Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

«Il valore del matrimonio sacramentale» Mons. Gerhard Ludwig Müller

L'Osservatore Romano
«Alla crescente mancanza di comprensione circa la santità del matrimonio la Chiesa non può rispondere con un adeguamento pragmatico a ciò che appare inevitabile, ma solo con la fiducia piena nello spirito di Dio, perché possiamo conoscere ciò che Dio ci ha donato». Lo ha ribadito l’arcivescovo Gerhard Ludwig Müller, prefetto della Congregazione per la dottrina della fede, nel saluto rivolto al Papa all’inizio dell’udienza. 
«Il matrimonio sacramentale — ha affermato in proposito — è una testimonianza della potenza della grazia che trasforma la persona umana e prepara tutta la Chiesa per la Città santa, la nuova Gerusalemme». Dunque «accogliere nella fede il dono che Dio stesso prepara è il primo e fondamentale passo per promuovere nella vita la persona, il matrimonio e la famiglia, per la Chiesa e per tutta la società».

Spiegando al Pontefice che «il verbo fondamentale che qualifica il nostro lavoro è il verbo promuovere», il presule ha ricordato le parole di Paolo VI: «Oggi la fede si difende meglio promuovendo la dottrina». E «proprio per permettere alla luce della fede di brillare in tutto il suo splendore — ha aggiunto — occorre promuovere, tutelare e custodire l’integrità della dottrina, tanto nella professione della fede quanto nella pratica concreta della vita». Del resto, la «sana dottrina» non è «una teoria astratta di alcuni esperti, ma la parola di Dio posta sulla bocca della Chiesa, che suscita la fede, senza la quale è impossibile piacere a Dio».
Servire questa parola è il compito fondamentale del dicastero. Compito al quale, ha assicurato l’arcivescovo, «quotidianamente ciascuno di noi, con impegno e letizia per la responsabilità che gli è stata affidata, si dedica» attraverso il metodo di lavoro della «collegialità a tutti i livelli». Al riguardo monsignor Müller ha voluto ringraziare quanti lavorano al servizio della Congregazione — «tutti altamente qualificati, dediti al lavoro e radicati nella preghiera» — a cominciare «dai più stimati cardinali fino ai nostri collaboratori». E, ha detto, «vorrei menzionare tra di loro la nostra signora Speranza, che ogni giorno si occupa di tenere in ordine i nostri spazi comuni e che pure ho voluto personalmente invitare a questo incontro: tutti sono importanti per il nostro lavoro comune». 

L'Osservatore Romano, 1° febbraio 2014.

A profissão de dona de casa vale 7 mil euros/mês (agradecimento 'É o Carteiro!')

di Stefano Grossi Gondi, 31 gennaio 2014 - La Repubblica / Economia & Finanza

Trabalhadora multitasking, perita em muitas tarefas e fundamental nas dinâmicas familiares.

Muito se falou já sobre o papel da mulher que trabalha em casa, mas agora houve quem calculasse o valor, a preços de mercado, desta actividade profissional: quase 7 mil euros por mês, cerca de 83 mil euros anos.

Foi o que fez o site salary.com, e foi noticiado pelo jornal La Reppublica.

O cálculo foi feito após entrevistar mais de 6.000 mulheres e avaliando as competências que elas aplicam diariamente, e que cobrem uma dezena de funções: cozinheira, motorista, professora, psicóloga, contabilista, gestora, técnica de limpeza, técnica de manutenção, lavandaria, babysitter.

A dona de casa média, estima-se, cozinha 14 horas semanais a 10 euros/hora. Faz de motorista, para crianças grandes
e pequenas, 8 horas semanais a 10 euros/hora. Dá 13 horas de explicação por semana, ao mesmo valor. Não só isso.
Para resolver as várias crises familiares transforma-se em psicóloga pelo menos 7 horas por semana, a 28 euros à hora,
e gestora a 40 euros à hora, organizando os dias dos filhos mais novos e gerindo toda a casa.

As donas de casa italianas, segundo os dados do instituto de estatísticas italiano, são 4 milhões e 879 mil. Em percentagem, é um dos países que tem mais.

Oficialmente um sector improdutivo da sociedade, na realidade um recurso, mas que ainda não tem qualquer reconhecimento ou protecção.



Zelar pela integridade da fé é uma tarefa muito delicada

O Papa Francisco recebeu em audiência esta manhã, na Sala Clementina, os membros da Congregação para a Doutrina da Fé, no encerramento de sua Assembleia Plenária.

No seu discurso, o Pontífice recordou a função deste dicastério, que é “promover e tutelar a doutrina sobre a fé e os costumes em todo o mundo católico (Constit. ap. Pastor bonus, 48)”. Todavia, observou, desde os primeiros tempos da Igreja existe a tentação de entender a doutrina num sentido ideológico ou de reduzi-la a um conjunto de teorias abstratas e cristalizadas. Na realidade, a doutrina tem como único fim servir a vida do Povo de Deus e garantir à nossa fé um fundamento seguro. “De facto, é grande a tentação de nos apropriar dos dons da salvação que vem de Deus, para domesticá-los – talvez com boas intenções – às visões e ao espírito do mundo. E esta é uma tentação que se repete continuamente.”

Para o Pontífice, zelar pela integridade da fé é uma tarefa muito delicada, que deve ser feita sempre em colaboração com os Pastores locais e com as Comissões Doutrinais das Conferências Episcopais. “Isso é importante para salvaguardar o direito de todo o Povo de Deus a receber o depósito da fé na sua pureza e na sua integralidade.” Por isso, Francisco pediu aos membros da Congregação que mantenham uma atitude de diálogo e colegialidade para que a luz da nossa fé brilhe sempre mais diante do mundo.

A seguir, o Papa mencionou o tema debatido em assembleia, que foi a relação entre fé e o Sacramento do matrimónio. “Trata-se de uma reflexão de grande relevância”, destacou o Pontífice, recordando que já Bento XVI havia formulado a necessidade de se interrogar mais profundamente acerca da relação entre fé pessoal e celebração do Sacramento do matrimónio, sobretudo no atual contexto cultural.

Por fim, Francisco agradeceu aos membros da Congregação para a Doutrina da Fé pelo empenho em tratar dos chamados delitos mais graves, em especial dos casos de abuso sexual de menores por parte de clérigos. “Pensem no bem das crianças e dos jovens, que na comunidade cristã sempre devem ser protegidos e amparados no seu crescimento humano e espiritual.”

Neste sentido, o Papa anunciou que se estuda a possibilidade de que a Comissão para a proteção dos menores que ele criou colabore com a Congregação para a Doutrina da Fé.
(BF)

(Fonte: 'news.va' com adaptação de pormenor)

Vídeo da ocasião em italiano

Imagem Peregrina da Virgem de Fátima em visita à Albânia

"É necessário oferecer experiências fortes ao povo de Deus."(Presidente da Conferência Episcopal Albanesa)

Numa iniciativa inédita, concretizada em resposta ao pedido apresentado ao Santuário de Fátima pelo presidente da Conferência Episcopal Albanesa, D. Angelo Massafra, OFM, uma das Imagens Peregrinas de Nossa Senhora de Fátima realiza um périplo pela Albânia.

A peregrinação teve início em janeiro de 2014 e, em entrevista, D. Angelo Massafra anuncia quais os principais propósitos da viagem: “Queremos colocar sob a proteção de Maria o mundo inteiro e em particular a Albânia, uma terra e um povo que já tanto sofreu e que continua a sofrer, e não apenas com o comunismo, mas pela ‘vingança de sangue’, obrigando muitas famílias a permanecerem presas em suas casas”.

“Queremos confiar a Maria todas as pessoas mais débeis, em particular as crianças, os velhos, os doentes, os pobres e os emigrantes no mundo inteiro e, sobretudo, (pedimos) a santificação e a reconciliação das famílias”, anuncia o também arcebispo metropolita de Scutari-Pult.

Para D. Angelo Massafra, esta peregrinação, que teve início a 18 de janeiro e que culminará em abril, é importante porque “é necessário oferecer experiências fortes ao povo de Deus, estimulando-o, (experiências) que o ajudem a viver melhor a peregrinação da fé”.

(...)

BOLETIM INFORMATIVO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 10/2014, de 21 de janeiro de 2014

“O maior pecado de hoje é que os homens perderam o sentido do pecado”

O sentido do pecado – este o tema da homilia do Papa Francisco na missa em Santa Marta nesta sexta-feira. Quando Deus está menos presente na nossa vida aparece a ‘mediocridade cristã’. Assim, um pecado grave como o adultério parece algo pouco importante. Tal como nos é narrado pelo Primeiro Livro de Samuel, David apaixona-se por Betsabé, mulher de Urias, um seu general, fica com ela e envia o marido para a frente de batalha onde este vem a falecer. David comete um grande pecado mas não o sente como tal – afirmou o Papa Francisco que colocou em relevo o facto de a David não lhe ter ocorrido pedir perdão pelo pecado de adultério mas sim a questão: como resolvo isto?

“A todos nós pode acontecer esta coisa. Todos somos pecadores e todos somos tentados e as tentações é o pão nosso de cada dia. Se algum de nós dissesse: ‘Mas eu nunca tive tentações, ou és um anjo ou és um tolo! Percebe-se...É normal na vida a luta e o diabo não está tranquilo, ele quer a sua vitória. Mas o problema – o problema mais grave nesta passagem – não é tanto a tentação e o pecado contra o nono mandamento, mas é como age David. E David aqui não fala de pecado mas de um problema que tem que resolver. E isto é um sinal! Quando o Reino de Deus está menos presente, quando o Reino de Deus diminui, um dos sinais é que se perde o sentido do pecado.”

O poder do homem, no lugar da glória de Deus! Este é o pão de cada dia. Por isto a oração de todos os dias a Deus ’Venha o teu Reino, cresça o Reino’ porque a salvação não virá das nossas espertezas, das nossas astúcias, da nossa inteligência de fazer negócios. A salvação virá da graça de Deus e do treino quotidiano que nós fazemos desta graça na vida cristã.”

“O maior pecado de hoje é que os homens perderam o sentido do pecado” – afirmou o Papa Francisco recordando a frase do Papa Pio XII e logo voltou o seu olhar para Urias, o homem inocente mandado para morrer na frente de batalha pelo seu rei. Segundo o Santo Padre, Urias é como que, o emblema de todas as vítimas da nossa inconfessada soberba:
“Eu confesso-vos que quando vejo estas injustiças, esta soberba humana, mesmo quando vejo o perigo que a mim próprio possa suceder isto, o perigo de perder o sentido do pecado, faz-me bem pensar aos tantos Urias da história, aos tantos Urias que mesmo hoje sofrem a nossa mediocridade cristã, quando nós perdemos o sentido do pecado, quando nós deixamos que o Reino de Deus caia... Estes são os mártires dos nossos pecados não reconhecidos. Vai-nos fazer bem hoje rezar por nós, para que o Senhor nos dê sempre a graça de não perder o sentido do pecado, para que o Reino não baixe em nós. Mesmo levar uma flor espiritual ao túmulo destes Urias contemporâneos, que pagam a conta do banquete dos seguros, daqueles cristãos que se sentem seguros.” (RS)

(Fonte: Rádio Vaticano)

Víeo da ocasião em italiano

"Evangelii Gaudium" (66)

A acção misteriosa do Ressuscitado e do seu Espírito
275. No terceiro capítulo, reflectimos sobre a carência de espiritualidade profunda que se traduz no pessimismo, no fatalismo, na desconfiança. Algumas pessoas não se dedicam à missão, porque crêem que nada pode mudar e assim, segundo elas, é inútil esforçar-se. Pensam: «Para quê privar-me das minhas comodidades e prazeres, se não vejo algum resultado importante?» Com esta mentalidade, torna-se impossível ser missionário. Esta atitude é precisamente uma desculpa maligna para continuar fechado na própria comodidade, na preguiça, na tristeza insatisfeita, no vazio egoísta. Trata-se de uma atitude autodestrutiva, porque «o homem não pode viver sem esperança: a sua vida, condenada à insignificância, tornar-se-ia insuportável». No caso de pensarmos que as coisas não vão mudar, recordemos que Jesus Cristo triunfou sobre o pecado e a morte e possui todo o poder. Jesus Cristo vive verdadeiramente. Caso contrário, «se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação» (1 Cor 15, 14). Diz-nos o Evangelho que, quando os primeiros discípulos saíram a pregar, «o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra» (Mc 16, 20). E o mesmo acontece hoje. Somos convidados a descobri-lo, a vivê-lo. Cristo ressuscitado e glorioso é a fonte profunda da nossa esperança, e não nos faltará a sua ajuda para cumprir a missão que nos confia.

276. A sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual. É verdade que muitas vezes parece que Deus não existe: vemos injustiças, maldades, indiferenças e crueldades que não cedem. Mas também é certo que, no meio da obscuridade, sempre começa a desabrochar algo de novo que, mais cedo ou mais tarde, produz fruto. Num campo arrasado, volta a aparecer a vida, tenaz e invencível. Haverá muitas coisas más, mas o bem sempre tende a reaparecer e espalhar-se. Cada dia, no mundo, renasce a beleza, que ressuscita transformada através dos dramas da história. Os valores tendem sempre a reaparecer sob novas formas, e na realidade o ser humano renasceu muitas vezes de situações que pareciam irreversíveis. Esta é a força da ressurreição, e cada evangelizador é um instrumento deste dinamismo.

277. E continuamente aparecem também novas dificuldades, a experiência do fracasso, as mesquinhices humanas que tanto ferem. Todos sabemos, por experiência, que às vezes uma tarefa não nos dá as satisfações que desejaríamos, os frutos são escassos e as mudanças são lentas, e vem-nos a tentação de se dar por cansado. Todavia, não é a mesma coisa quando alguém, por cansaço, baixa momentaneamente os braços e quando os baixa definitivamente dominado por um descontentamento crónico, por uma acédia que lhe mirra a alma. Pode acontecer que o coração se canse de lutar, porque, em última análise, se busca a si mesmo num carreirismo sedento de reconhecimentos, aplausos, prémios, promoções; então a pessoa não baixa os braços, mas já não tem garra, carece de ressurreição. Assim, o Evangelho, que é a mensagem mais bela que há neste mundo, fica sepultado sob muitas desculpas.

278. A fé significa também acreditar n’Ele, acreditar que nos ama verdadeiramente, que está vivo, que é capaz de intervir misteriosamente, que não nos abandona, que tira bem do mal com o seu poder e a sua criatividade infinita. Significa acreditar que Ele caminha vitorioso na história «e, com Ele, estarão os chamados, os escolhidos, os fiéis» (Ap 17, 14). Acreditamos no Evangelho que diz que o Reino de Deus já está presente no mundo, e vai-se desenvolvendo-se aqui e além de várias maneiras: como a pequena semente que pode chegar a transformar-se numa grande árvore (cf. Mt 13, 31-32), como o punhado de fermento que leveda uma grande massa (cf. Mt 13, 33), e como a boa semente que cresce no meio do joio (cf. Mt 13, 24-30) e sempre nos pode surpreender positivamente: ei-la que aparece, vem outra vez, luta para florescer de novo. A ressurreição de Cristo produz por toda a parte rebentos deste mundo novo; e, ainda que os cortem, voltam a despontar, porque a ressurreição do Senhor já penetrou a trama oculta desta história; porque Jesus não ressuscitou em vão. Não fiquemos à margem desta marcha da esperança viva!

279. Como nem sempre vemos estes rebentos, precisamos de uma certeza interior, ou seja, da convicção de que Deus pode actuar em qualquer circunstância, mesmo no meio de aparentes fracassos, porque «trazemos este tesouro em vasos de barro» (2 Cor 4, 7). Esta certeza é o que se chama «sentido de mistério», que consiste em saber, com certeza, que a pessoa que se oferece e entrega a Deus por amor, seguramente será fecunda (cf. Jo 15, 5). Muitas vezes esta fecundidade é invisível, incontrolável, não pode ser contabilizada. A pessoa sabe com certeza que a sua vida dará frutos, mas sem pretender conhecer como, onde ou quando; está segura de que não se perde nenhuma das suas obras feitas com amor, não se perde nenhuma das suas preocupações sinceras com os outros, não se perde nenhum acto de amor a Deus, não se perde nenhuma das suas generosas fadigas, não se perde nenhuma dolorosa paciência. Tudo isto circula pelo mundo como uma força de vida. Às vezes invade-nos a sensação de não termos obtido resultado algum com os nossos esforços, mas a missão não é um negócio nem um projecto empresarial, nem mesmo uma organização humanitária, não é um espectáculo para que se possa contar quantas pessoas assistiram devido à nossa propaganda. É algo de muito mais profundo, que escapa a toda e qualquer medida. Talvez o Senhor Se sirva da nossa entrega para derramar bênçãos noutro lugar do mundo, aonde nunca iremos. O Espírito Santo trabalha como quer, quando quer e onde quer; e nós gastamo-nos com grande dedicação, mas sem pretender ver resultados espectaculares. Sabemos apenas que o dom de nós mesmos é necessário. No meio da nossa entrega criativa e generosa, aprendamos a descansar na ternura dos braços do Pai. Continuemos para diante, empenhemo-nos totalmente, mas deixemos que seja Ele a tornar fecundos, como melhor Lhe parecer, os nossos esforços.

280. Para manter vivo o ardor missionário, é necessária uma decidida confiança no Espírito Santo, porque Ele «vem em auxílio da nossa fraqueza» (Rm 8, 26). Mas esta confiança generosa tem de ser alimentada e, para isso, precisamos de O invocar constantemente. Ele pode curar-nos de tudo o que nos faz esmorecer no compromisso missionário. É verdade que esta confiança no invisível pode causar-nos alguma vertigem: é como mergulhar num mar onde não sabemos o que vamos encontrar. Eu mesmo o experimentei tantas vezes. Mas não há maior liberdade do que a de se deixar conduzir pelo Espírito, renunciando a calcular e controlar tudo e permitindo que Ele nos ilumine, guie, dirija e impulsione para onde Ele quiser. O Espírito Santo bem sabe o que faz falta em cada época e em cada momento. A isto chama-se ser misteriosamente fecundos!

Formação na fé

«Antes de mais é necessário que cada um entre em si mesmo, procurando com vigilância delicada conservar profundamente arraigada no seu coração a fé, precavendo-se dos perigos e, de modo especial, bem armado sempre contra vários sofismas enganadores. Para melhor pôr a salvo esta virtude, julgamos de sobremaneira útil e extremamente conforme com as circunstâncias dos tempos o esmerado estudo da doutrina cristã, segundo a possibilidade e capacidade de cada qual; empapando a sua inteligência com o maior conhecimento possível daquelas verdades que dizem respeito à religião e pela razão se podem alcançar»

(Leão XIII - Sapientiae christianae, nº 17)

Dom Bosco - Singela Homenagem ao Grande Educador (com som e linguagem fácil)

«Estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra»

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 

Sermão 98; CCL 24A, 602


Como diz Cristo, o Reino de Deus é como um grão de mostarda. […] Cristo é o Reino: como um grão de mostarda, foi deitado à terra num jardim, o corpo da Virgem. Cresceu e tornou-Se a árvore da cruz que cobre toda a terra. […] Cristo é o Reino, pois nele reside toda a glória do seu reino. E Cristo é o homem, pois o homem na sua totalidade é renovado nele. Cristo é o grão de mostarda, o instrumento de que Deus Se serve para fazer descer toda a sua grandeza em toda a pequenez do homem. Ele próprio Se tornou todas as coisas, para renovar todos os homens nele. Enquanto homem, Cristo recebeu o grão de mostarda que é o Reino de Deus […]; enquanto Deus, possuía-o desde sempre. Ele deitou a semente à terra no seu jardim. […]

O jardim é esta terra cultivada que se estendeu por todo o mundo, lavrada pela charrua da Boa Nova, encerrada pelos limites da sabedoria; os Apóstolos penaram para arrancar todas as ervas daninhas. Dá gosto contemplar as jovens plantas que são os crentes, os lírios que são as virgens e as rosas que são os mártires: flores que dão constantemente o seu perfume.

Cristo semeou, pois, o grão de mostarda no seu jardim. A semente criou raízes quando Ele prometeu o seu Reino aos patriarcas, germinou com os profetas, cresceu com os Apóstolos e tornou-se a árvore imensa que estende os seus longos ramos sobre a Igreja, e lhe prodiga os seus dons. […] Toma as asas de prata da pomba de que fala o Profeta (Sl 67,14). […] Levanta voo para usufruir de um repouso sem fim, fora do alcance dos laços (Sl 90,3), por entre folhagens magníficas. Sê suficientemente forte para assim levantares voo, e vai habitar em segurança nesta vasta morada.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 31 de janeiro de 2014

Dizia também: «O reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. Dorme e se levanta, noite e dia, e a semente germina e cresce sem ele saber como. Porque a terra por si mesma produz, primeiramente a haste, depois a espiga, e por último a espiga cheia de grãos. E, quando o fruto está maduro, mete logo a foice, porque chegou o tempo da ceifa». Dizia mais: «A que coisa compararemos nós o reino de Deus? Com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, quando se semeia no campo, é a menor de todas as sementes que há na terra; mas, depois que é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças, e cria ramos tão grandes que “as aves do céu podem vir abrigar-se à sua sombra”». Assim lhes propunha a palavra com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de compreender. Não lhes falava sem parábolas; porém, em particular explicava tudo aos Seus discípulos.

Mc 4, 26-34