Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

semper in lætítia!

Talvez me repita, mas faço-o de propósito: quantas graças devemos dar a Deus, todos os dias, pelos muitos bens que nos concede! E compreendo muito bem que o nosso Padre escrevesse e dissesse com frequência: semper in lætítia! ao ver como o Céu nos abençoa.

Nestas semanas depois do dia 27 de setembro, soubemos de muitas graças obtidas de Deus por intercessão do Bem-Aventurado Álvaro. Vemos uma vez mais que a santidade brilha quando a Igreja a reconhece nalgum dos seus filhos. Às vezes não a captamos porque nos distraímos e não pensamos na assistência de Deus. Minhas filhas e filhos, convençamo-nos de que a fé nos ajuda a caminhar com firmeza no meio dos vaivéns da História: a Providência divina dirige tudo até à plenitude do reino de Deus que Jesus Cristo instaurou na Terra.

Cabe-nos agora a nós, os cristãos, tornar presentes os frutos da Redenção, realizada de forma superabundante por Cristo com a Sua Vida, Morte, Ressurreição e Ascensão aos Céus. É isso que pedimos, por intercessão de D. Álvaro, quando suplicamos a Deus que saibamos converter todos os momentos e circunstâncias da minha vida em ocasião de Vos amar e de servir o Reino de Jesus Cristo.

Levar o reino de Cristo a todos os confins da Terra, às pessoas que vivem agora e às que virão com os anos, é a maravilhosa tarefa – uma autêntica aventura divina e humana – que o Senhor confiou a todos os cristãos, ao ordenar aos Apóstolos: ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura [1]. Com que pedagógica insistência S. Josemaria no-lo ensinou a considerar! Para que tal aspiração se torne realidade, fomentemos o desejo de aumentar em cada dia a vibração apostólica, de pedir ao Senhor que envie o Seu Espírito a todas as pessoas, quebrando as barreiras que possamos pôr à Sua ação nas nossas almas.

[1]. Mc 16, 15.

D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de novembro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

«Senhor, que eu veja»

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina 
Exercícios, n°6


Em ti, ó Deus vivente, o meu coração e a minha carne estremeceram e a minha alma se alegrou em ti, minha salvação verdadeira (Sl 83,3). Quando Te verão os meus olhos, Deus dos deuses, meu Deus? Deus do meu coração, quando me alegrarás com a visão da doçura da Tua face? Quando preencherás o desejo da minha alma pela manifestação da Tua glória?

Meu Deus, Tu és a minha herança, escolhida entre todos, minha força e minha glória! Quando entrarei no Teu poder para ver a Tua força e a Tua glória? Quando então, em vez do espírito de tristeza, me revestirás do manto de louvor (Is 61,10) para que, unida aos anjos, todos os meus membros Te ofereçam um sacrifício de aclamação (Sl 26,6)? Deus da minha vida, quando entrarei no tabernáculo da Tua glória, a fim de cantar em presença de todos os santos e proclamar de alma e coração que as Tuas misericórdias por mim foram magníficas (Sl 70,16)? Quando se quebrará o fio desta morte, para que a minha alma possa ver-Te sem intermediários? (Gn 19,19) [...]

Quem se saciará à vista da Tua claridade? Como poderá o olho bastar para ver e o ouvido para ouvir na admiração da glória da Tua face?

«Obriga-os a entrar, para que a minha casa fique cheia»

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja 
Comentário ao Evangelho de Lucas, 7, 200-203; SC 52


Os convidados desculpam-se, embora o Reino não esteja fechado a ninguém que não se exclua a si próprio pela sua própria palavra. Na sua bondade, o Senhor convida todos; é a nossa covardia ou a nossa loucura que nos afasta. Aqueles que preferem comprar uma fazenda não têm lugar no Reino: no tempo de Noé, compradores e vendedores foram engolidos pelo dilúvio (Lc 17,26-28). […] O mesmo acontecerá àquele que se desculpa porque acabou de se casar, pois está escrito: «Se alguém vem ter comigo e não Me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo» (Lc 14,26). […]

Assim, depois do desprezo arrogante dos ricos, Cristo virou-Se para os gentios, e foi buscar bons e maus, para fazer crescer os bons e melhorar as disposições dos ímpios. […] Ele convida os pobres, os aleijados e os cegos, o que nos mostra que a deficiência física não exclui ninguém do Reino […], e que a imperfeição do pecado é curada pela misericórdia do Senhor. […]

Ele manda procurar nas encruzilhadas dos caminhos, porque «a Sabedoria clama nas esquinas» (Prov 1,20). Ele envia às praças, para dizer aos pecadores que deixem o caminho largo para alcançarem o caminho estreito que conduz à vida (Mt 7,13). Ele envia às ruas e ao longo das cercas, porque os que avançam para os bens que hão-de vir, sem serem retidos pelos bens do presente, comprometidos no caminho da boa vontade, são capazes de alcançar o Reino dos Céus; e também os que sabem distinguir o mal do bem, tal como os campos são delimitados por uma sebe, quer dizer, os que opõem o baluarte da fé às tentações do pecado.

O Evangelho do dia 4 de novembro de 2014

Tendo ouvido estas coisas um dos convivas disse-Lhe: «Bem-aventurado quem participar do banquete no reino de Deus». Jesus respondeu-lhe: «Um homem fez uma grande ceia para a qual convidou a muitos. À hora da ceia, mandou um servo dizer aos convidados: Vinde, porque tudo está preparado. Mas todos à uma começaram a escusar-se. O primeiro disse-lhe: Comprei um campo, e preciso ir vê-lo; peço que me dês por escusado. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las; peço-te que me dês por escusado. Disse também outro: Casei-me, por isso não posso ir. «Voltando o servo, referiu estas coisas ao seu senhor. Então, irado, o pai de família disse ao seu servo: Vai já pelas praças e pelas ruas da cidade; traz cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Disse o servo: Senhor, está feito como mandaste e ainda há lugar. Disse o senhor ao servo: Vai pelos caminhos e ao longo dos cercados; e força-os a vir, para que se encha a minha casa. Pois eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará a minha ceia».

Lc 14, 15-24