Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Bom Domingo do Senhor!

Para acreditarmos no Evangelho, como o Senhor nos recomenda na leitura de hoje (Mc 1, 12-15), procuremos ler diariamente breves trechos e ao fazê-lo e repetindo ao longo do tempo estaremos a consolidar a nossa fé e cada vez mais O compreenderemos e amaremos melhor.

Senhor ilumina a nossa mente para nos arrependermos dos nossos pecados e aumentarmos a nossa fé!

«Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo»

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo 
Comentário sobre o Cântico dos Cânticos, III, 27-33

A vida dos mortais está cheia de armadilhas que nos fazem tropeçar, está cheia de redes de enganos [...]. E como o inimigo teceu essas redes por todo o lado, e nelas apanhou quase todos os homens, era necessário que aparecesse Alguém mais forte para as dominar, as romper, e para trilhar o rumo àqueles que O seguissem. Eis porque, antes de vir unir-se à Igreja como Sua esposa, também o Salvador foi tentado pelo diabo. [...] Ensinava desta maneira à Igreja que não seria por ociosidade e prazer, mas através de provações e tentações, que ela haveria de chegar a Cristo.

Mais ninguém poderia, de facto, triunfar daquelas teias. Porque «todos pecaram», como está escrito (Rm 3, 23) [...]; Nosso Senhor e Salvador Jesus foi o único que «não cometeu pecado» (1Pe 2,22). Mas o Pai «O fez pecado por nós» (2Co 5,21). [...] «De facto, Deus fez o que era impossível à Lei, por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o Seu próprio Filho, em carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne» (Rm 8,3). Jesus entrou portanto naquelas teias, mas foi o único a não ficar nelas enleado. Mais ainda, tendo-as rompido e rasgado, deu confiança à Igreja, de tal forma que ela ousou, a partir de então, calcar aos pés as armadilhas, libertar-se das teias, e dizer cheia de alegria: «A nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; rompeu-se o laço e nós libertámo-nos» (Sl 123,7).

Também Ele sucumbiu à morte, mas voluntariamente e não, como nós, pela sujeição do pecado. Porque Ele foi o único a ter sido libertado de «entre os mortos» (Sl 87,6, LXX). E porque estava livre entre os mortos, venceu «aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo» (Heb 2,14) e levou-lhe os «cativos em cativeiro» (Ef 4,8) que estavam prisioneiros na morte. Não só Ele próprio ressuscitou dos mortos, como, simultaneamente, «nos ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Cristo» (Ef 2,5ss); «ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro» (Ef 4,8).