a vossa vontade”! Fazer a vontade de Deus significa também estar dispostos a contribuir para evitar tudo aquilo que Deus não quer para o homem e para o mundo, como o ódio e a guerra, e a promover tudo o que seja o bem, a vida e a salvação.
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Santo Padre: Rivolgo un cordiale saluto ai pellegrini di lingua portoghese, in particolare ai fedeli brasiliani di Ribeirão Preto. Cari amici, nel tempo della Quaresima, la Chiesa ci raccomanda di accrescere il tempo che dedichiamo alla preghiera. Possano tali momenti di dialogo filiale con Dio aiutarci a riscoprire sempre di più il suo amore infinito per ciascuno di noi e così diventare strumenti di misericordia e di pace. Dio vi benedica.
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Locutor: Dirijo uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, em particular aos brasileiros de Ribeirão Preto. Queridos amigos, no tempo da Quaresma, a Igreja nos recomenda de aumentar o tempo que dedicamos à oração. Que esses momentos de diálogo filial com Deus nos ajudem a descobrir sempre mais o seu amor infinito por nós e assim nos tornemos instrumentos de misericórdia e paz. Deus vos abençoe!

Evangelho do dia 20 de março de 2019

Ao subir Jesus para Jerusalém, tomou à parte os doze discípulos, e disse-lhes pelo caminho: «Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e O condenarão à morte, e O entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado, e ao terceiro dia ressuscitará». Então, aproximou-se d'Ele a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos, prostrando-se, para Lhe fazer um pedido. Ele disse-lhe: «Que queres?». Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no Teu reino, um à Tua direita e outro à Tua esquerda». Jesus disse: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». Disse-lhes: «Efectivamente haveis de beber o Meu cálice, mas, quanto a sentar-se à Minha direita ou à Minha esquerda, não pertence a Mim concedê-lo; será para aqueles para quem está reservado por Meu Pai». Os outros dez, ouvindo isto, indignaram-se contra os dois irmãos. Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Vós sabeis que os príncipes das nações as subjugam e que os grandes as governam com autoridade. Não seja assim entre vós, mas todo aquele que quiser ser entre vós o maior, seja vosso servo, e quem quiser ser entre vós o primeiro, seja vosso escravo. Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgate de todos».

Mt 20, 17-28

terça-feira, 19 de março de 2019

Evangelho do dia 19 de março de 2019

Jacob gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, são catorze todas as gerações desde Abraão até David; e catorze gerações desde David até à deportação para Babilónia, e também catorze as gerações desde a deportação para Babilónia até Cristo.  A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo.  Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz:  “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor.

Mt 1,16.18-21.24a

segunda-feira, 18 de março de 2019

Evangelho do dia 18 de março de 2019

Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á. Uma medida boa, cheia, recalcada e a transbordar vos será lançada nas dobras do vosso vestido. Porque, com a mesma medida com que medirdes para os outros, será medido para vós».

Lc 6, 36-38

domingo, 17 de março de 2019

Mons. Fernando Ocáriz aponta 8 desafios para os pais

Numa mensagem pastoral, Mons. Fernando Ocáriz apresentou estas 8 sugestões para os pais e mães de todo o mundo, animando-os a olhar em primeiro lugar para felicidade da família.
Do Prelado
Opus Dei - Mons. Fernando Ocáriz aponta 8 desafios para os paisPensai - sugeria o prelado do Opus Dei nesta mensagem pastoral - se os vossos filhos podem estar felizes de pertencer à sua família, porque têm uns pais:

1. Que os escutam e os tomam a sério;
2. Que os amam como são;
3. Que se atrevem a fazer com eles as suas próprias perguntas;
4. Que os ajudam a perceber, nas pequenas realidades da vida quotidiana, o valor das coisas, o esforço que exige a boa gestão de um lar;
5. Que sabem ser exigentes;
6. Que não têm medo de os pôr em contacto com o sofrimento e a fragilidade, tão presentes na vida de muita gente, talvez começando na própria família;
7. Que os ajudam, com a sua piedade, a tocar a Deus, a ser «almas de oração»;
8. Que os ajudam a crescer sãos e fortes de coração, para que possam ouvir a Deus que diz a cada um e a cada uma, como a João e a André, «vinde e vereis». 

Bom Domingo do Senhor!

Roguemos ao Senhor que nos faça gozar do esplendor do Seu Reino tal como nos narra o Evangelho de hoje (Lc 9, 28b-36) e fez ver a Pedro, João e Tiago. Permite-nos, Senhor, que um dia venhamos a montar a nossa tenda junto de Ti, de Elias e Moisés!

Jesus Cristo ouvi-nos e atendei-nos!

«Levou-os, só a eles, a um monte elevado»

São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, Doutor da Igreja
Homilia para a festa da Transfiguração; PG 96, 545

Noutros tempos, no monte Sinai, o fumo, a tempestade, a escuridão e o fogo (Ex 19, 16ss.) revelavam a extrema condescendência de Deus, anunciando que Aquele que dava a Lei era inacessível [...] e que o criador Se fazia conhecer pelas suas obras. Mas agora, tudo está cheio de luz e de esplendor. Porque o artífice e o Senhor de todas as coisas veio do seio do Pai. Não abandonou a morada que Lhe pertencia, isto é, o Seu assento no seio do Pai, mas desceu para estar com os escravos. Tomou a condição de servo e tornou-se homem na sua natureza e no seu comportamento (Fil 2, 7), para que Deus, que é incompreensível para os homens, pudesse ser compreendido. Por Si e em Si, Ele mostra o esplendor da natureza divina.

Outrora, Deus tinha estabelecido o homem em união com a Sua própria graça. Quando insuflou o espírito de vida no novo homem formado do barro, quando lhe comunicou o que tinha de melhor, honrou-o com a Sua própria imagem e semelhança (Gn 1, 27). Deu-lhe o Paraíso como morada e fez dele o irmão íntimo dos anjos. Mas, como escurecemos e fizemos desaparecer a imagem divina debaixo da lama dos nossos desejos desregrados, o Misericordioso decidiu-Se a uma segunda comunhão connosco, muito mais segura e extraordinária do que a primeira. Permanecendo na elevação da Sua divindade, aceita também o que está abaixo dela, criando em Si mesmo a natureza humana; mistura o arquétipo com a imagem e, nela, mostra hoje a Sua própria beleza.

O Seu rosto resplandece como o sol porque, na Sua divindade, Ele Se identifica com a luz imaterial; por isso Se tornou o Sol de justiça (Mal 3, 20). Mas as Suas vestes tornam-se brancas como a neve, porque recebem a glória por revestimento e não por união, por relação e não por natureza. E «uma nuvem de luz os cobriu com a sua sombra» tornando sensível o resplendor do Espírito.