Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Amar a Cristo...

Senhor, o demónio tentou-Te por três vezes e Tu a elas respondeste com firmeza, usando uma linguagem coloquial, sem deixar margem para dúvidas. Nós frequentemente somos tíbios e damos meias respostas, dando mais importância à voz da tentação e àquilo que os outros possam pensar, por isso Te rogamos hoje, amado Jesus, que nos concedas a humildade e firmeza de fé para que ouvindo o Teu Espírito sejamos sempre coerentes com ela não cedendo às tentações, as grandes e aquelas inúmeras pequenas com que somos confrontados no nosso dia a dia.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado!

JPR

O que fazer contra a aridez espiritual? (pelo Pe. Paulo Ricardo)

Falamos a verdade com amor?

Os cristãos não usam uma linguagem “socialmente educada”, tendente à hipocrisia, mas são porta-vozes da verdade do Evangelho com a mesma transparência das crianças. Este foi o ensinamento proposto por Francisco na homilia proferida na manhã desta terça-feira, 4, na Capela da Casa Santa Marta.

A cena evangélica do tributo a César e do questionamento de fariseus a Cristo sobre a legitimidade daquele tributo forneceu ao Papa a ocasião de continuar a reflexão feita já na homilia de ontem segunda-feira. A intenção com que se aproximam de Jesus é a de “fazê-lo cair na armadilha”.

“Quando perguntam, com palavras macias, açucaradas, se é lícito ou não pagar impostos a César, eles tentam demonstrar-se amigos, mas é tudo falso!” – prosseguiu o Papa, explicando que “eles não amam a verdade, mas somente a si mesmos e assim, tentam enganar, envolver os outros na mentira. Têm o coração mentiroso, não podem dizer a verdade”.

“É esta a linguagem da corrupção, da hipocrisia. Quando Jesus diz a seus discípulos, diz que seu modo de falar deve ser ‘sim, sim’ ou ‘não, não’, porque a hipocrisia não fala a verdade, porque a verdade não está nunca sozinha: está sempre com o amor. Não há verdade sem amor”.

A linguagem que parece ser “persuasiva”, insistiu Papa Francisco, leva ao erro e à mentira. O Pontífice lembrou que “aqueles que pareciam tão amáveis com Jesus foram os mesmos que na quinta-feira à noite o pegaram no Jardim das Oliveiras e o levaram sexta-feira a Pilatos”. Na sequência, Francisco observou:
“E a docilidade que Jesus quer de nós não tem nada a ver com esta adulação, com este modo ‘açucarado’ de ir avante. A docilidade é simples; é como a de uma criança, e as crianças não são hipócritas, porque não são corruptas”.

Outra consideração avançada pelo Papa foi a “fraqueza interior, estimulada pela vaidade”, que faz com que “gostemos quando alguém fala bem de nós”. “Os corruptos sabem disso e usando esta linguagem, tentam nos enfraquecer”:
“Pensando bem: nós falamos a verdade, com amor, ou falamos aquela ‘língua social’ de sermos educados, de dizer coisas bonitas, mas que não sentimos? Que o nosso falar seja evangélico, irmãos! Os hipócritas que começam com a adulação acabam procurando falsas testemunhas para acusar quem haviam adulado. Hoje, peçamos ao Senhor que o nosso modo de falar seja simples, como o de filhos de Deus, que falam com a verdade do amor”.

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

Participes no amor esponsal de Cristo

Com um dom especial do Espírito Santo, queridos esposos, Cristo faz-vos participar no seu amor esponsal, tornando-vos sinal do seu amor pela Igreja: um amor fiel e total. Se souberdes acolher este dom, renovando diariamente o vosso «sim» com fé e com a força que vem da graça do Sacramento, também a vossa família viverá do amor de Deus, tomando por modelo a Sagrada Família de Nazaré.

(Bento XVII in homilia na Missa de encerramento da VII Jornada Mundial das Famílias em Milão a 03.06.2012)

Coragem!

Tende a coragem de ousar com Deus! Experimentai! Não tenhais medo d’Ele! Tende a coragem de arriscar com a fé! Tende a coragem de arriscar com a bondade! Tende a coragem de arriscar com a pureza de coração! Comprometei-vos com Deus e então vereis como a vossa vida se ilumina, como ganha grandeza, como deixa de ser aborrecida para se encher de um sem-número de surpresas, porque a bondade infinita de Deus nunca se esgota!

(Homilia da Missa da Imaculada Conceição – 08/XII/2005 – Bento XVI)

Bento XVI incentiva-nos a termos coragem e aos menos seguros transmite como valor absoluto a certeza da bondade infinita de Deus.

Permito-me, aos que já temos raízes mais sólidas, sugerir a humildade de não dar nada por certo e procurar diariamente incrementar o nosso amor por Ele, pois por muito que o amemos não Lhe nunca O igualaremos, pois o Seu amor é tão profundo, que nos ofereceu o Filho e deixou-O morrer na Cruz para nossa salvação, e este facto histórico, mas também de fé, deve-nos acompanhar todos os dias.

Alguém me contava, que tinha um amigo que no local de trabalho lhe era difícil ter uma imagem ou algo que fizesse lembrar Dele assiduamente, mas com imaginação resolveu o problema, tendo sempre dois clips em forma de crucifixo, ele sabia porque lá estavam e bastava-lhe.

JPR


Na noite seguinte, o Senhor apresentou-se diante dele [Paulo] e disse-lhe: “Coragem! Assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim é necessário que o dês também em Roma”

(Atos dos Apóstolos 23, 11)


«Tenhamos a coragem de viver pública e constantemente de acordo com a nossa santa fé»


(Sulco 46 - São Josemaría Escrivá)

Remissão dos pecados

«Nada se opõe a que a natureza humana tenha sido destinada a um fim mais alto depois do pecado. Efectivamente, Deus permite que os males aconteçam para deles tirar um bem maior. Daí a palavra de São Paulo: "onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rom 5, 20). Por isso, na bênção do círio pascal canta-se: "Ó feliz culpa, que mereceu tal e tão grande Redentor!"»

(Summa theologiae. 3, q. 1, a. 3. ad 3 – São Tomás de Aquino)

«A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS» Mc 12,17


«o imperador e Jesus personificam duas ordens diferentes de realidades, que não devem necessariamente excluir-se uma à outra pois, na sua contraposição, encontra-se o rastilho de um conflito que tem a ver com as questões fundamentais da humanidade e da existência humana. «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mc 12,17): dirá Jesus mais tarde, exprimindo assim a essencial compatibilidade das duas esferas. Quando, porém, o império passa a interpretar-se a si mesmo como divino – implícito já na auto-apresentação de Augusto como portador da paz mundial e salvador da humanidade – então o cristão deve «obedecer antes a Deus do que aos homens» (Act 5,29)»

Jesus de Nazaré – Joseph Ratzinger – Bento XVI

Muitas pessoas têm citado a passagem bíblica, «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mc 12,17), para de alguma forma tentarem espaldar a feitura e aprovação de leis iníquas, como a “lei do aborto”, “lei do casamento homossexual”, etc., afirmando que o governo, e a feitura das leis, competem aos homens segundo a sua vontade, tentando demonstrar com essa citação que essa seria a vontade de Deus, ou seja, que os homens governassem e fizessem as leis segundo a sua própria vontade.

E realmente Deus, tendo-nos criado em liberdade, não interfere na governação dos homens, mas não “avaliza” todos os actos dos homens que governam e legislam.

Porque sendo as duas esferas, (para citar o Papa), compatíveis, só o são na medida em que o homem reconhece a Deus a primazia sobre o homem e a vida.

E se falarmos então em políticos cristãos, esta verdade tem de ser indestrutível, pois só se é verdadeiro cristão se em tudo na sua vida se der a primazia a Deus.

E o Papa, nesta pequena passagem deste seu livro, mostra-nos com uma perfeita clareza o porquê desta frase bíblica não poder ser “utilizada” para espaldar leis que vão contra a vida, tal como ela foi criada e desejada por Deus.

É que quando o homem legisla sobre o direito à vida, (lei do aborto, por exemplo), e sobre o modo como ela foi desejada e querida por Deus, (lei do “casamento” homossexual, por exemplo), está a transformar-se em “Augusto”, ou seja está a querer divinizar-se e ser senhor daquilo que pertence apenas e só a Deus.


E desta verdade não há, (ou não deve haver), a menor dúvida para qualquer cristão que acredita que o Senhor e Criador da vida é Deus, e que, por isso mesmo, o homem não tem o direito de ir contra a vida que não lhe pertence, e ainda, que todo o cristão perante este tipo de leis deve «obedecer antes a Deus do que aos homens» (Act 5,29).

E assim, mais uma vez, esta verdade torna-se mais premente e obrigatória para aqueles que sendo cristãos, foram chamados ao governo das nações, à feitura das leis dos homens, pois que deveriam assumir essa missão como uma vocação que Deus colocou nas suas vidas, para também aí, (como em tudo), serem testemunhas da fé que afirmam viver.

Quando assim não procedemos, eles, os políticos, e cada um de nós que aceita e segue essas leis, rompemos com Deus, pois estamos a tentar colocarmo-nos em pé de igualdade com Ele, atacando o maior dom do Seu amor que é a vida de cada um, tal como por Ele foi criada e desejada.

Podemos “assobiar para o lado”, podemos fingir que não compreendemos, podemos argumentar milhentas razões para aprovarmos esse tipo de leis, podemos até distorcer a nossa consciência como cristãos, mas no fundo quem segue Jesus Cristo, e com Ele, a Ele e n’Ele comunga, reconhece sempre no seu íntimo, onde Ele habita, que deve sempre «obedecer antes a Deus do que aos homens» (Act 5,29).

Monte Real, 3 de Agosto de 2010

Joaquim Mexia Alves

Ser realmente uma imagem de Deus

São Lourenço de Brindisi (1559-1619), capuchinho, doutor da Igreja
Sermão para o 22º Domingo depois de Pentecostes

«Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». É preciso dar a cada um o que lhe pertence. Eis uma palavra verdadeiramente cheia de sabedoria e de ciência celestial. Porque nos ensina que há duas espécies de poder: um humano e terreno, outro divino e celeste. [...] Ensina-nos que devemos estar sujeitos a uma dupla obediência: às leis dos homens e às leis divinas. [...] Temos de pagar a César a moeda que tem a efígie e a inscrição de César, e a Deus o que recebeu o sinete da imagem e semelhança divinas: «Resplandeça sobre nós, Senhor, a luz da Tua face!» A luz da Tua face deixou em nós a Tua marca, Senhor (Sl 4,7).

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26). Tu és homem, ó cristão. És, portanto, a moeda do tesouro divino; uma moeda que tem a efígie e a inscrição do Imperador divino. Assim, pergunto com Cristo: «De quem são esta imagem e esta inscrição?» E tu respondes: «De Deus». E eu digo-te: «Então porque não dás a Deus o que é de Deus?»

Se queremos realmente ser imagem de Deus, devemos assemelhar-nos a Cristo, pois Ele é a imagem da bondade de Deus e «imagem fiel da Sua substância» (Heb 1,3). E Deus, «àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho» (Rm 8,29). Cristo deu verdadeiramente a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Observou, da maneira mais perfeita, os preceitos contidos nas duas tábuas da lei divina «tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Fl 2,8) e, assim, foi elevado ao mais alto grau de todas as virtudes visíveis e invisíveis.

O Evangelho do dia 4 de junho de 2013

Enviaram-Lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que O apanhassem em alguma palavra. Chegando eles, disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?». Jesus, reconhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: «Porque Me tentais? Trazei-Me um denário para Eu ver». Eles o trouxeram. Então disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam-Lhe: «De César». Então Jesus disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». E admiravam-n'O.

Mc 12, 13-17