Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Recomeço sem desvarios

1. Verão sem calor

Muita gente gosta do habitual calor de verão, porque se refresca nas águas do mar e dos rios, não tendo de sofrer o suor das ruas do interior, nas ocupações e trabalhos do dia a dia. Pois este ano aconteceu o contrário. Muita gente não aguentou o vento frio e regressou a casa antes do termo das férias. As nossas aldeias puderam celebrar as suas festas com maior participação das suas gentes.

Os políticos e comentadores deram-nos algum descanso mental e as televisões andaram de terra em terra, em múltiplos festivais e concursos, dando quase a impressão que a crise e os problemas tinham chegado ao fim. Mas isso foi só aparência. Pois, na verdade, a confusão e o descalabro do nosso sistema económico e financeiro continuam a surpreender políticos e analistas, como se verificou com o recente colapso do grupo Espírito Santo, que levou à criação de um novo banco, apelidado de bom, à custa de uma injeção enorme de dinheiros emprestados, e de um banco mau, que ficou com os créditos mal parados e os negócios fraudulentos e obscuros. Nem os mais entendidos sabem onde tudo isto vai parar. Oxalá os políticos de boa fé não tentem tapar a mente dos portugueses à caça dos votos nas próximas eleições.

Apesar da fuga de capitais, da impunidade aparente dos envolvidos nas trapalhadas económicas e financeiras, ainda há quem parece não ser afetado pela crise. O futebol continua a investir ou gastar milhões em negócios de jogadores e os dérbis enchem as bancadas dos grandes estádios. Outrora como hoje, o futebol parece fazer esquecer os reais problemas do país e das famílias.

No mês de agosto as nossas aldeias encheram-se de festa e de pessoas de todas as idades, enquanto nos restantes meses do ano ficam quase desertas, sem a alegria das crianças e dos jovens, pois muitos casais novos e jovens emigraram para países com economias mais florescentes e carentes de mão de obra. Na peregrinação a Fátima dos dias 12 e 13 de agosto, muito frequentada por emigrantes, o presidente da celebração, D. António Francisco, bispo do Porto, dizia que a falta de trabalho desumaniza e coloca em perigo o futuro de um país. Por isso afirmava que Portugal não pode esquecer que sem os emigrantes de ontem não era o país que hoje é e sem os emigrantes de hoje não consegue vencer a crise que tem vivido.

2. Recomeçar unidade e com visão de futuro

No mês de setembro tudo tem de recomeçar, para não hipotecar o futuro do país e das instituições. Temos todos de arregaçar as mangas, coração em Deus e mãos ao trabalho, como se expressava Mons. Alves Brás, fundador das Cooperadoras da Família, que desde 1966 trabalham na Casa episcopal.

Também na Igreja, de acordo com a sua missão, isso deve acontecer. Mas qual é essa missão, quem e como se realiza? Todos os anos, depois das férias escolares e das empresas, recomeçamos o exercício da nossa missão. Não apenas clero, mas todos os batizados que querem viver de acordo com a sua dignidade. Esta desenvolve-se quando procuramos partilhar o que somos com outras pessoas. Mas fazemo-lo de acordo com algum plano definido e proposto pelos responsáveis de cada diocese e comunidade. Não somos macacos de imitação ou papagaios. Temos as nossas convicções profundas, a nossa fé, proveniente do amor que o Espírito de Deus derramou nos nossos corações. De acordo com isso, tendo em conta os sinais dos tempos e as necessidades daqueles com quem vivemos, traçamos os nossos planos e definimos os programas, devidamente calendarizados, para, ao longo do ano, sabermos em que pontos devemos insistir.

A diocese de Beja, a realizar um sínodo, quer envolver todos os batizados na responsabilidade missionária. Neste novo ano pastoral queremos reavivar a nossa adesão a Jesus Cristo e reanimar as nossas relações interpessoais e intercomunitárias. Por isso insistiremos no conhecimento de Jesus Cristo e da sua mensagem e aprofundaremos o percurso da iniciação cristã dos batizados.

Um passo deste caminho de renovação é a criação da unidade pastoral de três paróquias da cidade de Beja: Santiago, Santa Maria e S. João Batista, com três párocos, sendo um deles o moderador da equipa, para que a Igreja seja de facto mistério de comunhão e participação, sinal da unidade para que toda a humanidade é chamada a caminhar.

Como isso se fará, está a ser refletido por várias pessoas, que farão uma apresentação das conclusões a que chegaram no encontro do clero, a 22 de setembro e no Dia Diocesano, a 27 do mesmo mês. Desde já agradecemos sugestões, para que o nosso caminho como igreja diocesana seja cada vez mais sinodal: coeso e fruto da colaboração de todos.

Bom recomeço do ano em todas as dimensões da nossa vida pessoal, social e religiosa.

† António Vitalino, Bispo de Beja

(Fonte: Página no Facebook da Paróquia de Pias - Serpa)

Frutos de rezar com uma fé sólida e constante

Escrevo depois da viagem à Republica Dominicana, a Trinidad e Tobago e à Colômbia, antes de ir para Torreciudad para a ordenação sacerdotal de três dos meus filhos, Agregados da Prelatura, e para a Jornada Mariana da Família. Antes de mais, quero partilhar convosco a minha alegria e gratidão ao Senhor pelos frutos espirituais abundantes que pude ver nesta viagem: aprendi muito e lembrei-me diariamente de vós. Ao contemplar o trabalho apostólico naqueles países, pensava que era fruto do esconder-se e desaparecer de S. Josemaria, desde o início, e do rezar, com uma fé sólida e constante, por aqueles e aquelas que viríamos depois. Nota-se como Deus, por intercessão da Santíssima Virgem e do nosso Padre, impulsionava – também agora – a expansão da Obra.

Recorramos mais a Santa Maria neste tempo do ano mariano que ainda temos à nossa frente. Intensifiquemos a oração durante este mês, pelo Encontro Mundial das Famílias que se vai celebrar em Filadélfia, com a assistência do Papa, e também pelas cerimónias de Torreciudad, no dia 5. Convido-vos a recorrer de modo especial à intercessão do queridíssimo D. Álvaro: no dia 15, festa de Nossa Senhora das Dores, agradeceremos o novo aniversário da sua eleição como sucessor do nosso Padre. É logico que nos apoiemos na sua prece, também porque impulsionou com grande eficácia o apostolado no âmbito da família.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de agosto de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Convidados às núpcias

São João Paulo II
Carta apostólica «Mulieris Dignitatem» §23

«Por isso, o homem deixará o pai e a mãe, unir-se-á à sua mulher e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério: mas eu interpreto-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 25-32). Este texto da Carta aos Efésios [...] compara o carácter esponsal do amor entre o homem e a mulher com o mistério de Cristo e da Igreja. Cristo é o Esposo da Igreja, a Igreja é a Esposa de Cristo. Esta analogia não deixa de ter precedentes: ela transfere para o Novo Testamento o que já estava presente no Antigo Testamento, particularmente nos profetas Oseias, Jeremias, Ezequiel e Isaías (Os 1,2; 2,16-18; Jr 2,2; Ez 16,8; Is 50,1; 54,5-8). Essa mulher-esposa é Israel, enquanto povo escolhido por Deus, e esta eleição tem a sua origem exclusiva no amor gratuito de Deus. É justamente por este amor que se explica a Aliança, apresentada frequentemente como uma aliança matrimonial, que Deus renova sempre com o Seu povo escolhido. Esta aliança é, da parte de Deus, «um compromisso» duradouro; Ele permanece fiel ao Seu amor esponsal, embora a esposa se tenha demonstrado muitas vezes infiel.

Esta imagem do amor esponsal ligada com a figura do Esposo divino — uma imagem muito clara nos textos proféticos — encontra a sua confirmação e coroamento na Carta aos Efésios [...], onde nos é oferecida a expressão mais plena da verdade sobre o amor de Cristo redentor, segundo a analogia do amor esponsal no matrimónio [...]: «Cristo amou a Igreja e entregou-Se por ela» (5, 25); e nisto se confirma plenamente o facto de a Igreja ser a esposa de Cristo: «O teu redentor é o Santo de Israel» (Is 54, 5). No texto paulino, a analogia da relação esponsal toma ao mesmo tempo duas direcções, que formam o conjunto do «grande mistério» («sacramentum magnum»). A aliança própria dos esposos «explica» o carácter esponsal da união de Cristo com a Igreja, e esta união, por sua vez, como «grande sacramento», decide da sacramentalidade do matrimónio como aliança santa dos esposos, homem e mulher.

O Evangelho do dia 4 de setembro de 2015

Eles disseram-Lhe: «Os discípulos de João e os dos fariseus jejuam muitas vezes e fazem orações, e os Teus comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Porventura podeis fazer jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles? Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo; então, nesses dias, jejuarão». Também lhes disse esta comparação: «Ninguém deita um retalho de pano novo em vestido velho; doutro modo o novo rompe o velho e o retalho do novo não condiz com o velho. Também ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutro modo o vinho novo fará rebentar os odres, e derramar-se-á o vinho, e perder-se-ão os odres. Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos. Ninguém depois de ter bebido vinho velho quer do novo, porque diz: O velho é melhor!».

Lc 5, 33-39