Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Maria Mãe da Igreja

Também gostava que fixássemos a nossa atenção nas festas que terão lugar em meados do mês: a Exaltação da Santa Cruz, no dia 14 e, no dia seguinte, a memória litúrgica da Virgem Maria ao pé da Cruz, que é também o aniversário da eleição do queridíssimo D. Álvaro, primeiro sucessor do nosso Padre à frente do Opus Dei.

São datas intimamente relacionadas com a Igreja, que recebe a sua força salvífica do lado aberto de Cristo na Cruz, com a colaboração da Sua Mãe, a nova Eva que, por desígnio divino, cooperou com Cristo, o novo Adão, na Redenção da humanidade. Por esta razão, o Papa Paulo VI, ao concluir uma das sessões do Concílio Vaticano II, a proclamou Mãe da Igreja, «quer dizer, Mãe de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos Pastores que a chamam Mãe amorosa, e queremos que de agora em diante seja honrada e invocada por todo o povo cristão com este gratíssimo título» [1]. É difícil descrever o júbilo do nosso Padre ao invocar Nossa Senhora com esse título, que, já em tempos anteriores, repetia na sua devoção privada.

Em Maria, brilham com máximo esplendor todas as características essenciais da Igreja: a estreitíssima unidade com Deus e com os homens, a eminente santidade, a catolicidade, pela qual o seu coração está aberto a todas as necessidades dos seus filhos. E também a apostolicidade. Para estas semanas, enche-me de alegria recordar-vos esta nota, com a qual confessamos que a Igreja «está edificada sobre alicerces duradouros, que são os Doze Apóstolos do Cordeiro (cfr. Ap 21, 14); é indestrutível (cfr. Mt 16, 18); mantem-se infalivelmente na Verdade: Cristo é quem a governa por meio de Pedro e dos outros Apóstolos, presentes nos seus sucessores, o Papa e o Colégio dos Bispos» [2].

Na Virgem Maria brilha este aspeto da Igreja. De facto, foi ela que em Caná da Galileia facilitou que os primeiros discípulos do Mestre tivessem fé n’Ele, preparando-os para a chamada ao apostolado que depois haviam de receber [3]. E foi à Sua Mãe que Jesus se dirigiu, da Cruz, confiando-lhe o cuidado do Apóstolo amado e, nele, de todos os discípulos [4]. Santa Maria, fiel a este encargo, manteve os Apóstolos unidos na espera do Pentecostes [5]. Comove-nos verificar com que dedicação seguiu os primeiros passos de todos eles na primeira evangelização, depois da vinda do Paráclito, como alguns testemunhos da Igreja antiga deixaram registado. «A Virgem Maria não só animava os Santos Apóstolos e os outros fiéis a serem pacientes e a suportar as provas, como era solidária com todas as suas fadigas, sustentava-os na pregação, estava em união espiritual com os discípulos do Senhor nas suas privações e suplícios, nas suas prisões» [6]. Agora, do Céu e com maior eficácia, continua a impulsionar o apostolado da Igreja em todo o mundo: fortalece os Pastores e os fiéis para que, cada um, segundo os dons e graças recebidos, dê testemunho de Jesus Cristo e leve o Seu nome, como S. Paulo, até aos gentios, os reis e os filhos de Israel [7], ao sítio onde a sua vocação humana e divina o colocou.

[1]. Paulo VI, Discurso no encerramento da 3ª etapa conciliar, 21-XI-1964, n. 25.
[2]. Catecismo da Igreja Católica, n. 869.
[3]. Cfr. Jo 2, 11; Mc 3, 13-15.
[4]. Cfr. Jo 19, 26-27.
[5]. Cfr. At 1, 12-14.
[6]. S. Máximo, o Confessor, Vida de Maria VIII, 97 (“Testi mariani del primo millennio”, Roma 1989, vol 2, p 260).
[7]. At 9, 15.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de setembro de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Madre Teresa de Calcutá (biografia em vídeo legendado em português)

O teu Criador é o teu Esposo

São João Paulo II, papa 
Carta Apostólica «Mulieris dignitatem / A dignidade da mulher», § 25 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)


Se o amor de Deus para com o homem, para com o povo escolhido, Israel, é apresentado pelos profetas como o amor do esposo pela esposa, tal analogia exprime a qualidade esponsal e o caráter divino e não humano do amor de Deus: «O teu esposo é o teu Criador [...] que se chama Deus de toda a terra» (Is 54,5). O mesmo se diga também do amor esponsal de Cristo redentor: «Com efeito, Deus amou tanto o mundo que lhe deu o Seu Filho unigénito» (Jo 3,16). Trata-se, portanto, do amor de Deus expresso mediante a redenção, operada por Cristo. […]

Segundo a Carta aos Efésios, a esposa é a Igreja, tal como para os profetas a esposa era Israel: portanto, é um sujeito coletivo, e não uma pessoa singular. Este sujeito coletivo é o Povo de Deus, ou seja, uma comunidade composta de muitas pessoas, tanto homens como mulheres. «Cristo amou a Igreja» (5,25) precisamente como comunidade, como Povo de Deus e, ao mesmo tempo, […] amou cada pessoa singularmente. De facto, Cristo redimiu todos, sem excepção, todos os homens e todas as mulheres.

Na redenção exprime-se justamente este amor de Deus e realiza-se, na história do homem e do mundo, o caráter esponsal desse amor. Cristo entrou na história e permanece nela como o Esposo que «Se entregou a Si mesmo» (cf. v. 25). Entregar-se significa tornar-se um dom sincero, da maneira mais completa e radical: Ninguém tem maior amor do que este (cf Jo 15,13). Nesta concepção, por meio da Igreja, todos os seres humanos — tanto homens como mulheres — são chamados a ser a Esposa de Cristo, Redentor do mundo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 5 de setembro de 2014

Eles disseram-Lhe: «Os discípulos de João e os dos fariseus jejuam muitas vezes e fazem orações, e os Teus comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Porventura podeis fazer jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles? Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo; então, nesses dias, jejuarão». Também lhes disse esta comparação: «Ninguém deita um retalho de pano novo em vestido velho; doutro modo o novo rompe o velho e o retalho do novo não condiz com o velho. Também ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutro modo o vinho novo fará rebentar os odres, e derramar-se-á o vinho, e perder-se-ão os odres. Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos. Ninguém depois de ter bebido vinho velho quer do novo, porque diz: O velho é melhor!».

Lc 5, 33-39