Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 12 de novembro de 2016

Audiência Jubilar (resumo)

Locutor: Um aspeto importante da misericórdia é a inclusão, que se manifesta nos nossos braços abertos para acolher, sem excluir nem classificar os outros segundo a sua condição social, língua, raça, cultura, religião. Diante de nós, há apenas uma pessoa concreta que devemos amar como Deus a ama. Deus quer todos incluídos; não exclui ninguém. Como são verdadeiras as palavras de Jesus, quando convida a ir até Ele todas as pessoas que estão cansadas e oprimidas, garantindo-lhes alívio e conforto. Os seus braços abertos na cruz provam que ninguém é excluído do seu amor e da sua misericórdia. A expressão mais palpável de que somos acolhidos e restaurados em Jesus é o seu perdão. Todos precisamos de ser perdoados por Deus; e todos precisamos de encontrar irmãos e irmãs que nos ajudem a chegar até Jesus e receber o perdão que Ele nos mereceu na cruz. Não sejamos de obstáculo a que isso aconteça. O nosso coração é misericordioso? O nosso modo de pensar e agir é inclusivo? É que, através dos nossos olhos, pousa-se o olhar de Jesus sobre cada um dos nossos irmãos. Deixemo-nos envolver neste movimento de inclusão dos outros, para sermos testemunhas da misericórdia com que Deus acolheu e acolhe a cada um de nós. Não excluamos ninguém; antes, pelo contrário, com humildade e simplicidade, façamo-nos instrumentos da misericórdia inclusiva do Pai.
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Santo Padre:
Carissimi pellegrini di lingua portoghese, vi saluto cordialmente tutti, augurandovi di sperimentare in questo pellegrinaggio giubilare la potenza del Vangelo della misericordia che trasforma, che fa entrare nel cuore di Dio, che ci rende capaci di perdonare e guardare il mondo con più bontà. Dio benedica voi e le vostre famiglie.
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Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, desejando-vos que possais experimentar nesta peregrinação jubilar a força do Evangelho da misericórdia que transforma, que faz entrar no coração de Deus, que nos torna capazes de perdoar e olhar o mundo com mais bondade. Que Deus vos abençoe a vós e às vossas famílias.

América, América!

O Papa, como a Igreja católica, não é, nem pode ser, a favor ou contra nenhum candidato presidencial: há-de ser sempre pela paz e pelo bem comum.

Não sou daqueles profetas retroactivos que, depois de verificado um acontecimento que não previram, apressadamente vêm dizer que sempre souberam que as coisas iriam ser como de facto aconteceram e que, só por uma questão de modéstia, o não disseram a ninguém … Aliás, acompanhei a campanha presidencial norte-americana com moderado interesse porque, como aqui escrevi, nenhum dos dois candidatos me entusiasmou. Por isso, fiquei surpreendido, mas também apreensivo, com a eleição de Donald Trump.

Hillary Clinton foi, sem dúvida a grande derrotada. Em Roma, costuma-se dizer que, quem entra papa no conclave, dele sai cardeal. Assim aconteceu com a absolutamente imprevisível eleição de S. João Paulo II, que à partida não era ‘papável’ e que veio a ser um dos maiores papas da actualidade. É verdade que, em relação ao bispo de Roma, há que contar com a especial intervenção do Espírito Santo que, certamente, não interfere na eleição do presidente dos Estados Unidos da América, muito embora todo o poder venha do alto… Neste caso, o provérbio romano cumpriu-se à letra: a ‘candidata oficial’ foi preterida. Hillary Clinton, decerto, não iria trazer nada de novo aos Estados Unidos da América: era, apenas, mais do mesmo e o povo norte-americano quis, indiscutivelmente, apostar na mudança.

O eleitorado estado-unidense não só derrotou a candidata oficial como também infligiu uma pesada derrota ao ‘quarto poder’ que, na sua quase totalidade, tinha apostado, sem pudor, na candidata democrata. Desde o princípio, Donald Trump foi o bobo da festa e o alvo de todas as críticas mediáticas. No caso Watergate, a imprensa alcançou o auge do seu poder, obrigando à demissão de um presidente dos Estados Unidos da América. Mas, com a eleição de Donald Trump, a imprensa ficou reduzida ao que nunca deveria ter deixado de ser: um meio de comunicação e informação. O ‘quarto poder’ não pode ser, em democracia, nenhum poder, porque não goza de legitimidade democrática. Neste sentido, foi positivo que o eleitorado norte-americano reagisse contra o candidato que a imprensa lhe quis impingir e contrariasse a esmagadora maioria das sondagens. A vitória de Trump foi, portanto, uma importante vitória da democracia.

Hillary Clinton era, obviamente, a candidata politicamente correcta. Obama foi eleito em nome das minorias, porque um negro, na Casa Branca, é a prova de que a América superou os seus preconceitos racistas, realizando o sonho de Martin Luther King. Hillary queria ser outro tanto: a primeira mulher a ser eleita presidente da principal superpotência mundial. Mas os americanos não foram na conversa, porque sabem que, muito mais importante do que ser negro ou mulher, o presidente dos Estados Unidos da América tem que ser, mais do que um bom cartaz, uma pessoa capaz. A América não precisa de um ícone, nem de uma bandeira, mas de um presidente à altura da sua imensa responsabilidade nacional e internacional. A derrota de Hillary foi a derrota da política formatada pelos aparelhos partidários e suportada pelos comentadores da imprensa mainstream, para consumo do eleitor.

Clinton apresentou-se também como a candidata dos lóbis e das franjas marginais do eleitorado norte-americano. Por vezes, as maiorias são sequestradas pelas minorias que, por via de um discurso vitimista, tendem a impor as suas opções. As minorias devem ser reconhecidas e todas as pessoas, sem excepção, devem ser respeitadas, pelo menos na medida em que são dignas de consideração. Mas há que fazê-lo sem permitir que o que é minoritário se imponha à maioria. Contra a política das minorias e dos lóbis, o eleitorado americano reagiu, elegendo Trump. Hillary ameaçou limitar a liberdade religiosa, até ao extremo de admitir, à boa maneira das ditaduras, a supressão da objecção de consciência. Por paradoxal que possa parecer, o voto contra Clinton foi também um voto pela liberdade, nomeadamente a religiosa.

É verdade que Donald Trump, quando anunciou o seu propósito de construir um muro na fronteira com o México mereceu, da parte do Papa Francisco, uma dura crítica. Mas esse comentário não pode ser interpretado à margem das não menos severas censuras de Francisco à ideologia de género e ao aborto, que Hillary Clinton promove em tão larga escala. O papa, como a Igreja católica, não é, nem pode ser, a favor ou contra nenhum candidato presidencial: há-de ser sempre pela paz e pelo bem comum.

Mas, com Trump na Casa Branca, não estará mais seriamente ameaçada a paz mundial? A paz não está, decerto, garantida, mas são obviamente exagerados os temores de que o próximo presidente dos Estados Unidos da América provoque uma terceira guerra mundial. Como disparatada foi a atribuição do prémio Nobel da paz a Obama, que nada fez, que se saiba, digno desse galardão, mais político do que humanitário. Nem Obama foi tão pacífico quanto se supunha, nem Trump será tão belicoso como o pintam.

Se a eleição de Donald Trump foi uma surpresa, também o será, certamente, o seu mandato presidencial. O futuro a Deus pertence, sem esquecer que igualmente depende das acções e orações dos homens, de todos os homens. Que Deus ilumine o próximo Presidente dos Estados Unidos. God bless America!

P. Gonçalo Portocarrero de Almada (seleção de imagem 'Spe Deus')

O Evangelho de Domingo dia 13 de novembro de 2016

Dizendo alguns, a respeito do templo, que estava ornado de belas pedras e de ricas ofertas, Jesus disse: «De tudo isto que vedes, virão dias em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada». Então interrogaram-n'O: «Mestre, quando acontecerão estas coisas, e que sinal haverá de que estão para acontecer?». Ele respondeu: «Vede, não vos deixeis enganar; porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Sou eu, está próximo o tempo. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; estas coisas devem suceder primeiro, mas não será logo o fim». Depois disse-lhes: «Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terramotos por várias partes, pestes e fomes; aparecerão coisas espantosas e extraordinários sinais no céu. Mas antes de tudo isto, lançar-vos-ão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e vos levarão à presença dos reis e dos governadores por causa do Meu nome. Isto vos será ocasião de dardes testemunho. Gravai, pois, nos vossos corações o não premeditar como vos haveis de defender, porque Eu vos darei uma linguagem e uma sabedoria à qual não poderão resistir, nem contradizer, todos os vossos inimigos. Sereis entregues por vossos pais, irmãos, parentes e amigos, e farão morrer muitos de vós; e sereis odiados de todos por causa do Meu nome; mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.

Lc 21, 5-19

O Evangelho do dia 12 de novembro de 2016

Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: «Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faz-me justiça contra o meu adversário. Ele, durante muito tempo, não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me». Então o Senhor acrescentou: «Ouvi o que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?».

Lc 18, 1-8