Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

22 Out 18h45 - Estoril - Tertúlia às Quartas - Inês Herédia


A tradição e a vontade de Deus

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão «Ceremonies of the Church»


Pouco importa como aprendemos a conhecer a vontade de Deus – seja através da Escritura, seja através da tradição apostólica, ou daquilo a que São Paulo chama a «natureza» (cf Rom 1,20) –, desde que estejamos certos de que essa é mesmo a sua vontade. Na realidade, Deus revela-nos o conteúdo da fé por inspiração, porque a fé é de ordem sobrenatural; mas revela-nos as questões práticas do dever moral pela nossa própria consciência e pela razão divinamente guiada.

As questões puramente formais, revela-no-las através da tradição da Igreja, pelo costume que nos leva a pô-las em prática, embora o costume não venha na Escritura; isto para responder à questão que podemos colocar a nós próprios: «Para que havemos de observar ritos e formas que a Escritura não prescreve?» A Escritura transmite-nos aquilo em que é necessário acreditar, aquilo para que devemos tender, o que devemos manter. Mas não estabelece a forma concreta de o fazer. Uma vez que não podemos praticar isso senão desta ou daquela forma precisa, somos forçados a acrescentar alguma coisa àquilo que nos diz a Escritura. Por exemplo, ela recomenda-nos que nos reunamos para a oração e associa a sua eficácia […] à união dos corações. Mas, como não indica nem o momento nem o local da oração, a Igreja tem que completar o que a Escritura se contentou em prescrever de forma genérica. […]

Podemos dizer que a Bíblia nos dá o espírito da nossa religião, e que a Igreja tem de organizar o corpo em que o espírito incarna. […] A religião não existe de forma abstracta. […] As pessoas que tentam adorar a Deus duma forma (dizem elas) «puramente espiritual» acabam por, de facto, não O adorar de todo. […] Portanto, a Escritura dá-nos o espírito e a Igreja o corpo da nossa devoção. E, assim como não podemos ver o espírito dum homem sem ser por intermédio do seu corpo, assim também não podemos compreender o objeto da nossa fé sem a sua forma exterior.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Até os cabelos da vossa cabeça estão contados, não temais»

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol 
Escritos espirituais, 11/08/1934


Deus envia-me a cruz. […] Bendita seja ela porque, como diz Job, «se recebemos os bens da mão de Deus, não aceitaremos também os males?» (2,10) Tudo nos vem dele, saúde e doença, bens temporais, infelicidades e infortúnios: tudo, absolutamente tudo, está perfeitamente ordenado. Se por vezes a criatura se rebela contra o desígnio de Deus, peca, porque tudo é necessário, tudo está bem feito, e os risos são tão necessários como as lágrimas. Podemos tirar proveito de tudo para a nossa perfeição, na condição de vermos, em espírito de fé, a obra de Deus em tudo e de nos colocarmos como crianças nas mãos do Pai. Com efeito, aonde iríamos nós sozinhos? […]

Não procuro arrancar-me aos sentimentos [que as minhas provações me inspiram], é evidente; mas aquilo que Deus quer é aperfeiçoá-los em mim. Para isso, leva-me por aqui e por ali, como um brinquedo, levando-me a abandonar pedaços do meu coração pelo caminho. Deus é grande e realiza tudo perfeitamente! Como me ama e que mal que eu lhe pago! A sua providência é infinita e devemos confiar-nos a ela sem reservas.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 17 de outubro de 2014

Tendo-se juntado à volta de Jesus milhares e milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou Ele a dizer aos Seus discípulos: «Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há oculto que não venha a descobrir-se e nada há escondido que não venha a saber-se. Por isso as coisas que dissestes nas trevas serão ouvidas às claras, e o que falastes ao ouvido no quarto será apregoado sobre os telhados. «A vós, pois, Meus amigos, digo-vos: não tenhais medo daqueles que matam o corpo e depois nada mais podem fazer. Eu vou mostrar-vos a quem haveis de temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim, Eu vos digo, temei Este. Não se vendem cinco passarinhos por dois asses?; contudo nem um só deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; vós valeis mais que muitos passarinhos.

Lc 12, 1-7