Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

15 Out 18h30 Senhor D.Nuno Brás apresenta "Tiologias - Os sobrinhos de Deus e outros textos" P. Gonçalo Portocarrero de Almada


Carta de D. Ávaro del Portillo ao Arcebispo de São Salvador, D. Oscar Romero, espelho daquilo que o Opus Dei de facto é e sempre foi


DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (2)

Segue-me!

Como, Senhor?

Deixa tudo e segue-me!

Ó Senhor, mas então e a família, a casa, os bens e tantas outras coisas.

Repito, deixa tudo e segue-me!

Queres mesmo que deixe tudo para Te seguir?

Sim, tens que deixar tudo para me seguires.

És duro, Senhor, com aqueles que Te amam.

Ora pensa lá bem, com o coração iluminado pela fé o que é que Eu quero quando te digo, segue-me?

Ah, Senhor, de coração livre! Enformado primeiro pelo teu amor, para poder amar os outros, a família, os que colocares no meu caminho. Para poder fazer uso das coisas que me deste com amor, sobretudo amor aos outros.

Vês, como percebeste! Vá, agora deixa tudo e segue-me!

Marinha Grande, 2 de Outubro de 2014

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.pt/2014/10/dialogos-com-o-senhor-deus-2.html

3 Out 21h30 Conferência "Fé e Realismo com Francisco na Coreia e Albânia" Aura Miguel - Associação Comercial de Lisboa


Joaquim esteve nove anos sem comungar. Mas "Deus vai muito além disso"

Durante nove anos, Joaquim Mexia Alves esteve impedido de comungar na missa. Contudo, essa experiência não o deixou amargo, muito pelo contrário.

O primeiro casamento foi pela Igreja, apesar de nenhum dos noivos ser praticante. “Sendo as famílias cristãs, católicas, há sempre uma tradição, um peso, e o casamento foi católico, como se diz, porque tinha de ser”, explica Joaquim Mexia Alves, de 65 anos e residente em Monte Real, no concelho de Leiria.

Dez anos mais tarde esse casamento chegou ao fim. A Igreja continuava a ser uma instituição que apenas pertencia às memórias da juventude, mas tudo mudou já depois de conhecer aquela que viria a ser a sua segunda mulher.

“Foi ao conhecê-la e ao desenvolver conversas com ela que começou a procura de Deus outra vez, até porque tinha vivido uma vida completamente desregrada desde o momento em que me separei, até conhecer a minha mulher actual. Esta procura de Deus que se dá depois de conhecer a minha segunda mulher tem também o sentido de perceber que alguma coisa estava mal na minha vida, que ia acabar mal de certeza”, conta.

Juntamente com Catarina verificou-se uma aproximação à Igreja ao ponto de a fé se tornar central nas suas vidas. “Íamos à missa mas não nos confessávamos nem comungávamos, porque tínhamos a noção que não estávamos numa situação regular”, explica Joaquim.

O casal tornava-se, assim, mais um exemplo dos muitos cuja situação vai ser analisada durante o sínodo para a família, que começa em Roma no domingo. Desde então, Joaquim e Catarina dedicam-se a acompanhar e aconselhar outros casais cujas situações canónicas são irregulares.

Um longo processo de nulidade
“Havia razões para pedir a nulidade do primeiro casamento”, diz, sem entrar em detalhes, mas o processo foi invulgarmente longo: durou cerca de nove anos até surgir uma sentença que confirmava, de facto, a inexistência sacramental do primeiro matrimónio.

O custo foi grande: “É doloroso porque no processo no tribunal eclesiástico de nulidade as partes, como eu, têm um encontro com a realidade – porque se não tiverem é escusado. Temos de ser verdadeiros e a verdade às vezes magoa.”

Foram tempos difíceis, sobretudo ao nível da relação com a ex-mulher, que recusou colaborar com o processo: “Foi uma das razões porque se atrasou. Não quis colaborar. Eu respeito profundamente a decisão dela. Aliás, ela tinha razão para estar magoada, por isso compreendo perfeitamente que não o tenha feito”.

Em causa está também, considera Joaquim, uma confusão sobre o que significa a nulidade: “Um homem e uma mulher que se unem unem-se. Se querem ou não fazer aquilo que a Igreja diz é uma coisa diferente. Não significa que o casamento não tenha existido, que não tenha tido consentimento, que não tenha tido um objectivo, que até nem fosse naquela altura pensado para a vida toda. Quem não conhece verdadeiramente todos os meandros da doutrina da Igreja, pode de alguma maneira ter esta sensação, ‘afinal não casei nada’, como se fosse desprezo, que não é.”

A história de Joaquim termina com um final feliz. Casado com Catarina pela Igreja já é livre de comungar sacramentalmente. Mas a história teve um longo intermédio de quase uma década em que essa vivência era mais complexa: “Tínhamos vontade de fazer tudo como nós achávamos que seria a vontade de Deus, de fazer o que a Igreja nos diz, e portanto colocava-se-nos o problema de não nos aproximarmos da confissão e da comunhão. Era algo que nos doía, mas optámos por aceitar e viver dessa maneira, desde o início.”

Nunca lhes faltou o apoio da comunidade e de sacerdotes que lhes davam assistência espiritual. Mas, ainda assim, naquele momento em que a assembleia se levantava para se aproximar do altar e comungar, ficar no lugar nem sempre era fácil. “É complicado porque ficamos sós. Perguntava-me muitas vezes, a partir de certa altura: ‘Eu fico só e isso incomoda-me porque me sinto exposto? Porque o meu orgulho fica ferido?’ Mas ao longo do tempo Deus dá-nos a graça de podermos suportar e até ultrapassar essas situações.”

Obediência que abre portas
Aos poucos percebeu que a obediência aos ensinamentos da Igreja também dava os seus frutos: “A falta da comunhão eucarística levou-nos a querer viver a Eucaristia de forma muito mais intensa. Obviamente Deus responde sempre àqueles que o procuram com intensidade e Deus foi-nos dando as forças necessárias e suficientes para podermos viver essa maneira de estar, mas também nos foi dando as graças necessárias e os consolos para percebermos que a comunhão eucarística é importante mas não é o todo, que Deus vai muito além disso. Houve momentos muito importantes da nossa vida, momentos de comunhão extraordinária que nos davam a presença do Deus Vivo e nos davam a certeza de estarmos a fazer o que era certo.”

Desses tempos Joaquim aprendeu que a obediência abre as portas de Deus, mas também dos homens.

“Se nós obedecermos e se estamos dispostos, as portas abrem-se, não só as portas de Deus, para nos acolher, mas também as portas dos homens”, diz. “Percebem que há uma disposição para estar e então começam a chamar mesmo as pessoas nessas situações para ajudarem também, para se sentirem mais em Igreja”.

Começou a ser convidado para o coro, depois para o conselho pastoral. “Não posso dizer de maneira nenhuma que alguma vez me senti excluído, nem me senti colocado de lado. A verdade é que muitas vezes somos nós que nos excluímos e nos colocamos de lado.”

Na sua experiência, cimentada pelo acompanhamento de muitos casais que passaram, ou passam ainda, pela mesma situação que ele passou, Joaquim considera que estes só há a ganhar em viver serenamente a situação em fidelidade à Igreja.

“Os casais que vivem estas situações em obediência à doutrina da Igreja vivem normalmente uma espiritualidade bastante profunda, vivem uma paz e uma harmonia entre o casal e na família que normalmente não vejo naqueles que vivem contestando permanentemente, ou em desobediência. Reparo nesses uma irritação latente, que pode advir da contestação, mas também de, no fundo, estarem divididos lá dentro”, considera.

Para o sínodo que se aproxima, Joaquim não antevê, nem se diz favorável a uma mudança da disciplina da Igreja a este respeito, mas vê com bons olhos a reforma dos processos de nulidade, para ter em conta, por exemplo, a falta de fé dos noivos: “Normalmente, pensamos naqueles casos em que a pessoa mentiu, a pessoa já era casada, mas não pensamos na falta de fé. Se há coisa que é essencial para a validade de um sacramento é a fé.”

Seja como for, a ideia de obediência é para manter, garante: “O que a Igreja disser é o que aceito no meu coração. Não faço tenções de discutir sequer. Se a Igreja disser que a partir deste momento podem comungar, fico felicíssimo, contentíssimo. Se disser que não podem fico felicíssimo e contentíssimo na mesma.”

O sínodo para a família começa no dia 5 de Outubro e termina no dia 19. Para 2015 está marcado um segundo sínodo, mais alargado e só em 2016 é que se esperam eventuais resultados de todo o processo, que estarão sempre nas mãos do Papa Francisco.

Filipe d'Avillez

Rádio Renascença

A pregação do Papa Francisco

A primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco, com o título Evangelii Gaudium, assume corajosamente o mundo atual de desafios sem passado equivalente, e, pelo que respeita sobretudo aos ocidentais, com os valores humanistas substituídos pelo credo do mercado.

É neste ponto que o crucial tema do Estado Social encontra no documento uma lembrança oportuna e fundamental. Por isso, o parágrafo dedicado à "inclusão dos pobres", deveria despertar a reflexão dos que sustentam a "destruição construtiva" de que tantas pessoas foram objeto, em nome da recompensa dos melhores pelo êxito económico e financeiro.

Lembra o apóstolo São Tiago ao retomar o "clamor dos oprimidos": "Olhai que o salário que não pagastes, aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do Universo." A advertência de Francisco, que se destina aos ouvidos dos príncipes que nos governam, é que "lamentavelmente, até os direitos humanos podem ser usados como justificação para uma defesa exacerbada dos direitos individuais ou dos direitos dos povos mais ricos", um facto que deve despertar o BIT, que recentemente visitou o nosso país, e seguramente por imperativo dos deveres que lhe incumbem, para uma ação que honre o seu passado. Porque não se trata de caridade, trata-se de "prosperidade e civilização nos seus múltiplos aspetos", como já pregou João XXIII.

Quando do Concílio, a exortação da "opção pelos pobres" não foi sempre acolhida com atenção suficiente pelos programas dos governos em exercício ou pela oposição em luta pelo poder: na entrada do milénio a exigência dessa opção tem uma dimensão muito mais ampla, porque se trata de impedir que o empobrecimento continue a crescer em vez de diminuir, parecendo que a evidência do agravamento dessa condição é circunstância que não inquieta a intervenção de poderes em exercício, guiados por um neoliberalismo repressivo, nem todos esses poderes identificáveis.

A caridade não é o Estado social, posto em causa, é um exemplo da sociedade civil que desafia e procura suprir a insuficiência, ou inércia do poder político. Por isso, o Papa Francisco reza para que tenhamos "mais políticos, que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres.

É indispensável que os governantes e o poder financeiro levantem o olhar e alarguem as suas perspetivas, procurando que haja trabalho digno, instrução e cuidados de saúde para todos os cidadãos".

Justamente porque o Estado não pode ignorar este dever, que nos textos jurídicos encontra a premissa no princípio da dignidade humana, é que afirma que "se realmente queremos alcançar uma economia global saudável, precisamos, neste momento da história de um modo mais eficiente de interação que, sem prejuízo da soberania das nações, assegure o bem-estar económico a todos os paí-ses e não apenas a alguns", tendo o cuida- do de acrescentar: "Se alguém se sentir ofendido com as minhas palavras, saiba que as exprimo com estima e com a melhor das intenções, longe de qualquer interesse pessoal ou ideologia política".

Acontece que as grandes Declarações de Direitos, começando por Filadélfia e pela Revolução Francesa, se aceitaram, sem o proclamar expressamente, aquele princípio, deixaram extratos largos das populações excluídas do proclamado direito igual de todos os homens à felicidade, nas palavras de Jefferson.

Foi a intervenção da chamada doutrina social da Igreja, com a convergência do socialismo democrático, que conseguiram, organizando a principiologia constitucional, abrir caminho à política de extinção das exclusões com a criação do Estado social.
A pregação faz mais do que lembrar, procura impedir o esquecimento. Junta-se ao clamor crescente das sociedades civis, que veem crescer o desamor ao projeto europeu, que perdem a confiança nos sistemas políticos, que desesperam de um futuro digno para as gerações futuras, o que implica julgar inúteis os sacrifícios presentes.

Salvaguardar e restaurar a confiança é uma crescente exigência, da qual depende a legitimidade de exercício dos governos.

Prof. Adriano Moreira in DN online do dia 24.12.2013 AQUI

Fé, esperança e caridade

A fé é, primeiro, a raiz através da qual se desenvolve a vida, a decisão fundamental de perceber Deus e de o aceitar. E é a chave graças à qual se explica tudo o mais.

Essa fé significa esperança, porque, do modo como é, o mundo não é bom sem mais e não devia continuar a ser como é. Quando se olha para ele de um ponto de vista empírico, poder-se-ia pensar que o mal é a principal força no mundo. Esperar, num sentido cristão, significa conhecer a existência do mal e, apesar disso, olhar com confiança para o futuro. A fé assenta, essencialmente, em aceitar o facto de que se é amado por Deus. Não significa, portanto, apenas dizer-lhe sim, mas significa dizer sim à Criação, às criaturas, sobretudo ao homem: é procurar ver em cada um a imagem de Deus e tornar-se, desse modo, uma pessoa que ama.

Isto não é fácil. Mas graças ao sim fundamental [da fé], graças à convicção de que Deus criou o homem e o apoia, [...] o amor pode encontrar a sua razão de ser e fundamentar a esperança a partir da fé. Nessa medida, a esperança contém o elemento de confiança perante a nossa História ameaçada, mas nada tem a ver com utopia; o objeto da esperança não é o mundo melhor do futuro, mas a vida eterna. A expectativa de um mundo melhor não resolve nada, porque esse não é o nosso mundo, e cada um tem de viver com o seu mundo, com a dimensão do seu próprio presente. O mundo das gerações futuras será marcado pela liberdade dessas gerações e só pode ser determinado por nós de modo muito limitado. Mas a vida eterna é o meu futuro e, portanto, a força que marca a História.

(Cardeal Ratzinger em ‘O sal da terra’ págs. 94-95)

«Quem vos ouve é a Mim que ouve, e quem vos rejeita é a Mim que rejeita»

Concílio Vaticano II 
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo actual «Gaudium et spes», §§ 40, 45


A Igreja, que tem a sua origem no amor do eterno Pai, foi fundada no tempo por Cristo Redentor, e se reúne no Espírito Santo, tem um fim salvador e escatológico, que só se poderá atingir plenamente no outro mundo. Mas ela existe já actualmente na terra, composta de homens que são membros da cidade terrena e chamados a formar já na história humana a família dos filhos de Deus, a qual deve crescer continuamente até à vinda do Senhor. […] Deste modo, a Igreja, simultaneamente «agrupamento visível e comunidade espiritual» (LG 8), caminha juntamente com toda a humanidade, participa da mesma sorte terrena do mundo e é como que o fermento e a alma da sociedade humana, a qual deve ser renovada em Cristo e transformada em família de Deus.

Esta compenetração da cidade terrena com a celeste só pela fé se pode perceber; mais, ela permanece o mistério da história humana, sempre perturbada pelo pecado, enquanto não chega a plena manifestação da glória dos filhos de Deus. Procurando o seu fim salvífico, a Igreja não se limita a comunicar ao homem a vida divina; espalha sobre todo o mundo os reflexos da sua luz, sobretudo enquanto cura e eleva a dignidade da pessoa humana, consolida a coesão da sociedade e dá um sentido mais profundo à quotidiana actividade dos homens. Assim, a Igreja pensa que, por meio de cada um dos seus membros e por toda a sua comunidade, muito pode contribuir para tornar mais humana a família dos homens e a sua história. […]

Ao ajudar o mundo, e recebendo dele ao mesmo tempo muitas coisas, o único fim da Igreja é o advento do reino de Deus e o estabelecimento da salvação de todo o género humano. E todo o bem que o Povo de Deus pode prestar à família dos homens durante o tempo da sua peregrinação deriva do facto de a Igreja ser o «sacramento universal da salvação» (LG 48), manifestando e realizando simultaneamente o mistério do amor de Deus pelos homens.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de outubro de 2014

«Ai de ti, Corazin! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado as maravilhas que se têm operado em vós, há muito tempo que teriam feito penitência vestidas de cilício e jazendo sobre a cinza. Por isso haverá, no dia de juízo, menos rigor para Tiro e Sidónia que para vós. E tu, Cafarnaum, “que te elevas até ao céu, serás abatida até ao inferno”. Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou».

Lc 10, 13-16