Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 30 de abril de 2016

Papa Francisco na Audiência Jubilar (resumo em português)

Locutor: A reconciliação é um aspecto importante da misericórdia de Deus, que não quer ninguém distante do seu amor. De fato, quando pecamos, pensamos que Deus se afasta de nós, mas, na verdade, somos nós que Lhe “damos as costas”, pois rejeitamos o seu amor, ficamos fechados em nós mesmos, iludidos por uma falsa promessa de mais liberdade e autonomia. Porém, Jesus, o Bom Pastor, não se cansa de vir atrás da ovelha perdida, oferecendo-nos a reconciliação com Deus: ao dar-nos a sua vida, Ele nos reconciliou com o Pai. Este Jubileu da Misericórdia é um tempo de reconciliação para todos. Hoje vivem-no de forma especial as forças de ordem, os militares e os policiais, cuja missão é garantir um ambiente seguro para todos, não só evitando conflitos, mas construindo pontes e semeando a paz. Todos nós somos convidados a experimentar a ternura e a proximidade de nosso Pai celestial, deixando-nos reconciliar e ajudando os outros a se reconciliarem.

Santo Padre:
Cari pellegrini di lingua portoghese, benvenuti! Vi saluto come membri di questa famiglia che è la Chiesa, chiedendovi di rinnovare il vostro impegno, affinché le vostre comunità diventino sempre più luoghi accoglienti, dove si fa esperienza della misericordia e del perdono di Dio. La Madonna protegga ognuno di voi, e il Signore vi benedica tutti!

Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo-vos como membros desta família que é a Igreja, pedindo-vos que renoveis o vosso compromisso para que as vossas comunidades sejam lugares sempre mais acolhedores, onde se faz experiência da misericórdia e do perdão de Deus. Que Nossa Senhora proteja a cada um de vós, e o Senhor vos abençoe a todos!

O Evangelho de Domingo dia 1 de maio de 2016

Jesus respondeu-lhe: «Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra e Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele, e faremos nele a Nossa morada. Quem não Me ama não observa as Minhas palavras. E a palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou. «Disse-vos estas coisas, estando convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos disse. «Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe o vosso coração, nem se assuste. Ouvistes que Eu vos disse: Vou e voltarei a vós. Se vós Me amásseis, certamente vos alegraríeis de Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis.

Jo 14, 23-29

O Evangelho do dia 30 de abril de 2016

«Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a Mim. Se fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos aborrece. Lembrai-vos da palavra que Eu vos disse: Não é o servo maior do que o senhor. Se eles Me perseguiram a Mim, também vos hão-de perseguir a vós; se guardaram a Minha palavra, também hão-de guardar a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do Meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou.

Jo 15, 18-21

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Reflexão no Ano Jubilar da Misericórdia

[i]

Próximos do próximo

A vítima dos ladrões 

Sou um judeu natural de Jerusalém mas, no exercício da minha actividade desloco-me a várias povoações de Israel, nomeadamente Jericó.

O que faço?
Bem… sou um cobrador de impostos, o que chamam depreciativamente: um Publicano.

Não tenho muitos amigos… na verdade… não tenho sequer alguém a quem possa chamar:
AMIGO!

A princípio incomodava-me muito a forma suspeitosa e, até, o desprezo com que me tratam e, tenho de reconhecer, que um cobrador de impostos – sobretudo quando os impostos são cobrados em nome do invasor da nossa Pátria – não pode esperar outra coisa dos seus conterrâneos. Mas… é a minha vida… que hei-de eu fazer!

Acordei hoje manhã, já um pouco tarde, numa estalagem.
Levei algum tempo a lembrar-me de quanto acontecera na véspera.
Como que em cenas pouco nítidas vi-me no caminho de Jericó para Jerusalém com os alforges da minha montada, carregados com o produto da cobrança. Sou assaltado por uns meliantes – três, parece-me – e tentai defender-me como pude, só que eles não me deram tréguas e, talvez por se aperceberem quem eu era, atacaram-me com tal violência que fiquei prostrado no caminho.

Não sei quanto tempo ali fiquei inconsciente e cheio de dores dos golpes sofridos.
Lembro-me vagamente de alguém que se aproximou de mim e me prestou assistência, tratou como pode as minhas numerosas feridas deitando-lhes azeite e vinho.
[1]

Nisto, o estalajadeiro aparece no meu quarto e pergunta-me como me sinto.

Fico a olhar para ele.
Como se percebesse da minha confusão conta-me o que aconteceu, como tinha chegado na noite anterior trazido por um Samaritano – o mesmo que me encontrara prostrado no caminho – que tratara de mim e me instalara na cama.
Tinha partido há pouco mas dissera que voltaria passados dois dias.

Na minha surpresa, perguntei:
‘Mas tens a certeza que era um Samaritano?’

Compreendo a tua surpresa pois, na verdade, também eu fiquei atónito.

Disse-lhe:
‘Eu sou um Publicano e fui roubado e espoliado de quanto trazia, não sei como vou pagar-te a minha estadia.’

‘Não te preocupes com isso – responde-me – o teu “salvador” deixou-me dinheiro para cuidar de ti e até me disse que se o que me deixou não fosse suficiente no seu regresso me pagaria o que faltasse.’

Quando o estalajadeiro saiu do meu quarto não pude deixar de pensar no estranho e insólito e toda a situação. Como era possível? Um Samaritano e um Judeu, ainda por cima, Publicano?

Na minha vida tenho cometido alguns – talvez bastantes – erros. Sobretudo abusos nas cobranças aproveitando-me das circunstâncias para guardar para mim uma boa parte. Isto nunca me incomodou… afinal é o que fazem todos os Publicanos!

Bem sei que há pouco tempo atrás, um colega, nos surpreendera a todos quando resolvera abandonar a profissão que exercia precisamente em Jericó e devolver aos lesados o quádruplo do que se apropriara e, como se não bastasse, oferecera aos pobres metade do que possuía. Aliás circulava uma história sobre um encontro com um tal Jesus da Galileia a quem oferecera um banquete depois do que passou a fazer parte do grupo dos que o seguiam por todo o lado. [2]
Mas, confesso, não dei muita importância ao assunto.

Agora, porém, parece que um incómodo estranho está a revirar-me as entranhas e começo a pensar que logo que possível tenho de encontrar-me com ele para que me conte quanto aconteceu.

Conheço-o bem e, se ele, tomou tais decisões é porque algo muito especial aconteceu e, conhecendo-o como conheço, só posso concluir que terá escolhido uma vida muitíssimo melhor que a que tinha antes.

Estando assim decidido, parece que as dores no meu corpo abrandaram e voltei a adormecer.


[1] Cfr. Lc 10, 33-35
[2]Cfr. Lc 19, 1-10

[i] Lc 10, 25-27

Nota: Este trecho do Evangelho escrito por São Lucas poderia ser o Evangelho “oficial” do Ano Jubilar da Misericórdia.

De facto, aparte a magistral descrição da parábola proferida por Jesus Cristo, a beleza do texto, a economia das palavras, o ritmo da descrição – características deste Evangelista – põem-nos perante um autêntico quadro ou, melhor, perante um filme que se desenrola aos nossos olhos prendendo-nos a atenção e excitando os nossos sentidos.

São Josemaria recomendou: aconselho-te a que, na tua oração, intervenhas nas passagens do Evangelho, como um personagem mais. [i]

É isso mesmo que me proponho fazer.

Sob o Título: “Próximos do próximo (sugerido por um bom amigo) vou tentar personificar alguns dos personagens da parábola e, também, introduzir-me nela como observador directo.

O Evangelho do dia 29 de abril de 2016

«O Meu preceito é este: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos. Vós sois Meus amigos se fizerdes o que vos mando. Não mais vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi, e vos destinei para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes a Meu Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda. Isto vos mando: Amai-vos uns aos outros.

Jo 15, 12-17

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O Evangelho do dia 28 de abril de 2016

Como o Pai Me amou, assim Eu vos amei. Permanecei no Meu amor. Se observardes os Meus preceitos, permanecereis no Meu amor, como Eu observei os preceitos de Meu Pai e permaneço no Seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a Minha alegria esteja em vós e para que a vossa alegria seja completa.

Jo 15, 9-11

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Audiência geral (resumo em português)

Locutor:

Querendo pôr à prova Jesus, um doutor da Lei que lhe pergunta qual é o caminho para a vida eterna, que é amar a Deus e ao próximo. Mas isso não pode se limitar a uma teoria abstrata, como Jesus indica na parábola do Bom Samaritano. A parábola fala de um sacerdote e um levita, duas figuras ligadas ao culto a Deus, que ignoram um homem moribundo, ferido por assaltantes. Com isso, Jesus mostra que conhecer a misericórdia de Deus e louvá-lo no templo não significa automaticamente saber amar ao próximo. Será um samaritano, considerado impuro e pagão, aquele que sente compaixão pelo homem ferido. De fato, a compaixão é uma característica essencial da misericórdia de Deus, que não nos ignora, conhece as nossas tribulações e sabe quando temos necessidade de ajuda e consolação. O samaritano não fica esperando que o próximo apareça. Ele se faz próximo de quem precisa, ensinando que o amor significa querer cuidar do outro, amá-lo como a si mesmo. Assim o bom samaritano é uma figura do próprio Jesus, que se fez nosso servo para nos salvar.

Santo Padre:

Rivolgo un cordiale saluto ai pellegrini di lingua portoghese, in particolare ai fedeli di Zurigo, Brasilia, ai sacerdoti di Serrinha e alle Suore Francescane di San Giuseppe. Cari amici, ricordate che camminiamo insieme, aiutandoci vicendevolmente e, come il Buon Samaritano, dobbiamo fare della nostra vita un dono d’amore alle persone che ci stanno accanto. Dio benedica voi e quanti vi sono cari!

Locutor:
Dirijo uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, particularmente aos fiéis de Zurique, Brasília, aos sacerdotes de Serrinha e às Irmãs Franciscanas de São José. Queridos amigos, recordem que caminhamos juntos, ajudando-nos uns aos outros e, como o Bom Samaritano, devemos fazer da nossa vida um dom de amor para as pessoas que nos rodeiam. Que Deus vos abençoe a vós e a vossos entes queridos!

O Evangelho do dia 27 de abril de 2016

«Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que não dá fruto em Mim, Ele o cortará; e todo o que der fruto, podá-lo-á, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos em virtude da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode por si mesmo dar fruto se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Aquele que permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em Mim, será lançado fora como o ramo, e secará; depois recolhê-lo-ão, lançá-lo-ão no fogo e arderá. Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e ser-vos-á concedido. Nisto é glorificado Meu Pai: Em que vós deis muito fruto e sejais Meus discípulos.

Jo 15, 1-8

terça-feira, 26 de abril de 2016

O Evangelho do dia 26 de abril de 2016

«Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe o vosso coração, nem se assuste. Ouvistes que Eu vos disse: Vou e voltarei a vós. Se vós Me amásseis, certamente vos alegraríeis de Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis. Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo. Ele não pode nada contra Mim, mas é preciso que o mundo conheça que amo o Pai e que faço como Ele Me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.

Jo 14, 27-31

segunda-feira, 25 de abril de 2016

O Evangelho do dia 25 de abril de 2016

E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for baptizado, será salvo; mas quem não crer, será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que crerem: Expulsarão os demónios em Meu nome, falarão novas línguas, pegarão em serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os doentes, e serão curados». O Senhor, depois de assim lhes ter falado, elevou-Se ao céu e foi sentar-Se à direita do Pai. Eles, tendo partido, pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os milagres que a acompanhavam.

Mc 16, 15-20

domingo, 24 de abril de 2016

Bom Domingo do Senhor!

Conforme o Senhor nos fala o Evangelho de hoje (Jo 13,31-33.34-35), tudo façamos por amor ao próximo e a Ele, mas nunca por vaidade, para que nos vejam como Seus discípulos amando o próximo como fomos por Ele amados.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor hoje e sempre!

«Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.»

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Um caminho simples

Digo sempre que o amor começa em casa. Primeiro está a família, depois a cidade. É fácil fingir amar as pessoas que estão longe; mas é muito menos fácil amar aqueles que vivem connosco ou que estão muito perto de nós. Desconfio dos grandes projetos impessoais, porque o importante são as pessoas. Para se amar alguém, é preciso estar perto dessa pessoa. Toda a gente precisa de amor. Todos nós precisamos de saber que temos importância para os outros e que temos um valor inestimável aos olhos de Deus.

Cristo disse: «Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei». E disse também: «Aquilo que fizerdes ao mais pequeno dos Meus irmãos, a Mim o fazeis» (Mt 25, 40). É a Ele que amamos em cada pobre, e todos os seres humanos são pobres de alguma coisa. Disse Ele: «Tive fome e destes-Me de comer, estava nu e vestistes-Me» (Mt 25, 35). Recordo sempre às minhas irmãs e aos nossos irmãos que o nosso dia consiste em passar vinte e quatro horas com Jesus.

sábado, 23 de abril de 2016

O Evangelho de Domingo dia 24 de abril de 2014

Depois que ele saiu, Jesus disse: «Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado n'Ele. Se Deus foi glorificado n'Ele, também Deus O glorificará em Si mesmo; e glorificá-l'O-á sem demora. Filhinhos, já pouco tempo estou convosco. Buscar-Me-eis, mas, assim como disse aos judeus: Para onde Eu vou, vós não podeis vir, também vos digo agora. «Dou-vos um mandamento novo: Que vos ameis uns aos outros. Assim como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros».

Jo 13,31-33a.34-35

O Evangelho do dia 23 de abril de 2016

Se Me conhecêsseis, também certamente conheceríeis Meu Pai; mas desde agora O conheceis e já O vistes». Filipe disse-Lhe: «Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta». Jesus disse-lhe: «Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não Me conheces, Filipe? Quem Me viu, viu também o Pai. Como dizes, pois: Mostra-nos o Pai? Não acreditais que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim mesmo. O Pai, que está em Mim, Esse é que faz as obras. Crede em Mim: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Crede-o ao menos por causa das mesmas obras. «Em verdade, em verdade vos digo, que aquele que crê em Mim fará também as obras que Eu faço. Fará outras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. Tudo o que pedirdes em Meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se Me pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu a farei. 

Jo 14, 7-14

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ano Jubilar da misericórdia - Reflexão

Amizade

A misericórdia, entre muitas outras, encerra necessidades pessoais como por exemplo a amizade.

Ser amigo, ter amigos é fundamental para a nossa vida corrente.

Ter alguém com quem partilhar o que não devemos guardar só para nós e que, por sua vez, partilhe connosco as suas tristezas, alegrias, expectativas, projectos, esperanças.

O resultado é que nos enriquecemos mutuamente com as experiências e conclusões que fomos vivendo e a que chegámos. [1]

[1] (ama, Reflexão, Ano Jubilar da Misericórdia, 2016.01.31)

Ninguém dá o que não tem

Convence-te: o teu apostolado consiste em difundir bondade, luz, entusiasmo, generosidade, espírito de sacrifício, constância no trabalho, profundidade no estudo, amplitude na entrega, actualização, obediência absoluta e alegre à Igreja, caridade perfeita... Mas ninguém dá o que não tem. (Sulco, 927)

Não o esqueças: convencemos tanto melhor quanto mais convencidos estivermos. (Sulco, 929)

"Não se acende a luz para a pormos debaixo de um alqueire, mas sobre um candeeiro, a fim de que ilumine todos os da casa; assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de maneira que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus".

E, no final da sua passagem pela Terra, ordena: "euntes docete", ide e ensinai. Quer que a sua luz brilhe na conduta e nas palavras dos seus discípulos. Nas tuas também. (Sulco, 930)

Que essa ideia do catolicismo é velha e, portanto, inaceitável?... Mais antigo é o Sol, e não perdeu a sua luz; mais arcaica é a água, e ainda tira a sede e refresca! (Sulco, 937)

Alguns não sabem nada de Deus..., porque não lhes falaram d'Ele em termos compreensíveis. (Sulco, 941)

Acredita em mim: normalmente, o apostolado, a catequese, tem de ser capilar: um a um. Cada crente com o seu companheiro mais próximo.

A nós, filhos de Deus, interessam-nos todas as almas, porque nos interessa cada uma delas. (Sulco, 943)

São Josemaría Escrivá

O Evangelho do dia 22 de abril de 2016

«Não se perturbe o vosso coração. Acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar um lugar para vós. Depois que Eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo, para que, onde estou, estejais vós também. E vós conheceis o caminho para ir onde Eu vou». Tomé disse-Lhe: «Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?». Jesus disse-lhe: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por Mim.

Jo 14, 1-6

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Sereno no meio das preocupações

Se, por teres o olhar fixo em Deus, souberes manter-te sereno no meio das preocupações; se aprenderes a esquecer as ninharias, os rancores e as invejas; pouparás muitas energias, que te fazem falta para trabalhar com eficácia, em serviço dos homens. (Sulco, 856)

Luta contra as asperezas do teu carácter, contra os teus egoísmos, contra o teu comodismo, contra as tuas antipatias... Além de que temos de ser corredentores, o prémio que receberás (pensa bem nisso!) estará em relação directíssima com a sementeira que tiveres feito. (Sulco, 863)

Tarefa do cristão: afogar o mal em abundância de bem. Nada de fazer campanhas negativas, nem de ser anti-nada. Pelo contrário: viver de afirmação, cheios de optimismo, com juventude, alegria e paz; olhar para todos com compreensão: os que seguem Cristo e os que O abandonam ou não O conhecem.

Compreensão, porém, não significa abstencionismo, nem indiferença, mas actividade. (Sulco, 864)

Paradoxo: desde que me decidi a seguir o conselho do salmo – "Lança sobre o Senhor as tuas preocupações, e Ele te sustentará", cada dia tenho menos preocupações na cabeça... E ao mesmo tempo, com o devido trabalho, resolve-se tudo com mais clareza! (Sulco, 873)

São Josemaría Escrivá

O Evangelho do dia 21 de abril de 2016

Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Já que compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes. «Não falo de todos vós; sei os que escolhi; porém, é necessário que se cumpra o que diz a Escritura: “O que come o pão comigo levantará o seu calcanhar contra mim”. Desde agora vo-lo digo, antes que suceda, para que, quando suceder, acrediteis que “Eu sou”. Em verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou».

Jo 13, 16-20

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Tu podes chamar-te filho de Deus

Dá muitas graças a Jesus, porque por Ele, com Ele e n'Ele, tu podes chamar-te filho de Deus. (Forja, 265)

Se nos sentimos filhos predilectos do nosso Pai dos Céus – é o que somos! –, como é que não estamos sempre alegres? Pensa bem nisto. (Forja, 266)

Que bonita é a nossa vocação de cristãos – de filhos de Deus! –, que nos dá na terra a alegria e a paz que o mundo não pode dar! (Forja, 269)

Ut in gratiarum semper actione maneamus! Meu Deus, obrigado, obrigado por tudo: pelo que me contraria, pelo que não entendo, pelo que me faz sofrer.

Os golpes são necessários, para arrancar o que sobra do grande bloco de mármore. Assim esculpe Deus nas almas a imagem do Seu Filho. Agradece ao Senhor essas delicadezas! (Via Sacra, Estação VI, n. 4)

Quando os cristãos passam maus bocados, é porque não dão a esta vida todo o seu sentido divino.

Onde a mão sente a picadela dos espinhos, os olhos descobrem um ramo de rosas esplêndidas, cheias de aroma. (Via Sacra, Estação VI, n. 5)

São Josemaría Escrivá

Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: A palavra de Deus ensina-nos a distinguir entre o pecado e o pecador: com o pecado, não devemos descer a compromissos, ao passo que os pecadores – isto é, nós todos – são como doentes que necessitam de ser curados e, para isso, o médico precisa de se encontrar com eles, visitá-los, tocá-los. É claro que o doente, para ser curado, tem de reconhecer que tem necessidade do médico. Ouvimos narrar o caso daquela mulher pecadora que veio chorar seus pecados aos pés de Jesus, quando Ele Se encontrava à mesa em casa de um fariseu chamado Simão. Este, embora tenha convidado Jesus, não se quer comprometer nem arriscar a reputação com o Mestre, enquanto a mulher se confia plenamente a Jesus com amor e veneração. Pois bem! Entre o comportamento do fariseu e o da pecadora, o Senhor toma partido por esta. Livre de preconceitos que impeçam a misericórdia de se expressar, o Mestre deixa-a fazer o que lhe dita o coração: Ele, o Santo de Deus, deixa-Se tocar por ela, sem medo de ficar contaminado. Mais ainda, dirigindo-Se à mulher, diz-lhe: «Os teus pecados estão perdoados». E assim põe termo àquela condição de isolamento a que pecadora fora condenada pelos juízos impiedosos de Simão e seus correligionários fariseus. Agora a mulher pode ir «em paz». O Senhor viu a sinceridade da sua fé e da sua conversão. Por isso, acrescenta diante de todos: «A tua fé te salvou». Ressalta à vista de todos a conversão da pecadora, demonstrando que, em Jesus, habita a força da misericórdia de Deus, capaz de transformar os corações.

Santo Padre:
Di cuore saluto i pellegrini brasiliani della Comunità Obra de Maria e tutti i presenti di lingua portoghese. Benvenuti! Nulla vi impedisca di vivere e crescere nell’amicizia del Signore Gesù, e testimoniare a tutti la sua grande bontà e misericordia! Scenda generosamente la sua Benedizione su di voi e sulle vostre famiglie.

Locutor: De coração, saúdo os peregrinos brasileiros da Comunidade Obra de Maria e todos os presentes de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade do Senhor Jesus, e testemunhar a todos a sua grande bondade e misericórdia! Desça generosamente a sua Bênção sobre vós e vossas famílias.

O Evangelho do dia 20 de abril de 2016

Jesus levantou a voz e disse: «Quem acredita em Mim, não é em Mim que acredita, mas n'Aquele que Me enviou. Quem Me vê a Mim, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como uma luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as Minhas palavras e não as guardar, Eu não o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem Me despreza e não recebe as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que anunciei, essa o julgará no último dia. Com efeito, Eu não falei por Mim mesmo, mas o Pai que Me enviou, Ele mesmo Me prescreveu o que Eu devia dizer e ensinar. Eu sei que o Seu mandamento é a vida eterna. As coisas, pois, que digo, digo-as como Meu Pai Me disse».

Jo 12, 44-50

terça-feira, 19 de abril de 2016

O Evangelho do dia 19 de abril de 2016

Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era Inverno. Jesus andava a passear no templo, no pórtico de Salomão. Rodearam-n'O os judeus e disseram-Lhe: «Até quando nos manterás em suspenso? Se és o Messias, di-no-lo claramente». Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, e vós não Me credes. As obras que faço em nome de Meu Pai, essas dão testemunho de Mim; porém vós não credes, porque não sois das Minhas ovelhas. As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e Eu conheço-as, e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna; elas jamais hão-de perecer, e ninguém as arrebatará da Minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior que todas as coisas; e ninguém pode arrebatá-las da mão de Meu Pai. Eu e o Pai somos um». 


Jo 10, 22-30

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O Evangelho do dia 18 de abril de 2016

«Em verdade, em verdade vos digo que quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é pastor das ovelhas. A este o porteiro abre e as ovelhas ouvem a sua voz, ele as chama pelo seu nome e as tira para fora. Quando as tirou para fora, vai à frente delas e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Mas não seguem o estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus disse-lhes esta alegoria, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por Mim, será salvo, entrará e sairá e encontrará pastagens. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que elas tenham vida e a tenham abundantemente.

Jo 10, 1-10

domingo, 17 de abril de 2016

Bom Domingo do Senhor!

Ambicionemos também nós a sermos ovelhas do Senhor, seguindo-O e assim sermos reconhecidos como nos narra o Evangelho de hoje (Jo 10, 27-30), pois ao fazê-lo estaremos totalmente seguros que Ele e o Pai nos guardarão e protegerão nas Suas bondosas mãos.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…

«Eu sou o Bom Pastor» (Jo 10, 11)

Basílio da Selêucida (?-c. 468), bispo
Homilia 26 sobre o Bom Pastor; PG 85, 299-308 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 218)

Abel, o primeiro pastor, conquistou a admiração do Senhor, que de bom grado acolheu o sacrifício dele e preferiu o doador ao dom (Gn 4, 4). A Escritura também louva Jacob, pastor dos rebanhos de Labão, fazendo notar o que sofreu pelas suas ovelhas: «Fui devorado pelo calor durante o dia e pelo frio durante a noite» (Gn 31, 40); e Deus recompensou este homem pelo seu labor. Também Moisés foi pastor nas montanhas de Madian, preferindo ser maltratado com o povo de Deus a conhecer a felicidade [no palácio do faraó]; e Deus, apreciando esta escolha, deixou-Se ver por ele como recompensa (Ex 3, 2). Após esta visão, Moisés não abandonou o seu ofício de pastor, antes dominou aos elementos com o seu báculo (Ex 14, 16), conduzindo o povo de Israel para as pastagens. Também David foi pastor, mas o seu bastão foi trocado por um ceptro real e recebeu a coroa. Não te espante que todos estes bons pastores estejam perto de Deus. O próprio Senhor não cora por ser chamado «pastor» (Sl 22; 79), Deus não cora de conduzir os homens para as pastagens, como não cora por tê-los criado.

Olhemos agora para o nosso pastor, para Cristo; contemplemos o Seu amor pelos homens, a suavidade com que os conduz às pastagens. Ele alegra-Se com as ovelhas que O rodeiam e vai à procura daquelas que se perdem. Nem montes nem florestas são para Ele obstáculo: corre pelo vale da sombra (Sl 22, 4) para chegar ao local onde se encontra a ovelha perdida. [...] Vai aos infernos libertar os que ali se encontram; é assim que Ele procura o amor das Suas ovelhas. Aquele que ama a Cristo é aquele que sabe ouvir a Sua voz.

sábado, 16 de abril de 2016

Ano Jubilar da misericórdia - Reflexão

Família
Temos uma família onde gostam de nós sem condições, isto é, não temos de fazer nada para conquistar essa amizade que é incondicional.

Então, lembremos os que não têm família ou que por este ou aquele motivo andam de "candeias às avessas", sendo que, a maior parte das vezes, por motivos de escassa ou nenhuma importância, ou, então, e o que é muito pior, nem sequer se falam ou querem saber uns dos outros.

Rezemos por todas essas famílias onde não há nem paz, amor ou união.

E, como acreditamos decididamente que a família bem estruturada é a base e fundamento de uma sociedade que se quer perfeita, peçamos que o Chefe da Família de Nazaré abençoe e guie as famílias.

Há evidentemente muitos problemas que de uma forma ou outra nos preocupam e, até, condicionam as nossas vidas.
Muitos desses problemas e preocupações têm a sua origem nos que neste ou naquele lugar ou circunstância, podem com os seus actos, leis que promovem, práticas que seguem, influenciar de forma sensível a sociedade.

Pois rezemos também por todos esses que detêm um poder ou uma prerrogativa de mando ou, de algum modo, influenciar a vida social.
Sobretudo peçamos ao Senhor que sejam honestos no seu proceder não propondo nem de alguma forma influenciando comportamentos, regras ou leis por motivos meramente pessoais ou de defesa de ideias políticas que não têm em vista o bem comum.

Sim... rezar pelos outros pode ser - é seguramente - uma excelente obra de misericórdia.

Assim, o Ano Jubilar da Misericórdia poderá converter-se num "ano de oração" cujos frutos e consequências não pudermos sequer imaginar. [1]



[1]
(ama, Reflexão, Ano Jubilar da
Misericórdia, 2016.01.31)

Oração do Santo Padre em memória das vitimas da migração

Deus de misericórdia,
pedimo-Vos por todos os homens, mulheres e crianças,
que morreram depois de ter deixado as suas terras
à procura duma vida melhor.
Embora muitos dos seus túmulos não tenham nome,
cada um é conhecido, amado e querido por Vós.
Que nunca sejam esquecidos por nós, mas possamos honrar
o seu sacrifício mais com as obras do que com as palavras.
Confiamo-Vos todos aqueles que realizaram esta viagem,
suportando medos, incertezas e humilhações,
para chegar a um lugar seguro e esperançoso.
Como Vós não abandonastes o vosso Filho
quando foi levado para um lugar seguro por Maria e José,
assim agora mantende-Vos perto destes vossos filhos e filhas
através da nossa ternura e proteção.
Fazei que, cuidando deles, possamos promover um mundo
onde ninguém seja forçado a deixar a sua casa
e onde todos possam viver em liberdade, dignidade e paz.
Deus de misericórdia e Pai de todos,
acordai-nos do sono da indiferença,
abri os nossos olhos às suas tribulações
e libertai-nos da insensibilidade,
fruto do bem-estar mundano e do confinamento em nós mesmos.
Dai inspiração a todos nós, nações, comunidades e indivíduos,
para reconhecer que, quantos atingem as nossas costas,
são nossos irmãos e irmãs.
Ajudai-nos a partilhar com eles as bênçãos
que recebemos das vossas mãos
e a reconhecer que juntos, como uma única família humana,
somos todos migrantes, viajantes de esperança rumo a Vós,
que sois a nossa verdadeira casa,
onde todas as lágrimas serão enxugadas,
onde estaremos na paz, seguros no vosso abraço.