Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 13 de outubro de 2013

Papa Emérito Bento XVI acolhe Nossa Senhora de Fátima a 12.10.2013 (algumas imagens são inéditas)

Santa Mãe de Deus, que 2 dias maravilhosos o Senhor nos ofereceu em Roma, aonde povos de todo o mundo vos saudaram com amor e devoção. Obg!

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Acolhimento em Roma a Nossa Senhora de Fátima, sábado dia 12 de outubro de 2013

Consagração ao Imaculado Coração de Maria

Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima,

Com renovada gratidão pela tua presença materna, unimos a nossa voz à de todas as gerações que te chamam bem-aventurada, em ti celebramos as grandes obras de Deus, que nunca se cansa de se inclinar com misericordiosamente sobre a humanidade, aflita pelo mal e ferida pelo pecado, para a curar e salvar.

Acolhe com benevolência de mãe o acto de entrega que hoje fazemos com confiança,
Diante desta tua imagem, para nós tão querida.

Estamos certos que cada um de nós é precioso aos teus olhos e que nada do que habita nos nossos corações te é estranho.

Deixamo-nos alcançar pelo teu olhar tão doce e recebemos a consoladora carícia do teu sorriso.

Cuida da nossa vida entre os teus braços; abençoa-nos e reforça todo o desejo de bem; reaviva e alimenta a fé; sustém-nos e ilumina a esperança; suscita e anima a caridade; guia-nos a todos no caminho da santidade.

Ensina-nos o teu próprio amor de predilecção pelos pequenos e pobres, pelos excluídos e pelos que sofrem, pelos pecadores e os que têm o coração dilacerado: reúne-os a todos sob a tua protecção, e entrega-os ao teu dilecto filho, o Senhor Nosso Jesus.

Amen


Deus surpreende-nos sempre - Homilia do Papa Francisco na Santa Missa de 13.10.2013

Vídeo da ocasião em italiano


«Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas» (Sl 97, 1). Encontramo-nos hoje diante duma das maravilhas do Senhor: Maria! Uma criatura humilde e frágil como nós, escolhida para ser Mãe de Deus, Mãe do seu Criador. Precisamente olhando Maria à luz das Leituras que acabámos de escutar, queria reflectir convosco sobre três realidades: Deus surpreende-nos, Deus pede-nos fidelidade, Deus é a nossa força.

1. A primeira: Deus surpreende-nos. O caso de Naamã, comandante do exército do rei da Síria, é notável: para se curar da lepra, vai ter com o profeta de Deus, Eliseu, que não realiza ritos mágicos, nem lhe pede nada de extraordinário. Pede-lhe apenas para confiar em Deus e mergulhar na água do rio; e não dos grandes rios de Damasco, mas de um rio pequeno como o Jordão. É uma exigência que deixa Naamã perplexo, surpreendido: Que Deus poderá ser este que pede uma coisa tão simples? A vontade primeira dele é retornar ao País, mas depois decide-se a fazê-lo, mergulha no Jordão e imediatamente fica curado. Vedes!? Deus surpreende-nos; é precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele.

Esta é a experiência da Virgem Maria: perante o anúncio do Anjo, não esconde a sua admiração. Fica admirada ao ver que Deus, para Se fazer homem, escolheu precisamente a ela, jovem simples de Nazaré, que não vive nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários, mas que está disponível a Deus, sabe confiar n’Ele, mesmo não entendendo tudo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Deus surpreende-nos sempre, rompe os nossos esquemas, põe em crise os nossos projectos, e diz-nos: confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me! Hoje perguntemo-nos, todos, se temos medo daquilo que Deus me poderá pedir ou está pedindo. Deixo-me surpreender por Deus, como fez Maria, ou fecho-me nas minhas seguranças, nos meus projectos? Deixo verdadeiramente Deus entrar na minha vida? Como Lhe respondo?

2. Na passagem lida de São Paulo, ouvimos o Apóstolo dizer ao seu discípulo Timóteo: Lembra-te de Jesus Cristo; se perseverarmos com Ele, também com Ele reinaremos. Aqui está o segundo ponto: lembrar-se sempre de Cristo, perseverar na fé. Deus surpreende-nos com o seu amor, mas pede fidelidade em segui-Lo. Pensemos quantas vezes já nos entusiasmámos por qualquer coisa, por uma iniciativa, por um compromisso, mas depois, ao surgirem os primeiros problemas, abandonámos. E, infelizmente, isto acontece também com as opções fundamentais, como a do matrimónio. É a dificuldade de ser constantes, de ser fiéis às decisões tomadas, aos compromissos assumidos. Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas depois não se consegue repetir este «sim» todos os dias.

Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz. Estão aqui hoje muitas mães; pensai até onde chegou a fidelidade de Maria a Deus: ver o seu único Filho na Cruz.

Sou um cristão intermitente, ou sou cristão sempre? Infelizmente, a cultura do provisório, do relativo penetra também na vivência da fé. Deus pede-nos para Lhe sermos fiéis, todos os dias, nas acções quotidianas; e acrescenta: mesmo se às vezes não Lhe somos fiéis, Ele é sempre fiel e, com a sua misericórdia, não se cansa de nos estender a mão para nos erguer e encorajar a retomar o caminho, a voltar para Ele e confessar-Lhe a nossa fraqueza a fim de que nos dê a sua força.

3. O último ponto: Deus é a nossa força. Penso nos dez leprosos do Evangelho curados por Jesus: vão ao seu encontro, param à distância e gritam: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós» (Lc 17, 13). Estão doentes, necessitados de serem amados, de terem força e procuram alguém que os cure. E Jesus responde, libertando-os a todos da sua doença. Causa estranheza, porém, o facto de ver que só regressa um para Lhe agradecer, louvando a Deus em alta voz. O próprio Jesus o sublinha: eram dez que gritaram para obter a cura, mas só um voltou para gritar em voz alta o seu obrigado a Deus e reconhecer que Ele é a nossa força. É preciso saber agradecer, louvar o Senhor pelo que faz por nós. Vejamos Maria: depois da Anunciação, o primeiro gesto que ela realiza é um acto de caridade para com a sua parente idosa Isabel; e as primeiras palavras que profere são: «A minha alma enaltece o Senhor», o Magnificat, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua acção em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele; Ele é a nossa força! Dizer obrigado parece tão fácil, e todavia é tão difícil! Nós quantas vezes dizemos obrigado em família? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso como suposto! E o mesmo acontece com Deus.

Continuando a Eucaristia, invocamos a intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmonos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os diaa, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força. Amen.

Com licença, desculpa e obrigado, três palavras chave para dizer em família e a Deus Papa Francisco na homilia de 13.10.2013

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No matrimónio existem amor, muita amizade e entrega, se cimentado com filhos e netos é uma unidade cheia de alegria mesmo em tempos difíceis

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Mãe de Fátima, de Lourdes, de Aparecida, de Guadalupe e de todos os lugares do mundo oferecemo-nos a vós certos que fazendo-o amamos Cristo

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Bom Domingo do Senhor!

Voltemos sempre ao Senhor para lhe tudo lhe agradecer manifestando-Lhe a nossa fé como fez o samaritano que foi curado e voltou atrás em louvor e gratidão de que nos fala o Evangelho de hoje (Lc 17,11-19).

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor hoje e sempre pela Sua infinita bondade!

Servo do Evangelho

Já o vimos muitas vezes, sobretudo nas primeiras viagens do pontificado, desde a primeira dolorosa e forte em Lampedura, e de Assis veio mais uma confirmação: o Papa Francisco atrai porque se expõe em primeira pessoa e as suas palavras deixam transparecer uma vida radicada na contemplação do Senhor. Aos muitos milhares de jovens sentados diante dele, como os primeiros frades em volta de Francisco, concluiu: "Anunciai sempre o Evangelho e se for necessário, também com palavras! Mas como? Pode-se pregar o Evangelho sem palavras? Sim! Com o testemunho! Primeiro o testemunho, depois as palavras!". E pouco antes tinha recordado no encontro com as diversas componentes da diocese que a Igreja não cresce por proselitismo mas por atracção.

A 4 de Outubro, festa de são Francisco, o bispo de Roma, primaz da Itália, quis ir com os cardeais conselheiros por ele escolhidos, aos lugares daquele que imitou Cristo até receber no seu corpo os sinais da sua paixão e que da Itália foi proclamado padroeiro. Certamente por um desejo do coração - nenhum Papa tinha escolhido o nome do santo de Assis, nem sequer os Pontífices franciscanos - mas sobretudo para anunciar o Evangelho. Com a presença e com as palavras, tão simples quão eficazes, que permanecem impressas em quem as ouve: nos sacerdotes exortados a pregar brevemente e com paixão, nos pais que devem ser para os filhos as primeiras testemunhas de Cristo, em quem lê as Escrituras mas sem ouvir Jesus.

Nas primeiras palavras públicas depois da eleição em conclave o Papa Francisco frisou a relação fundamental entre bispo e povo. Em Assis quis voltar a falar do caminho "com o nosso povo, umas vezes à frente, outras vezes no meio e outras atrás: diante, para guiar a comunidade; no meio, para a encorajar e apoiar; atrás, para a manter unida a fim de que ninguém permaneça muito, demasiado atrás". Confirmando a confiança no sensus fidei do povo cristão, mas ainda antes pondo-se em questão com palavras que não têm nenhum tom formal: "Aqui penso ainda em vós sacerdotes, e deixai que também eu esteja convosco".

Apresentando-se com simplicidade - "algum de vós pode pensar: mas este bispo, que bom! Fizemos a pergunta e tem as respostas todas prontas, escritas! Eu recebi as perguntas há alguns dias. É por isso que as conheço", explicou aos jovens - o Papa Francisco não dispensa certamente novidades mas sabe anunciar a única verdadeira, o Evangelho de Cristo. "Não vos dou receitas novas. Não as tenho, e não acrediteis em quem diz que as tem: não existem" disse na catedral, quase querendo dissipar dúvidas que se apresentam aqui e ali, reafirmando que só se pode testemunhar Jesus a quem está distante "se se levar a Palavra de Deus no coração e se caminhar com a Igreja, como são Francisco".

Em Assis - disse aos jovens resumindo o sentido da visita - "parece-me que ouço a voz de são Francisco que nos repete: Evangelho, Evangelho! Também a mim o diz, aliás, primeiro a mim: Papa Francisco, sê servo do Evangelho! Se eu não consigo ser um servo do Evangelho, a minha vida nada vale!". E acrescentou logo a seguir que o Evangelho diz respeito ao homem todo.

GIOVANNI MARIA VIAN - diretor

(© L'Osservatore Romano - 13 de outubro de 2013)

Inviolata integra et casta es Maria

Purificados da lepra do pecado

São Bruno de Segni (c. 1045-1123), bispo
Comentário sobre o Evangelho de Lucas, 2, 40; PL 165, 428


«Enquanto iam a caminho ficaram purificados.» É preciso que os pecadores ouçam estas palavras e façam um esforço para as compreender. É fácil ao Senhor perdoar os pecados. Com efeito, o pecador é muitas vezes perdoado antes de ir ter com o sacerdote. Na realidade, fica curado no próprio momento em que se arrepende; qualquer que seja o momento em que se converte, passa da morte para a vida. [...] Que se lembre, porém, de que conversão se trata. E que escute o que diz o Senhor: «Mas agora, ainda, convertei-vos a Mim de todo o vosso coração, com jejuns, com lágrimas e com gemidos. Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes.» (Jl 2,12ss) Qualquer conversão deve, portanto, efectuar-se no coração.

«Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta.» Na realidade, este homem representa todos aqueles que foram purificados pelas águas do baptismo ou curados pelo sacramento da penitência. Eles já não seguem o demónio mas imitam a Cristo, caminham atrás d'Ele glorificando-O e dando-Lhe graças e não deixam o Seu serviço. [...] «Jesus diz: 'Levanta-te e vai; a tua fé salvou-te'.» Grande é pois o poder da fé, pois «sem fé é impossível agradar a Deus» (Heb 11,6). «Abraão teve fé em Deus e isso foi-lhe tido em conta de justiça» (Rm 4,3). É, portanto, a fé que salva, a fé que justifica, a fé que cura o homem na sua alma e no seu corpo.