Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 6 de setembro de 2015

Bom Domingo do Senhor!

Peçamos ao Senhor que ele nos diga «Effathá» como fez ao surdo de que nos fala o Evangelho de hoje (Mc 7, 31-37) para que se abram as portas do nosso coração e discernimento à Voz e Palavra que nos alimenta a alma e o espírito.

Louvado sejais Senhor, pois de Ti só vêm palavras de amor e justiça!

Solidariedade

- A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.
- O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá.
- Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.
- O que eu faço é simples: ponho pão nas mesas e compartilho-o.
- Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.

(Beata Madre Teresa de Calcutá)

«Como é lógico, e assim o entendeu sempre a Igreja, a caridade com o próximo não pode limitar-se ao âmbito puramente material. Na realidade, há muitos pobres, não de meios económicos, mas de afecto, de amor; vivem numa triste solidão ou rodeados pelo frio da indiferença. Deste ponto de vista entende-se bem o que S. Josemaría ensinou constantemente: mais do que em «dar», a caridade está em «compreender [*]. Esta máxima espiritual tem numerosas aplicações na existência comum e será sempre de grande actualidade.»

[*] Caminho 463

(Carta do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría – Março de 2008)

EFFATHÁ! ABRE-TE!

Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.
Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»

Aquele homem era surdo e tinha graves dificuldades de fala.
Era por isso um homem que não conseguia comunicar e, não comunicando, não conseguiria relacionar-se com os outros.
Era então sem dúvida, por causa disso, um homem que vivia fechado no seu mundo, fechado em si próprio.
Jesus ao curá-lo da surdez e da gaguez abriu-lhe um mundo novo, um mundo em que a relação com os outros lhe dava uma nova dimensão da vida, uma vida mais completa, uma «vida em abundância.»
  
Quantos de nós não somos também de alguma forma “surdos” e “mudos” para Deus e para os outros?
Quantos de nós não vivemos apenas para os nossos interesses, os nossos prazeres, os nossos bens, e por isso mesmo nos tornamos fechados, tristes, muitas vezes desesperados, porque quando nos faltam as coisas para que vivemos, nada mais temos a que nos agarrar.
Se não nos relacionamos com os outros, se não os amamos, (como Jesus nos ensina), como queremos nós que os outros nos ajudem, nos amem, se nem sequer nos damos a conhecer?
  
É por isso que Jesus nos diz permanentemente: Effathá! Abre-te!
  
Abre-te a Deus, abre-te ao amor, porque abrindo-te a Deus e ao amor, abres-te aos outros também!
E abrindo-te a Deus, ao amor e aos outros abres-te à vida, à vida dom de Deus, que é a única que leva à vida eterna.
  
Por isso repitamos constantemente para nós próprios e para os outros: Effathá! Abre-te!
  
Nota:
Texto suscitado por uma homilia do Padre Patrício Oliveira, Vigário Paroquial da Marinha Grande.
Joaquim Mexia Alves

«Soltou-se a prisão da língua e falava correctamente»

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do séc. II), n.º 12 

De palavras de verdade me cumulou o Senhor, 
Para que pudesse anunciá-la, 
E da minha boca a verdade 
Flui como um rio. 
Os meus lábios mostram os seus frutos: 
O Senhor fez-me transbordar de conhecimento. 

Porque a boca do Senhor 
Pronuncia o Verbo verdadeiro, 
Ela é a porta da Sua luz. 
O Altíssimo enviou ao mundo a Sua Palavra 
E os que cantam a Sua beleza; 
Os arautos da Sua majestade 
E os mensageiros dos Seus desígnios; 
Os evangelistas da Sua mente 
E os apóstolos das Suas obras. 

A subtileza do Verbo 
Desafia qualquer descrição. [...] 
O Seu curso não tem fim, 
Mantém-Se sempre de pé e nunca cai por terra; 
Ninguém Lhe conhece a descida nem o caminho. [...] 
Ele é a luz e a aurora do pensamento, 
E n'Ele começa o mundo a exprimir-se. 
Todos os que se calavam encontraram n'Ele a Palavra 
Porque d'Ele provêm o amor e a razão de ser. 

Inspirados pelo Verbo, 
Todos os seres criados podem dizer quem são. 
Todos reconheceram o Criador 
E n'Ele encontraram a sua harmonia, 
Porque lhes falou a boca do Altíssimo. 

Assim permanece o Verbo no homem, 
A Sua verdade é o amor. 
Feliz daquele a quem permite 
Transpor todos os mistérios 
E conhecer o Senhor na Sua verdade. Aleluia!