Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 26 de março de 2015

Amanhã! 27 Mar 21h30 Via Sacra com as Famílias / pelas Famílias - Igreja da Madalena


UM DOMINGO EM LONDRES

Estive em Londres quatro dias com a família, em férias.

No Domingo procurei, obviamente, uma igreja para participar na Missa Dominical.
O meu deficiente inglês ou a falta de precisão na pergunta, (se a Missa era Católica Romana ou Católica Anglicana), levaram-me ao “erro”, do qual só me apercebi quando reparei que quem presidia à celebração era uma mulher.
Podia ter percebido logo, visto que estava na Westminster Abbey e não na Westminster Cathedral.
Confusões de nomes!

Estava e deixei-me ficar.
Claro que tinha de fazer comparações!

Em primeiro lugar os fiéis foram acolhidos e levados aos lugares sentados que havia disponíveis, (chegavam para todos), e foi distribuído um “guião” com toda a liturgia que ia ser celebrada, Leituras e Evangelho, obviamente incluídas, bem como os cânticos da celebração.
Por esse “guião” pode perceber que as diferenças com a nossa liturgia eram mínimas.
Tal facto descansou-me um pouco mais.

A igreja estava cheia e a procissão inicial, (eram diversos clérigos), foi acompanhada pelas vozes de um extraordinário coro de vozes infantis e adultas, que ressoavam naquele ambiente como preces elevadas ao Céu.

Não posso deixar de dizer que a dignidade da celebração, não só por parte dos celebrantes, mas também dos fiéis em geral, me fez desejar que tal se passasse também na maior parte das nossas igrejas e celebrações.
Acreditam que nem um só telemóvel tocou durante a celebração?
Acreditam que praticamente não ouvi ninguém tossir ou conversar, durante a celebração?
Acreditam que a maioria dos fiéis, (ingleses, obviamente), respondiam e cantavam em voz alta, durante a celebração?
Acreditam que na fila para a Comunhão, (nas duas espécies), não vi ninguém falar, dar beijinhos, cumprimentar, ou andar de cabeça baixa, mas sim tudo com grande dignidade e silêncio correspondentes ao acto que iam fazer?
Acreditam, por fim, que no final da celebração, ainda antes da procissão final, se levantaram muito poucas pessoas, a quem no entanto, aquelas e aqueles que estavam a acolher pediram para permanecer nos seus lugares, e só no fim do cântico final os fiéis saíram da igreja?

Pois é, fiquei a pensar no que pensariam muitos daqueles fiéis, se participassem em algumas, (bastantes), das nossas celebrações dominicais?

Não o queria escrever como crítica, mas como chamada de atenção para cada um de nós, fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana em Portugal.

Marinha Grande, 26 de Março de 2015

Joaquim Mexia Alves

«Eu Sou»

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelhos, nº 18

«Abraão, vosso pai, exultou pensando em ver o Meu dia; viu-o e ficou feliz.» Abraão viu o dia do Senhor quando recebeu em sua casa os três anjos que representam a Santíssima Trindade: três hóspedes a quem se dirigiu como se fossem um só (cf Gn 18,2-3). [...] Mas o espírito terra-a-terra dos ouvintes do Senhor não eleva o olhar acima da carne [...], e eles dizem-Lhe: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?»  Então, o nosso Redentor desvia suavemente o seu olhar do corpo de carne para o elevar à contemplação da Sua divindade, declarando: «Em verdade, em verdade vos digo: antes de Abraão existir, Eu sou!» «Antes» indica o passado e «Eu sou» o presente. Uma vez que a Sua divindade não tem passado nem futuro, mas existe desde sempre, o Senhor não diz: «Antes de Abraão Eu era» mas sim: «Antes de Abraão existir, Eu sou!». Foi por isso que Deus declarou a Moisés: «Eu sou Aquele que sou.» [...] «Assim dirás aos filhos de Israel: “Eu sou” enviou-me a vós!» (Ex 3,14). 

Abraão teve um antes e um depois; veio a este mundo [...] e deixou-o, levado pelo decurso da sua vida.  Mas é próprio da Verdade de existir sempre (Jo 14,6), pois nem começa num primeiro tempo nem termina num tempo seguinte. Mas esses descrentes, que não conseguiam suportar as Suas palavras de vida eterna, foram recolher pedras para lapidar Aquele que não conseguiam compreender. [...]

«Jesus escondeu-Se e saiu do templo». É espantoso que o Senhor tenha escapado aos Seus perseguidores escondendo-Se, embora pudesse exercer o poder da Sua divindade. [...] Então porque Se escondeu? Porque, uma vez feito homem entre os homens, o nosso Redentor diz-nos umas coisas através da Sua palavra e outras através do Seu exemplo. E, pelo Seu exemplo, que nos diz Ele senão para fugirmos humildemente da cólera dos orgulhosos, mesmo quando podemos oferecer resistência? [...] Por isso, que ninguém proteste ao ouvir afrontas, que ninguém pague o insulto com o insulto. Pois é mais glorioso evitar uma injúria calando-se, como fez Deus, que tentar ganhar a discussão respondendo.

O Evangelho do dia 26 de março de 2015

Em verdade, em verdade vos digo: Quem guardar a Minha palavra não verá a morte eternamente». Os judeus disseram-Lhe: «Agora reconhecemos que estás possesso do demónio. Abraão morreu, os profetas também, e Tu dizes: Quem guardar a Minha palavra não provará a morte eternamente. Porventura és maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? Os profetas também morreram: Quem pretendes Tu ser?». Jesus respondeu: «Se Eu Me glorifico a Mim mesmo, a Minha glória não é nada; Meu Pai é que Me glorifica, Aquele que vós dizeis que é vosso Deus. Mas vós não O conhecestes; Eu sim, conheço-O; e, se disser que não O conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-O e guardo a Sua palavra. Abraão, vosso pai, regozijou-se com a esperança de ver o Meu dia; viu-o e ficou cheio de gozo». Os judeus, por isso, disseram-Lhe: «Tu ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?». Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, “Eu sou”». Então pegaram em pedras para Lhe atirarem; mas Jesus ocultou-Se e saiu do templo.

Jo 8, 51-59