Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 7 de março de 2014

13 Mar 21h Concerto de Homenagem no 1ºAno de Pontificado do Papa Francisco - Sé Patriarcal de Lisboa


Bento XVI recorda João Paulo II como "santo"

O Papa emérito Bento XVI concedeu a sua primeira entrevista após ter renunciado ao pontificado, em Fevereiro de 2013, para recordar o seu predecessor, João Paulo II que vai ser canonizado a 27 de Abril.

Bento XVI recorda ter dito ao Papa polaco que tinha de “descansar”, ao que este lhe respondia que o podia fazer “no céu”, para sublinhar a necessidade de entender a vida de Karol Wojtyla (1920-2005) “a partir da sua relação com Deus”.

“Tornou-se para mim cada vez mais claro que João Paulo II era um santo”, revela.

Foi Bento XVI a beatificar o seu predecessor, a 1 de Maio de 2011, após ter dispensado o período canónico de cinco anos de espera após a morte para iniciar o processo de canonização.

A entrevista vai ser publicada num livro intitulado "Ao lado de João Paulo II" (Edições Ares), por ocasião da cerimónia de canonização, marcada para o Vaticano. As perguntas foram enviadas por um jornalista polaco e respondidas por escrito em Janeiro de 2014. A tradução para italiano foi pessoalmente aprovada por Bento XVI.

“Só a partir da sua relação com Deus é possível perceber o seu incansável empenho pastoral. Deu-se com uma radicalidade que não pode ser explicada de outra forma”, refere o Papa emérito.

Bento XVI, enquanto cardeal, foi um dos mais directos colaboradores do Papa polaco ao longo de mais de duas décadas, enquanto prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, acabando por ser eleito como seu sucessor, em Abril de 2005.

“Percebi de imediato o fascínio humano que dele emanava e como rezava, compreendi como estava profundamente a Deus”, recorda o Papa emérito.

Joseph Ratzinger diz que a colaboração com João Paulo II foi sempre marcada pela “amizade e afecto”, lembrando os desafios levantados pela ‘Teologia da Libertação’, na América Latina, por exemplo.

“A fé cristã era usada como motor para este movimento revolucionário, transformando-a assim numa força de tipo político”, precisa.

Bento XVI destaca ainda os desafios levantados pela necessidade de promover uma “correta compreensão” do ecumenismo, do diálogo inter-religioso e da relação entre Igreja e Ciência.

Na última parte da entrevista, o Papa emérito coloca em relevo a sua relação de proximidade com o futuro santo.

“Muitas vezes teria tido motivos suficientes para culpar-me ou pôr fim à minha missão de prefeito, mas apoiou-me sempre com uma fidelidade e uma bondade inexplicáveis”, lembra.

Bento XVI destaca, a este respeito, a declaração “Dominus Jesus”, sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja, que provocou um “turbilhão de reacções” e mereceu uma defesa “incondicional” de João Paulo II.

O Papa emérito destaca que nunca teve intenção de “imitar” o seu predecessor, mas diz que procurou “levar por diante a sua missão e a sua herança”.

“Estou certo de que ainda hoje a sua bondade me acompanha e a sua bênção me protege”, conclui.

Rádio Renascença AQUI

Lançado "Como se escreve um romance policial" G. K. Chesterton


O nosso maior ato de santidade está na carne do irmão e na carne de Jesus Cristo

‘Eu envergonho-me da carne do meu irmão ou da minha irmã?’ – esta a principal pergunta feita pelo Papa Francisco na Missa em Santa Marta nesta sexta-feira. O cristianismo – afirmou o Santo Padre – não é uma regra sem alma; um prontuário de observações formais para gente com o coração vazio de caridade. O cristianismo é a própria carne de Cristo que se inclina sem envergonhar-se sobre quem sofre. Tomando a Palavra do Evangelho do dia, proposta por S. Mateus, o Papa Francisco refere-se ao facto dos discípulos de Jesus não jejuarem e serem criticados pelos fariseus que, por sua vez, jejuavam muito. Tinham transformado os Mandamentos numa ética, numa formalidade – observou o Santo Padre:
“Receber do Senhor o amor de um Pai, receber do Senhor a identidade de um povo e depois transforma-la numa ética é recusar aquele dom de amor. Esta gente hipócrita são pessoas boas, fazem tudo aquilo que se deve fazer. Parecem boas!”

Segundo o Papa Francisco já o profeta Isaías na Primeira Leitura tinha deixado claro qual fosse o jejum na visão de Deus: ‘libertar os que foram presos injustamente, (…) pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa’. E o jejum mais difícil apresentou-o Jesus na Parábola do Bom Samaritano – referiu o Papa – ter a capacidade de se inclinar sobre o homem ferido. E não esqueçamos que o sacerdote passa, olha mas não pára, se calhar com medo de contaminar-se – afirmou o Papa Francisco:
“Aquele é o jejum que quer o Senhor! Jejum que se preocupa da vida do irmão, que não se envergonha da carne do irmão – di-lo o próprio Isaías. A nossa perfeição, a nossa santidade vai para a frente com o nosso povo, no qual nós somos eleitos e inseridos. O nosso maior ato de santidade está na carne do irmão e na carne de Jesus Cristo. O ato de santidade hoje, nosso, aqui no altar, não é um jejum hipócrita: é não envergonharmo-nos da carne de Cristo que vem hoje aqui! É o mistério do Corpo e do Sangue de Cristo. É ir dividir o pão com o esfomeado, tratar os doentes, os idosos, aqueles que não podem dar-nos nada em troca: aquilo é não envergonhar-se da carne!”

“Quando eu dou a esmola, deixo cair a moeda sem tocar a mão? E se por acaso a toco, faço assim, de repente? Quando eu dou uma esmola olho nos olhos o meu irmão ou irmã? Quando eu sei que uma pessoa está doente vou visitá-la? Cumprimento-a com ternura? Há um sinal que talvez nos ajudará, é uma pergunta: sei acariciar os doentes, os idosos, as crianças, ou perdi o sentido da carícia? Estes hipócritas não sabiam acariciar! Tinham-se esquecido… Não envergonhar-se da carne do nosso irmão: é a nossa carne! Como nós fazemos com este irmão e com esta irmã, seremos julgados.” (RS)

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Vídeo da ocasião em italiano

«Obrigado, perdão, ajuda-me mais»

Sempre que ocorria algum aniversário importante, D. Álvaro costumava dirigir-se ao Senhor com esta oração: «Obrigado, perdão, ajuda-me mais». É natural supor que também atuasse de modo semelhante na efeméride do seu centenário. Aquelas palavras são uma excelente oração para nos dirigirmos à Santíssima Trindade: agradecendo os benefícios recebidos – são tantos!, muitos mais do que podemos imaginar – ; pedindo perdão pelas nossas faltas e pecados; solicitando a Sua ajuda para continuar a servir, mais e melhor, como servos bons e fiéis. 

Há anos, noutro aniversário desta data, D. Álvaro detinha-se a recordar o tempo decorrido. As suas considerações podem servir-nos para também nós falarmos com Deus, sobretudo quando, seja pelo que for, nos saltem aos olhos as nossas faltas e debilidades de forma mais patente. Eram e são expressões que enchem de esperança. «Ao contemplar o calendário da minha vida, dizia, penso nas folhas passadas. São passadas mas não atiradas ao cesto dos papéis, porque perduram aos olhos de Deus. Tantos benefícios do Senhor! Já antes de nascer me preparou uma boa família cristã, que me proporcionou uma boa formação. Depois, tantos acontecimentos que marcaram a minha existência. Acima de todos, o encontro com o nosso Padre, que mudou por completo a minha vida, de forma muito rápida. E os quase quarenta anos de contacto próximo e constante com o nosso Fundador…» [9].

Também a nós, o Senhor nos acompanha com paciência infinita, durante anos, meses, semanas… perdoando-nos, ajudando-nos, impulsionando-nos. Além disso, embora muitos de vós não tenhais conhecido o nosso Padre enquanto esteve fisicamente entre nós, todos podeis conhecê-lo e estar com ele, graças aos seus escritos e à conversa confiada que, do Céu, quer manter com cada uma, com cada um. Com o espírito do Opus Dei, deixou nas nossas mãos a possibilidade bem concreta de sermos santos, vivendo com profundidade este caminho que o Senhor oferece a muita gente. Com a ajuda de Deus, com a intercessão de Maria Santíssima e de S. José, de S. Josemaria e de tantas pessoas que já o percorreram até ao fim…, póssumus [10], também nós podemos concluir com êxito este percurso.


[9]. D. Álvaro, Notas de uma reunião familiar, 11-III-1991.
[10]. Mt 20, 22.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de março de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Globalização responsável

(…), existe uma globalização que é concebida unilateralmente em função dos próprios interesses, quando o que deveria existir era uma globalização em que todos são verdadeiramente responsáveis pelos outros e cada um carrega o fardo de outrem. Nada disto pode ser posto em prática sem apreço pelos valores, de maneira puramente tecno-mercantilista. Em decisões sobre mercado são sempre determinantes também as posições sobre os valores. Para tais decisões é sempre decisivo ainda o nosso horizonte religioso e moral.

(A Caminho de Jesus Cristo – Joseph Ratzinger)

Corrigir com afeto sobrenatural

Graças a Deus, nesta porção da Igreja que é a Prelatura do Opus Dei – não porque nos consideremos melhores – ama-se e vive-se esta prática tão evangélica. O nosso Fundador, com uma luz especial de Deus, que o levava a aprofundar nalguns ensinamentos da Sagrada Escritura, praticou-a pessoalmente e ensinou-a a outros, desde o princípio. Dizia que tem tradição evangélica [1], e acrescentava que é sempre uma prova de afeto sobrenatural e de confiança, que, além disso, nos faz saborear o gosto da primitiva cristandade [2].

[1] S. Josemaria, Forja, n. 566.
[2] S. Josemaria, Novembro de 1964.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na carta do mês de Março 2011 escrevendo sobre a ‘correcção fraterna’ como tema proposto por Bento XVI para esta Quaresma)

O ensino da Palavra

«Será também um sinal de amor o esforço para transmitir aos cristãos, não dúvidas ou incertezas nascidas de uma erudição mal assimilada, mas certezas sólidas, porque ancoradas na Palavra de Deus. Sim, os fiéis precisam dessas certezas para a sua vida cristã»

(Paulo VI - Exortação Apostólica ‘Evangelli Nuntiandi’, n. 79)

«São mais do que podíamos esperar [os semeadores de confusão], e onde não são combatidos seduzem outros e engrossa-se a seita, de modo que não sei onde vão a terminar. Eu prefiro curá-los dentro do organismo da Igreja antes que amputá-los desse organismo como membros incuráveis, a não ser que urja a necessidade; porque também há que temer que por perdoar o apodrecido apodreçam muitos outros, Contudo é poderosa a misericórdia do Senhor e pode livrá-los dessa peste»

(Santo Agostinho - Epístola 137, 23,22)

«O pregador do Evangelho terá de ser, portanto, alguém que, mesmo à custa da renúncia pessoal e do sofrimento, procura sempre a verdade que há-de transmitir aos outros. Ele jamais poderá trair ou dissimular a verdade, nem com a preocupação de agradar aos homens, de arrebatar ou de chocar, nem por originalidade ou desejo de dar nas vistas. Ele não há-de evitar a verdade e não há-de deixar que ela se obscureça pela preguiça de a procurar, por comodidade ou por medo; não negligenciará nunca o estudo da verdade. Mas há-de servi-la generosamente, sem a escravizar».

(Paulo VI - Exortação Apostólica ‘Evangelli Nuntiandi’, n. 78)

Diálogo com a fé

"Para poder agir rectamente, a razão deve ser continuamente purificada porque a sua cegueira ética, derivada da prevalência do interesse e do poder que a deslumbram, é um perigo nunca totalmente eliminável [...] A fé permite à razão realizar melhor a sua missão e ver mais claramente o que lhe é próprio"

(Encíclica Deus caritas est, 28)

«Então, hão-de jejuar»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Audiência geral de 21/03/1979 (trad. copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)


«Porque não jejuam os teus discípulos?» Jesus respondeu: «Porventura podem os companheiros para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.» Na verdade, o tempo da Quaresma recorda-nos que o esposo nos foi tirado. Tirado, detido, preso, esbofeteado, flagelado, coroado de espinhos e crucificado. O jejum no tempo da Quaresma é a expressão da nossa solidariedade com Cristo. […] «O meu amor foi crucificado e já não há em mim a chama que deseja as coisas materiais», escreve o Bispo de Antioquia, Inácio, na sua carta aos Romanos (VII, 2).

O alimento e as bebidas são indispensáveis para o homem viver; deles se serve e deve servir-se, mas não lhe é lícito abusar deles seja da forma que for. A tradicional abstenção do alimento e das bebidas tem como finalidade introduzir na existência do homem, não só o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento daquilo que poderia definir-se como uma atitude consumista. Tal atitude tornou-se nos nossos tempos uma das características da civilização, e em particular da civilização ocidental. […] O homem orientado para os bens materiais […] muitas vezes abusa deles.

Não se trata aqui unicamente do alimento e das bebidas. Quando o homem está orientado exclusivamente para a posse e o uso dos bens materiais, isto é, das coisas, então também toda a civilização é medida segundo a quantidade e qualidade das coisas que se encontra capaz de fornecer ao homem, e não se mede com a medida adequada ao homem. Com efeito, esta civilização fornece os bens materiais não só para servirem o homem no exercício das suas actividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazerem os sentidos, a excitação que daí deriva, o prazer momentâneo e a multiplicidade cada vez maior de sensações. […] O homem contemporâneo deve jejuar, isto é, abster-se não só do alimento ou das bebidas, mas de muitos outros meios de consumo, da estimulação e da satisfação dos sentidos. Jejuar significa abster-se, renunciar a alguma coisa.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 7 de março de 2014

Então foram ter com Ele os discípulos de João e disseram-Lhe: «Qual é a razão por que nós e os fariseus jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem estar tristes os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo e então eles jejuarão.

Mt 9, 14-15