Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

D. Athanasius Schneider em Lisboa – 21 & 22 de novembro


PERANTE O ÓDIO APENAS O AMOR VENCERÁ!

Ao vermos e ouvirmos as notícias sobre os atentados em Paris, na Nigéria, no Quénia, pelo mundo fora, baseados, segundo os seus autores, numa qualquer missão dada por um deus que não existe, os nossos sentimentos humanos, cristãos, católicos, são colocados à prova, ou seja, se cedemos ao mais fácil que é a raiva, o rancor, que leva rapidamente ao ódio e à vingança, não ficaremos muito diferentes do que aqueles que os perpetraram.
Afirmo que é uma “missão dada por um deus que não existe”, porque o Deus Criador que dá tal total liberdade à criatura, só pode ser um Deus de infinito amor e como tal, um Deus que apenas ama, que é vida e não pode odiar, pelo que, nunca pedirá àqueles que O seguem missões de ódio e de morte.

Mas perante o horror, perante a barbárie, os nossos sentimentos “baralham-se” e damos connosco a desejar que tal gente sofra na pele aquilo que fez sofrer aos outros, desejamos secreta ou mais abertamente uma forte retaliação, que os coloque perante o sofrimento, e também e assim, julgamos nós, os faça mudar de vida.

Mas este mudar de vida, para quem vive no ódio e para o ódio, só pode acontecer se encontrarem o Amor, amor com maiúscula, sim, ou seja o próprio Deus, e não um qualquer ser demoníaco que eles seguem como se fosse Deus.

E como se levam as pessoas ao amor?
Só se pode levar alguém ao amor, com amor! Não há outra forma!

E sim, é verdade, o amor exige muitas vezes ou sempre, o ensinar, o corrigir, até o castigar para ensinar e corrigir, mas tudo na proporção certa, ou seja, que não transforme a “correcção fraterna”, numa atitude que possa ser confundida com raiva, com ressentimento e até com vingança.

Obviamente, e infelizmente, julgo que neste caso específico dos terroristas ditos islâmicos, (por favor não lhes chamemos estado islâmico porque é dar-lhes o que eles não têm), terão que acontecer intervenções armadas com o fim de os conter, sobretudo para proteger os inocentes, sejam eles quais forem, cristãos, muçulmanos, ateus, enfim pessoas como nós.

Mas tenho para mim que essas acções militares de nada valerão, se não houver da nossa parte uma entrega profunda e intensa à oração, intercedendo continuamente por esta gente que anda perdida no ódio e na morte.
Só Deus no e com o seu amor, pode mudar estes corações, e a nós compete-nos como missão, interceder por eles em oração, dar testemunho do Amor, não odiando, e sendo “mansos e humildes de coração” como é Nosso Senhor.

«Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.» Mt 5, 48

E, claro, a mesma intercessão de oração e testemunho de amor, pelas vitimas, para que Deus as console na sua dor e para que retire do seu coração sentimentos de rancor e ressentimento, ou desejos de vingança, que apenas lhes provocarão ainda mais dor.

Difícil, muito difícil, mas não impossível pela graça de Deus!

Marinha Grande, 16 de Novembro de 2015

Joaquim Mexia Alves

A saudade do meu Pai Jorge

Faz hoje três anos que partiste e como sempre foste um excelente ser humano ajudando o próximo, estou convicto que o Senhor na sua infinita bondade Te acolherá no Seu Reino. Deixaste rastro nos filhos, netos e bisnetos e serás sempre uma referência para todos nós.

Agradeço-te tudo o que fizeste pela família, em termos meramente pessoais fica-me a bênção que me concedeste nas vésperas da tua partida e o facto de teres aceite e guardado em lugar bem visível o pequeno crucifixo que te ofereci na ocasião.

Pai Jorge tudo farei para voltar a unir a família que entretanto se separou, com a tua memória bem viva e agradeço a Deus Nosso Senhor pelo privilégio de ter sido um dos teus cinco filhos. A pacificação entre todos os membros da família será tarefa árdua provavelmente muito morosa, mas sabes estou muito tranquilo pois o Espírito Santo colocará na minha boca as palavras mais adequadas e nas minhas ações a busca de imitar a Jesus Cristo e imitado-O sei que estarei na boa estrada.

Deixo-te um último pedido, olha por nós que te amámos e amamos independentemente das posições entretanto assumidas.

Paulo

A luz que me leva pela mão

São Simeão o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego, santo das Igrejas Ortodoxas
Hino 18; SC 174

Nós conhecemos o amor que Tu nos deste, um amor sem limite, inexprimível, que nada pode conter; ele é luz, luz inacessível, luz que age em tudo. [...] Na verdade, o que não faz essa luz e o que não é? Ela é encanto e alegria, doçura e paz, misericórdia sem fim, abismo de compaixão. Quando a possuo, não dou por ela; só a vejo quando ela parte; precipito-me para a agarrar e ela desaparece. Não sei que fazer e esgoto as minhas forças. Aprendo a pedir e a procurar com lágrimas e com grande humildade, e a não considerar possível o que ultrapassa a natureza, nem como resultado do meu poder ou do esforço humano o que vem da compaixão de Deus e da Sua infinita misericórdia. [...]

Essa luz leva-nos pela mão, fortifica-nos, ensina-nos, mostra-se e depois foge quando temos necessidade dela. Não é quando nós a queremos — isso pertence aos perfeitos —, mas é quando estamos em trabalhos e completamente exaustos que ela vem em nosso socorro. Ela aparece de longe e consigo senti-la no meu coração. Grito até ficar estrangulado de tanto querer agarrá-la, mas tudo é noite e as minhas pobres mãos estão vazias. Esqueço tudo, sento-me e choro, desesperando de a tornar a ver assim mais uma vez. Quando já chorei muito e consinto em parar, então, vindo misteriosamente, ela toma a minha cabeça e eu desfaço-me em lágrimas sem saber quem está aqui a iluminar o meu espírito com uma luz tão doce.

O Evangelho do dia 16 de novembro de 2015

Sucedeu que, aproximando-se eles de Jericó, estava sentado à beira da estrada um cego a pedir esmola. Ouvindo a multidão que passava, perguntou que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele clamou: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!». Os que iam adiante repreendiam-no para que se calasse. Porém, ele, cada vez gritava mais: «Filho de David, tem piedade de mim!». Jesus, parando, mandou que Lho trouxessem. Quando ele chegou, interrogou-o: «Que queres que te faça?». Ele respondeu: «Senhor, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vê; a tua fé te salvou». Imediatamente, recuperou a vista, e foi-O seguindo, glorificando a Deus. Todo o povo, vendo isto, deu louvores a Deus.

Lc 18, 35-43