Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

9 fevereiro - 16:00 - Conferências no Santuário: «Porque está Nosso Senhor assim pregado na cruz? Porque morreu por nós.»


Papa diz que “a unidade é mais importante que as regras”

O Papa Francisco disse este sábado que a unidade na Igreja é mais importante que as regras particulares dos movimentos.

Num discurso perante membros do Caminho Neocatecumenal, reunidos em Roma, o Papa deixou várias recomendações e pediu flexibilidade na aplicação de regras: “A comunhão é essencial: por vezes pode ser necessário renunciar a respeitar todos os detalhes que o vosso itinerário exige, para garantir a unidade com os irmãos que formam a única comunidade eclesial, da qual se devem sentir parte”.

O Caminho Neocatecumenal tem um carisma missionário e são muitas as famílias que são enviadas para outros países e culturas para evangelizar. A estes em particular o Papa deixou a recomendação de respeitar a cultura que os acolhe.

Composto por comunidades que fazem um percurso intensivo de catequeses, o Caminho Neocatemunal inclui algumas práticas que nem sempre são bem compreendidas por católicos que não fazem parte do movimento. Por exemplo, o hábito de celebrar missas à porta fechada, bem como algumas adaptações feitas à liturgia, provocam por vezes alguma crispação nas comunidades em que o Caminho tem uma presença forte.

No seu discurso o Papa pediu aos presentes respeito e paciência por quem procura outros caminhos: “Nestes casos o exercício da paciência e da misericórdia por parte da comunidade é sinal de maturidade na fé. A liberdade de cada um não deve ser forçada e deve-se respeitar mesmo a decisão de quem procura, fora do Caminho, outras formas de vida cristã que o ajudem a crescer na resposta à chamada do Senhor”.

O encontro foi marcado pela bênção das famílias que vão partir agora em missão e por muitas músicas e ambiente de festa, que são também uma marca deste movimento.

Filipe d'Avilez

(Fonte: Rádio Renascença AQUI)


Vídeo da ocasião em italiano

REGICÍDIO

Ilustração de Carlos Ribeiro
Foi num dia como o de hoje, mas de 1908, que o Rei D. Carlos e o Príncipe D. Luís Filipe foram assassinados em pleno Terreiro do Paço, na presença da Rainha D. Amélia e do filho mais novo do casal, D. Manuel II, até à data o último Rei de Portugal.


A tragédia, que também vitimou um transeunte e dois regicidas, é um episódio inédito na história de Portugal. Alguns historiadores entendem que este crime precipitou o fim da monarquia e a implantação de um novo regime,... dois anos e meio depois. 

A primeira República foi também um tempo de grandes perturbações sociais: Sidónio Pais, o Presidente-Rei, foi morto em 1918, um ano depois da sua eleição presidencial. A instabilidade política e social só foi definitivamente ultrapassada com a instauração do Estado Novo, embora com a drástica supressão de alguns direitos políticos dos cidadãos.

É verdade que o 25 de Abril pôs termo, pacificamente, a esse regime autoritário, embora as vítimas do processo de descolonização não possam ser excluídas dessa contabilidade. Posteriormente, a aprendizagem da democracia, depois de ultrapassado o perigo de uma ditadura marxista, também não foi isenta de violentas tensões. 

São conhecidos os nossos brandos costumes cristãos, mas na natureza de todos os povos há sementes de violência que, em qualquer momento, podem desabrochar. A recordação do holocausto é pedagógica para todos os homens de todos os tempos, sobretudo porque o horror dessa tirania ocorreu, por via democrática, no país mais desenvolvido da Europa. 

A lembrança do regicídio e a memória dos mártires da pátria é necessária para a cultura da liberdade. Que o sangue inocente dos que tombaram por Portugal seja, para as gerações vindouras, uma séria advertência sobre os perigos do fundamentalismo e da intolerância e um chamamento para a construção da democracia e da paz. 

Gonçalo Portocarrero de Almada
jornal i, 1 fevereiro 2014


Ilustração de Carlos Ribeiro

O Evangelho de Domingo dia 2 de fevereiro de 2014

Depois que se completaram os dias da purificação de Maria, segundo a Lei de Moisés, levaram-n'O a Jerusalém para O apresentar ao Senhor segundo o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo o varão primogénito será consagrado ao Senhor”, e para oferecerem em sacrifício, conforme o que também está escrito na Lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois pombinhos”. Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso; esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte sem ver primeiro o Cristo do Senhor. Foi ao templo conduzido pelo Espírito. E, levando os pais o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da Lei a Seu respeito, ele tomou-O nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz segundo a Tua palavra; porque os meus olhos viram a Tua salvação, que preparaste em favor de todos os povos; luz para iluminar as nações, e glória de Israel, Teu povo». O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. E uma espada trespassará a tua alma. Assim se descobrirão os pensamentos escondidos nos corações de muitos». Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada. Tinha vivido sete anos com o seu marido, após o seu tempo de donzela, e tinha permanecido viúva até aos oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia com jejuns e orações. Ela também, vindo nesta mesma ocasião, louvava a Deus e falava de Jesus a todos os de Jerusalém que esperavam a redenção.Depois que cumpriram tudo, segundo o que mandava a Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. O Menino crescia e fortificava-Se, cheio de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.

Lc 2, 22-40

"Evangelii Gaudium" (67)

A força missionária da intercessão
281. Há uma forma de oração que nos incentiva particularmente a gastarmo-nos na evangelização e nos motiva a procurar o bem dos outros: é a intercessão. Fixemos, por momentos, o íntimo dum grande evangelizador como São Paulo, para perceber como era a sua oração. Esta estava repleta de seres humanos: «Em todas as minhas orações, sempre peço com alegria por todos vós (…), pois tenho-vos no coração» (Fl 1, 4.7). Descobrimos, assim, que interceder não nos afasta da verdadeira contemplação, porque a contemplação que deixa de fora os outros é uma farsa.

282. Esta atitude transforma-se também num agradecimento a Deus pelos outros. «Antes de mais, dou graças ao meu Deus por todos vós, por meio de Jesus Cristo» (Rm 1, 8). Trata-se de um agradecimento constante: «Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus» (1 Cor 1, 4); «todas as vezes que me lembro de vós, dou graças ao meu Deus» (Fl 1, 3). Não é um olhar incrédulo, negativo e sem esperança, mas uma visão espiritual, de fé profunda, que reconhece aquilo que o próprio Deus faz neles. E, simultaneamente, é a gratidão que brota de um coração verdadeiramente solícito pelos outros. Deste modo, quando um evangelizador sai da oração, o seu coração tornou-se mais generoso, libertou-se da consciência isolada e está ansioso por fazer o bem e partilhar a vida com os outros.

283. Os grandes homens e mulheres de Deus foram grandes intercessores. A intercessão é como «fermento» no seio da Santíssima Trindade. É penetrarmos no Pai e descobrirmos novas dimensões que iluminam as situações concretas e as mudam. Poderíamos dizer que o coração de Deus se deixa comover pela intercessão, mas na realidade Ele sempre nos antecipa, pelo que, com a nossa intercessão, apenas possibilitamos que o seu poder, o seu amor e a sua lealdade se manifestem mais claramente no povo.

Conversa de Bento XVI em 2005 com crianças da primeira comunhão

O encontro de Bento XVI com cento e cinquenta mil pessoas, na sua maioria crianças, acompanhadas pelos pais e catequistas, colocou uma nota festiva no Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, encerrado em Roma no dia 23 de Outubro [de 2005].

O que originalmente tinha sido planeado como uma iniciativa limitada à diocese de Roma, acabou por reunir milhares de meninos e meninas de todas as regiões italianas e de alguns países vizinhos. Assim, na tarde de 15 de Outubro, o ambiente da Praça de São Pedro recordava o das grandes reuniões de João Paulo II com os jovens. A novidade foi que Bento XVI prescindiu do texto escrito e respondeu ao vivo às perguntas sobre a Eucaristia que lhe fizeram as crianças. O encontro, transmitido em directo pelo primeiro canal da RAI, encerrou com uma breve adoração eucarística: alguns minutos, nos quais o surpreendente, desta vez, foi o silêncio.

As respostas do agora Papa Emérito às seis perguntas das crianças refletiram, em tom simples e catequético, alguns dos temas tocados no sínodo, em que participam 252 bispos de todo o mundo. Bento XVI na altura começou por recordar a sua própria primeira comunhão, que teve lugar em 1936. "Fiquei realmente cheio de alegria pelo facto de Jesus ter vindo a mim e compreendia - aos nove anos de idade - que tinha começado uma nova etapa da minha vida. Desde então, prometi ao Senhor: quereria estar sempre conTigo, mas - sobretudo - Tu tens que estar sempre comigo".

Sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, o Papa Emérito disse que "nós não O vemos, mas existem muitas coisas que não vemos e são essenciais: por exemplo, a nossa inteligência ou a alma, mas existem, porque nós podemos falar e pensar. Também não vemos a electricidade, mas apercebemo-nos dos seus efeitos, a luz eléctrica". Da mesma forma, "também não vemos com os nossos olhos o Senhor ressuscitado, mas vemos que, com Jesus, as pessoas mudam, são melhores, há uma maior capacidade de paz e reconciliação".

Sobre a necessidade da confissão, explicou que não há necessidade de se confessar antes de cada Comunhão, se não se tiverem cometido pecados graves, "mas é muito útil confessar-se com uma certa regularidade para ter uma alma limpa". Apesar de os nossos pecados "serem sempre os mesmos", acrescentou, referindo-se à expressão usada por uma menina na sua pergunta (cujo tom quase lhe arrancou uma gargalhada), "nós também limpamos as nossas casas, pelo menos uma vez por semana, embora o lixo seja sempre o mesmo. Se não, corre-se o risco de que talvez não se veja o lixo, mas ele acumula-se. O mesmo acontece com a nossa alma".

A Missa de Domingo também esteve presente nas perguntas, mas focada da perspectiva das crianças. "Os nossos pais, muitas vezes, não nos acompanham à Missa, porque eles dormem ao Domingo", disse uma pequena atrevida. Bento XVI pediu-lhe para falar com eles com muito amor e respeito, e dizer-lhes: "Querida mãe, querido pai, sabes que há uma coisa muito importante para nós, também para ti? Encontrar-nos com Jesus".

Os temas do Sínodo

Obviamente, as discussões das duas primeiras duas semanas na aula do Sínodo foram muito mais complexas do que as referências feitas pelo Papa às crianças. Entre os temas discutidos falou-se, de facto, da missa dominical, da dignidade da liturgia, da centralidade do mistério da Eucaristia na vida da Igreja. E também de situações concretas, que foram as que encontraram maior eco na imprensa: especialmente, a comunhão dos divorciados que voltaram a casar, o celibato sacerdotal e a celebração em comum do sacramento da Eucaristia com outras confissões cristãs. Também não faltaram alguns testemunhos sobre a vida dos cristãos em países como a Arábia Saudita, que não reconhecem a liberdade religiosa.
(...)
Bento XVI introduziu uma alteração na estrutura da assembleia: uma hora por dia de debate livre, sem texto previamente escrito, o que deu à reunião um dinamismo particular.

Se sempre foi difícil cobrir informativamente um Sínodo dos Bispos, essa discussão livre introduziu uma nova variável. E não apenas pelas parciais restrições informativas que o rodeiam, motivadas - como se repete periodicamente - pela necessidade de deixar que o debate seja verdadeiramente livre, sem a pressão de que a troca de opiniões se converta no dia seguinte, em títulos dos jornais.

O problema também é jornalístico. Como a primeira fase do Sínodo consiste em breves intervenções pessoais, que convergem depois nas propostas mais organizadas, a informação fornecida é muito fragmentada. O resultado é que falta síntese e, sobretudo, o contexto. Do lado da imprensa, é costume estimular o debate dentro da Igreja. Mas quando ele existe, a própria imprensa tem dificuldade em apresentar o debate como debate. Normalmente, entende-se como conflito.

Essa tendência notou-se particularmente nas três questões mencionadas (divorciados, celibato, inter-comunhão). Em todo o caso, o confronto que teve lugar na aula sinodal mostra que não há temas "tabu". O que é mais discutível é que alguns meios de comunicação se aborreçam, por o Sínodo não aprovar as reformas que eles propõem.

Diego Contreras

(Fonte: 'Aceprensa' com adaptação)

Discipulado

«(…): as Bem-Aventuranças exprimem o que significa discipulado. Tornam-se tanto mais concretas e reais quanto mais completa for a dedicação do discípulo ao serviço, como podemos constatar de forma exemplar em Paulo».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

«Porque sois tão medrosos?»

Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa 
Diário (Fátima, 2003), 1322


Vagueia, da minha vida, a barca,
Entre as sombras da noite e escuridão
E de terra não vejo marca,
Encontro-me num mar de imensidão.

A menor procela me pode afundar,
Mergulhando meu barco no turbilhão;
Se, ó Deus, por mim não estivésseis a velar,
A cada instante da vida, a cada ocasião.

Entre o estrondo da sondas, ululante
Navego tranquila e como quem confia,
E olho, infantil para o mais distante,
Porque vós, ó Jesus, sois o meu Guia.

À minha volta o terror do mar e o pavor
Mais que horror da minh’alma, a serenidade.
Porque quem convosco está não perecerá, Senhor,
Disso me assegura a divina caridade.

Cercam-me perigos, muitos em voragem,
Mas não temo, olho para o céu estrelado
E navego com alegria e coragem,
Como convém a um coração purificado.

Se a barca da minha vida vai em serenidade,
É, acima de tudo, por uma razão:
Por serdes vós, ó Deus, o meu guardião.
Eis meu testemunho de inteira humildade.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 1 de fevereiro de 2014

Naquele mesmo dia, ao cair da tarde, disse-lhes: «Passemos à outra margem». Eles, deixando a multidão, levaram-n'O consigo, assim como estava, na barca. Outras embarcações O seguiram. Então levantou-se uma grande tempestade de vento, e as ondas lançavam-se sobre a barca, de tal modo que a barca se enchia de água. Jesus estava na popa a dormir sobre um travesseiro. Acordaram-n'O e disseram-Lhe: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Ele levantou-Se, ameaçou o vento e disse para o mar: «Cala-te, emudece». O vento amainou e seguiu-se uma grande bonança. Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?». Ficaram cheios de grande temor, e diziam uns para os outros: «Quem será Este, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». 

Mc 4, 35-41